Maria estremeceu e rapidamente esfregou os olhos.As luzes dos postes não eram muito brilhantes, e à distância, tornava ainda mais difícil enxergar.A figura parecia estar lá, porém não completamente. Quando ela esfregou os olhos e olhou novamente, a figura havia desaparecido.Como se o que ela tivesse visto fosse apenas uma ilusão criada pela sua imaginação.Ela não se conformava e, ansiosa, se levantou apressadamente, mas, por ter ficado agachada por muito tempo, suas pernas estavam formigando. Ela não conseguia se manter completamente em pé, tendo que se apoiar na porta de vidro.Ela olhou ansiosamente na direção anterior mais uma vez.Desta vez, ela realmente viu: havia mesmo uma figura se aproximando.“Eduardo?”Ela apertou a mão com força, fixando o olhar naquela figura, enquanto seu coração se apertava.A figura se movia muito lentamente, parecendo levar uma eternidade para se aproximar.Maria observou por um longo tempo, mas não conseguiu ver o rosto com clareza.Ela só podia
Prisão feminina.Maria Rocha, acariciando seu abdômen inchado, rastejava lentamente para a porta.Ela estava presa havia três dias e, por exigência daquele homem, não teve nada para comer.No chão perto da porta, havia grãos de arroz sujos que foram pisados. Ela estendeu a mão congelada e vermelha, pegou esses grãos de arroz sujos e duros e os colocou na boca, um a um.De repente, a porta se abriu:- Maria Rocha, alguém veio te visitar.Antes que Maria pudesse se alegrar, foi arrancada rudemente, lavada e empurrada para a sala de visitas.Através das barras de ferro, ela finalmente viu aquele homem, o homem que amou por dez anos...Ela segurou a amargura em seu coração e perguntou:- Como está a vovó?- Como você ousa fazer essa pergunta? - Eduardo Alves segurou o pescoço dela com força, parecendo ameaçador, como se quisesse matá-la. - Por sua causa, a vovó nunca mais acordará. Você planejou ter relações sexuais comigo, sequestrou Teresa, eu posso tolerar tudo isso, mas você não deveri
Aquele tom de voz impiedosamente frio, Maria se lembraria mesmo na morte. Ela tremia toda, o coração cheio de tristeza e medo. Ela não poderia deixá-lo reconhecê-la! Sentada no chão, seus olhos varreram rapidamente os arredores, finalmente se fixando na direção da porta dos fundos do hotel. De repente, ela se levantou e correu em direção à saída.- Peguem ela!Uma voz bruta e cruel soou! Maria, aterrorizada, rapidamente derrubou placas de sinalização e cenários promocionais do hotel para bloquear os seguranças que a perseguiam. Ao sair pela porta dos fundos, ela não se atreveu a relaxar, correndo freneticamente para o corredor ao lado.Podia ouvir passos apressados atrás dela, mas não ousava olhar para trás, apenas correndo desesperadamente, como se estivesse sendo perseguida por um demônio terrível. Eduardo seguiu rapidamente para fora do hotel, olhando freneticamente ao redor, mas não conseguiu mais ver sua figura.Viviane e o assistente, Fernando Souza, correram atrás. Viviane pergu
Maria deu um pulo, jogando o celular longe e se encolhendo em um canto, tremendo de medo. Seus olhos assustados fixaram-se no celular caído no chão, como se houvesse um monstro dentro dele.Era a voz de Eduardo.Como isso poderia ter acontecido? Como Eduardo poderia ligar para ela usando o celular de Patricia? Ele já descobriu que ela era assistente de Patricia tão rapidamente?Se fosse assim, ele provavelmente encontraria este lugar em breve e a mandaria de volta para a prisão.Ela não queria, não queria voltar para aquele lugar sem luz do sol, não queria suportar aquelas torturas desumanas novamente.Ao pensar naquelas torturas desumanas na prisão e no feroz incêndio, ela ficou assustada.Não, ela precisava fugir, ela definitivamente não podia ser capturada por Eduardo.Ela se levantou apressadamente, pegou algumas roupas aleatoriamente e saiu com pressa....Dentro do lounge do hotel.Por causa da aparição de Eduardo, o ambiente no lounge tornou-se sutil, um pouco opressivo e revela
- Senhorita Juliana, nosso Presidente Alves gostaria de vê-la. Por favor, venha comigo.Era Fernando.Assim que Maria o viu, ela virou-se e saiu correndo.Imediatamente, alguns homens de terno e gravata a cercaram, assustando as pessoas ao redor.O rosto de Maria ficou branco como um fantasma.Ela já era magra, então com o rosto tão pálido, parecia que ela poderia desmaiar a qualquer momento.- O que vocês querem?- Nosso Presidente Alves só quer vê-la, senhorita Juliana. Não há necessidade de ficar tão nervosa.- Que Presidente Alves, eu não o conheço.Maria começou a tremer.- Vão embora, eu não conheço nenhum Presidente Alves, ele deve ter me confundido com alguém.- Se nosso Presidente Alves te confundiu ou não, você saberá assim que vier conosco, senhorita Juliana.Fernando falou, e então fez um sinal para os seguranças agirem.A emoção de Maria subiu instantaneamente:- Me soltem, o que vocês estão fazendo? Eu não quero vê-lo, eu não quero vê-lo. Por favor, me soltem, eu não quer
- Não me bata, não me bata...As terríveis experiências de apanhar na prisão ressurgiam em sua mente, fazendo-a tremer involuntariamente.Eduardo franziu a testa, agarrou a gola da camisa dela e a ergueu:- Maria, o que você está fingindo? Você acha que eu não vou te punir se continuar assim?- Não sou Maria, você se enganou, eu me chamo Juliana, não sou Maria, não sou...Maria balançou a cabeça em pânico, seu rosto esquelético parecia ainda mais pálido com o medo, a cicatriz na testa parecia aterrorizante.Eduardo a encarava, cheio de ódio e rangendo os dentes:- Maria, você pensa que mudando o nome, a voz, até mesmo a aparência, eu não a reconheceria? Eu te digo, mesmo se você virar cinzas, eu ainda posso te encontrar.Seus olhos estavam cheios de ódio, assim como cinco anos atrás. A crueldade em sua voz era como se desejasse despedaçá-la em mil pedaços.Ele realmente a odiava tanto assim, a ponto de não suportar que ela vivesse miseravelmente nem por mais um minuto neste mundo?Mas,
Observando seu rosto roxo, Eduardo parecia voltar à realidade e soltou sua mão de repente. Assim que inalou o ar fresco, Maria começou a tossir violentamente. Seu corpo frágil deslizou lentamente para o chão ao longo da parede.Por causa da tosse, ela tremia violentamente. Sob o olhar condescendente de Eduardo, ela parecia um gafanhoto lutando para sobreviver. - Fique tranquila, eu não vou te matar... Mas, vou fazer você desejar estar morta.Maria acabou sendo trancada por Eduardo no sótão.Desesperada, ela começou a bater na porta trancada e a gritar:- Eduardo, me deixe sair! O que lhe dá o direito de me prender? Cinco anos atrás, eu já havia devolvido sua vida, e agora, o que lhe dá o direito de me prender de novo? Me deixe sair! Me deixe sair...- Tudo que aconteceu há cinco anos foi culpa sua.A voz fria e indiferente de Eduardo ecoou por trás da porta. - A avó ainda não acordou, Teresa ainda não foi encontrada. Você realmente acha que se livrou de seus pecados? Enquanto você vi
- Se você é tão valente, me mate!Ela detestava essa sensação de confinamento, como estar em uma prisão, que apenas a deixava sentir sufocada e desesperada.Eduardo a olhou friamente, de repente se levantou e levantou seu tornozelo ferido, então tirou um frasco de medicamentos do bolso.Percebendo o que ele queria fazer, Maria retirou o pé com força e ironizou:- Não finja ser tão compassivo.- Maria!Eduardo pronunciou seu nome entre dentes, veias pulsantes na testa de raiva.Maria olhou-o ironicamente:- Você tem medo que eu morra de dor, e não terá a chance de me torturar mais, não é? Pois então, não vou fazer o que você quer.- Muito bem! Ótimo!Eduardo sorriu sarcasticamente e, de repente, jogou o frasco de medicamento nela:- Você quer morrer? Então morra!A porta foi novamente fechada com força. Maria olhou para a bagunça no chão, sentindo-se irônica e triste.Se ele a odiava tanto, então deixe-a se autodestruir. Esse fingimento era realmente ridículo!...Noite.Maria chutava a