“Três batidas na porta ecoaram...”Logo, a Cláudio apareceu na entrada vestindo roupas casuais, com uma postura relaxada que não conseguia ocultar a nobreza que o envolvia. Ele segurava um cigarro entre os dedos, mas ao ver Maria parada na porta, apagou-o rapidamente.- Maria, precisa de algo? - Cláudio perguntou, virando-se para abrir a janela da sala. A atenção delicada dele provocava um turbilhão de sentimentos em Maria. Ela sempre pensou que Cláudio não fumava, mas na verdade, ele evitava o cigarro na presença dela por causa de sua saúde.Pensando na triste e arrependida história entre sua mãe e o pai de Cláudio, um gosto amargo inundou sua garganta. Respirou fundo e sorriu para ele:- Estou bem, Cláudio. Meu corpo está muito melhor agora. Cheirar um pouco de fumaça de cigarro não faz mal.- Mesmo assim, é melhor cuidar. - Cláudio serviu um copo de água para ela e franziu a testa ao olhá-la. - Seus olhos...Devido à triste história de sua mãe, Maria havia chorado durante toda a noi
- Desculpe, eu... - Ele ajoelhou-se rapidamente diante de Maria, uma ansiedade nunca vista estampada em seu rosto.- Está tudo bem, não se preocupe, depois vamos rir dessa situação... - Maria balançou a cabeça, sorrindo para ele com serenidade. - Sério, não tem problema.As sobrancelhas de Cláudio estavam profundamente franzidas. Com cuidado, ele a ajudou a sentar no sofá:- Fique aqui, vou pegar o kit de primeiros socorros.- Não é necessário, é apenas um machucado superficial, posso cuidar disso sozinha. - Maria falou enquanto tentava se levantar com pressa.- Não se mexa! - De repente, Cláudio a segurou firmemente, fazendo-a sentar no sofá novamente.Maria o observou atentamente enquanto ele buscava o kit de primeiros socorros, seu coração batendo mais rápido. Por que ela tinha a sensação de que o Cláudio que estava ali era um pouco assustador? Em suas memórias, Cláudio sempre foi gentil e tranquilo. Mesmo quando a alertou sobre se aproximar de Eduardo com intenções ocultas, usou as
Maria apertou os lábios.- Não se preocupe com o que aconteceu antes, estou realmente bem - assegurou.Cláudio sorriu, sem proferir uma palavra.Maria sentiu que o clima estava um tanto pesado. Ao avistar os pedaços de vidro ainda no chão, abaixou-se para começar a limpeza.- Deixe-me fazer isso, você pode ir para casa. - Cláudio segurou seu braço.- Mas... -Maria tentou argumentar.- Obedeça, tire umas horas para você, vá para casa e descanse - insistiu Cláudio. Ele acariciou gentilmente seus olhos inchados. - Vá para casa e cuide desses olhos. Amanhã você enfrentará novamente a família Rocha. Não permita que essas pessoas zombem de você.- Está bem... - Maria lançou um último olhar para a bagunça no chão antes de sair. De repente, Cláudio falou enquanto ela se afastava:- Não tenha medo, Mariinha. De agora em diante, não serei assim na sua frente.Mas como será em outros lugares? Havia claramente segredos no coração de Cláudio, mas ela não ousava investigar."Pai, mãe está doente, v
Maria percebeu a alegria nos olhos dela. Com calma, ela retirou os presentes do carro junto com seus pertences.- Tia Mariana, eu sei que você adora joias, então dei um pulinho no shopping e comprei isso para você. - Enquanto falava, ela abriu uma caixa de joias, revelando um colar com pedras verdes à sua frente. Sob o sol, as pedras refletiam um brilho tão intenso que quase ofuscava os olhos.Mariana estava encantada, mas mesmo assim, fez um gesto modesto:- Essa criança... Somos todos família, por que trazer presentes ao voltar para casa? Isso é realmente gastar à toa. - Apesar de suas palavras, sua mão pegou os presentes com sinceridade e se dirigiu para a entrada da casa. - Vamos, entre, seu pai está esperando há séculos. - Mariana disse, passando carinhosamente o braço ao redor dela e conduzindo-a para dentro da casa.Assim que entraram, Maria avistou Rivaldo no sofá. A expressão de Rivaldo parecia um pouco forçada, como se estivesse tentando sorrir de forma artificial, excessivam
- Tia Mariana, deixa eu colocar em você. Olha só, o vestido que você está usando hoje combina perfeitamente com o colar. Ficaria incrível se você usasse. - Maria, com um sorriso, colocou o colar nela e pediu ao mordomo para trazer um espelho- É mesmo? - Mariana sorriu radiante se sentindo em um verdadeiro espetáculo. Ela sempre foi apaixonada por joias, e esse colar de esmeraldas era uma de suas favoritas.- Tia Mariana, veja como está lindo. – Maria segurou o espelho na frente de Mariana.- Desta vez você realmente gastou bem. Esse colar parece ser bem valioso. - Mariana assentiu várias vezes, olhando para suas mãos entrelaçadas com a de Maria.- Tia Mariana, depois de você generosamente me dar as lembranças da minha mãe e me permitir voltar à Mansão dos Rocha para procurar outros pertences dela é natural que eu queira retribuir sua gentileza com algo especial. Portanto, mesmo que esse colar seja caro, vale a pena. - Enquanto Maria falava, uma expressão de desconforto rapidamente cru
Ela sorriu educadamente para Mariana, mas seu rosto revelava algo mais:- Estou muito ocupada com o trabalho, por isso é mais conveniente morar fora. Não sei ao certo quando o rosto de Vivi vai melhorar. Talvez possamos nos encontrar no set de filmagem no futuro e até colaborar em uma peça.- Uma risada fria ecoou do lugar de Viviane. - Minha irmã realmente não precisa se preocupar com o meu rosto. O Dr. Miguel disse que meu rosto estará totalmente recuperado antes da festa do Daniel.- Isso significa que você também vai à festa? – Maria perguntou.- Claro, é óbvio. Com um evento tão grandioso, como uma superestrela internacional como eu não estaria presente? - Apesar de Viviane ter sofrido um dano em seu rosto, sua natureza arrogante e inabalável ainda permanecia.Maria deu um gole no café, sorrindo sem dizer mais nada.Depois da refeição, Mariana a levou realmente para o andar de cima para procurar os pertences deixados por sua mãe, todo o percurso parecia uma caminhada sem fim para
Hoje é o meu aniversário e você não pode simplesmente chegar e me dedicar um pouco de atenção? Ou invés de ficar reclamando? – Miguel fez um bico. - Não te desejei feliz aniversário logo de madrugada? E mandei os presentes cedo também. Isso não é suficiente para você? – Eduardo resmungou.- Eu não ligo. Hoje é o meu dia, é o meu aniversário, eu sou o centro das atenções. Você tem que obedecer tudo o que eu disser. – Miguel sorriu. Eduardo ergueu o copo para beber.- Vocês vão cantar, eu vou bater um papo com o Duba. - Miguel disse para Luísa e Fernando. Em pouco tempo, a sala voltou a se encher de cantorias, muito mais harmoniosas do que os uivos anteriores. Eduardo tomou dois goles seguidos. Sua expressão tensa e seu silêncio indicavam claramente seu mau humor.Miguel ergueu o copo para brindar com ele e então casualmente soltou:- Eu vi a Maria hoje.O movimento da bebida de Eduardo foi interrompido abruptamente. Miguel esboçou um sorriso sarcástico, intencionalmente não dizendo ma
- Você... Não terminou tudo entre vocês? Por que ainda...? - Miguel murmurou.Fernando deu um empurrão no ombro de Miguel, fazendo um sinal para ele parar de falar. Miguel olhou para o rosto sombrio de Eduardo e teve uma vaga compreensão no fundo do coração. Ele apertou os lábios e não disse mais nada. Internamente, ele não pôde evitar de reclamar. “Esse cara é sempre assim, nunca diz claramente o que pensa, sempre fazendo os outros entenderem errado. Sério!”À noite.Cláudio preparou uma mesa farta, repleta dos pratos favoritos antigos de Maria. Ele tirou o avental e, vestindo roupas confortáveis para ficar em casa, parecia elegante e descontraído. Encheu dois copos de vinho tinto e entregou um a Maria.- Daniel estará aqui em uns dez dias. Após a festa dele, sua visibilidade e contatos vão expandir completamente. Nesse momento, sua nova série poderá começar ser filmada a tempo. – Ele disse.Maria assentiu:- Agradeço a você por planejar tudo isso. Obrigada.- Não precisa ser tão form