Miranda Newman- Fala sério, Stan - tento mais uma vez chamar a atenção do meu chefe. Acho que ele me irritava de propósito.- Já disse Miranda, enquanto você não aprender a se controlar eu não vou te deixar sair em outra missão, perdemos muito da última vez por causa da sua... -- Já sei, impaciência - eu completo revirando os olhos.- Eu ia dizer burrice, mas impaciência serve - diz ele sorrindo me deixando com cara de idiota. Burrice? Eu salvei a porcaria da missão.Okay, talvez eu tenha deixado o criminoso escapar e o galpão meio que pegou fogo por minha causa, mas hey, eu trouxe a vítima viva (vamos deixar de lado o pé torcido de quando eu a empurrei da escada para que ela pudesse fugir). Serve de alguma coisa, né? Bom, para o meu chefe chato parece que não.- E o que espera que eu faça? - pergunto irritada cruzando os braços. - Eu não sei, yoga talvez? - diz o filho da put4 sorrindo. Yoga? eu lá tenho tempo para yoga?Bufo irritada e viro minhas costas para aquele ser petulan
Miranda NewmanMaldito Stan. Maldito britânico. Eu não acredito que eu estou mesmo aqui na Agência ás cinco da manhã. Bocejo cansada por ter dormido tão pouco. Adentro o centro de treinamento e encontro o Sr. Super agente Green deitado lendo um livro na maior tranquilidade. Deixo minha bolsa de treino cair do meu ombro com um baque. Ele sequer se move. Vou até ele e me inclino em sua direção. Ele continua lendo sem me dar atenção. - Hey parceiro eu tô pronta para o treinamento - digo olhando em seus olhos. Ele finalmente desvia o olhar do livro e me encara. - Bom dia agente Newman - diz polidamente. Ele realmente é um cara muito sério. - E então o que vamos fazer hoje? - olho ao meu redor. Apesar de ser cedo eu não ia deixar que meu mau humor afetasse meu treinamento. Eu gostava de treinar, esgotar toda a minha energia batendo em algo soava muito bem pra mim. Comecei a tentar imaginar que exercício ele iria pedir... Abdominal? Boxe? Corrida? Eu estava mais do que pronta. Olhei pa
Miranda NewmanDurante o decorrer de duas semanas minha rotina prosseguiu quase normalmente como era antes do castigo, a única diferença era que eu tinha um britânico no meu pé em cada momento do meu dia na agência. Não que eu estivesse reclamando... Deus como era bom ter aquela visão do paraíso o tempo todo, mas eu gostaria que essa visão não estivesse com a cara tão fechada. O homem precisava urgentemente sorrir mais. Meu dia começava com o treino, onde ele insistia em me passar exercícios que trabalhavam meu auto-controle, juro que com suas lições zen ele ainda iria me pedir para sair e aplaudir o sol. Não era de todo ruim, apesar de tudo eu me divertia muito em tirar sarro da sua postura "eu sou um agente sério e responsável" e algumas vezes diverti-lo com minhas provocações. Era raro, mas as vezes eu conseguia ver um fantasma de um sorriso em seus lábios. Como no dia em que eu não parava de falar durante o Yoga. Sim, ele ainda insistia em fazer isso, alegando ser uma ótima téc
Miranda NewmanAcordo de bom humor, finalmente eu vou começar parte da minha missão hoje. Estou me preparando para tomar um banho quando ouço meu celular tocando. Pego o dito cujo em cima do criado mudo ao lado da minha cama e franzo o cenho ao ver quem é. O que Stan quer comigo essa hora da manhã? - Fala Stan - - Bom dia para você também Newman. – responde ele em tom de deboche. - Um bom dia certamente não começaria comigo ouvindo sua voz assim tão cedo - rebato revirando os olhos - Cruzes, você nem deixou eu me preparar para o susto - - Muito engraçadinha Newman, mas o assunto é sério - imediatamente paro minha provocação esperando por mais, Stan suspira do outro lado da linha, aposto que nesse exato momento ele estava repuxando o pouco de cabelo que lhe restava. - Estou te ligando para te alertar que tem muita coisa em jogo com essa missão Miranda, muita mesmo, por favor seja cuidadosa - Em outras palavras: Não estrague tudo outra vez. Adoto um tom de voz sério.- Eu sei
Miranda NewmanOlhei para Dominic, desejando acabar com aquela expressão séria no rosto dele. Será que ele não poderia ao menos dar um sorriso mínimo sobre o nosso pequeno sucesso na missão?— Tradição, huh? — provoquei, tentando quebrar o clima.— Precisamos treinar sua atenção em campo. Você nem percebeu que ela estava nos olhando — ele respondeu sério.— Provavelmente estava chocada com a grandiosidade dessa casa. Sério, precisava ser tão extravagante? — comentei, apontando para o luxo que nos cercava.Dominic deu de ombros e continuou como se não fosse nada:— Eles são ricos, Miranda. Se queremos nos aproximar, temos que ser como eles.Decidi explorar a casa, deixando para trás a sala ampla e seguindo diretamente para o segundo andar. Dominic me seguiu em silêncio. Para uma casa tão grande, eu esperava encontrar mais quartos, mas apenas dois estavam disponíveis. Abri a porta do primeiro e fiquei boquiaberta.Olhei para a suíte gigantesca, como se tivesse saído de uma revista de de
Miranda NewmanDominic continuou sendo frio e distante comigo e isso estava começando a me enervar. Fiquei confusa com sua mudança repentina de humor, mas decidi não questioná-lo naquele momento. Deus sabe o quanto eu teria que me segurar caso sua resposta fosse explosiva. Parecia que ele estava tentando manter a distância entre nós, como se estivesse lutando contra algum sentimento que surgia. A dinâmica entre nós dois era complicada, mas eu estava disposta a desvendar os mistérios que o envolviam, afinal eu teria tempo... Muito tempo.Chegamos á agência e nos acomodamos para reunir as informações para nosso chefe, Stan. Eu sabia que Dominic estava agindo de maneira estranha, mas agora não era o momento apropriado para discutir isso. Concentrei-me no relatório e nas anotações que tínhamos feito sobre Victor Pavlov e sua sobrinha Kate.Enquanto digitava os detalhes da nossa primeira interação com o alvo, meu pensamento voltou à casa luxuosa de Victor. Era um ambiente repleto de riqu
Dominic GreenProblema. Era isso que ela era. É isso que ela sempre foi, segundo o que ouvi dos boatos na agência sobre quem seria minha nova parceira.Quando Stan me contratou, eu imaginei que trabalharia sozinho, já que minha última parceria não deu muito certo.Robert e eu nos conhecemos ainda no treinamento, nos identificamos logo de cara. Ele não se importou com meu jeito reservado, e sua personalidade extrovertida era meu oposto perfeito. Éramos uma dupla com equilíbrio... Até aquele fatídico dia.Estávamos trabalhando em uma missão perigosa há meses, tínhamos tudo planejado para pegarmos o alvo no dia seguinte. Eu o deixei em sua casa e fui para a minha, mesmo ele insistindo que eu dormisse lá por conta do horário.Não prendemos ninguém no dia seguinte, Robert não acordou no dia seguinte.Ele dorme até hoje.Entraram no seu quarto no meio da madrugada e deram uma pancada muito forte na sua cabeça enquanto ele dormia. Acharam que ele tinha morrido, mas ele sofreu um traumatismo
Miranda NewmanNo dia seguinte a nossa reunião com Stan a equipe de preparação para o casamento falso já estava nos esperando. Eles nos apresentaram ao nosso instrutor de atuação, um renomado especialista em disfarces e comportamento humano.Durante os próximos dias fomos submetidos a um intenso treinamento.Aprendemos a construir uma história de amor convincente, repleta de detalhes sobre nosso passado, nossos gostos e até mesmo as dificuldades que enfrentamos juntos. Tivemos aulas de dança para aperfeiçoar a nossa sintonia como casal e ensaiamos incansavelmente as expressões faciais e os gestos que demonstrariam um amor genuíno.Dominic pisou várias vezes no meu pé, o cara parecia uma tábua de madeira rígida, não tinha o menor ritmo para dançar.Conforme os dias passavam, algo curioso começou a acontecer. As fronteiras entre o que era real e o que era parte do disfarce começaram a se confundir.Parecia que Domic me tolerava um pouco melhor quando não estava interpretando, uma certa