Fiquei tão desnorteada e apavorada em deixar a Olívia que nem sequer notei que tínhamos nos livrado da polícia e chegado ao aeroporto, um jatinho nos esperava e nosso primeiro destino era o Canadá, a mãe de Jason estava lá e foi para onde mandamos as crianças.
— Tudo bem? — Ryan se sentou ao meu lado após entrarmos no avião.
— Sou eu que te pergunto, como você está? Indo pra outro país, deixando seu filho e sua noiva.
— Daqui alguns dias ela vai me encontrar, está na casa de uma tia dela cercada por seguranças, então, eu estou bem, sei que vou vê-los em breve. — Dei um leve sorriso de conforto por ele. — Mas e você?
Duas semanas, foi o tempo necessário para planejar tudo. Duas semanas dormindo amontoados, duas semanas presos dentro de uma casa pequena, duas semanas nos escondendo.Duas semanas.Mas estávamos prontos, documentos falsos em mãos, a localização da Melissa e do Sebastian, armamento e munições, dinheiro suficiente para pagar qualquer um que fosse nos ajudar, até mesmo alguns policiais.Era noite e Rose fez questão de nos fazer um jantar especial, ela conversava com cada um, contava piadas e histórias antigas, até mesmo as artes do Jason quando criança, todo
Dois anos depois…Há dois anos nós decidimos nossa rota de fuga, ilhas Canárias era o nosso destino, um arquipélago espanhol ao largo da costa noroeste da África. O melhor lugar para fugitivos do fbi, não podíamos ser extraditados, ninguém poderia colocar as mãos em nenhum de nós.O dia estava ensolarado, lá fora devia estar fazendo quase trinta e cinco graus, Justin e Alice me perturbaram a manhã inteira para irmos a praia, e se não fosse por Madson eu teria mesmo os levado, mas o sol estava muito quente, iria fazer mal a eles, mas ninguém conseguia colocar na cabeça da Alice que faria mal a sua pele branquinha se ela ficasse tanto tempo no sol. Eu não conseguia acreditar que aquela garota tinha nascido em um país frio, de
Christian dirigia o carro em alta velocidade pela cidade, tentava chegar ao hospital usando caminhos alternativos, não queríamos pegar uma avenida lotada, com certeza iríamos chamar atenção, e não era o que queríamos naquele momento.Demorou mais que o esperado para que chegássemos ao hospital, Richel estava gelada, sua boca estava roxa e eu mal sentia sua pulsação. Quando finalmente chegamos ao nosso destino eu gritei por ajuda, o lugar estava cheio, a atenção que não queríamos nas ruas com certeza iríamos ter ali.— O que houve com ela Jason? — Peter perguntou após chamar alguns enfermeiros com uma maca.— Levou um tiro no peito, ela devia estar c
— Parabéns, é uma menina — escutei a médica em meio ao choro de Alice. O nome escolhido por meu pai, em homenagem a minha mãe, que sonhava em ter mais uma filha com esse nome.— Posso vê-la? — Pedi, ainda exausta por ter feito tanto esforço, mas com meus olhos cheios de lágrimas de emoção.Com cuidado, Alice foi colocada em meus braços, enrolada em um lençol cor de rosa já não chorava mais. Passava levemente meu polegar por sua pele fina e lisa, sorridente, vi minha filha suspirar ao sentir meu toque e um leve sorriso aparecer em seus pequenos lábios. Mesmo sendo nova, o dom de ser mãe havia chegado a mim, e ao ver o rostinho de Alice, já não sentia tanto arrependimento de ter a concebido. Vingança? Era uma boa palavra para o “ato insano” que eu iria cometer segundo alguns, mas eu julgava como um ato desesperado, um último apelo de uma mãe, a última tentativa de encontrar minha filha.Quando eu era mais nova, escutava as pessoas dizerem que as mães são capazes de fazer tudo por seus filhos, que passariam por cima de tudo e de todos para protegê-los, e comigo não seria diferente, eu seria capaz de tudo pela minha filha, venderia minha alma ao diabo se fosse necessário, mas eu a teria de volta.— Fez o que eu mandei? — foi minha primeira fala ao entrar naquele escritório, Matthew fez sinal de negação e me deu um sorriso forçado como resposta.— Bom dia Richel, euCapítulo 1
Voltei para casa sem a resposta que eu queria, mas como consolo, Jason prometeu me dar algo definitivo até o fim da semana. Não nego que me senti frustrada por não receber a resposta concreta, achei que aquela união era o que ele mais queria, mas, por algum motivo precisou pensar.— Agarrou um marido? — Assim que entrei em casa fui recebida com o puro deboche.— Não teste a minha paciência, Matthew! — Coloquei as chaves do carro na mesinha próxima a porta.— Alguém não conseguiu o que queria. — Me olhou sorrindo, parecia feliz em me ver frustrada por não ter a resposta esperada.
Jason McKaneEstava em meu escritório andando de um lado para o outro escutando Melissa me pedir calma, eu estava ansioso não nego, poderia fechar um negócio importante e começar minha vingança dali a pouco tempo, Richel poderia chegar a qualquer momento e eu não queria perder tempo, já havia ensaiado o que dizer e quanto mais rápido fosse a conversa mais rápido as coisas iriam acontecer. Não demorou muito para que eu fosse avisado que ela havia chegado, Melissa queria nos deixar a sós mas eu pedi que ficasse e acompanhasse a conversa, ela melhor do que ninguém sabia dos meus interesses no possível acordo.— Richel. — Estendi a mão assim que ela entrou, me cumprimentou e olhou Melissa que estava logo atrás de mim. — Essa é a Melissa, meu braço direito. — Richel apenas lhe deu um sorriso e um aceno com a cabeça, rece
Durante a volta para casa, decidi fazer uma visita ao meu pai e dar a grande notícia. Ao entrar no quarto observei que ele dormia, pedi aos enfermeiros que me deixassem a sós com ele, parei aos pés da cama e fiquei o olhando, encarando o rosto sereno que descansava como se não tivesse feito nada de mal a ninguém.Aos poucos, notei que havia despertado, mexia algumas partes do corpo e por fim abriu os olhos, dando um grande sorriso ao me ver, senti meu sangue ferver ao vê-lo ter aquela expressão.— Filha, veio me ver, quanto tempo. — Fez um esforço para se sentar na cama — Estava com sau…— Não seja ridículo! — O interrompi, pareceu surpreso com o meu comportamento. — Não está com s