Me levantei cedo demais aquela manhã, eu sabia que era dia, pois entravam pequenos raios de sol pelas frestas da fortaleza. Não sabia se Julian ainda estava no quarto, eu apenas vesti um outro vestido azul e saí pelos corredores. Andei um pouco e cheguei até o que parecia ser o lugar de alimentação daquelas pessoas, algumas distribuíam enquanto outros recebiam. -- acordou cedo. -- Eris disse se aproximando com uma bandeja cheia de frutas e peixe assado nas mãos. -- digamos que não dormi muito bem. -- pelo o modo como seu rosto ficou malicioso, eu tinha certeza que ele não havia entendido. -- pode ficar por aqui se quiser, é hora do café da manhã. -- ele já estava passando por mim, quando segurei seu braço. -- me dê uma bandeja, eu quero distribuir também. -- ele me fitou de cima a baixo.-- ora não é necessário. -- mas eu quero. -- insisti sorridente. Ele me encarou por alguns instantes e então me entregou a bandeja que segurava. -- apenas duas frutas e dois peixes. -- eu ass
Eu sentia o corpo bem acomodado, enquanto pequenos raios de sol refletiam em meus olhos. Acordei lentamente, e logo notei que estava deitada em uma pequena cama, em volta de um cobertor quente, no que parecia ser uma tenda. Lá fora eu ouvia vozes, sobressaltada, eu me pus de pé recordando o que havia acontecido. Eu não via bem lá fora, mas dava para notar que havia um pequeno tráfego de pessoas. -- você é um maldito estúpido! -- eu reconheci aquela voz furiosa, era Ivan. -- você sabe que nós não podemos confiar naquele sanguessuga! -- Adam esbravejou. Eu estremeci, logo corri para o outro lado da tenda e tentei encontrar um modo de fugir. Eu estava quase rasgando uma parte da tenda, quando senti um braço passar por minha cintura me prendendo contra si. Ele me jogou na cama, e eu sentia o coração a mil. Ele vestia apenas uma calça preta larga, e seu rosto estava muito sério. Ivan estava ao seu lado. -- por favor... Por favor não me façam nada! Eu imploro. Adam sorriu ironicam
Eu sabia que ele mataria todos Aqueles lobisomens, seu rosto não escondia isso. Olhei ao redor e pude ver algumas mulheres escondidas nos cantos, protegendo suas crianças. Enquanto olhavam para Julian apavoradas. Aquilo seria um massacre, então sai de onde estava parada e corri até ele. Julian ainda apertava o pescoço do lobisomem, quando um outro tentou saltar contra ele, Julian sorriu. -- você está sem jeito, Ivan. -Ele era um grande lobisomem cinzento de orelhas pontudas, eu olhei para ele enquanto corria. -- JULIAN, EU ESTOU AQUI. seus olhos recairam sobre mim. Ele me fitou de cima a baixo, enquanto sua garganta oscilava. Ele vacilou um pouco, dando tempo para o lobisomem se soltar e jogá-lo para longe. Julian rugiu ao se chocar contra as árvores. Todos os lobisomens foram para cima dele ao mesmo tempo, mas eu fui mais rápida e corri me colocando na frente. Eles pararam me encarando. -- não... Não façam nada com ele, eu imploro. -- os lobisomens rugiram para mim. Julian se
Voltamos à fortaleza de Julian em total silêncio. Ele ainda parecia muito tenso e nervoso, mas eu não conseguia compreender o motivo. Afinal nós havíamos conseguido a ajuda da alcatéia de Ivan, ele deveria estar feliz. Mas não foi o que aconteceu, quando adentramos ele mandou Eris me guiar até o quarto. E quando o fez, eu fiquei sozinha. Passei muito tempo andando de um lado para o outro naquele quarto, e comecei a me sentir culpada. Será que ele estava bravo comigo? Durante todo o percurso ele ficou quieto, quando chegamos mal olhou para mim. Eu tentei me acalmar, troquei de roupas e fiquei no quarto durante muito tempo. Mas ele não apareceu, aquilo foi a gota d'água para mim. Furiosa talvez comigo mesma, eu sai daquele quarto. E subi as escadas, seguindo para sua sala de reuniões. Eris saiu assim que surgi, ele me olhou de cima a baixo. -- ele quer ficar sozinho. -- eu quero falar com ele. -- não será possível. -- eu sou esposa dele, para todos os efeitos! Diga que quero fala
Continuamos a nos beijar com intensidade, enquanto nossos corpos se chocavam um contra o outro. Nossas línguas travavam uma luta intensa em nossas bocas, eu tateava o corpo de Julian querendo mais, implorando por mais. Enquanto suas mãos desciam por minhas costas, apertando meus quadris com força. Eu arfava a cada toque, enquanto ele se afastava por um instante de meus lábios e descia até meu pescoço. Deixando beijos leves, e molhados contra minha pele. Mas então... Ele parou. Por um instante, observando meu pescoço. Como se estivesse vendo algo que mais ninguém pudesse ver. Eu notei a pressão de seu corpo contra o meu, o modo como ele ficou quente. -- Julian? -- ele continuou a encarar meu pescoço, então suas mãos subiram até meu cabelo. Ele os entrelaçou entre os dedos, enquanto se aproximava de meu pescoço um pouco mais. Sua garganta oscilou. -- Julian! -- eu bati em seu ombro, ele me encarou. Seus olhos estavam arregalados, seus lábios ainda inchados de nosso beijo tão intenso.
Adam me puxou o mais forte que podia, em direção a floresta. Enquanto aquela criatura infernal saltava em nossa direção. Sem demora, ele me jogou para frente, e ficou para trás. A criatura se chocou contra ele. -- MORRA MALDITO! -- ele rugiu, enquanto tentava matar aquela coisa. Mas ele se debatia muito, indo para frente e para trás de forma muito rápida enquanto uma gosma estranha escorria por sua boca. Eu arfei, Adam se virou para olhar para mim. -- VÁ EMBORA RAVENA, EU CUIDO DISSO! -- eu fiquei parada por um instante, ainda sem conseguir me mover. Mas minhas pernas me forçaram a correr, e logo eu adentrei Floresta adentro, enquanto Adam lutava ferozmente contra aquele demônio pálido. Eu corria, me chocando contra as árvores e pedregulhos, a minha frente. Meu vestido ficou preso em um galho, que logo eu puxei. Rasgando-o. Mas eu continuei a correr, quando ouvi sons de árvores batendo atrás de mim. Como se uma manada desenfreada de veados estivesse vindo em minha direção. Mas eu
Quando acordei naquela manhã, me sentia um tanto diferente. Eu havia tido inúmeros sonhos com Julian, que me deixavam vermelha só de lembrar. Vesti um vestido qualquer, deixei meus cabelos soltos e logo rumei até sua sala, sem me importar com o café da manhã. Eris não estava na porta, quando entrei ele estava na sala conversando com Julian. Que estava com pés sobre a mesa, enquanto estava recostado contra a cadeira. Ao me ver ali, ele não esboçou nenhuma reação anormal, mesmo após nosso encontro acalorado da outra noite. -- bom dia. -- disse meio nervosa. Eris se pôs de pé. -- precisa de algo Ravena? -- gostaria de falar com Julian a sós. -- ele se virou para Julian. Que por sua vez, acenou com a cabeça. E logo Eris nos deixou. Quando me voltei para ele, seu olhar estava fixo em mim. Me deixando vermelha. -- fale. -- me aproximei da mesa Lentamente, sentando de frente para ele. De uma certa distância, meu coração estava meio acelerado. -- que tipo de relação nós temos? -- ele n
Fiquei parada ao lado de Eris, meus olhos fixos em Julian. Enquanto ele afastava seu olhar de mim, e voltava para o verme novamente. -- não caio tão fácil nesses jogos maldito... Eu sou bem familiarizado com eles. -- o verme gargalhou, eu franzi o cenho imaginando o que aquilo poderia significar. -- então pode continuar.-- com prazer. -- ele usou a agada e cortou o dedo do verme fora, a criatura berrou enquanto se debatia na cadeira. Meu coração acelerou. Quanto mais Julian enfiava aquela adaga em partes do corpo do verme, eu via em seus olhos. Um sorriso feroz, um sorriso vingativo que dizia como ele gostava daquilo. A cada grito, e sangue que jorrava da criatura ele não parava. Eu estremecia a cada golpe. -- que tal você falar monstro? -- tem... -- o verme cuspiu sangue. -- tem certeza que está se referindo a mim? Julian gargalhou de forma grutal e feroz. -- vai ter... Que fazer melhor. Julian abriu um sorriso grutal, enquanto se voltava para Eris. -- tire ela daqui. -- E