Henrique ao final do dia vai até o apartamento de Camila levando flores, se queria reconquistar Jade, teria que começar por algum lugar, só pedidos de desculpas não resolveria. Quando Jade abre a porta fica surpresa com as flores, mas logo se recompõe.
— Não precisava se preocupar, não gosto de ganhar flores, fiquei com trauma, talvez. Flores é sinônimo de consciência pesada — Jade nem mesmo agradece as flores, ela as leva até a cozinha e as coloca em um vaso qualquer, que encontra perdido, mas sem dar importância a elas. — Papai, eu já lanchei, hoje a mamãe me deu melete, e eu comi tudinho e também bebi todo o meu suco. — Muito bem, por isso está até mais forte — Nicolas ri inocente — Papai, eu queci também? — Nicolas pergunta, ficando nas pontas dos pés, fazendo Henrique sorri. — Sim filho, com certeza você cresceu. — Papai vai morá com eu e mamãe? — Eu já te expliquei, filho. Um dia vou te levar para conheKleber havia descoberto que o apartamento onde Sofia morava antes de se mudar para a mansão, estava em nome de um homem, ele ao saber o sobrenome do homem, pensou ser consciência, mas não demorou a descobrir que a pessoa era o irmão mais velho de Sebastian. A princípio pensou ser consciência e que eles não se conheciam, já que não haviam se falado quando Sofia se aproximou deles no bar, ao conhecer Henrique, mas bastou alguns contatos para saber que chegaram a morar juntos na mesma casa, isso antes de Sofia se mudar para o apartamento que o irmão dele comprou. — Sofia conhece Sebastian. — Sebastian? Sebastian já conhecia Sofia antes daquela noite? — Sim, mas parece que eles não se falam, mas não me pergunte o motivo, pois isso não consegui descobri, afinal, não sou detetive, apenas um advogado que gosta de investigar a vida dos que causam problemas para os meus clientes. — Por quê ele não nos disse nada, pelo jeito el
Henrique se trancou em seu escritório durante toda a manhã e leu atentamente um relatório de alguém que não te interessava, mas que revelou ser mais interessante que um filme de suspense. Ele descobriu coisas que precisaria de provas para acusar e não apenas de depoimentos de pessoas conhecidas. Mas uma coisa ele tinha a seu favor, o endereço da mãe de Sofia. Ela era a única que poderia o ajudar, e talvez fosse capaz de livrar Eduarda das mãos de uma mulher gananciosa demais para amar alguém. Jade enquanto isso, levou Nicolas para conhecer a sua nova escola. Ele adorou, era difícil não agradar Nicolas, ele era uma criança que gostava de praticamente tudo que lhe ofereciam. Saindo da escola ela foi até a casa dos pais de Henrique, Nicolas passaria a tarde com os avós, mas Jade só não estava interessada de aturar Lurdes a tarde toda, por isso sua intenção era deixar Nicolas aos cuidados deles. Jade não conseguiu deixar Nicolas com os avós, pois ele se neg
Henrique que estava no corredor ouviu toda a conversa, e decidiu não discutir mais com Jade, pois sempre que tentava falar com ela, acabavam discutindo, com ela o acusando de traição e não aceitando o seu pedido de perdão. Ele volta para o quarto e se deita novamente ao lado do filho, a sensação era tão boa que ele não sente vontade de estar em outro lugar, a única coisa que acrescentaria a cena, era Jade deitada ali com eles. Jade ao entrar se assusta com a cena, não esperava encontrar Henrique dormindo, mas ao invés de gritar com ele, o mandando embora, ela se aproxima com cuidado para não acorda-los. Nunca imaginou ver Henrique dormindo em uma cama de solteiro ao lado do filho. Ela fica olhando a cena e queria muito que tudo fosse diferente, queria que Henrique não tivesse sido o homem sem escrúpulos que foi, queria que nunca tivesse existido uma outra. Mesmo que Henrique estivesse arrependido, era muito difícil confi
Jade é a primeira a acordar e olhando para Henrique dormindo ao seu lado, pensa na noite anterior. Talvez tenha sido um erro o que fez, talvez muitos a julgassem, mas ela era uma mulher adulta, e não podia negar que havia sido bom. Há muito tempo não sentia as sensações que sentiu, prazer, plenitude e êxtase. Entre ela e Henrique continuaria da mesma forma, não havia motivos para mudar as coisas entre eles, aquele momento havia sido apenas sexo, nada mais que isso, mesmo que o seu coração traiçoeiro quisesse dizer outra coisa não iria se iludir com a possibilidade de uma reconciliação, a ferida havia sido grande para perdoar tão facilmente, mas a verdade é que não se arrependia de ter se entregado a ele. Estar com Henrique novamente a fez se lembrar das palavras do amigo que encontrou um dia em uma praça, quando chorava por ainda amar alguém a quem acreditava odiar. Por mais que amasse Henrique não conseguia pensar na possibilidade de lhe dar outra chance, por
Jade ao sair de casa aquela manhã, estava decidida a dar um novo rumo em sua vida. Ao encontrar Henrique acordado, não foi capaz de encontrar palavras para se dirigir a ele. Estava cansada de acusá-lo, estava cansada de negar a si mesma que ainda o amava, não faria mais isso, de nada adiantava fazer tal coisa, o melhor que podia fazer era seguir em frente, sufocando aquele amor dentro do peito. Decidida, Jade vai até a casa que o pai lhe deixou, não havia conseguido vender, talvez por ser uma verdadeira mansão e o preço ser alto. Ao chegar a casa, Jade estaciona e fica olhando a casa de dentro do carro, era capaz de se ver correndo por aquele jardim, agora abandonado, era apaz de ouvir a mãe a chamando. A única voz que não conseguia ouvir era a do seu pai, era como se as lembranças com ele tivessem sido apagadas. Foi ali naquela mansão que ela passou toda a sua infância, vendo as brigas dos pais, ouvindo os gritos e as acusações de traição por sua mãe, vendo o
Deixando a casa, Jade vai até o apartamento que também havia herdado, mas diferente de como foi na casa, ela encontra um arquiteto no endereço a esperando. Ali era onde o seu pai morava, era um apartamento grande e espaçoso, por isso decidiu morar ali depois de fazer uma reforma. Decidiu aceitar as coisas que o pai havia lhe deixado, se ele deixou para ela, foi por acreditar que ela merecesse. Talvez tenha cometido um erro, quando não quis dar a ele a chance de se aproximar dela, talvez tenha agido errado por julgar ouvindo apenas um lado da história. Era muito pequena para saber quem dizia a verdade, se sua mãe que acusava o pai de ter uma amante, ou o seu pai, que dizia que ela enxergava coisas que não existiam. Ao ver a sua foto com o pai na cabeceira da cama onde ele dormia, a fez refletir que se ouvesse outra mulher seria a foto dela com o seu pai ali naquela mesinha de cabeceira, e não a dela como encontrou. Sabia que nunca descobriria a verdade, mas estava decidida a não re
Henrique estava indo embora quando decide procurar por Jade, a única coisa que ela poderia fazer, seria expulsá-lo do se quarto, mas se isso acontecesse ele já estava preparado para não desistir de ter a atenção dela. Ao ver o olhar que ela lhe lança, ele se sente aliviado, podia estar errado, mas ele sentia que ela já não o olhava com ódio. — Eu estou ótima, não se preocupe — depois de responder, Jade se aproxima dele — Tire essa barba, ela não combina com você, prefiro você sem ela — Henrique passa a mão na barba crescida e sorri, com ela o acompanhando. — Eu vou tirar — Eles ficam se olhando, mas dessa vez eles não se tocam — Jade... — Boa noite, Henrique — Jade corre o dedo indicador no rosto de Henrique evitando a barba — Acho melhor você ir embora. Hoje eu precisei tomar algumas decisões, preciso deixar no passado a velha Jade, a jovem insegura, aquela que preferiu fugir dos problemas a ter que encará-los. — Está querendo dizer...
Depois de deixar Nicolas na escola, Jade segue para a empresa. Olivia, a secretária de Henrique a deixa entrar, mesmo sem ser anunciada. Ela dá duas batidas na porta e entra no escritório de Henrique, lá ela encontra Kleber, que parecia estar tratando de algum assunto importante com Henrique. —Bom Dia! Espero não estar atrapalhando — Ela os cumprimenta ganhando um beijo no rosto de Kleber, que se pôs de pé para falar com ela. — Você não se cansa de ser bonita, não é? — Kleber brinca com ela. — Seu bobo, sua sorte é que Camila não é ciumenta. — Bom Dia, Jade. Você jamais atrapalha, sente-se — Henrique também se põe de pé, mas não tem coragem de cumprimentá-la como Kleber fez. — Eu não vou me demorar, vim perguntar se eu ainda posso assumir a vaga que era do meu pai. — Você está falando sério? — Henrique pergunta, sem conseguir acreditar no que ela estava dizendo. — Eu