MuralhaDei um murro forte na mesa que dividia os meus funcionários. Eles apenas abaixaram a cabeça, temendo ao medo que passei pra eles. Passaram-se dois dias, estava cansado, mal conseguia dormir e fazer minhas coisas normalmente.- Porra, vocês não Resolvem caralho nenhum - falei sério, passando a mão no rosto.Dado: Chefe, apenas a bolsa que conseguimos e as mensagens do celular - suspirou baixo - A sorte que tínhamos homens lá em baixo e eles pegaram a bolsa primeiro, caso os polícias pegassem estaríamos ferrados.- Não quero saber dessa parada agora, eu quero a Amanda aqui, porra, quero notícia de algo.Dado: Sim...Xxx: Conseguimos imagens de camera de segurança - jogou uma folhas com xerox do carro que participava. Bati meu olhar em um carro reconhecido.- Esse carro é do Ratito - murmurei.Dado: Ou seja, Menor e Ratito estão em facção rival, armaram a invasão que quase matou D7 e armaram pra sequestrar Amanda - travei meu maxilar, ficando sério.- X9 do caralho.Dado: Iremos
MuralhaDado: Chefe, infelizmente temos uma má notícia - escutei sua voz, dando um gole na minha bebida.- Outra?- murmurei.Dado: A mãe da Amanda colocou vários policiais na bota dela - o encarei dessa vez - Caso ela souber do caso de vocês, ela colocará os polícias na sua bota - deixei o copo de lado, ficando em silêncio.- Porra - passei a mão na testa - Que caralho - levantei, suspirando.Dado: Alguém da família dela sabe do seu caso? - confirmei - Então terá que fazer de tudo pra ela não contar a mãe da Amanda - fiquei em silêncio, mandando ele sair dali.- Caralho - peguei o copo em mãos jogando na direção da parede, o barulho do vidro quebrando foi ouvido - Eu odeio todo mundo!- murmurei sério.Talvez como tenha aprendido na infância, não colocar esperança em ninguém deveria estar presente na minha vida. Jamais senti um sentimento estranho como estava sentindo, saber que uma mulher precisava de proteção, mas os inimigos querendo tirá-la de perto.E sem dúvidas que isso era minh
AmandaQual seria meu futuro? Qual seria meu maior refúgio de tudo isso que está acontecendo? Como estaria minha saúde física e mental? Creio que todas essas perguntas teria uma resposta futuramente, mas o medo de ser uma resposta que não estarei preparada pra receber é doloroso em pensar.Me sentia sozinha e sem um esforço pra continuar, afinal, estava doente e nas mãos de traficantes por uma escolha em me apaixonar pelo André.Mas será que realmente sou seu ponto fraco? Até agora a resposta que obtive foi um simples não, não, ele não tem ponto fraco, ele é o André, o cara mais bruto e frio que conheci em toda minha vida.Poderia estar agora escrevendo esse verso em uma carta, explicando como estou me sentindo, como minha cabeça está, como realmente estou... sumir simplesmente sem deixar nenhuma pistas, sem minha mãe nem imaginar onde estaria. Qual seria minha explicação ao vê-la novamente? Que apanhei por estar com um bandido.Poderia tentar ao menos explicar, " mãe, me desculpa, ma
AmandaDuas semanas havia passado desde do dia que minha vida mudaria totalmente, o dia que garantia minha vida pra um bandido em não abrir minha boca pra ninguém pra não ser morta ou alguém da minha família ser machucado.Confesso que no começo, depois de tudo que havia passado nas mãos daqueles rapazes, foi difícil de lidar, mas com o tempo acostumei a sentir a dor.Minha mãe e minha irmã estavam bem e tentando lidar com a minha volta, o meu pai continua o mesmo de sempre, não para em casa e não olha na minha cara.Já meus sentimentos... eles andam fragilidados e sim, meus sentimentos sentem saudades, mas ao mesmo tempo sentem ódio. Ódio pela mentira e a justiça da forma que estava sendo feita pela mãos do André. Talvez como ele mesmo disse, meu mundo é rosa.Por acaso isso é errado? Seria errado gostar de alguém 'tão' diferente?— Meus sentimentos estão tão confusos que quanto mais penso, mais choro — escrevi por fim no papel que estava a minha frente. Assim que escutei o barulho d
Muralha Segurei meu copo entre meus dedos, dando um gole forte, em seguida foram mais um...dois...três goles. O céu quente de Rio de Janeiro, deixava o céu aberto, sem nenhuma nuvem por perto. Pô, tua mente é teu próprio inimigo, 'tá' ligado? Nesses últimos dias, virava madrugada bebendoo, única parada que odiava em fazer e ultimamente estou fazendo. Minhas madrugadas é lembrando da porra do meu passado, como um bagulho que volta a toná na minha mente e não sei o motivo, e pra tentar procurar um refúgio é a bebida ou o cigarro que tanto detesto, mas pela bebida, ela me faz querer ao menos um cigarro.Sou maluco das ideias e quando coloco algo em mente, ninguém consegue tirar. Qual era minha imaginação em mudar meus sentimentos e instintos por estar do lado de uma vadia, como a Amanda?Hoje era dia de saidinha do complexo para os chefes de hierarquia forte e meu nome estava incluso. Dado: Tenho um papo...— É sobre as atividades? Caso não for, mete o pé — falei sem olhar pro seu ros
Amanda Dei alguns passos pra fora da clínica, suspirando fundo. Hoje foi mais um dia de quimioterapia e graças as minhas orações, saiu perfeitamente bem, como havia planejado. Confesso que após todo medo em enfrentar isso aqui novamente, eu consegui.Ana: Amanda... Oi — parei de caminhar, encarando seu rosto. Porém dessa vez continha uma expressão mais triste.— Oi... — ela sorriu de lado, caminhando a minha frente.Ana: Depois de tantas semanas remoendo tudo isso que sentia, gostaria de conversar com você — desviei o olhar.— Caso for sobre o...Ana: Por favor, Amanda, faça algo ao menos uma vez — suspirei baixo, por fim confirmei.— O que você quer saber?Ana: Como vocês se conhecerem?— Isso é uma longa história e infelizmente não quero ficar revivendo. Seu filho é bem vingativo, Ana, espero que fique longe dele, pois algo que acho que ele jamais faria, seria perdoar você. Ana: Vocês dois não estão mais juntos?— neguei.— Nunca estivemos juntos.Ana: Isso tudo foi minha culpa, el
Muralha Segurei o copo entre minhas mãos, tomando um gole da minha bebida. O som alto do bar entrava no meu ouvido, enquanto várias mulheres procuravam por homens ali dentro. Estava só, fazia examente uma hora e meia que estava ali sentado. Pô, as vezes estou em um dia normal, mas surge a vontade enorme de beber, nem que seja pelo menos um copo de whisky.XXX: Juro que de longe voce chama atenção — Senti o cheiro de um perfume feminino sentar ao meu lado. Continuei sério, olhando somente pra frente, passei meu boné pra frente, dando mais um gole na minha bebida — De perto... chama mais ainda — sua voz saiu perto do meu ouvido — Qual seu nome?— Quer saber pra quê?— a olhei dessa vez, encarei aquele rosto que mantinha um sorriso safado nos lábios. Vanessa, antiga moradora do complexo, primeira mulher que me fez sentir o prazer do boquete, a única delas que sabia que era virgem.Seu vestido extremamente apertado, deixando os seios dela aparecer o mamilo. Observei seu cabelo ondulado q
AmandaPassei meu olhar até o telefone, era um número diferente. Peguei em minhas mãos, atendendo a chamada no terceiro toque, levei meu celular na orelha tentando escutar algo da outra linha, porém era apenas o silêncio.— Alô?— perguntei, assim que iria perguntar quem era; a ligação foi encerrada.Tentei entrar em contato novamente, mas dava apenas caixa postal. Senti o olhar da minha mãe e Simone sobre meus movimentos.Simone: Quem era?— Ninguém...Simone: Sério? Aposto que era aquele marginal — engoli em seco, desviando o olhar pro agente que estava presente.Michel: Marginal?Simone: Sim, com quem ela estava relacionando-se.Angélica: Com traficante, filha?— fez menção de choro.Naquele momento senti todos sentimentos revoltando. Meu lado apaixonado, dizia pra fechar a boca e não falar nada em relação ao André, mas meu lado familiar, pedia pra falar toda verdade.Michel: E quem é o traficante, Amanda?— passei minha língua entre os lábios, encarando seu rosto.Simone: Ele chama-se