Dor. Era isso que Alexander Red sentia naquele instante. Sua cabeça parecia que ía estourar a qualquer momento sentindo um frio incomum atracar seus ossos e fazendo-os quase derreterem.
Ele estava largado num canto escuro e o pouco de luz que penetrava ali, mostrava apenas uma parte do rosto.
Suas pernas estavam acorrentadas, assim como às mãos. Ouviu passos calmos vindo em sua direção e no mesmo instante, encolheu-se.
— Por que? — perguntou falhamente para o vulto. — Por quê eu?
O silêncio se instalou em cada compartimento daquele recinto. O ar era frio de dificultoso para respirar.
Deniel entrelaçou os braços fortes e marcados no terno, acima dos peitos largos e fartos. Desde que foi contratado por Catherine — há mais de quatro anos —, o rapaz sempre esteve do lado de Alexander, mesmo que fosse apenas por dinheiro e interesse.
— Já ouviu falar que o d
Connor Venzelar era um gigantesco hospital com bastante influência no mundo inteiro por tratar traumatismo craniano. Fundado na década de dois mil, o prédio ainda sustentava o mesmo império de antes, cada vez mais modificado e equipado. Profissionais de competência do planeta inteiro trabalham nele e contando com apoio de universidades como: Oxford, Quebec, USP, Howard e institutos como Gamaleia, Astrazenica e Moderna, ele também servia como palco de pesquisa para afins evolutivos e científicos.Apesar disso, ninguém gostaria de entrar por suas portas e lutar arduamente afim de sobreviver. Era exatamente dessa forma que Alexander encontrava-se neste instante: cada segundo nas mãos dos médicos, era como se fosse o seu último!O relógio já marcava mais de cinco horas da manhã. O dia amanhecia frio, com um pouco de chuva e ainda tentando se adequar a nova estação climática dos Estados Unidos: verão. Michael entrou pela porta indo rumo a recepção
Destino: havia algo novo nessa palavra, estranho, talvez!Quando eu vi Alexander pela primeira vez, naquela boate, era como se eu estivesse com o meu amado Paul de volta, que o tempo não tivesse passado e eu ainda fosse àquela criança inocente de dezessete anos atrás. Porém, ele passou, me corroeu e só momentos depois é que olhou para mim e disse que eu poderia encontrar à felicidade novamente.Alexander parecia ser alguém de coração nobre, e por mais que tenha camuflado aquele sentimento dentro do peito e amarrado com cordas invisíveis, não desistir um só momento de tê-lo em meus braços. Àquela semana foi para mim à melhor em toda à vida, não somente porque eu encontrei uma pessoa diferente, e, sim, pela sensação dele ser o próprio Paul.Tinha algo no olhar de Alexander, um tanto diferente. Poderia apostar que ele me reconhecia, só não estava pronto para tentar montar o quebra-cabeça que era minha vida. Sei que errei ba
Inevitável DestinoQuão perigoso e inevitável o destino pode se tornar para duas pessoas?Separados pela mentira, unidos pelo amor de infância e ressurgidos do próprio ódio. Michael e Alexander estavam começando a entender os sentimentos que brotou rapidamente em seus corações, porém, com a tentativa de assassinato que custou a Alex seis meses em coma, e Michael, uma parte desse tempo inteiro tentando montar o quebra-cabeça da sua vida, o novo destino permitirá aos dois uma outra chance de viver uma quente e extasiante paixão.Com sequelas do acidente, principalmente na memória, Alexander não se recordará da semana incrível que tivera ao lado de Michael, e essa premissa será o passo primordial para o desfecho de toda essa história.Enquanto busca respostas para entender o que realmente aconteceu no passado, Alexander tentará desvendar o que houve com Brenner, o grande amor da sua vida. Porém, quando os caminho
— É impressão minha ou você está sempre grudado nesta varanda? — Woody apareceu logo atrás do irmão. — Michael? — ele o chamou — sei que Alexander foi uma pessoa importante para você no passado, porém, agora já não é mais. Nem mesmo se lembra do que tiveram juntos, tem que dá um basta nisso e tentar viver sua vida — disse o loiro, visivelmente preocupado com o mais velho.— Ele é o amor da minha vida. Esperei vinte e sete anos para tê-lo em meus braços, esperarei outros vinte e sete se for necessário.— Não seja ridículo, irmão — dissera Woody. — Um dia você vai cansar disso, irá esgotar de ficar apenas desejando-o que ele se recorde daquela semana, tanto meses se passaram e até agora nada mudou. Você está exausto, isso é notório em sua fisionomia — concluiu o mais novo, totalmente farto daquela forma que Michael vinha conduzindo à vida ultimamente.Michael deixou a varanda e entrou no quarto. Encarou o irmão com u
À noite era como muitas outras na cidade que nunca dorme. O vai e vem dos taxis amarelos no Distrito de Manhattan e a brisa amena do inverno tocava com intensidade o rosto e perturbava os tímpanos do jovem Alexander; que andava com às mãos escondidas dentro dos bolsos de seu moletom preto, chegando próximo das casas noturnas que haviam entorno da Quinta Avenida. Suspirou, ao avistar, mais adiante, seu lugar de lazer.O rapaz vagava calmamente ouvindo sua playlist favorita indo rumo à uma casa noturna mais ao fundo da rua Madison Avenue, ao leste da Quinta Avenida que, por sua vez, divide Manhattan em duas partes: Leste e Oeste, próximo das enormes lojas da ilha. Então, observou uma Ferrari estacionar um pouco mais à sua frente, donde saíram dois jovens com roupas caras e, que pelo modo como trajavam-se, eram de um dos bairros nobre da cidade. Por um tempo, Alexander, manteve contato visual com os dois que lembrou-lhes muito os filhos de uma importante empresária do
O sol refletia-se nos quartos da mansão Efron e revestia de dourado as paredes brancas pintadas há pouco tempo, mas o vento que vinha de fora, trazia uma sensação agradável ao corpo de Michael que, por sua vez, mantinha-se deitado em sono leve na cama.Era quase meio-dia quando acordou. Abriu e fechou às pálpebras para se acostumar com o clarão do sol, mas que mesmo assim, era inebriante em sua pele.Tirou as cobertas,levantando-se para apertar o corpo, e logo depois, caminhou até a varanda do seu quarto; o lugar da onde podia ter vista privilegiada para uma praça ao ar livre e, assim sendo, à piscina que havia no jardim da mansão. Sorriu levemente antes que voltasse para pegar a tolha, uma sunga, e uma calça moletom. Respirou fundo antes que adentrasse o banheiro.Ligou o chuveiro e colocou o corpo aos poucos embaixo da água que caía fria, dissipando a sensação inevitável de encontrar sua mãe logo cedo. Dona Catherine,
Eram quase seis da manhã quando Michael e Woodrow aprontaram-se. O irmão mais novo — como de costume —, usava uma camisa branca por debaixo do blazer da escola, que era preto e com mangas longas. Calçava um sapato da mesma cor dos outros acessórios, e trajava-se uma calça jeans colada nas pernas, deixando-o, apesar da idade, um pouco másculo.Michael observou seu reflexo pelo espelho, e um leve sorriso brotou em seus lábios levemente avermelhados. Não trajava-se como das outras vezes, pois esta não era uma ocasião especial para expor suas incontáveis roupas de marcas. Usava uma calça jeans branquicenta e um blazer preto por cima de uma camisa da mesma cor. Ajeitou o cabelo em um topete alto, e voltou-se para encarar o irmão que transparecia calmaria, mas estava num conflito interior massivo e ao mesmo tempo, agonizante.— Preparado? — esta era uma das palavras que naquele momento, Woodrow Jones Efron, não sabia o significado. A tensão era visível em
O silêncio entre eles seguiu desde o instante em que Alexander adentrou o carro de Michael, até o momento em que saíram dele na Quinta Avenida e adentrassem num café, que naquela hora do dia, estava sem grande movimento. Foram recepcionados por uma garota loira de roupa padrão preta, e que conduzira-os pelo salão até uma mesa vazia mais ao fundo, próximo de uma janela a vidro, e com cântaros de flores ao longo da sua extensão.Aquilo hipnotizava os olhos de Alexander, que apesar de no passado, segundo a história, ser Grande, ali, perante aquela estrutura de mental e concreto, tornara-se pequeno; um grão de poeira em meio ao furacão chamado Michael Jones Efron. Por quê não se perguntara da onde vinha aquele sobrenome? Discursara com Dan, na noite de sábado, os reais motivos pelos quais o irmão passou, e até mesmo mencionara com o amigo sobre Woodrow Efron. Mais naquele instante, a raiva era muito maior que a capacidade de pensar, e por conta disso, não juntara