O sorriso no rosto de Michael congelou no lugar. Ele encarou Maria com frieza e perguntou:- O que você quer dizer com isso?Neste momento, todos ficaram chocados com essa reviravolta. Fernando, em especial, estava atordoado. Eduardo segurou sua ferida e olhou fixamente para Maria. Ele jamais imaginaria que ela estivesse fingindo. Se ela estivesse, então ela realmente tinha ido longe demais. Ele começou a suspeitar seriamente que essa mulher estava se aproveitando da oportunidade para se vingar dele.Maria contornou Michael e posicionou a adaga em seu pescoço, dizendo friamente:- Faça seus homens soltarem eles.- Nem pense nisso! Michael riu furiosamente. - Eu não tinha intenção de matá-lo antes, mas depois desse truque, você deve morrer. Michael falava com malícia em suas palavras.Maria não se importou:- Não importa, minha vida não vale nada. É uma honra para mim ter você como meu escudo.Após dizer isso, ela pressionou a adaga mais perto de seu pescoço e ordenou friamente:- Vo
Michael arregalou os olhos, uma expressão sinistra gradualmente tomou conta de seu rosto, fazendo-o parecer um verdadeiro demônio. Viviane soltou uma risada suave.- Por que está me encarando desse jeito? Não fui eu que te amarrei. Disse ela, removendo a fita adesiva de sua boca.Michael imediatamente começou a gritar freneticamente:- Volte e diga a Eduardo e aquela mulher desprezível que eu, Michael, não vou descansar até acabar com a raça deles.Viviane sorriu sedutoramente:- Você os odeia tanto assim? E que tal fazermos um acordo?Michael a encarou com raiva, não proferindo uma palavra sequer, como se a considerasse cúmplice de Eduardo.Viviane circundou-o e finalmente se inclinou próximo ao seu ouvido, sussurrando algumas palavras. A expressão no rosto de Michael mudou instantaneamente de raiva para suspeita.- Você está falando sério?- Claro, se você me ajudar a conseguir o que eu quero, eu vou garantir sua vingança de forma espetacular. Viviane pegou um canivete e cortou as
- Como estão seus ferimentos? Ela hesitou por um momento e conseguiu soltar essa saudação fingida.Eduardo não respondeu, parecia estar realmente dormindo. Maria olhou para o rosto pálido dele por um longo tempo e, por fim, levantou-se suavemente, planejando voltar para o seu assento, pois sentia-se desconfortável sentada ao lado daquele homem.No entanto, assim que ela se levantou, o homem agarrou seu braço. Em seguida, Eduardo abriu os olhos, olhando para ela intensamente com seus olhos brilhantes.- Lembro-me de ter te avisado para ficar no quarto e nunca sair. Você ignorou minhas palavras? A voz do homem estava fria e cheia de reprovação.Maria estava prestes a se explicar, mas o homem zombou com um sorriso sarcástico:- Você queria me matar, então saiu de propósito para que Michael te pegasse?Maria não suportava o tom zombeteiro dele. Afinal, ela só foi amarrada por causa dele. Agora que finalmente escapou, ainda precisava agradá-lo. Ela estava sufocada de raiva, então, ao ouv
- Por que você sempre traz problemas quando se envolve com alguém? - Miguel lançou um olhar para o peito manchado de sangue de Eduardo e, em seguida, olhou significativamente para Maria.Maria permaneceu de pé ao lado, com o olhar vazio e sem expressão. Ela sabia que o "alguém" mencionado por Miguel era ela. Não importava, afinal, desde o início, Miguel nunca gostou dela.Devido à sua melancolia, Eduardo não disse uma palavra sequer e seguiu direto para dentro da casa. Maria o seguiu em silêncio.Miguel observou a figura deles se afastando por um tempo, depois perguntou a Fernando, confuso:- O que está acontecendo com eles?Fernando suspirou impotente:- Dizem que dois bicudos não se beijam. Essa afirmação é realmente verdadeira.Miguel ficou ainda mais confuso:- O que isso significa?- Vá perguntar ao Presidente Alves, essa viagem foi realmente cansativa.Fernando respondeu enquanto partia com um carro, deixando a poeira para trás.No quarto, Miguel cuidava dos ferimentos de Eduardo
Era José.- Tia, você finalmente voltou.Exclamou José animado, correndo em direção a ela e abraçando suas pernas. No entanto, ao ver o frasco de remédios em suas mãos, as sobrancelhas dele se franziram.- Tia, você está doente?Perguntou ele, preocupado.Maria acariciou a cabeça do pequeno.- Está tudo bem, é apenas uma pequena doença.José balançou a cabeça com urgência.- Vovô Antônio costumava dizer que pequenas doenças se tornam grandes doenças. Não, eu vou contar para o papai.A criança saiu correndo antes que Maria pudesse detê-lo.Com um sorriso amargo, ela puxou os lábios. Mesmo que ele contasse a Eduardo, o homem sempre acreditaria que ela estava fingindo estar doente, fingindo ser uma coitada.Assim que José saiu, Miguel entrou.Ele cruzou os braços e falou com severidade:- Por que você não foi mais cruel e o matou, de uma vez por todas?Era evidente que ele estava acusando-a de ter sido muito implacável.Ela riu suavemente.- Se eu o matasse, vocês provavelmente me mataria
- Por favor, me diga a verdade, quanto tempo me resta de vida?Não se sabe o motivo, mas ao pensar na cena que acabara de acontecer, ele sentiu-se um tanto complicado em seu coração.Depois de ponderar por um tempo, ele respondeu:- No máximo um ano.Um ano...Maria riu e se jogou na cama, até mesmo suas lágrimas se transformaram em riso.O que se pode fazer em um ano?Será que ela conseguiria descobrir quem foi o responsável por machucar sua avó? Ou será que conseguiria se vingar da prisão e do ódio do passado?Ah, ela nem mesmo pode recuperar o papel de Rodrigo, quanto mais lidar com essas duas coisas.Neste momento, ela percebeu que não podia fazer nada, apenas esperar silenciosamente pela morte.Ela se encolheu na cama, permitindo que a doença torturasse seu corpo quebrado e dilacerado.De repente, ela pensou em sua mãe.Ela se lembrou dos dias em que elas dependiam uma da outra.Naquela época, apesar da pobreza, ela tinha o amor materno mais caloroso deste mundo, diferente de agor
Maria ficou surpresa e olhou ansiosamente para o aparelho ao lado da cama, onde a luz vermelha do alarme piscava incessantemente, indicando os batimentos cardíacos.Com o som estridente do alarme, médicos e enfermeiros entraram apressadamente.Maria estava desesperada, com o rosto pálido e sem saber o que fazer, perguntou aos médicos:- O que aconteceu com a vovó?De repente, uma força poderosa agarrou seu pulso.Ao levantar a cabeça, encontrou o olhar frio e ressentido de Eduardo.Ela nem imaginava quando Eduardo havia chegado.- Miguel, você precisa salvar a vovó.Eduardo soltou essa frase e arrastou Maria com força para fora.Ele, consumido pelo ódio, a jogou impiedosamente na neve.- Olha só o estado em que a vovó se encontra, por que você não a deixa em paz?- Eu não fiz nada, não fiz absolutamente nada contra a vovó.- A condição da vovó sempre foi estável. Se você não fez nada, por que o aparelho está emitindo o alarme?O grito do homem a deixou sem palavras.Maria só conseguia
Por que havia tanto sangue na frente à porta de casa?Eduardo sentiu uma explosão em sua cabeça e saiu correndo sem pensar duas vezes.Lá fora, viu que a mulher não estava mais na neve branca e só restava uma grande poça de sangue, uma cena chocante.Miguel e José correram atrás.José segurou a barra da roupa de Eduardo com urgência e perguntou:- Papai, para onde a tia foi, afinal? Esse sangue é dela?- Não é.Eduardo respondeu pacientemente.Mas José claramente não acreditava:- Se não é da tia, então de quem é? Eu vi você arrastando a tia para fora, o que você fez com ela? Eu quero a tia...- Chega!Eduardo de repente soltou um rugido baixo, mas seus olhos estavam fixos na poça de sangue.Vendo que Eduardo não estava bem, Miguel rapidamente puxou José, que estava prestes a chorar, e consolou-o em voz suave:- Não se preocupe, sua tia ficará bem.Em seguida, pediu ao assistente para levá-lo de volta para dentro.- Miguel, me diga, esse sangue é verdadeiro ou falso?Depois de entrar n