Continuamos a nos beijar com intensidade, enquanto nossos corpos se chocavam um contra o outro. Nossas línguas travavam uma luta intensa em nossas bocas, eu tateava o corpo de Julian querendo mais, implorando por mais. Enquanto suas mãos desciam por minhas costas, apertando meus quadris com força. Eu arfava a cada toque, enquanto ele se afastava por um instante de meus lábios e descia até meu pescoço. Deixando beijos leves, e molhados contra minha pele. Mas então... Ele parou. Por um instante, observando meu pescoço. Como se estivesse vendo algo que mais ninguém pudesse ver. Eu notei a pressão de seu corpo contra o meu, o modo como ele ficou quente. -- Julian? -- ele continuou a encarar meu pescoço, então suas mãos subiram até meu cabelo. Ele os entrelaçou entre os dedos, enquanto se aproximava de meu pescoço um pouco mais. Sua garganta oscilou. -- Julian! -- eu bati em seu ombro, ele me encarou. Seus olhos estavam arregalados, seus lábios ainda inchados de nosso beijo tão intenso.
Adam me puxou o mais forte que podia, em direção a floresta. Enquanto aquela criatura infernal saltava em nossa direção. Sem demora, ele me jogou para frente, e ficou para trás. A criatura se chocou contra ele. -- MORRA MALDITO! -- ele rugiu, enquanto tentava matar aquela coisa. Mas ele se debatia muito, indo para frente e para trás de forma muito rápida enquanto uma gosma estranha escorria por sua boca. Eu arfei, Adam se virou para olhar para mim. -- VÁ EMBORA RAVENA, EU CUIDO DISSO! -- eu fiquei parada por um instante, ainda sem conseguir me mover. Mas minhas pernas me forçaram a correr, e logo eu adentrei Floresta adentro, enquanto Adam lutava ferozmente contra aquele demônio pálido. Eu corria, me chocando contra as árvores e pedregulhos, a minha frente. Meu vestido ficou preso em um galho, que logo eu puxei. Rasgando-o. Mas eu continuei a correr, quando ouvi sons de árvores batendo atrás de mim. Como se uma manada desenfreada de veados estivesse vindo em minha direção. Mas eu
Quando acordei naquela manhã, me sentia um tanto diferente. Eu havia tido inúmeros sonhos com Julian, que me deixavam vermelha só de lembrar. Vesti um vestido qualquer, deixei meus cabelos soltos e logo rumei até sua sala, sem me importar com o café da manhã. Eris não estava na porta, quando entrei ele estava na sala conversando com Julian. Que estava com pés sobre a mesa, enquanto estava recostado contra a cadeira. Ao me ver ali, ele não esboçou nenhuma reação anormal, mesmo após nosso encontro acalorado da outra noite. -- bom dia. -- disse meio nervosa. Eris se pôs de pé. -- precisa de algo Ravena? -- gostaria de falar com Julian a sós. -- ele se virou para Julian. Que por sua vez, acenou com a cabeça. E logo Eris nos deixou. Quando me voltei para ele, seu olhar estava fixo em mim. Me deixando vermelha. -- fale. -- me aproximei da mesa Lentamente, sentando de frente para ele. De uma certa distância, meu coração estava meio acelerado. -- que tipo de relação nós temos? -- ele n
Fiquei parada ao lado de Eris, meus olhos fixos em Julian. Enquanto ele afastava seu olhar de mim, e voltava para o verme novamente. -- não caio tão fácil nesses jogos maldito... Eu sou bem familiarizado com eles. -- o verme gargalhou, eu franzi o cenho imaginando o que aquilo poderia significar. -- então pode continuar.-- com prazer. -- ele usou a agada e cortou o dedo do verme fora, a criatura berrou enquanto se debatia na cadeira. Meu coração acelerou. Quanto mais Julian enfiava aquela adaga em partes do corpo do verme, eu via em seus olhos. Um sorriso feroz, um sorriso vingativo que dizia como ele gostava daquilo. A cada grito, e sangue que jorrava da criatura ele não parava. Eu estremecia a cada golpe. -- que tal você falar monstro? -- tem... -- o verme cuspiu sangue. -- tem certeza que está se referindo a mim? Julian gargalhou de forma grutal e feroz. -- vai ter... Que fazer melhor. Julian abriu um sorriso grutal, enquanto se voltava para Eris. -- tire ela daqui. -- E
Me empertiguei ao lado da cama. -- eu posso ir Julian, posso falar com ele. -- não, não pode. -- ele se voltou para mim. -- mas por quê não? -- Ravena aquela coisa tem ideias terríveis sobre você, isso está totalmente fora de questão. -- ele se pôs de pé indo até Eris.-- Julian você precisa de ajuda para descobrir informações, a criatura quer falar comigo! Porque não unir o útil ao necessário? -- ele parou e respirou fundo. -- não Ravena. -- pois eu digo que vou. -- seu olhar recaiu sobre mim como tempestade. Ele veio em minha direção, mas eu não recuei. -- não vamos fazer isso novamente. -- isso o que?-- você ficar me desafiando assim. -- eu pus as mãos nos quadris. -- Julian é só uma conversa. -- não é só "uma conversa" essa coisa vai querer mexer com sua cabeça, e concerteza vai conseguir. Deixe isso conosco. -- ele tentou se virar, mas eu segurei seu braço. Seu olhar encontrou o meu de forma feroz. -- Julian, você é Eris podem até ficar do outro lado da porta, caso el
Subimos até o quarto novamente, e quando adentramos. Julian fechou a porta atrás de si, e antes que eu pudesse esboçar alguma reação, o homem me prendeu contra a parede. Colocando as mãos sobre minha cabeça, e me encarando intensamente. -- Julian... -- não consigo expressar o quão maravilhosa você foi, Ravena. -- sua voz saiu em um sussurro rouco. Eu prendi a respiração. -- eu só fiz o necessário. -- você me deu algo para trabalhar, me deu o que eu precisava. A informação crucial, não seja tão modesta. -- ele segurou meu queixo. Meu coração disparou dentro do peito. -- não quero que você o mate. -- seus olhos desviaram de meus lábios, e focaram em meus olhos. -- o que? -- não quero que o mate, por favor. -- ele franziu o cenho. -- Ravena não precisamos mais dele. -- precisamos sim, eu posso tirar mais informações dele se o encontrar novamente. -- ele se afastou de mim bruscamente, andando em direção a cama com as mãos nos quadris. -- você não vai encontrar ele novamente. --
Fiquei imóvel o encarando, meu corpo não respondendo a qualquer comando de correr. Olhei em direção a porta, mas sem que me desse conta, ele saiu de onde estava e ficou em frente a porta sem nenhuma dificuldade. -- não faça essa burrice querida. -- um pouco de sangue escorreu por sua boca. Eu dei mais alguns passos para trás, sem desviar os olhos dele. -- você está... Deliciosa nesse vestido. -- meu corpo arrepiou. -- como você saiu? -- minha voz estava trêmula. -- eu consegui quebrar os meus dois braços. -- ele os ergueu para mim. -- depois quando os soltei, eu consegui me abaixar e soltar o resto. -- uma risada grutal saiu de sua garganta. -- quando bebi o sangue delicioso da sua serviçal, eles voltaram ao normal. -- todo o meu corpo tremia, eu olhava para ele. Sabia que estava próxima do meu fim, ou pior ainda. -- você a matou? -- não sobrou sangue no corpo dela, não se preocupe... Logo ela voltará. Meu coração ficou ainda mais acelerado, eu estava lutando contra a vontade
Quando acordei no dia seguinte, ele já não estava mais ao meu lado na cama. Mas eu sentia sua presença, lentamente pus os pés para fora da cama e me surpreendi quando Eris abriu a porta com uma bandeja de café da manhã. -- bom dia, como está? -- ainda meio nervosa. -- sentei na beira da cama. Ele me lançou um olhar gentil, enquanto se aproximava. -- onde ele está? -- ontem a noite foi meio difícil pra ele. -- logo ele me entregou a bandeja. -- ele precisou ir se alimentar, antes que... Perdesse o controle, completamente. -- eu o fitei. -- Adelaide ela... Ela virou? -- ele engoliu em seco. -- não, ele não a transformou. Só disse aquilo para assustá-la. Eu me empertiguei. -- como alguém vira? -- não sei se é hora para falar sobre isso. -- se eu estou perguntando, é Porque quero saber Eris. -- ele ergueu uma sobrancelha. -- está bem... Você precisa ser mordida, de uma forma profunda que a deixe a beira da morte, e em seu organismo precisa ter o sangue do vampiro. -- eu franzi