Jacarias balançou a cabeça.- Ele desapareceu tempo depois, ou seja, depois de saber que sua mãe se casou novamente, ele sumiu. Ninguém sabe para onde ele foi. Algumas pessoas afirmam que ele já faleceu. Outros dizem que se escondeu em algum lugar onde ninguém o reconhece. Cláudio também não tem ideia de onde seu pai esteja.Maria apertou os lábios. De fato, Cláudio raramente mencionava seu pai. Provavelmente, desde que seu pai foi enviado para o exterior, eles perderam o contato.- Após Márcio ser enviado para o exterior, eu tive que deixar Cidade C por alguns anos devido a questões familiares. Quando voltei, as coisas já haviam mudado consideravelmente. Como você é filha de um conhecido meu, eu tinha algum interesse em saber sobre você. Quando soube que você havia sido presa, eu acompanhava constantemente sua situação. - Jacarias deu uma tragada no cigarro e continuou a falar. - Por coincidência, na véspera de Ano Novo, eu estava saindo para jantar com amigos e, quando estava volta
Jacarias ficou subitamente em silêncio, fumando de maneira pensativa.Maria percebeu que sua expressão, de repente, ficou séria.Nervosa, ela o encarava sem se mover.Depois de um longo momento, Jacarias finalmente abriu a boca novamente.- No passado, a explicação oficial foi que naquela noite estava muito frio. Enquanto estávamos festejando, ativamos o sistema de aquecimento, mas de repente ocorreu uma falha no equipamento, o que resultou no incêndio. Em outras palavras, aquele incêndio naquela época foi um acidente.- Dessa forma, você não investigou? - Maria sentiu uma certa decepção em seu coração. Ela com certeza não acreditava que o incêndio foi um acidente. Ela se lembrava claramente de ter sido trancada intencionalmente no quarto naquela época. E também se lembrava das pessoas do lado de fora discutindo, insinuando que o incêndio foi causado por Eduardo.Jacarias balançou a cabeça: - Naquela época, a prisão ficou reduzida a destroços e não houve possibilidade de investigaç
- Algumas pessoas são naturalmente insensíveis. Se não é alguém que ele ama, mesmo que tenha o sangue dele, ele pode simplesmente ignorar.Jacarias baixou os olhos e riu levemente: - Suas palavras... Sem problemas.Nos olhos afiados do homem, passou uma pitada de brilho sombrio e autodepreciação.Ele observou silenciosamente a expressão triste de Maria, apenas fumando em silêncio.Após um bom tempo, um cigarro acabou.Ele apagou a ponta do cigarro, levantou-se e disse: - Não fique muito triste com a situação da criança. Afinal, é passado.Passado?Uma dor assim, provavelmente nunca seria superada durante toda a vida.A criança já estava formada, quase pronta para nascer. Ela podia ver claramente o rosto dele, perceber os traços semelhantes aos de Eduardo.A imagem da criança já estava profundamente gravada em seu coração.Por isso, essa dor a acompanharia para sempre.Jacarias a olhou profundamente, não disse nada, apenas virou-se e saiu silenciosamente.A sala ficou finalmente vazi
As palavras de Viviane mal tinham sido ditas, mas ao ouvir a resposta de Eduardo, ela ficou completamente atordoada.- Duba, este lugar é tão isolado. Se você me expulsar do carro, não terei como voltar.- Isso é um problema seu, Fernando!- Está bem, vou tirá-la do carro agora.Fernando riu abafadamente e rapidamente desceu do veículo, abrindo a porta traseira: - Vamos lá, Presidente Alves pediu para você sair. Quem mandou falar tão mal assim.- Feche essa boca. Você é apenas um simples assistente. O que lhe dá o direito de falar assim comigo?Fernando se vangloriou, abrindo as mãos: - Está bem, não falo mais. Mas o Presidente Alves mandou você sair, então saia logo.Viviane estava furiosa e chateada, olhando novamente para Eduardo: - Duba...- Eu vou contar até três. Se não sair, seu nome não será mais ouvido na indústria do entretenimento.Eduardo disse friamente: - Um... Dois...Viviane, com os olhos vermelhos de raiva, abriu a porta do lado oposto e disse: - Eu saio, eu saio,
Fernando ficou atônito. “Quando discutiram sobre a colaboração, ele nunca imaginou investigar Jacarias. Por que agora, após apenas um encontro, ele queria investigar o homem? Além disso, a família Jacarias na Cidade R era respeitável, e Jacarias tinha uma reputação sólida. Não havia realmente nada para investigar.”Mesmo pensando assim, ele respondeu respeitosamente: - Entendido.Eduardo bateu levemente no volante e disse: - Quero todos os detalhes sobre Jacarias, incluindo sua educação, experiência e histórico amoroso.- Por que você está investigando isso? Jacarias tem mais de cinquenta anos. Você não suspeitará seriamente que a Senhora tem algo com ele...Antes que pudesse terminar, um olhar frio de Eduardo se virou rudemente para ele.Fernando engasgou de medo e concordou apressadamente: - Certo, vou verificar amanhã. Não, vou começar a verificar hoje.Eduardo apertou os lábios, só então ligando o carro.Ele continuou a percorrer essas pequenas estradas, sem que ninguém soub
Mal as palavras foram pronunciadas, Eduardo retirou sua mão friamente.Fernando ficou perplexo, olhando para ele: - Presidente Alves?Eduardo esboçou um sorriso irônico: - Você a chama tão facilmente de "senhora", está acostumado. O que? Se um dia eu morrer nas mãos dela, você também a chamará respeitosamente de "senhora"?O semblante de Fernando mudou, parecendo que o Presidente Alves estava falando sério.Fernando apertou os lábios e sussurrou: - Não, eu só pensei que ela estava bêbada, é perigoso para ela ficar sozinha do lado de fora, então...- E o que isso tem a ver comigo? Uma frase gélida deixou Fernando sem palavras.Eduardo olhou para ele com um sorriso frio: - Mas... Se você está preocupado com ela, pode descer e ficar de olho nela. No entanto, amanhã você não precisa aparecer no Grupo GK.Fernando sacudiu a cabeça rapidamente: - Eu não estou preocupado com ela, não me importo com ela. Ela é uma inimiga mortal do nosso Grupo GK, por que eu me importaria com ela?Embora
- Quem são vocês? Pare o carro, eu quero descer, eu quero descer...Maria estava confusa, sentindo alguém a empurrar com força para dentro do carro. Tentou abrir a porta com força, mas esta simplesmente não cedia. Inclinando-se para frente, agarrou o braço do motorista: - Pare o carro, pare o carro...As sobrancelhas de Eduardo se contraíram, afastando impacientemente as mãos da mulher. No entanto, ela inclinou-se novamente, puxando a roupa em seu peito: - Para onde você está me levando? Pare o carro, eu não quero ficar aqui, pare o carro.Maria, bêbada, não controlava sua força, puxando a roupa dele com muita intensidade, provocando dor em sua ferida no peito. Sentindo a dor, ele percebeu claramente a crueldade e insensibilidade da mulher naquele momento.Irritado mais uma vez, ele afastou as mãos dela. Mas Maria não desistiu, continuou a puxá-lo, incomodando-o.De repente, chegaram a uma curva. Eduardo estreitou os olhos maliciosamente e virou bruscamente o volante. Uma curva
O vômito respingou por todo o jeans de Eduardo, deixando seu rosto completamente sombrio. Ignorando o fato de que a mulher ainda se sentia mal e vomitava, ele a afastou com um gesto brusco.Maria, jogada novamente no chão, apoiava-se com as mãos, vomitando descontroladamente, desejando cuspir tudo o que estava em seu estômago.Vendo-a assim, Eduardo sentiu uma explosão de raiva.- Se não consegue beber, por que diabos bebe tanto? Eu nunca deveria ter me incomodado com você! - Eduardo gritou, olhando para ela.Depois de vomitar por um tempo, Maria suspirou aliviada e disse: - Quem disse que você precisa se preocupar? Quem você pensa que é?Eduardo rangeu os dentes com força: - Ótimo, muito bem. Então, fique aqui e se vire sozinha.Depois de dizer isso, ele virou as costas e entrou no carro sem olhar para trás. O carro partiu instantaneamente, desaparecendo na noite.Maria ficou sentada no chão, atordoada. Ela observou o carro sumir no horizonte, murmurando para si mesma: - Quem dis