Sebastian custa a acreditar no que Jade tinha acabado de dizer, mas se apenas o resultado bastasse para ela, sem se importar com o nome que constasse no exame, ele estava disposto a fazer o que ela queria, principalmente por ela já está deixando Henrique para trás para poder estar com ele naquela tarefa que lhe deu.
— Você está me dizendo que irá vir ficar comigo?— Não há motivos para eu continuar ao lado de alguém que parece estar mentindo para mim — Não era de tudo mentira o que Jade dizia, depois do que havia acontecido ela acreditava que Henrique escondia dela manter contato com Sofia, mesmo que fosse por Eduarda, como ele com certeza alegaria — Eu te aviso quando chegar no aeroporto, quero ficar no mesmo hotel em que está.— Irei te fazer uma reserva, não se preocupe e acredite, iremos juntos fazer esse exame — Sebastian olha para Sofia que ameaça falar alguma coisa — Marcarei um encontro com Sofia e pegarei a amostra de Eduarda.— ObrigaJade chega no aeroporto no início da noite e lá estava Sebastian a esperando, eles se abraçam e mesmo Jade estando aborrecida com ele por todas as questões anteriores, soube fazer com que ele não percebesse. — Quanta saudade — Sebastian a abraça mais uma vez, dessa vez a apertando mais um pouco — Eu nem acreditei quando disse que estava vindo ficar comigo. — Preciso resolver essa situação de perto, estou cansada de esperar as coisas acontecerem para eu agir. — O que está me dizendo? Você desistiu de dar uma chance a Henrique? Se for isso não poderia me deixar mais feliz. — São tantas questões mal resolvidas que começo a me sentir cansada, mas acho melhor falarmos sobre isso depois, por enquanto quero apenas conversar sobre assuntos banais, nada de problemas — Jade sorri para Sebastian — É bom estar aqui. — Não fala assim que começo a fazer planos sobre a gente, te ver assim sorrindo é tudo o que eu mais quero. — Sorrir é
Se até ali Sebastian conseguiu se manter frio, ouvir o que Jade diz o faz demonstrar nervosismo, mesmo assim ele tenta sorrir, mas a tentativa é inútil, era como se fosse impossível. A unica coisa em que Sebastian consegue pensar era como seria aparecer com Jade na frente de Sofia? Seu maior medo era Sofia estragar todo o avanço que ele havia conseguido até ali com Jade. — Eu preciso subir, esqueci uma coisa no quarto. — Se não se importa eu vou subir com você — Jade limpa a boca no guardanapo — Estou evitando ficar sozinha.— Claro, vamos... — Sebastian nem conseguia conversar, ele apenas sorria, sem demonstrar tanta vontade assim de sorrir. Já no quarto, ele pede licença e vai até o banheiro, por não saber o que fazer.Antes ele havia combinado de se encontrar com Sofia no hotel de sempre, mas como diria para Jade algo assim, o melhor seria contar com a sorte e apenas avisar a sofia que eatava indo em seu apartamento, mas sem mencionar estar l
Jade observa a reação de Sofia que já havia perdido toda a cordo do rosto, e já não se preocupava mais em tentar esconder a sua nudez, ficando totalmente exposta na frente de Sebastian e Jade. A única preocupação dela parecia fazer Jade se calar. — Cala a boca, Cala a boca, Cala a boca... — Sofia parecia estar fora de si — Eu vou te matar miserável.— Sebastia, começo a duvidar que o pai de Eduarda seja realmente Henrique, se ela tivesse essa certeza, não se negaria a refazer o teste. Se fosse realmente para não expor a filha, bastava ela mesma te entregar um fio de cabelo de Eduarda, nada mais que isso.— Maldita dos infernos — Sofia olha desesperada para Sebastian que apenas ouvia o que Jade dizia — Sebastian, tire essa mulher daqui...— Jade se põe de pé e se aproxima de Sofia, a puxando pelos cabelos sem nenhuma piedade — Porque o desespero? Pensou que Henrique não fosse me contar que a puta dele continua inventando desculpas para o procurar, e se manter perto dele? — Jade torce
Jade volta para o hotel e depois de arruma as suas coisas, decide ligar para Henrique, só faltava mais uma coisa e ela estava livre para seguir em frente, sem olhar para o passado. — Oi amor, como você está? — Henrique pergunta ainda preocupado, não lhe agradava saber que ela estava sozinha ali no meio de duas cobras. — Estou bem, logo estarei de volta, não vejo a hora de deixar isso tudo para trás. — Agradeço por ter se preocupado com Eduarda. — Não precisa agradecer, ela ficará bem com Sônia e Paulina que é uma mãe para ela, é muito carinho entre as duas. — Nicolas está morrendo de saudades, tinha que ver como ele ficou feliz quando eu fui buscá-lo na escola e disse que você está voltando. — Eu também estou morrendo de saudade dele — Jade sorri — e de você também. — Não sabe como é bom te ouvir falar isso. — Eu te amo, e por te amar é que estou aqui, não podia simplismente desistir de tudo novamente. — Eu também te amo, e acredite, eu dessa vez não permitiria que desistisse
Jade sente o desespero tomar conta dela, nunca imaginou que Sebastian fosse capaz de uma atitude daquela, não sabia qual era a intenção dele, iria ele sequestrá-la? Não sabia dizer, mas o pior de tudo era a maneira que ele dirigia, era como se só existisse ele no trânsito. — Você está louco Sebastian, pare esse carro agora! — Jade sente um frio na espinha — Sebastian você irá causar um acidente, pare já esse carro. — Você acha mesmo que depois de tudo o que eu fiz, eu vou te deixar assim tão fácil para Henrique? — Sebastian pense em Eduarda, ela realmente pode ser a sua filha. — Isso pouco me importa, nunca quis ter filhos — Sebastian a olha de lado antes de acelerar ainda mais o carro — Sempre quis você. Sebastian corria como se estivesse com pressa de chegar a algum lugar, ele não dava atenção as buzinas que ouviam, não dava atenção ao sinal fechado, dirigia feito um louco at
Henrique estava tão ansioso que chega ao aeroporto antes do horário previsto da chegada do voo de Jade, ele levou com ele Nicolas, que já não se aguentava mais para ver a mãe, além disso Henrique queria fazer uma surpresa para ela, pois sabia o quanto ela ficaria feliz em ver o filho. As horas se passam e o voo no qual Jade deveria chegar aterrissa e Henrique corre para o portão de desembarque, todos saem e não há sinal de Jade, e isso o deixa preocupado. Henrique decide ligar para ela, talvez houvesse acontecido algum imprevisto, tenta várias vezes e sua chamada sempre cai na caixa de mensagem. Ele decide ligar para Camila, talvez Jade tivesse entrado em contato com a amiga. — Oi Henrique, Jade já chegou? — Camila pergunta animada, ela estava aliviada por saber que Jade retornaria para casa, não a agradava saber que ela estava a mercê de Sebastian. — Camila, Jade não veio no voo previsto, e eu não estou conseguindo falar com ela. Por um acaso ela te l
Ao ver a expressão do médico camila ja sabia a resposta, mas ao ouvir o que lhe foi dito a deixou chocada. — Eu sinto muito, mas infelizmente o motorista não resistiu — Camila põe a mão na boca pois, mesmo sem gostar muito de Sebastian, não desejava esse fim para ele. O dia já havia amanhecido e Henrique e Camila permaneciam acordados esperando noticias, a fase critica ainda não havia passado, e tudo podia acontecer e Henrique se sentia aflito por não poder vê-la. Camila estava recostada no ombro de Henrique quando um homem chega onde eles estavam. — Bom Dia! — Ele os cumprimenta e Camila fica pasma com a beleza daquele homem, alto, cabelos negros, olhos verdes e pele morena — Sou Erick, irmão de Sebastian, vim saber notícias de Jade. — Seu irmão quis matar a minha mulher... — Eu sei, e sinto muito por isso — O homem responde constrangido — Meu irmão nunca pensou nas outras pessoas, apenas nele, ele queria morrer, mas não queria ir
Erick toca a companhia e quando a porta é aberta, ele se assusta ao ver o estado de Sofia, que parecia estar há dias sem comer, ela estava magra e sem nenhuma maquiagem, vestia uma calça de moletom e uma camisa de malha grande que parecia não ser dela, talvez fosse de Sebastian, ele pensa. — Erick!? O que faz aqui?— O apartamento é meu, esqueceu?— Não, não esqueci e provavelmente você veio me expulsar.— Posso entrar? — Sofia se afasta da porta para que ele entre — Pensei que fosse ao enterro de Sebastian.— Prefiro ter na memória a imagem dele vivo — Sofia esfrega um dos braços — Além disso, eu não sei onde ele foi enterrado, ninguém me avisou.— Eu não tinha o seu contato — Sofia nada responde e continua esfregando um dos braços, como se não soubesse o que fazer com as mãos — É verdade que vocês tiveram uma filha? — Sofia o olha, mas não responde — É verdade? Se for eu quero ajudar a criá-la, afinal é minha sobrinha.