Eduardo avistou a mulher, sem saber quando, escalando uma grande pedra. Em suas mãos, ela segurava a metade de uma grama, torcendo-a habilmente para formar um círculo.- Eduardo, olha, um anel.Ela balançou o anel feito de grama para ele, sorrindo com os olhos curvos, como da primeira vez que ele a viu. Ele sempre apreciou o sorriso dela quando era jovem; ao sorrir, os olhos límpidos dela eram tão belos quanto a lua crescente.Mas quanto tempo fazia desde que ele não via esse sorriso?Sob a luz fraca, aquele sorriso límpido parecia se sobrepor ao sorriso em sua memória, fazendo seu coração bater involuntariamente.- Eu fiz este anel. É bonito, não é?Maria colocou o anel de grama no dedo anelar e abriu a mão para que ele visse.Eduardo apertou os lábios, demorando um pouco antes de dizer: - É bonito.- Não é? É bonito.Maria parecia muito feliz. Ela acariciou o anel de grama em seu dedo, murmurando para si mesma: - Naquela época, eu também fiz um para você, mas... Você jogou fora.
Antes que ele pudesse alcançá-la, Maria deu um passo em falso e caiu do alto da pedra.- Ai!Ela se levantou, segurando o tornozelo, chorando para ele de maneira muito injusta: - Meu pé está doendo muito.Eduardo foi até ela, observando seu estado, sem ter ideia do que dizer.Depois de suportar por um tempo, ele finalmente disse com os dentes cerrados: - Bem feito!O coração de Maria ficou ainda mais magoado.Ela baixou a cabeça, tocando o próprio tornozelo, sem dizer uma palavra por um longo tempo.Eduardo olhou para o céu, controlando a raiva, e perguntou impacientemente: - Você ainda consegue ficar de pé?Ele sabia que tinha cometido um erro ao trazê-la aqui, ao permitir que ela agisse de maneira imprudente.Ele deveria tê-la levado de volta ou levado-a até Cláudio, assim ele não teria mais problemas.Mas não importa o quanto ele se arrependesse, não podia simplesmente deixá-la sozinha aqui.Ele estava ficando cada vez mais irritado.Esmagou o cigarro no chão, pisoteando-o com fo
“Afinal, ela não estava fingindo, o pé dela estava realmente torcido?”Pensando nisso, ele levantou repentinamente o pé dela.Maria ainda estava zangada, fazendo menção de puxar o pé de volta, mas Eduardo segurou firmemente sua panturrilha, não permitindo que ela escapasse.- Não se mexa! - Ele ordenou, com voz baixa.Maria se sentiu ainda mais injustiçada e começou a chorar incontrolavelmente.- Eu não quero que você se intrometa, me solte! Quem você pensa que é? Eu não quero que você se intrometa!O semblante de Eduardo escureceu.Ele realmente não gostava quando essa mulher estava bêbada.A tolerância ao álcool dela era realmente muito ruim.Se ela simplesmente adormecesse ao ficar bêbada, estaria tudo bem. No entanto, ela agia como uma criança mimada quando estava embriagada.Eduardo ignorou as lágrimas dela e calmamente começou a retirar seus sapatos e meias.Quando ele puxou um pouco a perna da calça dela, Maria involuntariamente respirou fundo.O tornozelo dela estava tão incha
Ao abrir a porta do banheiro, deparou-se com a mulher deitada no chão, com lágrimas escorrendo descontroladamente. Ao vê-la nesse estado, a fúria tomou conta dele.- O que você está fazendo novamente? Não pode simplesmente ficar sentada no sofá como uma pessoa normal? - A voz impaciente e repreensiva do homem ecoou.Maria, com expressão de injustiça, mordeu os lábios e permaneceu em silêncio. Eduardo, também em silêncio, aproximou-se e a abraçou. Ao virar as costas, percebeu surpreso que o vaso sanitário não tinha sido descarregado. Ficou perplexo e, instintivamente, olhou para a mulher em seus braços. - Foi por causa da urgência de ir ao banheiro, não foi...Maria, ainda mordendo os lábios, não respondeu nem olhou para ele. Eduardo apertou os lábios e perguntou: - Machucou muito quando caiu? Era uma pergunta praticamente desnecessária; se não tivesse machucado, ela não estaria chorando.A mulher continuou mordendo os lábios, sem dizer uma palavra. Eduardo suspirou suavemente
- Presidente Alves, você ainda não dormiu? Então... Então eu não estou atrapalhando algo bom, não é?Do outro lado do vídeo, Fernando riu maliciosamente. Eduardo revirou os olhos, resmungando friamente: - Você realmente está atrapalhando algo bom. Seu desempenho como assistente está piorando cada vez mais.O sorriso de Fernando instantaneamente se congelou. - Então... Presidente Alves, continue com o que estava fazendo. Amanhã eu informo novamente.Eduardo não quis mais brincar com ele e disse com voz séria: - Vamos ao assunto.Fernando também não ousou sorrir mais, com uma expressão séria disse: - Você me pediu para investigar o Jacarias, certo? Eu já descobri tudo.- Diga!- Jacarias é o filho mais velho da família Fonseca. Ele sempre foi muito inteligente desde jovem, com uma mente empreendedora. Formou-se em uma universidade renomada e, logo após a formatura, iniciou seu próprio negócio para provar sua habilidade. Mais tarde, assumiu todos os negócios da família Fonseca com su
Maria engoliu em seco, sentindo medo percorrer suas veias. Ela escondeu metade do rosto no peito de Eduardo, apontando para as cortinas que balançavam ao vento.- Foi por ali que ele entrou, tão assustador, tão terrível...Eduardo começava a perder a paciência. Puxou a mulher em direção à janela. Maria se encolheu com medo, mostrando apenas metade do rosto. Ao chegando à beira da janela, Eduardo puxou as cortinas para cima e olhou ao redor, não há nenhum fantasma, não há nada.- Onde está o fantasma? - Ele puxou Maria para fora e apontou para as cortinas brancas, perguntando. - Diga-me onde está o fantasma.Maria mordeu o dedo, andando para lá e para cá atrás das cortinas, com uma expressão perplexa: - Mas cadê o fantasma? Para onde ele foi?Ao ver seus movimentos infantis, Eduardo apenas massageou as têmporas, sem palavras.- Você certamente está tendo um pesadelo. Agora, vá dormir. - Disse ele com paciência, virando-se para sair. No entanto, Maria gritou novamente, agarrando se
- Você está se maquiando no meio da noite, para quem você está se arrumando? Maria ficou surpresa, olhando para ele. - Estou me arrumando para você, é claro. Eduardo olhou para o rosto dela, que parecia um pouco engraçado, sem dizer uma palavra. Maria disse seriamente: - Eu ouvi dizer que os homens gostam de mulheres bonitas. Depois de me maquiar, ficarei bonita, e você vai gostar de mim.Os olhos de Eduardo escureceram um pouco. Ele olhou para os olhos claros dela e perguntou suavemente: - Por que eu deveria gostar de você? Apenas para me manipular?Maria balançou a cabeça: - Eu só espero que você possa gostar de mim.Ela continuou, segurando o rosto dela, agora coberto por uma camada espessa de base, e perguntou cheia de expectativa: - Você acha que estou bonita assim? Olhando para a expressão esperançosa dela, Eduardo mentiu com os olhos abertos: - Bonita.Maria imediatamente sorriu feliz, aproximando ainda mais o rosto exagerado dela: - Então você gosta? Eduardo aperto
Entretanto, ao perceber a expressão dela, irritada e resistente, ele imediatamente se lembrou daquela cena daquele dia. Uma dor na parte do peito onde ela o havia ferido começou a latejar vagamente. De repente, ele torceu os lábios, rindo de maneira autodepreciativa. Afinal, sempre que a desejava, só podia usar a força. Que ridículo e irônico. Ele se levantou abruptamente, colocando as mãos na cintura enquanto olhava pela janela, sentindo-se profundamente angustiado.Maria levantou-se, inclinando a cabeça para olhar para ele. Vendo que ele não se virava por um longo tempo, ela não pôde deixar de puxar a ponta da roupa dele.- Eduardo...- Saia!Assim que gritou com ela, o homem a afastou com repulsa, acompanhado por um rosnado de desgosto. Maria recuou um pouco com o grito dele. Mordendo os lábios, ela abraçou os joelhos e o observou com uma expressão de resignação e obstinação.Eduardo respirou fundo e virou-se para encará-la.- Não faça essa cara como se eu estivesse te trata