Henrique estava indo embora quando decide procurar por Jade, a única coisa que ela poderia fazer, seria expulsá-lo do se quarto, mas se isso acontecesse ele já estava preparado para não desistir de ter a atenção dela. Ao ver o olhar que ela lhe lança, ele se sente aliviado, podia estar errado, mas ele sentia que ela já não o olhava com ódio.
— Eu estou ótima, não se preocupe — depois de responder, Jade se aproxima dele — Tire essa barba, ela não combina com você, prefiro você sem ela — Henrique passa a mão na barba crescida e sorri, com ela o acompanhando. — Eu vou tirar — Eles ficam se olhando, mas dessa vez eles não se tocam — Jade... — Boa noite, Henrique — Jade corre o dedo indicador no rosto de Henrique evitando a barba — Acho melhor você ir embora. Hoje eu precisei tomar algumas decisões, preciso deixar no passado a velha Jade, a jovem insegura, aquela que preferiu fugir dos problemas a ter que encará-los. — Está querendo dizer...Depois de deixar Nicolas na escola, Jade segue para a empresa. Olivia, a secretária de Henrique a deixa entrar, mesmo sem ser anunciada. Ela dá duas batidas na porta e entra no escritório de Henrique, lá ela encontra Kleber, que parecia estar tratando de algum assunto importante com Henrique. —Bom Dia! Espero não estar atrapalhando — Ela os cumprimenta ganhando um beijo no rosto de Kleber, que se pôs de pé para falar com ela. — Você não se cansa de ser bonita, não é? — Kleber brinca com ela. — Seu bobo, sua sorte é que Camila não é ciumenta. — Bom Dia, Jade. Você jamais atrapalha, sente-se — Henrique também se põe de pé, mas não tem coragem de cumprimentá-la como Kleber fez. — Eu não vou me demorar, vim perguntar se eu ainda posso assumir a vaga que era do meu pai. — Você está falando sério? — Henrique pergunta, sem conseguir acreditar no que ela estava dizendo. — Eu
No dia seguinte pela manhã Jade deixa Nicolas na escola e segue para a empresa e ao chegar sente o olhar de muitas pessoas sobre ela, talvez pensando se ela voltaria a ser a namorada de Henrique e não apenas a funcionária da empresa. Sem se preocupar em passar no escritório de Henrique ou procurá-lo, Jade segue direto até a sua sala, como tinha lido alguns documentos em casa, sabia por onde começar. Primeiro ela arrumou o lugar do seu jeito, colocando sobre a mesa uma foto dela e de Nicolas. Ao abrir uma das gavetas para guardar alguns itens pessoais ela enconrtra um porta retrato e, ao virar, se depara com uma foto dela com o pai, nessa foto ela estava sentada em seu colo em um lugar que parecia ser um jardim. Jade se recosta em sua cadeira e fecha os olhos, e talvez por se permitir lembrar, lembranças dela com o pai surgem em suas lembranças. Ela sorri, mas dentro dela sente uma imensa tristeza, pois com certeza o pai a amou, talvez mais do que a própria mãe
Henrique ficou tão chateado ao ver Jade com Sebastian, que perdeu o apetite, sua vontade era desmascarar Sebastian, mas ele não sabia nem mesmo qual acusação fazer, sem dúvida Sebastian desmentiria se fosse acusado de conhecer Sofia, e Jade, com certeza, acreditaria no amigo leal. Tudo o que Henrique queria era descobrir qual a ligação de Sebastian e Sofia. Em relação a Erick parecia que tinha ido embora do Brasil, e não havia prova de um provável relacionamento entre ele e Sofia, o apartamento onde ela morava antes, não havia sido vendido e Erick continuava sendo o dono. Henrique sabia que Sebastian não desistiria de Jade, e se ele não agisse rápido, a perderia de vez. Nunca se sentiu tão incompetente, nunca se sentiu tão incapaz, era como se sua inteligência tivesse o abandonado. Isso tudo o fazia se sentir um inútil, por ver a sua vida girar em círculos. Todos saiam, se divertiam, faziam viagens de férias, planejavam o futuro e ele estava ali, parado no temp
Jade sai de sua sala acreditando que Henrique fosse esperar por ela ali sentado, mas enquanto esperava o café ficar pronto ele aparece na cantina. — Eu amo essa mulher — Ele diz para as pessoas que estão ali — Mas ela me odeia, e vocês sabem o motivo? Porque sou um merda de homem. — Henrique, se continuar falando essas bobagens eu vou embora e amanhã nem aqui apareço — Jade o repreende, se sentindo envergonhada. — Jade, meu amor, você sempre foi o meu único amor, por favor me perdoa — Henrique a abraça, mesmo ela tentando o empurrar — Eu faço qualquer coisa para que possa me perdoar, qualquer coisa, é só me dizer. — Beba esse café — Jade o põe sentado e lhe entrega uma xícara com um café bem forte e sem açúcar — Beba todo esse café, está forte e sem açúcar, mas irá lhe fazer bem. — Se eu beber esse café horrível, você vai me perdoar? — Jade revira os olhos e mesmo as pessoas disfarçando, Jade consegue ver elas rindo da situação — s
Henrique é o primeiro a despertar, talvez por estar com a boca seca. Ele se levanta com cuidado e vai até a cozinha beber água. Um copo foi pouco para matar a sua sede, ele procura algum remédio para dor de cabeça pois, sua cabeça martelava lhe dando a sensação de que ia explodir, ele só queria voltar para a cama e tentar dormir mais um pouco, mas com a dor de cabeça que estava sentindo, seria impossível continuar dormindo. — Acredito que esteja procurando por isso — Jade entrega a ele um analgésico. — Obrigado, minha cabeça parece que vai explodir. — É claro, sua secretária me disse que você bebeu uma garrafa de whisky em menos de uma hora. — Vou me deitar mais um pouco, se não se importa. Você vem comigo? — É claro que não... — Mas você estava dormindo ao meu lado. — Eu acabei adormecendo, mas se eu não me engano eu estava ao lado de Nicolas. — Jade...<
Henrique encontra a sua roupa em uma poltrona, limpa e passada. Ele se recorda de Jade o empurrando para debaixo do chuveiro, ele realmente não estava bem, nunca tinha bebido tanto em um único dia, muito menos em menos de uma hora. Se lembrava de tudo o que tinha feito, de ter gritado para as pessoas de como foi tolo por perder a mulher que amava, e gritava ainda mais alto quando declarava o seu amor por Jade. Para ele nada mais importava, nem mesmo a sua fama de homem sério e responsável, todos com certeza deveriam estar rindo dele, e alguns podiam até estar achando que ele fosse louco por se humilhar daquela forma a uma mulher, mas Jade não era qualquer mulher, e por ela, ele era capaz de qualquer coisa. Antes de ir ao encontro de Jade, Henrique liga para uma floricultura e prepara uma surpresa para ela na manhã seguinte, só esperava que a surpresa fosse agradá-la. Queria viver sempre o que tinha acabado de viver, ele, Nicolas e Jade dormindo na mesma cama, c
Henrique encontra Jade sentada segurando um buquê de flores e ela o olha estarrecida, por não esperar que ele fosse a sua sala. Ao ver Henrique ali a sua frente, Jade sente o seu coração disparar, é como se tivesse voltado a ser a jovem Jade de roupas básicas que se perdia naquele olhar, sempre que se encaravam por muito tempo. — Jade... — Henrique... Eles falam juntos, mas nenhum dos dois é capaz de dizer o que pretendia, talvez por nem eles mesmos saberem o que gostariam de dizer. — Pode falar você primeiro — Henrique é o primeiro a se pronunciar — Se você veio a minha sala deve ser importante o que quer me dizer. — Gostaria de saber se irá ao evento da empresa amanhã? Mamãe se prontificou em ficar com Nicolas, ela adora quando você o deixa passar a tarde com ela. — Sim, eu irei e com certeza aceitarei a oferta de Lurdes, Nicolas ficará com ela sem nenhum problema, ele a
Jade já havia terminado de almoçar, mas Henrique ainda almoçava, por isso ela decidiu não ser indelicada o deixando ali sozinho. — Será que você poderia levar Nicolas amanhã para casa de sua mãe? Isso se não for te atrasar para o evento. — Não se preocupe, farei isso. Aproveito para o colocar para dormir antes de sair. — Você poderá se atrasar, ou você irá se arrumar na casa dos seus pais? — Sim, eu farei isso, e estou pensando em dormir lá também, será a primeira noite de Nicolas longe de mim e de você. — Você tem razão — Jade fica pensativa — Será que os seus pais iriam se importar se eu dormisse lá também? Posso dormir no quarto com Nicolas. — Tenho certeza que os meus pais serão a favor de sua decisão, principalmente por saberem que, por mais que Nicolas esteja familiarizado com eles, ainda é uma criança e poderá acordar sentindo a sua falta. — Pedirei a Sebastian para me deixar na casa dos seus pais.<