Ao ouvir isso, Viviane explodiu de raiva.- Por que raios até o tal do Daniel está dando uma força pra ela? – Uma onde de ciúmes encheu seu peito, e ela despedaçou um travesseiro cor-de-rosa com as próprias mãos.No entanto, Mariana permaneceu calma e disse:- Se todos esses homens estão babando por ela, então você tem que colocar ela pra baixo.- O que você quer dizer? - Viviane ficou momentaneamente atordoada com a fala de Mariana.- Se eles estão fazendo dela a estrela principal do jantar, então você precisa derrubar ela de algum jeito. Quanto mais alto ela subir, maior vai ser o tombo. – Esclareceu sua mãe.- Você tá sugerindo que a gente a envergonhe no jantar? – Questionou Viviane.- Eu confio que a nossa Vivi vai achar um jeito. A Vivi nunca deixa a mãe na mão, né? – Havia um sorrisinho irônico nos lábios de Mariana, e logo as duas caíram na gargalhada. - O que é isso? - Eduardo estava tomando café da manhã quando a vovó Diana jogou um jornal na frente dele.- Essa mulher ainda
- Naquela época, a mãe dela... - A avó Diana estava prestes a revelar o que ocorreu naquele ano quando Viviane entrou apressadamente.- Duba, o que aconteceu contigo, Duba? Acabei de ouvir dos empregados que o Duba desmaiou, como ele está?Miguel lançou um olhar lateral para ela, sentindo-se desanimado, especialmente ao ver a expressão assustada em seu rosto, ele mal conseguia disfarçar o desprezo em seus olhos.A avó Diana demonstrou seu desprezo mais diretamente e disse friamente:- O que você está fazendo aqui?- Eu... Eu precisava falar com o Miguel, e a Luísa me disse que ele estava aqui, então eu vim. - Viviane falou apressadamente e aproximou-se da beira da cama, com uma expressão preocupada. – Como ele está?- Ele está bem. Agora todos saiam daqui e parem de incomodar o descanso do meu neto. - A avó Diana levantou-se e expulsou todos do quarto.Miguel lançou um olhar ressentido para Viviane. Finalmente, ele tinha a oportunidade de descobrir sobre a geração anterior deles, e ess
- Vamos cuidar disso.- Vovó! - Miguel estava sem escolha. - A cicatriz no rosto da Maria foi removida por médicos estrangeiros. Embora eu tenha aprendido um pouco dessa técnica, não me sinto muito seguro fazendo esse tipo de tratamento.- Então tente. Pode usar meu rosto como cobaia, se quiser. – Suplicou Viviane.Incapaz de resistir à insistência da mulher diante dele, Miguel resmungou:- Tudo bem, tudo bem, vou tentar. Mas se a cicatriz não sumir, não reclame depois.- Claro, claro, não vou culpar você, Miguel. - Viviane assentiu emocionada, mas um brilho malicioso e calculista passou por seus olhos.Durante a madrugada, Maria despertou novamente. Ela se encostou na janela, observando as luzes coloridas do lado de fora, sentindo uma solidão e confusão nunca antes experimentadas. Desde que sobreviveu ao incêndio, seu único objetivo era lutar para continuar viva. Agora, após a sua recuperação, seu objetivo era se vingar das pessoas que a humilharam e feriram no passado. Contudo, depoi
Conforme a porta se abriu, Mariana e Viviane surgiram à entrada imediatamente. Mariana franziu a testa com força, um lampejo de frieza passou velozmente por seu rosto.- O que vocês duas estão fazendo aqui? - Surpreendentemente, Mariana e Viviane, ao contrário de sua habitual arrogância, estavam sorrindo de maneira amigável para ela.- Mariinha, que bom que você está bem. Ouvimos dizer que você estava à beira da morte, e seu pai e eu estávamos muito preocupados. - Recordando as provocações e humilhações anteriores, Maria sentiu que essas palavras soavam falsas. Contudo, ela preferiu não as desmascarar, optando por representar a farsa.- É mesmo? Então, devo realmente agradecer à tia Mariana por sua preocupação. Um dia, convido a tia Mariana para um jantar. – Respondeu Maria.- Jantar não é necessário. Eu e a Vivi viemos hoje para ver como você está e... Trouxemos algumas coisas que sua mãe deixou para você. - Quando Maria ouviu a segunda parte da frase, seu coração estremeceu, mas ela
Nunca passaria pela sua mente que Rivaldo poderia estar pensando nela. Menos ainda, que elas realmente desejavam que ela retornasse à família Rocha para uma refeição. Desta vez, utilizaram os pertences da mãe como isca, possivelmente tramando algo sombrio para prejudicá-la. Ela torceu os lábios com frieza. Acham mesmo que ela continua sendo a Maria ingênua e facilmente intimidada de antes?A campainha tocou, foram dois timbres consecutivos. Ela abriu a porta. Cláudio estava lá, em pé silenciosamente do lado de fora, se destacando no meio daquela tarde cinzenta com um sorriso suave nos lábios e uma aura de nobreza. - Viu Mariana e Viviane? - Surpreendeu-se Maria por um momento.- Como você sabe? – Cláudio instalou-se em frente a porta. - Eu vi elas lá embaixo, bem agora. - Cláudio adentrou o recinto enquanto dizia. - Elas não te importunaram, espero.Maria balançou a cabeça. - Elas trouxeram os pertences da minha mãe para mim.- E você acha que elas são tão altruístas assim? - Havia um
Maria ficou surpresa:- Seu pai e o pai do Eduardo?Cláudio confessou:- Talvez você ainda não saiba, mas meu pai e o pai do Duba eram bons amigos da sua mãe. Então, pensei que algumas coisas anotadas neste caderno poderiam estar relacionadas a eles. - Desculpe, Cláudio, mas o que está registrado neste caderno diz respeito à privacidade da minha mãe. Eu... – Maria não sabia como negar aquele pedido. - Eu entendo. Fui inconveniente. - A voz de Cláudio soou incrivelmente suave, deixando-a um pouco constrangida. - Na verdade, se você quiser saber sobre o passado deles, pode perguntar à sua avó ou aos servos mais antigos da família Alves. – Maria possuía uma feição aborrecida ao citar a vovó Diana, já que anteriormente, ela havia ofendido a própria Maria e sua mãe, acusando-as de aproveitadoras. Disse que a mãe de Maria estava flertando com o filho mais velho da família Alves e depois com o segundo filho da família Alves, ou seja, o pai de Cláudio e o pai de Eduardo.Na verdade, ela tam
Cláudio voltou a encará-la intensamente.- Meu pai se chama Márcio Alves.Um tremor percorreu o coração de Maria, e o caderno quase escorregou de suas mãos."17 de março, passeio ao Lago Safira com o Márcio. Ele de repente confessou seus sentimentos. O que devo fazer?"Márcio? Márcio Alves? Meu Deus, o pai de Cláudio era Márcio. Não é de se admirar que o nome Márcio lhe parecesse familiar. Anteriormente, sua avó mencionou que havia tido um relacionamento entre o filho mais velho da família Alves e sua mãe. Ela apenas pensou que o relacionamento não tivesse dado certo e não tinha dado mais importância. Mas com base nas anotações no caderno, Márcio realmente tinha sentimentos pela sua mãe.Cláudio se aproximou dela de repente, acariciando levemente seu cabelo, e disse sorrindo:- Então, dê uma boa olhada e veja se há registros sobre o meu pai no caderno. Se houver, me conte.- Está bem, vou... - A mente de Maria estava tumultuada.À noite, sentou-se à beira da cama, ansiosamente folheand
A última página estava tingida de tinta de maneira profundamente marcante, e a caligrafia estava distorcida, como se a pessoa que escrevera tivesse enfrentado uma agonia insuperável. O papel também estava ligeiramente inchado, como se alguém tivesse derramado água sobre ele, ou como se a pessoa que escreveu tivesse chorado sobre ele."Hoje é o aniversário da Maria. Celebramos alegremente juntas, brindando. Mas por que, ao despertar, encontrei-me na cama com Rivaldo? Os flashes das câmeras dos repórteres na porta pareciam querer me arrastar ao inferno. Estava aterrorizada e perdida, sem ninguém para me proteger. Os boatos se espalharam e as difamações insuportáveis me sufocaram. Não compreendo como tudo isso ocorreu. Apenas exagerei um pouco na comemoração do aniversário de Maria. Alguém pode me dizer o que diabos aconteceu? Márcio, sinto muito, o que devo fazer? Márcio, onde você está? Cadê você? Preciso de alguém para me ajudar, para me salvar..."Maria segurou o peito com uma mão e c