Dias se passaram e Unirian ainda estava inconsciente. Nick seu namorado cuidava dela, ele tinha conseguido escapar antes das explosões.
A polícia ainda investigava o que realmente tinha acontecido, mas os homens de Dante já tinham limpado todos os vestígios de sua passagem lá o que deixou alguns policiais confusos. Uma enfermeira que estava cuidando de Unirian, tinha instruções para que o avisassem caso ela acordar. Nick andava de um lugar para o outro falando com alguém no celular, quando ela estava prestes a acordar. Seu rosto tinha alguns sinais de machucado por causa da segunda explosão, ela estava próximo, eram feridas leves que provavelmente foram causadas por vidros. Sua perna estava machucada seu braço esquerdo também. Ela dava sinais de consciência. — Onde estou?— sua voz estava fraca, mas Nick notou quando ela se movimentou. — Amor! Finalmente você acordou, espera eu vou chamar o médico— falou e saiu correndo até a recepção onde tinha um dos homens de Dante esperando. — A minha namorada finalmente acordou, preciso que vem vê-la— falou eufórico. — Vou chamar o Doutor— respondeu a enfermeira. O homem que observava ligou rapidamente para Ricci que informou a Dante. — Preparem o carro, e vamos para o hospital— falou Dante. Unirian ainda estava muito confusa com o que aconteceu, suas memórias não estavam nítidas. Nick estava ao seu lado, quando dois homens entraram de terno preto. E Ricci era um deles. — Senhorita James? — perguntou ele. Nick e Unirian olharam para eles, achando sua aparição ali estranha. — Sim! Sou eu! — respondeu, sua voz ainda estava fraca. — Somos agentes da política, estamos falando com as vítimas do local do acidente, gostaríamos de recolher o seu depoimento— falou, tirando um bloco de nota e uma caneta entregando para o homem ao lado. — Ela acabou de acordar, ficou 3 dias inconsciente, não sei se é a melhor altura para… — Eu me lembro do que aconteceu— ela interrompeu Nick— Eu tinha acabado de tocar quando voltei para os camarins— ela fez uma pausa, olhou para seu namorado que também olhava para ela— momentos depois ouvimos gritos. — Ouvimos? — perguntou Ricci. — Sim! Um homem me salvou, enquanto todos gritavam, mas não vi quem ele era— falou ela. Realmente não tinha reparado quem ela o homem que estava ao seu lado. — E se lembra de mais alguma coisa? — perguntou Ricci. — Onde está a minha mãe? Conseguiram achar ela— perguntou. Todos ficaram em silêncio. Sabiam que apenas uma pessoa não tinha sobrevivido e essa pessoa era sua mãe, que durante o tiroteio, procurava por sua filha, mas com tanta agitação não conseguiu sair a tempo da segunda explosão. — Amor! A senhor Kate— falou Nick, tentando achar as palavras certas para dar essa notícia. — Ela está ferida? Qual é a gravidade dos ferimentos— perguntou ao supostos policiais. Eles olharam um para o outro, sabiam que essa pessoa que morreu era a mãe dela. — 20 pessoas ficaram feridas… mas infelizmente morreu uma— falou o outro homem. Unirian olhou para Nick. Que estava com os olhos brilhando, com lágrimas escorrendo no rosto. — Nick! — chamou ela, esperando uma resposta. — Eu sinto muito Unirian, era a senhora Kate. Estávamos à tua espera para fazer o reconhecimento e poder enterrar— falou, limpando as lágrimas. — Do que você está falando? Minha mãe não pode ter morrido — falou incrédula— Você está errado. — Sinto muito— falou Nick, que tentava abraçar ela, mas ela o empurrou e com dificuldade saiu da cama, coxeando. Seu pé engessado pesava muito mais, e seu braço a deixava desconfortável, mesmo assim ela passou no meio de Ricci e o outro homem, quando passou ela porta, encontrou uma enfermeira. — Onde está a minha mãe? — perguntou, ela segurou o braço da enfermeira com seu braço que estava bom. A enfermeira deixou cair a bandeja com os matérias que lá estavam. — Senhorita por favor se acalma, eu vou chamar o médico. — Eu não quero médico, quero a minha mãe— gritou. Nick foi atrás dela, Ricci também. Apesar de não conhecer a jovem, ter a notícia dessa forma é dolorosa. — Amor! Se acalma, vou mostrar onde ela está. — Não me toca— falou, as lágrimas já eram ambulante. A jovem de cabelos loiros longos até a bunda, já estava ficando vermelha de raiva— sei que estão mentindo para mim, não posso ser tão azarada assim ao ponto da única pessoa ter morrido ser a minha única família— falou, sua voz já estava fraca e seu pé pesado. — Vamos! Eu vou te levar lá! — falou Nick. Ela limpou as lágrimas e seguiu ele. Seu coração não aceitava que sua mãe estivesse realmente morta. — É aqui — falou, Nick apontou com as mãos para a porta que dizia Morgue. Suas mãos estavam trêmulas, mas mesmo assim ela reuniu toda coragem que tinha para entrar. Encontrou o médico legista, estava esperando por eles. Ricci faz um sinal para ele, após notar o olhar da menina a sua frente com olhos esperançosos. Ele tira o cadáver da mãe de uma das câmeras. Ela respira fundo, ganhado coragem para ver o que não queria. — Quer ficar sozinha? — perguntou Nick. Ela abanou a cabeça em negação. — Fica— sussurrou ela. Alto o suficiente para todos ouvirem. Ela olhou para o médico que sabia o que tinha que fazer. Segurou forte nas mãos de de Nick que ele sentiu seus dedos estalarem. Assim que ele tirou o lençol branco da pessoa na maca, seus corpo enfraqueceu. — Mamãe? — murmurou ela, apertando ainda mais forte nas mãos de Nick.Unirian estava na cama, desde que saiu da morgue, nada disse nada. O medico explicou a causa da morte dela, disse que ela inalou muita fumaça e tinha um ferimento por trás da cabeça, que provavelmente alguma coisa bateu forte nela. As penas e braços estavam feridos, algumas zonas queimadas. Ela não conseguiu chorar, só olhava pra o nada, mesmo Nick falando com ela, se mantinha em completo silêncio. Dante esperava no carro quando Ricci finalmente chegou. — Porquê tanta demora? Precisava levar esse tempo todo? — estava impaciente, cuidando de alguns assuntos da sua empresa, em seu tablete. — Estava um caos lá dentro— falou . — Então? Ela se lembra de alguma coisa? — perguntou despreocupado, pois caso ela visse alguma coisa ele não perderia tempo em eliminá-la. — Não! Ela não se lembra do seu rosto, disse que um homem a salvou, mas não conseguiu ver o seu rosto e…— explicou. Dante parou de fazer o que estava fazendo para olhar para ele que estava no banco da frente ao la
Jay estava bem ao seu lado quando ela acordou. — Onde estou — perguntou ela a amiga, se sentando na cama. — No hospital, você desmaiou, de certeza que deve ser desnutrição, você está mal amiga, consigo ver seus ossos da costela. — Olha quem fala… se bem me lembro eu sempre fui magra. Nesse momento o médico entrou! Era um jovem de jaleco, usava óculos de grau era bem jeitoso. — Senhorita James? — perguntou o médico. — Sim! — respondeu ela. — É ela mesma, de certeza que está com desnutrição, não é Doutor— disse a Jay, esperando ter razão. O médico olhou para as duas e abandou a cabeça, Afirmando. — Vês, eu sabia, você precisa de alimentar direito. — A senhora precisa mesmo se alimentar direito, assim o bebê consegue desenvolver, vou fazer uma lista de alimentos que a senhora pode ingerir para uma gestação saudável, ainda bem que veio cedo assim conseguimos diagnosticar cedo e tratar a gestação e desnutrição. Elas olharam uma para outra, estavam confusa mas acharam graça.
Ricci pensou logo de quem seria esse filho, e rezava para que não fosse de quem estava pensando. — Não deixem ninguém sair, eu estou chegando. — sim Senhor— falou ele. Ricci desligou o telemóvel e pegou as chaves do carro. Sabia que Dante não deixaria Unirian viver, muito menos a criança. Ele tem um terror por família, detesta mais que todas as coisas. Pois nunca teve bons exemplos. No consultório, Liza olhava para Unirian que estava um caos por dentro, Jay estava esperando por ela na porta. — Preciso que você interrompa essa gravidez— falou ela, indo direto ao assunto. — O quê? — perguntou ela— você ficou louca? — Eu sei, posso pagar uma quantia bem alta, e tudo vai ficar por minha conta. — A senhora enlouqueceu? Eu não vou fazer um aborto, eu nem… eu juro que vou processar vocês. — Espera! Isso não pode sair daqui de jeito nenhum, o pai dessa criança não pode saber que ele existe, se não nós as duas estamos feitas. — Não quero saber, que vocês pensassem antes de
Unirian estava a entrar em pânico, andava de um lado para outro, chorava horrores, tinha apenas 22 anos, como tudo isso podia estar a acontecer tão rápido dessa forma. Em desespero, ela entrou no quarto da mãe. Fazia semanas que não entrava lá, sentiu aquele cheiro e suas lágrimas se intensificaram. Pegou os comprimidos que eram da mãe e tomou todos eles, esperando que assim o bebê e não só, fossem embora. Meia hora depois, o efeito já estava presente nela, sua visão estava nublada, seus passos não eram fixos. Ela tentava pedir ajuda, mas ninguém estava em casa, pois tinha se arrependido, mas já era tarde, ela rolou de escada a baixo. Ricci e mais dois homens chegaram na casa, olharam pela janela mais não conseguiam ver o que estava dentro. — Abram a porta! Se ela não estiver melhor, assim vamos pegar ela de surpresa e leva-lá. Minutos depois a porta já estava aberta, eles entraram sorrateiramente, mas tudo estava silêncio. Até que um dos homens tropeça em algo no chão. —
Rosto inocente, de olhos verdes e Loira, era o brinquedo perfeito para Dante Marchesi. Viu ela jogando a comida no chão, tentando abrir a porta com a faca e o garfo, mas depois de partir ela percebeu que era de plástico. — Merda— murmurou. Ela não tinha nada que pudesse pedir ajuda, a janela ficava muito longe do chão. Não podia correr o risco de se machucar, afinal já não era só ela. — Sei lá como te chamas — Dante não sei o quê, se estiveres a ouvir, preciso que me soltes, a tua mulher cometeu um erro, eu não quero esse filho muito menos a ti— gritou ela, esperando alguma resposta dele— Eu só quero voltar para casa e continuar a viver o Luto da minha mãe, me tira dessa quarto, eu posso continuar com a gravidez em minha casa, prometo que não volto a fazer nada contra mim, me tira daqui. Dante caminhou ao quarto, os dois homens que estavam na porta de vigia, abriram para que ele pudesse entrar. Ela se afastou ao ver a porta abrir. O mesmo homem de Suéter do hospital aparece
Unirian se soltou da mão dele. Os dois estavam parados na porta larga de vidro que dava acesso ao jardim, os empregados podiam sentir o clima pesado entre os dois. — Quem você pensa que é para me enterrar viva? Já não basta simplesmente ter me sequestrado um mês depois da morte da minha mãe — falou exalta. Todos os que ouviam ficaram surpresos. Ninguém grita com Dante Marchesi. As empregadas começaram a sussurrar alguma coisa. “Ela é doída?” “Parece não ter medo pela vida ” Ele olhou para eles que entenderam que precisam se retirar. Agarrou ela pelo braço e a puxou para si. — Estás a passar dos limites pianista— falou entre os dentes. Ela se soltou e se aproximou ainda mais. — Quero ver o que vai fazer— falou ela. Ela saiu pela porta que estava entreaberta. Ela caminhou até a saída que ficava 20 metros do portão principal da propriedade. — Onde você pensa que vai? — gritou ele. — Vou para casa, e ninguém vai me impedir— falou ela. — Volta aqui agora— Dante estav
— Isso não tem graça nenhuma— falou ela, levantou e olhou para Dante que arqueou as sobrancelhas para ela— Quero ir embora, você não ganha nada em me manter aqui. — Porquê quer tanto ir embora? Ninguém está lá fora à sua espera — falou ele. Unirian ficou calada, desviou o olhar irônico dele. — Nós vamos nos casar daqui 2 dias! — falou outra vez. Unirian engoliu seco. — E se eu não aceitar? Como disse! Ninguém está esperando por mim lá fora, estou sozinha tal como tu, rodeada de pessoas loucas— falou, encostando seu rosto bem próximo ao dele. — Ninguém mesmo? Exceto o idiota do seu namorado que te traiu e tem te traído ainda, sério que não tens mais ninguém para perder? — perguntou. — Do que estás a falar? — Melhor e única amiga ou melhor Jasmim Jason— falou, mostrando um vídeo dela a ser filmada em tempo real. — O que pensa que está fazendo? — perguntou assustada. — Agora assim, gosto mais de ti desse jeito pianista— falou ela. — Se você tocar nela, acabo c
Todos ficaram espantados, fazendo burburinho. Dante olhou para ela com as sobrancelhas arqueadas. Então ela terminou a sua frase. — Não… não me vejo sem esse homem na minha vida inteira— falou ela. — Então vamos declarar isso como um sim— falou o padre. Achando que ela fosse mesmo dizer não. Petrov e Ricci estavam rindo escondido de Dante, se antes ele tinha tudo sob controle, essa mulher o faria arrancar os cabelos. — eu vos declaro Marido e Mulher, pode beijar a noiva— falou o padre. Unirian tinha se esquecido dessa parte, seu sorriso de deboche logo se desfez. E o de Dante surgiu. — Nem pense nisso— sussurrou ela. — Sua amiga vai morrer aqui mesmo— retrucou ainda sussurrando. Dante a puxou para bem perto de sim, segurou em sua nuca, e uniu seus lábios em um beijo suave. Ambos sentiram um arrepio intenso, o coração de Unirian acelerou, e de Dante também. “Esse beijo, acho que não foi uma boa ideia” pensou ele. O beijo demorou mais que o esperado. Q