- Como estão seus ferimentos? Ela hesitou por um momento e conseguiu soltar essa saudação fingida.Eduardo não respondeu, parecia estar realmente dormindo. Maria olhou para o rosto pálido dele por um longo tempo e, por fim, levantou-se suavemente, planejando voltar para o seu assento, pois sentia-se desconfortável sentada ao lado daquele homem.No entanto, assim que ela se levantou, o homem agarrou seu braço. Em seguida, Eduardo abriu os olhos, olhando para ela intensamente com seus olhos brilhantes.- Lembro-me de ter te avisado para ficar no quarto e nunca sair. Você ignorou minhas palavras? A voz do homem estava fria e cheia de reprovação.Maria estava prestes a se explicar, mas o homem zombou com um sorriso sarcástico:- Você queria me matar, então saiu de propósito para que Michael te pegasse?Maria não suportava o tom zombeteiro dele. Afinal, ela só foi amarrada por causa dele. Agora que finalmente escapou, ainda precisava agradá-lo. Ela estava sufocada de raiva, então, ao ouv
- Por que você sempre traz problemas quando se envolve com alguém? - Miguel lançou um olhar para o peito manchado de sangue de Eduardo e, em seguida, olhou significativamente para Maria.Maria permaneceu de pé ao lado, com o olhar vazio e sem expressão. Ela sabia que o "alguém" mencionado por Miguel era ela. Não importava, afinal, desde o início, Miguel nunca gostou dela.Devido à sua melancolia, Eduardo não disse uma palavra sequer e seguiu direto para dentro da casa. Maria o seguiu em silêncio.Miguel observou a figura deles se afastando por um tempo, depois perguntou a Fernando, confuso:- O que está acontecendo com eles?Fernando suspirou impotente:- Dizem que dois bicudos não se beijam. Essa afirmação é realmente verdadeira.Miguel ficou ainda mais confuso:- O que isso significa?- Vá perguntar ao Presidente Alves, essa viagem foi realmente cansativa.Fernando respondeu enquanto partia com um carro, deixando a poeira para trás.No quarto, Miguel cuidava dos ferimentos de Eduardo
Era José.- Tia, você finalmente voltou.Exclamou José animado, correndo em direção a ela e abraçando suas pernas. No entanto, ao ver o frasco de remédios em suas mãos, as sobrancelhas dele se franziram.- Tia, você está doente?Perguntou ele, preocupado.Maria acariciou a cabeça do pequeno.- Está tudo bem, é apenas uma pequena doença.José balançou a cabeça com urgência.- Vovô Antônio costumava dizer que pequenas doenças se tornam grandes doenças. Não, eu vou contar para o papai.A criança saiu correndo antes que Maria pudesse detê-lo.Com um sorriso amargo, ela puxou os lábios. Mesmo que ele contasse a Eduardo, o homem sempre acreditaria que ela estava fingindo estar doente, fingindo ser uma coitada.Assim que José saiu, Miguel entrou.Ele cruzou os braços e falou com severidade:- Por que você não foi mais cruel e o matou, de uma vez por todas?Era evidente que ele estava acusando-a de ter sido muito implacável.Ela riu suavemente.- Se eu o matasse, vocês provavelmente me mataria
- Por favor, me diga a verdade, quanto tempo me resta de vida?Não se sabe o motivo, mas ao pensar na cena que acabara de acontecer, ele sentiu-se um tanto complicado em seu coração.Depois de ponderar por um tempo, ele respondeu:- No máximo um ano.Um ano...Maria riu e se jogou na cama, até mesmo suas lágrimas se transformaram em riso.O que se pode fazer em um ano?Será que ela conseguiria descobrir quem foi o responsável por machucar sua avó? Ou será que conseguiria se vingar da prisão e do ódio do passado?Ah, ela nem mesmo pode recuperar o papel de Rodrigo, quanto mais lidar com essas duas coisas.Neste momento, ela percebeu que não podia fazer nada, apenas esperar silenciosamente pela morte.Ela se encolheu na cama, permitindo que a doença torturasse seu corpo quebrado e dilacerado.De repente, ela pensou em sua mãe.Ela se lembrou dos dias em que elas dependiam uma da outra.Naquela época, apesar da pobreza, ela tinha o amor materno mais caloroso deste mundo, diferente de agor
Maria ficou surpresa e olhou ansiosamente para o aparelho ao lado da cama, onde a luz vermelha do alarme piscava incessantemente, indicando os batimentos cardíacos.Com o som estridente do alarme, médicos e enfermeiros entraram apressadamente.Maria estava desesperada, com o rosto pálido e sem saber o que fazer, perguntou aos médicos:- O que aconteceu com a vovó?De repente, uma força poderosa agarrou seu pulso.Ao levantar a cabeça, encontrou o olhar frio e ressentido de Eduardo.Ela nem imaginava quando Eduardo havia chegado.- Miguel, você precisa salvar a vovó.Eduardo soltou essa frase e arrastou Maria com força para fora.Ele, consumido pelo ódio, a jogou impiedosamente na neve.- Olha só o estado em que a vovó se encontra, por que você não a deixa em paz?- Eu não fiz nada, não fiz absolutamente nada contra a vovó.- A condição da vovó sempre foi estável. Se você não fez nada, por que o aparelho está emitindo o alarme?O grito do homem a deixou sem palavras.Maria só conseguia
Por que havia tanto sangue na frente à porta de casa?Eduardo sentiu uma explosão em sua cabeça e saiu correndo sem pensar duas vezes.Lá fora, viu que a mulher não estava mais na neve branca e só restava uma grande poça de sangue, uma cena chocante.Miguel e José correram atrás.José segurou a barra da roupa de Eduardo com urgência e perguntou:- Papai, para onde a tia foi, afinal? Esse sangue é dela?- Não é.Eduardo respondeu pacientemente.Mas José claramente não acreditava:- Se não é da tia, então de quem é? Eu vi você arrastando a tia para fora, o que você fez com ela? Eu quero a tia...- Chega!Eduardo de repente soltou um rugido baixo, mas seus olhos estavam fixos na poça de sangue.Vendo que Eduardo não estava bem, Miguel rapidamente puxou José, que estava prestes a chorar, e consolou-o em voz suave:- Não se preocupe, sua tia ficará bem.Em seguida, pediu ao assistente para levá-lo de volta para dentro.- Miguel, me diga, esse sangue é verdadeiro ou falso?Depois de entrar n
"Mulher se assemelha à esposa do presidente do Grupo GK e tem um relacionamento ambíguo com um ator desconhecido!"O grande título capturou a atenção de Eduardo, e um brilho vermelho e feroz surgiu em seus olhos.Abaixo do título, havia algumas imagens.As primeiras imagens mostravam o cenário nevado fora da mansão no dia anterior, onde Maria estava sendo segurada horizontalmente por um jovem rapaz. Se não fosse Rodrigo, quem poderia ser?A última imagem era uma comparação entre duas fotos, uma mostrando a aparência atual de Maria e a outra mostrando a aparência de cinco anos. As duas fotos destacavam especialmente as características faciais, enfatizando deliberadamente as sobrancelhas e os olhos das pessoas.Os dois pares de sobrancelhas e olhos eram quase idênticos.Ao examinar as notícias diante dele, Eduardo rasgou instantaneamente o jornal em pedaços, e seu belo rosto afundou na escuridão.- Fernando!Fernando entrou apressadamente, com uma aparência sonolenta, claramente ele acab
“Onde estou?”“Depois que Eduardo me jogou na neve, eu desmaiei. Quem me salvou?”Ela se levantou lentamente, observando cautelosamente ao redor.Nesse momento, o som da porta se abrindo veio do lado de fora.Ela se assustou e rapidamente fingiu estar dormindo.Com a porta aberta, uma figura ligeiramente familiar entrou.Devido à pouca iluminação, ela não conseguia ver claramente quem era.Quando a pessoa acendeu a luz do quarto, ela percebeu que era Rodrigo.- É você?Ela exclamou, surpreendida.Rodrigo, ao ouvir sua voz, olhou em sua direção com alegria e disse:- Você acordou. Trouxe comida para você. Levante-se e coma enquanto está quente.Maria levantou-se confusa:- Como vim parar aqui? Onde estamos?- Quando passei por uma área coberta de neve, te vi desmaiada no chão e decidi te resgatar.Ele olhou ao redor e continuou:- Este lugar não é meu. Por causa das notícias de hoje de manhã, tive que te trazer escondida para este lugar remoto, caso contrário, os paparazzi achariam que