Diante do olhar frio e assassino dele, Maria respondeu calmamente: - Você é tão ingênuo. Acha mesmo que eu te diria o paradeiro de Teresa?Ele se importava tanto com Teresa que, mesmo sabendo que isso poderia ser uma armadilha, ele veio sem hesitar.Eduardo estreitou os olhos com malícia, emanando uma aura sinistra: - Eu nunca deveria ter permitido que você continuasse viva até agora.Maria sorriu levemente: - Se arrepende, então? É tarde demais.Depois de falar, ela olhou para Michael, que estava observando a cena: - Eu te trouxe a pessoa que você queria enganar. Agora, você decide como se vingar dele.Fernando estava furioso: - Você é uma mulher cruel e sem coração! O Presidente Alves te protegeu a que custo? Você está traindo-o apenas para se salvar.Fernando estava amarrado e teve dificuldade para se arrastar até os pés de Eduardo, implorando: - Presidente Alves, fuja! Essa mulher já se uniu a Michael, eles estão conspirando contra você. Fuja, não se preocupe comigo ou com o
- É mesmo? Estou esperando. Maria riu friamente e olhou para Michael. - Como você quer torturá-lo?Michael ergueu orgulhosamente o queixo de Eduardo. - Ah, Eduardo, se você tivesse se ajoelhado e implorado por misericórdia mais cedo, não estaria sofrendo essas dores agora.Eduardo se ajoelhou com frieza no rosto. - Michael, se você tiver coragem, me mate logo.- Ah, eu não quero tirar sua vida. Afinal, você é o presidente do Grupo GK, mas... Ele olhou repentinamente para Maria com um sorriso malicioso. - Eu sempre gostei de assistir casais se destruírem. Venham, vocês dois, me deem um espetáculo.Dito isso, ele jogou uma adaga aos pés de Maria.Maria olhou para a adaga, seus olhos brilharam levemente, mas ela olhou para Michael com confusão. - Sr. Michael, o que isso significa?- Pegue essa adaga e esfaqueie aquele homem. Desde que não seja fatal, você pode dar quantos golpes você quiser.Ao ver que Maria não se movia, Michael acrescentou: - O que? Não vai se mexer? Eu lhe dei
O sorriso no rosto de Michael congelou no lugar. Ele encarou Maria com frieza e perguntou:- O que você quer dizer com isso?Neste momento, todos ficaram chocados com essa reviravolta. Fernando, em especial, estava atordoado. Eduardo segurou sua ferida e olhou fixamente para Maria. Ele jamais imaginaria que ela estivesse fingindo. Se ela estivesse, então ela realmente tinha ido longe demais. Ele começou a suspeitar seriamente que essa mulher estava se aproveitando da oportunidade para se vingar dele.Maria contornou Michael e posicionou a adaga em seu pescoço, dizendo friamente:- Faça seus homens soltarem eles.- Nem pense nisso! Michael riu furiosamente. - Eu não tinha intenção de matá-lo antes, mas depois desse truque, você deve morrer. Michael falava com malícia em suas palavras.Maria não se importou:- Não importa, minha vida não vale nada. É uma honra para mim ter você como meu escudo.Após dizer isso, ela pressionou a adaga mais perto de seu pescoço e ordenou friamente:- Vo
Michael arregalou os olhos, uma expressão sinistra gradualmente tomou conta de seu rosto, fazendo-o parecer um verdadeiro demônio. Viviane soltou uma risada suave.- Por que está me encarando desse jeito? Não fui eu que te amarrei. Disse ela, removendo a fita adesiva de sua boca.Michael imediatamente começou a gritar freneticamente:- Volte e diga a Eduardo e aquela mulher desprezível que eu, Michael, não vou descansar até acabar com a raça deles.Viviane sorriu sedutoramente:- Você os odeia tanto assim? E que tal fazermos um acordo?Michael a encarou com raiva, não proferindo uma palavra sequer, como se a considerasse cúmplice de Eduardo.Viviane circundou-o e finalmente se inclinou próximo ao seu ouvido, sussurrando algumas palavras. A expressão no rosto de Michael mudou instantaneamente de raiva para suspeita.- Você está falando sério?- Claro, se você me ajudar a conseguir o que eu quero, eu vou garantir sua vingança de forma espetacular. Viviane pegou um canivete e cortou as
- Como estão seus ferimentos? Ela hesitou por um momento e conseguiu soltar essa saudação fingida.Eduardo não respondeu, parecia estar realmente dormindo. Maria olhou para o rosto pálido dele por um longo tempo e, por fim, levantou-se suavemente, planejando voltar para o seu assento, pois sentia-se desconfortável sentada ao lado daquele homem.No entanto, assim que ela se levantou, o homem agarrou seu braço. Em seguida, Eduardo abriu os olhos, olhando para ela intensamente com seus olhos brilhantes.- Lembro-me de ter te avisado para ficar no quarto e nunca sair. Você ignorou minhas palavras? A voz do homem estava fria e cheia de reprovação.Maria estava prestes a se explicar, mas o homem zombou com um sorriso sarcástico:- Você queria me matar, então saiu de propósito para que Michael te pegasse?Maria não suportava o tom zombeteiro dele. Afinal, ela só foi amarrada por causa dele. Agora que finalmente escapou, ainda precisava agradá-lo. Ela estava sufocada de raiva, então, ao ouv
- Por que você sempre traz problemas quando se envolve com alguém? - Miguel lançou um olhar para o peito manchado de sangue de Eduardo e, em seguida, olhou significativamente para Maria.Maria permaneceu de pé ao lado, com o olhar vazio e sem expressão. Ela sabia que o "alguém" mencionado por Miguel era ela. Não importava, afinal, desde o início, Miguel nunca gostou dela.Devido à sua melancolia, Eduardo não disse uma palavra sequer e seguiu direto para dentro da casa. Maria o seguiu em silêncio.Miguel observou a figura deles se afastando por um tempo, depois perguntou a Fernando, confuso:- O que está acontecendo com eles?Fernando suspirou impotente:- Dizem que dois bicudos não se beijam. Essa afirmação é realmente verdadeira.Miguel ficou ainda mais confuso:- O que isso significa?- Vá perguntar ao Presidente Alves, essa viagem foi realmente cansativa.Fernando respondeu enquanto partia com um carro, deixando a poeira para trás.No quarto, Miguel cuidava dos ferimentos de Eduardo
Era José.- Tia, você finalmente voltou.Exclamou José animado, correndo em direção a ela e abraçando suas pernas. No entanto, ao ver o frasco de remédios em suas mãos, as sobrancelhas dele se franziram.- Tia, você está doente?Perguntou ele, preocupado.Maria acariciou a cabeça do pequeno.- Está tudo bem, é apenas uma pequena doença.José balançou a cabeça com urgência.- Vovô Antônio costumava dizer que pequenas doenças se tornam grandes doenças. Não, eu vou contar para o papai.A criança saiu correndo antes que Maria pudesse detê-lo.Com um sorriso amargo, ela puxou os lábios. Mesmo que ele contasse a Eduardo, o homem sempre acreditaria que ela estava fingindo estar doente, fingindo ser uma coitada.Assim que José saiu, Miguel entrou.Ele cruzou os braços e falou com severidade:- Por que você não foi mais cruel e o matou, de uma vez por todas?Era evidente que ele estava acusando-a de ter sido muito implacável.Ela riu suavemente.- Se eu o matasse, vocês provavelmente me mataria
- Por favor, me diga a verdade, quanto tempo me resta de vida?Não se sabe o motivo, mas ao pensar na cena que acabara de acontecer, ele sentiu-se um tanto complicado em seu coração.Depois de ponderar por um tempo, ele respondeu:- No máximo um ano.Um ano...Maria riu e se jogou na cama, até mesmo suas lágrimas se transformaram em riso.O que se pode fazer em um ano?Será que ela conseguiria descobrir quem foi o responsável por machucar sua avó? Ou será que conseguiria se vingar da prisão e do ódio do passado?Ah, ela nem mesmo pode recuperar o papel de Rodrigo, quanto mais lidar com essas duas coisas.Neste momento, ela percebeu que não podia fazer nada, apenas esperar silenciosamente pela morte.Ela se encolheu na cama, permitindo que a doença torturasse seu corpo quebrado e dilacerado.De repente, ela pensou em sua mãe.Ela se lembrou dos dias em que elas dependiam uma da outra.Naquela época, apesar da pobreza, ela tinha o amor materno mais caloroso deste mundo, diferente de agor