Na manhã seguinte eu acordei cedo, pus um vestido roxo, leve e sai pelos corredores. Julian não havia voltado para o quarto após nosso momento intenso, o que me deixava nervosa. Mas eu sinceramente não queria mais pensar sobre isso, não naquele momento. Eu andei pelos corredores, as serviçais me encarando enquanto eu passava. Após andar muito, eu acabei chegando em um belo jardim florido próximo a um belo coreto. Eu rapidamente abri um sorriso, enquanto observava aquela bela paisagem. -- Camila iria adorar esse lugar. -- disse enquanto sorria tocando algumas flores. -- que bela pintura isso daria. -- meu coração saltou no peito, enquanto eu me virava para trás. Estevão estava parado na entrada do jardim, a luz do sol reluzindo em seus cabelos loiros. Ele estava belo, vestido em um lindo traje cor vinho. Dessa vez não havia coroa em sua cabeça, logo eu me curvei. -- me perdoe Magestade, eu não queria entrar em seu jardim assim. -- ele sorriu, enquanto se aproximava com as mãos pa
Dalos apertou as amarras em minhas mãos, enquanto Estevão colocava mais Aqua benedicta, nas correntes de Julian. -- não, não faça isso Estevão. Lentamente minhas forças estavam voltando. -- ah querida, eu já fiz. -- Hector vai matar você, ele... Ele não vai ficar ao seu lado, escute. -- eu tentei me mover, mas Dalos apenas apertou mais as amarras. -- e você acha que eu sou tolo amorzinho... Eu já tenho um plano para isso. -- Julian lhe mostrou os dentes, mas Estevão apenas sorriu. -- ah Julian, o pobre vampiro burro que luta por uma causa perdida. Você... Vai morrer nas garras de Hector, da pior forma possível. -- ele gargalhou. Enquanto se voltava para mim, e se agachava ao meu lado. -- já eu... Vou aproveitar bastante dessa belezinha... Você me desafiou lá no jardim amor, não tem noção do que aquilo fez comigo. -- ele beijou meu pescoço. Eu tentava me mover, mas parecia impossível. Julian começou a se debater nas correntes. -- talvez eu fosse mais gentil se você tivesse faci
Após estraçalhar todo o corpo de Estevão, Julian ficou encarando os restos. O sangue seco já grudado no chão, enquanto o fedor de suas tripas subia pelo o ar. Eu sentia a tensão dos dois, Eris parecia ser o mais nervoso por ver todo aquele sangue. A cabeça de Estevão ainda estava ao lado do corpo, eu me empertiguei. Julian ergueu o rosto para mim, sua feição ainda muito tomada pelo ódio e a vingança. Eu me voltei para Eris. -- vá atrás de Mary, Adam e os lobisomens. Estevão prendeu eles também, só não sei onde. -- ele se empertigou, ao ouvir o nome de Mary. -- não posso deixar você aqui... Assim. -- ele indicou Julian. Eu respirei fundo, e toquei seu braço. Ouvi Julian grunir atrás de mim. -- eu me resolvo com ele, agora vá... Por favor. -- contra sua total vontade, ele assentiu e logo saiu pelos corredores. Me deixando ali, com Julian ainda muito fora de si. Ele se levantou, seus olhos tão vermelhos me fitando. Encarando meu rosto ainda machucado. Seus passos pareciam tão pesad
Descemos da biblioteca e fomos até os corredores do castelo rapidamente, mas antes eu peguei a cabeça de Estevão e pus enrolada em uma manta que encontrei. No salão de entrada, encontramos com o resto do grupo. Mary ainda parecia meio atordoada, enquanto era amparada por Adam. Eris estava obviamente tenso, e os Lobisomens estavam com eles. -- Ravena, o que aconteceu com você? -- Mary se aproximou, Adam fez o mesmo.-- seu rosto... -- ele fez menção de me tocar, mas Julian se pôs na frente rapidamente. Os dois se encararam, Mary me tocou. -- você... -- eu estou bem, estou bem agora. -- ela logo entendeu o que quis dizer e assentiu. -- aquele maldito está morto? -- ela encarou Julian. Que assentiu de imediato.-- ele não poderia ficar vivo depois do que fez. -- ele se voltou para mim de imediato. -- está certo, ele estava com Hector nisso tudo?-- sim, e aparentemente ele está vindo. -- todos se sobressaltaram. -- maldito, o que faremos agora? Você matou o rei! É questão de temp
Cavalgamos durante todo o dia, e um pouco da noite. Parando apenas para descansar um pouco, tínhamos que estar o mais longe possível de lua azul. Logo já não era mais possível ver as montanhas que cercavam o reino, o que não era sinal que estávamos totalmente seguros. Mas já era alguma coisa. Um grande exército com muitos homens, mulheres, e crianças haviam vindo conosco. Mas muitos também decidiram ficar em lua azul, o que me deixava pensativa. Paramos naquela tarde próximos a um grande riacho, e descansamos um pouco. Eu estava me lavando no rio, tentando me sentir um pouco melhor. Quando ouvi um barulho na floresta, eu me sobressaltei.-- sou eu. -- Julian disse. Rapidamente eu me empertiguei, eu estava vestida com um fino vestido amarelo, que para meu azar estava colado em meu corpo.Logo ele surgiu eu engoli em seco, seus olhos recairam sobre mim de imediato. -- eu precisava me refrescar. Ele ficou imóvel por alguns instantes, até que lentamente começou a tirar a camiseta q
Julian ficou encarando Arthur ferozmente, que logo se aproximou como se nada tivesse acontecido. -- quanto tempo meu amigo... -- ele tentou abraçar, mas antes que o fizesse, Julian lhe deu um forte soco. Que jogou o velho no chão, eu arfei. Todos se aproximaram, logo eu segurei o braço de Julian. -- seu maldito! Foi por sua causa, por sua causa que a fortaleza caiu! -- ele esbravejou. Arthur ainda parecia um tanto atordoado. -- pelos malditos deuses! Do que está falando? -- Hector, ele invadiu a fortaleza! Pouco depois que você se foi, com a carta que Ravena lhe entregou, lembra agora? -- o velho lentamente foi se colocando de pé, enquanto parecia recordar o que havia acontecido. -- pelos deuses... Eu não fazia ideia. -- ele se recostou em uma parede próxima. -- a culpa não foi inteiramente sua Arthur, eu nunca deveria ter enviado aquela carta. -- você não tem culpa menina, na verdade vocês não imaginam o que aconteceu logo após quando eu fui embora. Eu e meus garotos já estáva
Nos instalamos no palácio de Olavo, que logo se mostrou ser um lugar muito liberal. Os suditos tinham direito total de andar por qualquer canto do castelo, a qualquer hora. O que me deixou impressionada. Eu e Julian ficamos em um belo e grande quarto no segundo andar, e nossos amigos ficaram próximos. Quando entramos eu logo reparei em como o lugar era aconchegante, e quente. Haviam cores quentes a todo canto, até nas paredes. Eu me aproximei da janela, dava para se ver o reino todo dali. Eu logo senti as mãos de Julian ao meu redor, me puxando para perto enquanto ele me abraçava por trás. Eu mordi o lábio, enquanto ele apertava seu corpo contra o meu. Lentamente ele tirou algumas mechas de cabelo do meu pescoço, e começou a me beijar. Eu sorri. -- já não estamos mais no riacho. -- eu gargalhei, enquanto ele me apertava ainda mais. -- é... Mas não estamos aqui para isso. -- ele bufou, ainda beijando meu pescoço. -- não acha melhor fazermos isso em um lugar que seja nosso? -- co
Descemos as escadas do quarto, o lugar estava bem iluminado com tochas a cada corredor. Era possível ouvir a música que tocava no salão principal, eu já estava ficando nervosa. Mas o braço de Julian ao redor de minha cintura, me dava um pouco mais de confiança. Rapidamente chegamos ao salão principal, todos dançavam ao som de uma música animada que os músicos tocavam do outro lado do salão. Haviam tantas pessoas, algumas eram estranhas. Algumas usavam roupas extravagantes, enquanto outras mal usavam roupas. Aquilo me fez corar algumas vezes. Olavo estava sentado em seu trono mais a frente, enquanto Anastácia lhe servia uvas na boca. Eu franzi o cenho, rapidamente nossos amigos se dispersaram. Enquanto nós dois ficamos lado a lado. -- já está arrependida? -- um pouco. -- ele sorriu. Seu olhar se voltou para mim. -- sinto que não disse o suficiente, o quão magnífica você está. -- eu olhei para ele. -- não precisa... -- é claro que precisa, esse... Vestido em seu corpo, você!