Eduardo fixou seu olhar em Maria, mas suas palavras eram dirigidas aos investidores presentes.- Nos últimos dias, Maria tem sido alvo de críticas constantes e, nesta manhã, inclusive, foi atingida por ovos e teve vegetais lançados contra ela. Como resultado, a reputação da Estrela Comunicações também sofreu uma queda significativa. Vocês têm certeza de que desejam colaborar com ela?Gael hesitou, olhando para os outros investidores.Os demais investidores também estavam indecisos.Maria lançou um olhar frio a Eduardo e se dirigiu aos investidores:- Embora a reputação da Estrela Comunicações tenha sido afetada nos últimos dias, é assim que a indústria do entretenimento funciona. Hoje, um artista está envolvido em um escândalo, e amanhã, outro artista está nas manchetes. O Grupo GK, por exemplo, também foi duramente criticado pela mídia recentemente, certo? Portanto, peço a todos que não se preocupem muito com isso. Estamos dispostos a oferecer um desconto de trinta por cento e estamos
Eduardo lançou um sorriso frio enquanto Maria o encarava com raiva. Ela apertou os dentes e aguardou em silêncio a resposta dos investidores do outro lado. No entanto, Eduardo parecia se divertir com a situação, enviando uma série de mensagens consecutivas para ela, fazendo seu celular vibrar incessantemente. Maria respirou fundo e olhou friamente para o homem ao seu lado.- O que você está planejando afinal? - Perguntou ela.- Você só precisa dar uma olhada para descobrir - Respondeu Eduardo friamente, continuando a enviar mensagens.Maria estava ficando impaciente, então finalmente decidiu abrir as mensagens. Foi quando percebeu que todas as quinze mensagens continham o mesmo conteúdo. "Vá para o banheiro." Ela franziu a testa, sem entender o que ele estava tramando. Será que ele tinha algum plano suspeito? Ela não tinha a menor intenção de obedecer. Em vez disso, colocou o celular no modo silencioso e o guardou, agindo como se não se importasse.Os investidores do outro lado
Assim que Eduardo mencionou José e Ana, Maria logo compreendeu a situação. Parecia que Eduardo estava extremamente irritado porque ela não foi buscar as crianças na creche.Embora se sentisse um pouco culpada por não ter ido buscá-los pessoalmente, não foi algo intencional, as circunstâncias a levaram ceder essa tarefa.Mas por que Eduardo estava direcionando sua raiva para ela no meio dos negócios?- É verdade que eu não fui buscar o José e a Ana na creche, mas enviei meu assistente para fazer isso. Tenho certeza de que eles estão seguros e logo estarão em casa. Eu os levarei de volta para você. - Ela explicou com sinceridade.- E isso é a mesma coisa? Eles queriam que você fosse pessoalmente buscá-los para medir a altura deles como haviam combinado, e você está aqui discutindo negócios? Maria, se você não podia fazer isso, não deveria ter concordado desde o início.- Eu... Eu... - Maria sentiu que não havia cometido erro algum, mas não conseguia encontrar palavras para argumentar co
Eduardo a observou com frieza, enquanto seu ressentimento continuava a crescer intensamente em seus olhos. Maria realmente não queria reviver o passado com ele, afinal, ela ainda tinha assuntos pendentes na sala privada. Ela se virou para Eduardo e declarou:- Mais tarde, vou levar José e Ana de volta para você.Após dizer isso, ela se retirou e se dirigiu à sala privada. Eduardo a observou com um olhar pesado, sentindo que essa mulher estava sendo extremamente insensível. Eduardo murmurou:- A diretora disse que José e Ana ainda estão na escola, esperando por você.Maria deu um passo brusco. Ela pegou o celular com pressa e verificou o horário: já era quase sete horas. A escola das crianças havia terminado às quatro horas, então isso significava que eles tinham esperado por ela por três horas?Ela olhou para Eduardo e perguntou:- Como isso é possível? Eu pedi para a Hel buscar eles.- Eu disse que eles queriam que você fosse buscá-los. Não importa quem vá buscá-los, eles se recu
Eduardo se sentou ao lado dela como se fosse a coisa mais natural do mundo e perguntou aos investidores:- Então, o que vocês acharam?Nesse momento, os investidores já haviam concluído seus cálculos. Gael sorriu para Eduardo e disse:- Estamos no mundo dos negócios há muito tempo e nunca encontramos um parceiro disposto a ceder todos os lucros para nós. Isso por si só demonstra o comprometimento da Estrela Comunicações.- Sim, é por isso que decidimos cooperar com a Estrela Comunicações.Quando Fabiano terminou de falar, Eduardo sorriu ironicamente, falando de forma indiferente:- Se a Estrela Comunicações está disposta a ceder todos os lucros a vocês, então o Grupo GK...Eduardo parou no meio da frase quando Cláudio o interrompeu com uma chamada. Ele estreitou os olhos e olhou friamente para Cláudio.- O que foi? – Cláudio perguntou.- Não é nada demais. Só queria lembrar que está ficando tarde, e talvez seja melhor finalizar essa cooperação o mais rápido possível, afinal... A Mari
O olhar intenso de Eduardo era tão apaixonante a ponto de fazer o coração de Maria dar um salto involuntário. Mas, ela rapidamente desviou o olhar e ligou o carro. O tráfego estava congestionado na estrada, com muitos carros. Maria e Eduardo levaram mais de dez minutos para percorrer uma curta distância. A atmosfera dentro do carro estava tensa, mas Maria não queria conversar com aquele homem.Era a primeira vez que ela o levava de carro, e isso a deixava desconfortável.Enquanto esperavam pacientemente em um semáforo, Eduardo resmungou friamente:- Está tão tarde, parece que você não está nem um pouco preocupada com o José e a Ana.- Por que eu deveria me preocupar com eles? - Maria perguntou, surpresa. Mesmo que fosse tarde, com Helena cuidando deles, ela achava que eles estavam apenas brincando. Não havia motivo para preocupação.No entanto, suas palavras soaram frias e insensíveis aos ouvidos de Eduardo. Ele apertou os punhos com força em seu colo. - Você... Não é digna de se
- Pai, não seja tão rígido com a tia Maria, nem culpe a tia Helena. Vamos encontrar a nossa irmãzinha logo, tenho certeza de que ela está com muito medo agora. - José estava apavorado, agarrado à cintura do pai enquanto chorava.Ana sempre teve medo do escuro e era propensa a chorar. Só de imaginar ela encolhida em algum canto, chorando ou sendo levada por pessoas más, ele sentia que estava prestes a desmoronar.Ele olhou com um olhar sério para Helena e disse em voz baixa:- O que aconteceu? Você precisa explicar todo o ocorrido para mim.Maria, segurando seu braço com dor, se levantou do chão e puxou Helena:- Não tenha medo, Helena. Onde está Ana? Pode nos contar.Helena tremia muito e tinha o rosto encharcado de lágrimas. Ela gaguejou:- Foi... Foi só que a confeitaria estava lotada. Eu... levei José para escolher doces e deixei Ana esperando na mesa, mas ao voltamos depois de pagar, Ana... Ela tinha desaparecido.Maria olhou instintivamente para José.José concordou:- Realmente
Enquanto fazia perguntas, Maria gesticulava com as mãos. O jovem casal pediu desculpas e balançou a cabeça:- Desculpe, não estávamos prestando muita atenção.Maria respirou profundamente e questionou outras pessoas, mas não obteve nenhuma pista.O beco estava quase no fim, com uma área residencial à frente. As portas das casas na área residencial estavam bem fechadas, com controle de acesso, então Ana provavelmente não estava lá dentro."Este é o cruzamento mais movimentado perto da escola. Se Ana não está aqui, para onde ela teria ido? Em apenas dez minutos, uma criança de cinco anos não poderia ter ido muito longe."Embora ela continuasse repetindo para si mesma que esta área era próxima da escola e bem segura, que ninguém teria a audácia de sequestrar uma criança, nesse momento, seu coração ainda estava em pânico, ainda tinha medo.Ela procurava ansiosamente ao redor, seu olhar atravessando as pessoas que iam e vinham, mas não encontrava nenhum sinal de criança. Ela ficou desesp