Todos ficaram imóveis, enquanto Eris lentamente voltava a "vida." Eu o encarei perplexa, enquanto os lobisomens e feiticeiras matavam o resto dos vermes que haviam sobrado. Julian continuava agachado ao lado do amigo, enquanto sua respiração ficava irregular. -- Julian... -- sussurrei sentindo as mãos tremerem. Ao ver aquilo bem na minha frente. Ele se empertigou, enquanto seu olhar se voltava para mim. -- o que... O que faremos? -- questionei. -- eu não sei... -- Mary se aproximou de nós lentamente, enquanto as outras mulheres que haviam vindo com ela. Cuidavam do resto dos vermes, e ajudavam algumas pessoas.-- ele se transformou? -- está em processo. -- e você vai deixar ele passar por isso? -- Julian a encarou. -- o que você quer que eu faça?-- você acha mesmo que Eris iria querer virar um vampiro? Ele não iria querer isso! -- ele se pôs de pé furioso. -- você não o conhece, não sabe o que ele iria querer ou não Mary. -- ela riu sem felicidade. -- eu o conheço bem o suf
Fiquei sentada na tenda esperando Julian terminar a longa conversa que estava tendo com Ivan. Mas não estava aguentando mais, toda aquela ansiedade estava me matando. Então sai e andei até o outro lado da aldeia, entrando na casa de Ivan. Julian estava sentado na mesa de frente para o velho macho, que me encarou nervoso. -- Ravena? -- eu também quero saber o que está acontecendo. -- disse abruptamente. Julian não desviou o olhar. E logo se recostou um pouco mais na cadeira. -- achamos que alguém deu a informação da localização da fortaleza, mas... Não sabemos quem. -- eu engoli em seco. -- como assim? -- Hector não fazia ideia de onde ficava, nunca imaginou! Alguém deve tê-lo dado essa informação. -- eu senti o coração um pouco mais acelerado, enquanto me aproximava um pouco mais da mesa. Ivan me fitou mais intensamente. -- tudo bem Ravena? Parece que viu um fantasma. -- ah... Eu... Eu acho que posso ter culpa. -- Julian se sobressaltou enquanto seus olhos encontravam os me
O som dos gritos das rapinas e das pessoas que estavam em volta, me deixaram apavorada. Enquanto os lobisomens se transformavam, e iam em direção a luta. Julian e eu corremos em direção às pessoas, tentando tirar o máximo de gente dali antes que fosse tarde. Com sua rapidez anormal, e força imparável. Ele levou várias pessoas em direção a floresta escura, enquanto eu tentava ajudar o máximo que podia. Até que senti um braço ao redor da minha cintura, me virei assustada e me deparei com Adam. -- preciso ajudar eles. -- você precisa é sair daqui. - ele me puxou, mas eu tentei me desvencilhar. -- eles precisam de mim. -- Ravena você é humana, aqui você só atrapalha! Tente colocar isso nessa cabeça dura. -- sem que eu pudesse retrucar mais, ele me segurou fortemente. E me tirou dali o mais rápido possível, enquanto eu via algumas pessoas ficando para trás. Adam correu comigo para o mais longe possível da zona de guerra, e me deixou em meio a um campo limpo da floresta escura. Apenas
Ivan e os lobisomens discutiram sobre continuar na aldeia, se manter ali. Mas a melhor opção era ir pra outro lugar, afinal os vermes já sabiam a localização. E poderiam surgir a qualquer instante. -- temos uma aldeia vazia ao leste. -- Ivan disse meio exausto, enquanto a luz do sol raiava. Eu estava bocejando de sono, exausta enquanto encarava Ivan. Julian ficou mais ao meu lado, e me puxou para junto de si. Colocando seu capuz preto sobre meus ombros. Eu o fitei, ele apenas voltou sua atenção para Ivan. -- o que você acha? Pode vir conosco. -- eu tenho alguns aliados ao sul, pessoas que vão me ajudar nessa batalha. -- Ivan arregalou os olhos. -- Hector está com fogo nas veias Julian, você quer começar uma guerra agora? -- se não atarcamos agora... Ele vai continuar matando Ivan, você ouviu o que eu falei. Ele não vai parar, ele precisa ser parado. Eu vou matar esse filho da mãe. -- Ivan arregalou os olhos. E então se aproximou um pouco mais, Adam ficou ao seu lado me fitando
Voltei para o acampamento furiosa, com um conflito interno de sentimentos que eu não sabia explicar para mim mesma. Entrei em uma barraca, e logo tratei de começar a me trocar. -- Ravena escute... -- ele disse já entrando, a camisola molhada já estava em minha cintura. Meu busto estava a total amostra. Eu me virei para ele, que rapidamente olhou para onde eu não queria que ele olhasse. Eu me cobri nervosa, enquanto ele ficava parado lá. -- eu quero ficar sozinha. -- e eu quero conversar com você. -- ele se aproximou, eu dei alguns passos para trás. -- nem tudo tem que ser como você quer. -- eu nunca disse que tinha que ser como eu queria. -- ele se aproximou um pouco mais. -- você não entendi, mas eu preciso ir sozinho. -- ótimo, vá! -- como eu posso ir com você agindo assim? -- o que? -- você me trata dessa forma, sai do lago no momento que eu queria estar mais perto de você. -- eu ri com escárnio. -- é, eu vi o quão perto você queria estar. -- um sorriso irónico tomou se
Eu logo comecei a me preparar para a viagem, aparentemente ela seria longa. Os aliados que Julian conhecia estavam bem longe de nós, e para vencermos Hector, precisávamos nos apressar. Eu saí da tenda, e fui até Ivan. Que estava ao lado de Julian, Mary, Adam e Eris.-- tem certeza que vai levar ela Julian? Não vejo isso como uma boa ideia. -- Ravena é minha mulher, ela tem que estar comigo. Meus aliados precisam saber que nossa ligação é forte, não posso deixá-la aqui simplesmente. -- Adam me encarou. -- ela ficará mais segura conosco, você sabe muito bem o que pode acontecer no caminho. -- Julian olhou para ele de esguelha. -- eu posso proteger Ravena.-- pode mesmo? -- seus olhares se cruzaram, cheios de fúria. Eu me aproximei, e segurei o ombro de Julian. -- Ravena tem idade suficiente para decidir se quer ir, ou ficar, Adam. -- Mary disse rispidamente. Ele lhe lançou um olhar cortante. -- eu vou com Julian, eu... Eu sei que vocês lobisomens podem me proteger e farão isso se
Eu estava tentando vestir um vestido amarelo espalhafatoso, para eu pudéssemos ir. Quando Mary adentrou na tenda. -- deuses... Está tudo bem? -- nem um pouco. -- disse furiosa. -- estou exausta desses vestidos. -- disse olhando para ela. Mary vestia uma calça azul, e uma camiseta verde com um colete azul. Ela me fitou. -- que tal desistir desses vestidos por Enquanto? Você está indo para um lugar distante. Pode acontecer algo, é bom ter praticidade, não acha? -- eu engoli em seco. -- eu não posso usar calças. Ela sorriu. -- por quê? -- meus pais eles... Eles dizem que é coisa de cavalheiro, e eu sou uma princesa. -- ela riu. -- me diga... Seus pais estão aqui? Você quer uma calça como está? -- eu engoli em seco a encarando. -- eu quero uma calça como essa. -- ela estendeu a mão. -- venha, acho que temos quase o mesmo tamanho. E logo saimos de nossa tenda e fomos até a de Mary. Vi algumas rapinas que me olharam de esguelha, e logo adentramos no lugar onde Mary dormia. Ela ti
A viagem começou rápida, logo saímos das montanhas que cercavam Rocha nublada. Chegando nas enseadas da praia. Era estranho ver o mar novamente, Julian parecia ver minha empolgação de estar ali após tanto tempo. -- que lugar você vai querer visitar quando for livre para tal? -- eu me empertiguei sobre o cavalo. Pareciam que fazia anos que eu havia dito aquilo para ele. -- eu lia muitos livros de viagens no palácio, tem um lugar que eu sempre via nas páginas... Um lugar muito bonito, distante "elemor" um reino que fica ao sul, dizem que é sempre verde, e quente. Não há espaço para frio, ou medo. -- ele escutou com atenção, parecendo guardar a informação. -- elemor, hein... Eu já ouvi falar. Parece muito uma história infantil para mim, não acha?-- vocês também eram uma história infantil para mim, e olha onde estamos. -- ele ficou quieto um instante, um sorrisinho nasal saindo. -- tuchê, princesa. -- eu sorri. Continuamos a cavalgar mesmo a noite, os lobisomens ao nosso redor. Pro