Jade volta para o hotel e depois de arruma as suas coisas, decide ligar para Henrique, só faltava mais uma coisa e ela estava livre para seguir em frente, sem olhar para o passado. — Oi amor, como você está? — Henrique pergunta ainda preocupado, não lhe agradava saber que ela estava sozinha ali no meio de duas cobras. — Estou bem, logo estarei de volta, não vejo a hora de deixar isso tudo para trás. — Agradeço por ter se preocupado com Eduarda. — Não precisa agradecer, ela ficará bem com Sônia e Paulina que é uma mãe para ela, é muito carinho entre as duas. — Nicolas está morrendo de saudades, tinha que ver como ele ficou feliz quando eu fui buscá-lo na escola e disse que você está voltando. — Eu também estou morrendo de saudade dele — Jade sorri — e de você também. — Não sabe como é bom te ouvir falar isso. — Eu te amo, e por te amar é que estou aqui, não podia simplismente desistir de tudo novamente. — Eu também te amo, e acredite, eu dessa vez não permitiria que desistisse
Jade sente o desespero tomar conta dela, nunca imaginou que Sebastian fosse capaz de uma atitude daquela, não sabia qual era a intenção dele, iria ele sequestrá-la? Não sabia dizer, mas o pior de tudo era a maneira que ele dirigia, era como se só existisse ele no trânsito. — Você está louco Sebastian, pare esse carro agora! — Jade sente um frio na espinha — Sebastian você irá causar um acidente, pare já esse carro. — Você acha mesmo que depois de tudo o que eu fiz, eu vou te deixar assim tão fácil para Henrique? — Sebastian pense em Eduarda, ela realmente pode ser a sua filha. — Isso pouco me importa, nunca quis ter filhos — Sebastian a olha de lado antes de acelerar ainda mais o carro — Sempre quis você. Sebastian corria como se estivesse com pressa de chegar a algum lugar, ele não dava atenção as buzinas que ouviam, não dava atenção ao sinal fechado, dirigia feito um louco at
Henrique estava tão ansioso que chega ao aeroporto antes do horário previsto da chegada do voo de Jade, ele levou com ele Nicolas, que já não se aguentava mais para ver a mãe, além disso Henrique queria fazer uma surpresa para ela, pois sabia o quanto ela ficaria feliz em ver o filho. As horas se passam e o voo no qual Jade deveria chegar aterrissa e Henrique corre para o portão de desembarque, todos saem e não há sinal de Jade, e isso o deixa preocupado. Henrique decide ligar para ela, talvez houvesse acontecido algum imprevisto, tenta várias vezes e sua chamada sempre cai na caixa de mensagem. Ele decide ligar para Camila, talvez Jade tivesse entrado em contato com a amiga. — Oi Henrique, Jade já chegou? — Camila pergunta animada, ela estava aliviada por saber que Jade retornaria para casa, não a agradava saber que ela estava a mercê de Sebastian. — Camila, Jade não veio no voo previsto, e eu não estou conseguindo falar com ela. Por um acaso ela te l
Ao ver a expressão do médico camila ja sabia a resposta, mas ao ouvir o que lhe foi dito a deixou chocada. — Eu sinto muito, mas infelizmente o motorista não resistiu — Camila põe a mão na boca pois, mesmo sem gostar muito de Sebastian, não desejava esse fim para ele. O dia já havia amanhecido e Henrique e Camila permaneciam acordados esperando noticias, a fase critica ainda não havia passado, e tudo podia acontecer e Henrique se sentia aflito por não poder vê-la. Camila estava recostada no ombro de Henrique quando um homem chega onde eles estavam. — Bom Dia! — Ele os cumprimenta e Camila fica pasma com a beleza daquele homem, alto, cabelos negros, olhos verdes e pele morena — Sou Erick, irmão de Sebastian, vim saber notícias de Jade. — Seu irmão quis matar a minha mulher... — Eu sei, e sinto muito por isso — O homem responde constrangido — Meu irmão nunca pensou nas outras pessoas, apenas nele, ele queria morrer, mas não queria ir
Erick toca a companhia e quando a porta é aberta, ele se assusta ao ver o estado de Sofia, que parecia estar há dias sem comer, ela estava magra e sem nenhuma maquiagem, vestia uma calça de moletom e uma camisa de malha grande que parecia não ser dela, talvez fosse de Sebastian, ele pensa. — Erick!? O que faz aqui?— O apartamento é meu, esqueceu?— Não, não esqueci e provavelmente você veio me expulsar.— Posso entrar? — Sofia se afasta da porta para que ele entre — Pensei que fosse ao enterro de Sebastian.— Prefiro ter na memória a imagem dele vivo — Sofia esfrega um dos braços — Além disso, eu não sei onde ele foi enterrado, ninguém me avisou.— Eu não tinha o seu contato — Sofia nada responde e continua esfregando um dos braços, como se não soubesse o que fazer com as mãos — É verdade que vocês tiveram uma filha? — Sofia o olha, mas não responde — É verdade? Se for eu quero ajudar a criá-la, afinal é minha sobrinha.
Erick não concorda com o que Sofia diz, mas Sebastian não estava mais ali, e se ela acreditava no que estava dizendo, ele não tentaria mudar essa convicção, talvez acreditar nisso a fizesse feliz. — Esse apartamento é seu, irei transferir para o seu nome, isso pelo que nos aconteceu e, principalmente por não ter contato ao meu irmão, ele me apontaria o dedo todos os dias. — Sei que você apenas não foi capaz de resistir ao meu charme— Sofia consegue sorrir — Confesso que apenas quis te provocar, mas você é tão bonito que não consegui parar. Quando aceitou o meu beijo tudo o que quis foi ser sua e se quer saber, não me arrependo, foi uma das melhores transas que já tive, pena que depois daquele dia nunca mais te vi. — Adeus Sofia e se cuida! — Vou fazer isso — Ela lhe sorri um sorriso triste — Adeus Erick. Erick depois de confirmar ser o pai de Eduarda a registrou em seu nome, e convenceu Sônia a ir morar com eles na Itália. Pauli
Jade passou a ter esse sonho todos os dias, era como se estivesse presa nele, mas ela soube não ser um sonho, pois passou a ouvir as vozes que falavam com ela, eram vozes conhecidas, mas a que mais lhe comovia era a voz inocente do seu filho Nicolas, que lhe fazia várias perguntas, se era ruim dormir tanto, se ela não estava cansada de dormir, se ela ainda gostava dele, se ela não iria mais acordar, entre outras perguntas que com toda paciencia ela ouvia Henrique responder, dizendo que ela o amava e que só estava descansando para que quando acordasse pudesse brincar com ele como fazia antes, e lhe fazer muitas cócegas como gostava de fazer. Nicolas até tentava lhe fazer cócegas, mas Henrique o impedia dizendo que podia machucá-la por ela estar dormindo. Era tudo muito real e as vozes lhe era tão claras que lhe dava a certeza de estar presa dentro daquele sonho sem conseguir sair. Um dia, depois que as vozes cessaram, ela decidiu que iria sair dele, precisava enc
Estar grávida foi a maior surpresa que Jade poderia ter, ela não planejava ter outro filho no momento, mas ficou feliz por estar grávida e principalmente por saber que não enfrentaria aquela gravidez sozinha como na anterior, dessa vez teria Henrique ao seu lado. — Eu nunca imaginei estar grávida, eu tomava os meus remédios tão certinho — Jade fala com as mãos de Henrique sobre a sua barriga — Mas confesso que estou muito feliz, muito feliz por saber que serei mãe novamente. E quanto a vocês dois precisam urgente de um barbeiro — Jade passa as mãos nos cabelos do filho que estavam grandes e bagunçados — Você está ainda mais parecido com o seu pai, com esse cabelo todo despenteado. — O papai nem pentiava, tia Helô que fazia. — Vamos mudar isso, pentes e escovas de cabelos foram feitos para serem usados. — Mamãe, é um irmão, aqui? — Nicolas pergunta apontando para a barriga da mãe — Papai disse que é. — Pode ser uma irmã, que ta