Eu apertei a adaga com força em minhas mãos, enquanto Adam se colocava na minha frente. Todas as rapinas, lobisomens e guerreiros ficaram ao redor de Julian. Prontos para atacar quando necessário, ele abriu um sorriso cheio de dentes. -- vocês estão com medo? Não deveriam amigos. -- ele gargalhou. -- Julian, você não está bem! Você sabe que não é assim. - Ivan disse ao lado de um dos lobisomens. O olhar de Julian logo recaiu sobre ele. Ele ergueu o rosto, como se sentisse algo que ninguém ali podia sentir. -- você está sangrando Ivan. Adam se sobressaltou, o velho macho engoliu em seco. -- dá pra sentir de longe o fedor do seu sangue. -- Ivan piscou um pouco, eu dei alguns passos para o lado. -- o que aconteceu com você? -- volte ao normal Julian, ou teremos que fazer algo que você não vai gostar. -- ele abriu um sorriso ainda maior, suas presas brilhando. -- acha mesmo que conseguem me deter? Acham mesmo que são páreos para mim? -- ele deu um passo para frente, Ivan fez o me
Julian me prendeu contra uma árvore que havia ali perto, nossos corpos quentes e ofegantes um contra o outro. Eu apertava sua nuca, enquanto ele segurava com força minhas pernas. Movendo seus quadris contra mim, me fazendo sentir o quão rígido ele estava. Eu arfei quando sua língua adentrou em minha boca, me invadindo por completo. Ele estava sedento por mim, o que me arrancava sorrisos maliciosos, Conforme nos beijávamos. Ele se afastou por alguns minutos de meus lábios, mas eu não parei. Continuei beijando seu pescoço, e tateando seu peitoral. Ele soltou uma das minhas pernas, e lentamente tocou na própria ereção. Apertando, como se estivesse doendo. Eu engoli em seco, e acariciei seus cabelos. -- Julian... -- Ravena, olhe para mim. -- eu o fiz, seu rosto ainda estava como antes. Suas feições ainda eram as do duas faces, suas presas estavam muito saltadas para fora. Eu engoli em seco. -- não posso entrar em você assim, eu vou te machucar. - ele apoiou sua cabeça em meu pescoç
Julian olhou de relance para mim e para Eris. O choro de Adam ressoava alto em minha mente, eu engoli em seco. -- quem voltou Ravena? -- eu segurei suas mãos, o guiando para longe da tenda. Aquilo não deveria estar acontecendo, minha mente estava sendo tomada por vários pensamentos. Saímos da tenda, passando pelas pessoas e por alguns lobisomens, com Eris ao nosso encalço. -- Julian... Eu precisava contar isso a você, mas Camila não estava totalmente morta. -- ele arregalou os olhos, sua garganta oscilou. -- Ravena... -- ela tinha uma chance, eu não poderia deixar que ela morresse. -- ele se afastou de mim, me encarando intensamente. -- Ravena você tem noção do que fez?-- Julian eu... -- tudo ficou lento, como se o tempo parasse. Quando Camila saltou sobre mim, me jogando contra uma árvore. Ela estava pronta para cravar as garras em meu pescoço. -- CAMILA! NÃO. -- mas ela estava fora de si, ela havia acabado de voltar. E precisava de sangue, eu gritei. Quando Julian a puxou pa
Eris ficou um pouco mais com Camila na floresta, era melhor para ela naquele momento. Estar perto de mais pessoas, de humanos, ainda não era bom para ela. Eu voltei para a aldeia sozinha, logo ao me aproximar eu notei como as coisas pareciam estar diferentes. Tudo estava mais escuro, apenas com algumas tochas iluminando o centro da aldeia. Eu engoli em seco, afinal eu sabia porque. Por um momento eu quis esquecer que Ivan havia morrido, mas era algo que eu não podia fazer. Logo eu encontrei com algumas pessoas que choravam ali perto, alguns lobisomens que andavam de um lado para o outro. Como se estivessem desacreditados. Eu entrei na tenda de Ivan, Mary ainda estava ali. Elucia estava sentada no outro canto da tenda, e Julian olhava para Adam. Que parecia estar em uma espécie de estado de choque, ele não chorava mais. Mas apertava a mão do pai fortemente, como se pudesse trazê-lo de volta com isso. Logo eu me pus ao lado de Julian, ele me fitou de cima a baixo. -- como ela está
O velório se seguiu por boa parte da madrugada, e quando enfim pequenos resquícios do pouco sol que havia em rocha nublada saíram no céu, o corpo do velho macho foi levado até o mar. Adam tratou de colocá-lo em uma canoa, enquanto a água já o levava para longe. Adam ficou na enseada do oceano, enquanto lhe era entregue um arco e flecha. Que sem demora, ele usou um pouco de fogo da tocha que outro lobisomem carregava. A incendiou, segurou a flecha com força em sua mão. E então atirou em direção a canoa, a incendiando lentamente. Todos ficaram em silêncio, enquanto aquela pequena canoa em chamas se afastava indo em direção ao mar aberto. Julian segurou minha mão, fortemente. Eu pus a cabeça em seu ombro, e olhei de relance para Adam, Que não expressava nenhuma emoção naquele instante, não havia nada em seu rosto. Era como se ele tivesse se apagado, por completo. Os lobisomens que estavam ao redor, uivaram em alto e bom som. Se despedindo de seu alfa. Mary se aproximou de Adam por
Foi impressionante a velocidade que tudo aconteceu, Julian saltou contra Adam com ferocidade. Jogando-o no chão ao lado da banheira. Ele ficou sobre Adam, e começou a bater muito em seu rosto. Eu engoli em seco, tentando sair da banheira, tentando fazer algo. -- Julian o que... ? -- Mary arregalou os olhos ao ver o que estava acontecendo bem ali. Eu peguei uma toalha próxima, e sem demora me cobri. Saindo da banheira. Mary correu até Julian, tentando tirá-lo de cima de Adam. mas ele não parava de bater, ele queria quebrar a cara dele. -- JULIAN PARE COM ISSO! - gritei nervosa, me aproximando, tentando ajudar. -- que merda Julian, você vai matá-lo. -- Adam tentava se soltar, mas ele estava bêbado e fraco. E Julian havia se alimentado, então ele estava mais forte do que nunca. Eu segurei seu braço puxando-o para longe de Adam. Mas ele não parava. Mary me encarou, e então saltou contra Julian. Colocando seu braço envolta de seu pescoço. Puxando-o para trás. Usando toda a sua força,
Eu não precisei ir muito longe para encontrar Julian, ele estava aonde costumava ser a antiga fortaleza. Olhando para o que um dia foi um refúgio seguro para ele, para quem estava com ele. Eu me aproximei lentamente e logo fiquei ao seu lado, ele olhou para mim de relance. -- Julian... -- ele morreu? -- sua voz saiu áspera, fria. -- não, mas ele ficou muito mal. -- que pena, então não bati forte o suficiente. -- dava para sentir o ódio em sua voz. -- Julian Adam não estava bem. -- ele sorriu se voltando para mim. -- está tentando defendê-lo Ravena? -- não, o que ele fez foi estúpido! Foi invasivo. Mas ele estava bêbado, e em luto pelo pai. Você... Você quase o matou. -- ele apertou os punhos. -- eu deveria tê-lo matado. -- Julian... -- não Ravena, eu deveria tê-lo matado sim! Não faz ideia de como eu estava me controlando, mesmo naquela situação. -- eu vi a pontinha de seus olhos ficando vermelhos. -- tem noção do que poderia ter acontecido se você o tivesse matado? -- e
Sem que nos déssemos conta, uma semana se passou. Mas todos os acontecimentos que se seguiram, ainda eram muito recentes. A aldeia ainda estava dando tempo a Adam, para se adaptar à perda de seu pai. E eu estava escrevendo uma carta para meus pais, eu escrevia coisas que apenas eu sabia. Coisas nas quais eles saberiam que era eu, quem escrevia. Eu estava sentada em uma mesa no canto da tenda, pensando nas palavras. Quando senti uma mão acaricando minha nuca, de imediato eu olhei para trás e vi Julian. Ele estava belo como sempre, vestindo uma roupa cor vinho. Seus cabelos estavam um pouco molhados. Ele se aproximou um pouco mais, se agachando atrás de mim e beijando meu pescoço. Eu fechei os olhos e sorri. -- eu tenho que me concentrar, sabia? -- eu não estou atrapalhando ninguém. -- ele sussurrou contra minha orelha, enquanto continuava a beijar meu pescoço. Lentamente ele se levantou, e sentou atrás de mim. Já que havia um pequeno espaço na cadeira, aonde ele coube sem muita d