Conforme a porta se abriu, Mariana e Viviane surgiram à entrada imediatamente. Mariana franziu a testa com força, um lampejo de frieza passou velozmente por seu rosto.- O que vocês duas estão fazendo aqui? - Surpreendentemente, Mariana e Viviane, ao contrário de sua habitual arrogância, estavam sorrindo de maneira amigável para ela.- Mariinha, que bom que você está bem. Ouvimos dizer que você estava à beira da morte, e seu pai e eu estávamos muito preocupados. - Recordando as provocações e humilhações anteriores, Maria sentiu que essas palavras soavam falsas. Contudo, ela preferiu não as desmascarar, optando por representar a farsa.- É mesmo? Então, devo realmente agradecer à tia Mariana por sua preocupação. Um dia, convido a tia Mariana para um jantar. – Respondeu Maria.- Jantar não é necessário. Eu e a Vivi viemos hoje para ver como você está e... Trouxemos algumas coisas que sua mãe deixou para você. - Quando Maria ouviu a segunda parte da frase, seu coração estremeceu, mas ela
Nunca passaria pela sua mente que Rivaldo poderia estar pensando nela. Menos ainda, que elas realmente desejavam que ela retornasse à família Rocha para uma refeição. Desta vez, utilizaram os pertences da mãe como isca, possivelmente tramando algo sombrio para prejudicá-la. Ela torceu os lábios com frieza. Acham mesmo que ela continua sendo a Maria ingênua e facilmente intimidada de antes?A campainha tocou, foram dois timbres consecutivos. Ela abriu a porta. Cláudio estava lá, em pé silenciosamente do lado de fora, se destacando no meio daquela tarde cinzenta com um sorriso suave nos lábios e uma aura de nobreza. - Viu Mariana e Viviane? - Surpreendeu-se Maria por um momento.- Como você sabe? – Cláudio instalou-se em frente a porta. - Eu vi elas lá embaixo, bem agora. - Cláudio adentrou o recinto enquanto dizia. - Elas não te importunaram, espero.Maria balançou a cabeça. - Elas trouxeram os pertences da minha mãe para mim.- E você acha que elas são tão altruístas assim? - Havia um
Maria ficou surpresa:- Seu pai e o pai do Eduardo?Cláudio confessou:- Talvez você ainda não saiba, mas meu pai e o pai do Duba eram bons amigos da sua mãe. Então, pensei que algumas coisas anotadas neste caderno poderiam estar relacionadas a eles. - Desculpe, Cláudio, mas o que está registrado neste caderno diz respeito à privacidade da minha mãe. Eu... – Maria não sabia como negar aquele pedido. - Eu entendo. Fui inconveniente. - A voz de Cláudio soou incrivelmente suave, deixando-a um pouco constrangida. - Na verdade, se você quiser saber sobre o passado deles, pode perguntar à sua avó ou aos servos mais antigos da família Alves. – Maria possuía uma feição aborrecida ao citar a vovó Diana, já que anteriormente, ela havia ofendido a própria Maria e sua mãe, acusando-as de aproveitadoras. Disse que a mãe de Maria estava flertando com o filho mais velho da família Alves e depois com o segundo filho da família Alves, ou seja, o pai de Cláudio e o pai de Eduardo.Na verdade, ela tam
Cláudio voltou a encará-la intensamente.- Meu pai se chama Márcio Alves.Um tremor percorreu o coração de Maria, e o caderno quase escorregou de suas mãos."17 de março, passeio ao Lago Safira com o Márcio. Ele de repente confessou seus sentimentos. O que devo fazer?"Márcio? Márcio Alves? Meu Deus, o pai de Cláudio era Márcio. Não é de se admirar que o nome Márcio lhe parecesse familiar. Anteriormente, sua avó mencionou que havia tido um relacionamento entre o filho mais velho da família Alves e sua mãe. Ela apenas pensou que o relacionamento não tivesse dado certo e não tinha dado mais importância. Mas com base nas anotações no caderno, Márcio realmente tinha sentimentos pela sua mãe.Cláudio se aproximou dela de repente, acariciando levemente seu cabelo, e disse sorrindo:- Então, dê uma boa olhada e veja se há registros sobre o meu pai no caderno. Se houver, me conte.- Está bem, vou... - A mente de Maria estava tumultuada.À noite, sentou-se à beira da cama, ansiosamente folheand
A última página estava tingida de tinta de maneira profundamente marcante, e a caligrafia estava distorcida, como se a pessoa que escrevera tivesse enfrentado uma agonia insuperável. O papel também estava ligeiramente inchado, como se alguém tivesse derramado água sobre ele, ou como se a pessoa que escreveu tivesse chorado sobre ele."Hoje é o aniversário da Maria. Celebramos alegremente juntas, brindando. Mas por que, ao despertar, encontrei-me na cama com Rivaldo? Os flashes das câmeras dos repórteres na porta pareciam querer me arrastar ao inferno. Estava aterrorizada e perdida, sem ninguém para me proteger. Os boatos se espalharam e as difamações insuportáveis me sufocaram. Não compreendo como tudo isso ocorreu. Apenas exagerei um pouco na comemoração do aniversário de Maria. Alguém pode me dizer o que diabos aconteceu? Márcio, sinto muito, o que devo fazer? Márcio, onde você está? Cadê você? Preciso de alguém para me ajudar, para me salvar..."Maria segurou o peito com uma mão e c
“Três batidas na porta ecoaram...”Logo, a Cláudio apareceu na entrada vestindo roupas casuais, com uma postura relaxada que não conseguia ocultar a nobreza que o envolvia. Ele segurava um cigarro entre os dedos, mas ao ver Maria parada na porta, apagou-o rapidamente.- Maria, precisa de algo? - Cláudio perguntou, virando-se para abrir a janela da sala. A atenção delicada dele provocava um turbilhão de sentimentos em Maria. Ela sempre pensou que Cláudio não fumava, mas na verdade, ele evitava o cigarro na presença dela por causa de sua saúde.Pensando na triste e arrependida história entre sua mãe e o pai de Cláudio, um gosto amargo inundou sua garganta. Respirou fundo e sorriu para ele:- Estou bem, Cláudio. Meu corpo está muito melhor agora. Cheirar um pouco de fumaça de cigarro não faz mal.- Mesmo assim, é melhor cuidar. - Cláudio serviu um copo de água para ela e franziu a testa ao olhá-la. - Seus olhos...Devido à triste história de sua mãe, Maria havia chorado durante toda a noi
- Desculpe, eu... - Ele ajoelhou-se rapidamente diante de Maria, uma ansiedade nunca vista estampada em seu rosto.- Está tudo bem, não se preocupe, depois vamos rir dessa situação... - Maria balançou a cabeça, sorrindo para ele com serenidade. - Sério, não tem problema.As sobrancelhas de Cláudio estavam profundamente franzidas. Com cuidado, ele a ajudou a sentar no sofá:- Fique aqui, vou pegar o kit de primeiros socorros.- Não é necessário, é apenas um machucado superficial, posso cuidar disso sozinha. - Maria falou enquanto tentava se levantar com pressa.- Não se mexa! - De repente, Cláudio a segurou firmemente, fazendo-a sentar no sofá novamente.Maria o observou atentamente enquanto ele buscava o kit de primeiros socorros, seu coração batendo mais rápido. Por que ela tinha a sensação de que o Cláudio que estava ali era um pouco assustador? Em suas memórias, Cláudio sempre foi gentil e tranquilo. Mesmo quando a alertou sobre se aproximar de Eduardo com intenções ocultas, usou as
Maria apertou os lábios.- Não se preocupe com o que aconteceu antes, estou realmente bem - assegurou.Cláudio sorriu, sem proferir uma palavra.Maria sentiu que o clima estava um tanto pesado. Ao avistar os pedaços de vidro ainda no chão, abaixou-se para começar a limpeza.- Deixe-me fazer isso, você pode ir para casa. - Cláudio segurou seu braço.- Mas... -Maria tentou argumentar.- Obedeça, tire umas horas para você, vá para casa e descanse - insistiu Cláudio. Ele acariciou gentilmente seus olhos inchados. - Vá para casa e cuide desses olhos. Amanhã você enfrentará novamente a família Rocha. Não permita que essas pessoas zombem de você.- Está bem... - Maria lançou um último olhar para a bagunça no chão antes de sair. De repente, Cláudio falou enquanto ela se afastava:- Não tenha medo, Mariinha. De agora em diante, não serei assim na sua frente.Mas como será em outros lugares? Havia claramente segredos no coração de Cláudio, mas ela não ousava investigar."Pai, mãe está doente, v