Depois de quase um mês no apartamento de Jade, Henrique precisou tomar algumas atitudes, entre elas, pediu a Kleber que conseguisse notícias de Eduarda, já que ele havia bloqueado Sofia, mesmo que isso não significasse estar livre dela. Sabia que ao retornar teria que tomar uma atitude em relação à ela, mas ele já tinha em mente o que fazer.
Sofia por sua vez, estava irritada com tudo e com todos, nem aquele que a acalmava lhe dava atenção, alegando ser para não serem descobertos. Sofia quis o procurar, mas ele a convenceu se manterem longe por um tempo, até Henrique dizer o que faria. Sofia quase todos os dias saia para se divertir, não ficaria em casa se torturando pelo que lhe aconteceria, ela prefere acreditar que Henrique continuaria assumindo Eduarda como filha, e dessa forma, ela jamais perderia a vida que lutou para conquistar, mas ainda sentia raiva ao lembrar do dia que Jaime a humilhou na empresa, ela chegou em casa com tanto ódio que tomou uma atitudHenrique pôde acompanhar um pouco a rotina de Jade e a de Nicolas, ela tinha voltado a trabalhar e Nicolas tinha voltado para a escola, e ficava eufórico quando o pai o levava na escola. Nicolas estava praticamente recuperado, mas precisava continuar mantendo a dieta e tomando algumas vitaminas mas Henrique, nos horários certos fazia questão de dá-las ao filho e durante as refeições ele sempre ajudava, principalmente quando ele se negava a comer algo, talvez por estar enjoado de comer sempre as mesmas coisas, mas tudo isso era necessário. Henrique acabava comendo a mesma coisa que ele para o incentivar, fazendo Jade o admirar pelo pai que estava demonstrando ser.Henrique, as vezes, pegava Jade o olhando, enquanto ele ajudava Nicolas no banho, ou mesmo a se vestir, e não tinha como não notar a tristeza que existia em seu olhar, ele só não sabia ser por ele ter se mantido ausente na vida do filho, ou por ela imaginar ele com Eduarda. Eles sempre faziam as refeições em silêncio, mesmo
Depois de tomar um outro banho, Jade veste um short de malha e uma blusa também de malha, indo até a cozinha beber água. — A noite pelo jeito foi boa — O copo que estava na mão dela quase cai ao ver Henrique ali parado na porta da cozinha. — Pensei que estivesse dormido — Responde tentando demonstrar estar calma. — Estava preocupado. — Não havia motivos — Depois de beber o restante da água e lavar o copo ela tenta passar por ele para voltar para o seu quarto. — Você estava com alguém? — Henrique pergunta a impedindo de passar por ele. Jade o olha e sente vontade de responder 'sim, eu estava', mas ao contrário disso prefere se esquivar da pergunta. — Acho que não te devo satisfação. — Você estava... — Ele constata ao ver ela responder sem o olhar nos olhos — Jade, eu sei que fui um tolo, sei também que ainda está magoada, mas o que eu preciso fazer para que me perdoe? — Vamos esclarecer as co
Jade queria conseguir esquecer o passado, fosse arrancando Henrique do seu coração ou arrancando as lembranças doloridas de sua memória, lembranças que ainda a fazia sofrer. — Mamãe, você está aí? — A voz de Nicolas a tira do seu tormento. Ao abrir a porta e ver Nicolas a olhando com aqueles olhos escuros iguais aos de Henrique, Jade morde os lábios, tentando controlar as emoções. Como se fosse para ela nunca esquecer Henrique, Nicolas era uma cópia fiel do pai. — Oi meu amor, pede ao papai para lhe dar o café da manhã, a mamãe está com dor de cabeça. — Vem Nicolas, vamos deixar a sua mãe descansar — Jade não sabia, mas Henrique estava recostado na parede ao lado da porta. — Por que a mamãe está chorando? — Nicolas pergunta entrando no quarto da mãe, se negando a ir com o pai — Eu não estou chorando — Jade prefere mentir, não queria deixar o filho triste, pois todas as vezes que ele a
Na volta do parque, Nicolas adormece em sua cadeirinha e Henrique olha para Jade, que olhava pela janela com o olhar distante. — Eu adorei o dia de hoje, foi muito bom estar com vocês dois, me senti como se fossemos uma família — Jade não responde e nem o olha — Foi a primeira vez que eu me senti assim, nunca tinha ido ao parque com uma criança. Henrique só queria que Jade soubesse que nunca tinha vivido algo assim com Eduarda, afinal ele praticamente não brincava com ela, a única vez que a levou para um lugar diferente foi para Orlando, no seu aniversário de quatro anos, esse havia sido o presente que ela pediu. Mas não foi difícil descobrir que a sugestão havia sido de Sofia, pela insistência dela de querer ir junto, mas Henrique disse que o presente era para a filha e não para ela e optou por levar a babá com ele para o ajudar com Eduarda, já que ele não saberia como cuidar dela. Ao chegarem ao prédio onde Jade morava, Henrique faz questão de levar
Depois do episódio com Nicolas, Henrique não voltou mais ao assunto sobre a guarda de Nicolas e Jade se sentiu aliviada, precisava pensar direito sobre o assunto e talvez procurasse um aconselhamento de um bom advogado, por isso, depois de colocar Nicolas na cama ela vai para o seu quarto, não daria oportunidade a Henrique de voltar ao assunto. — Posso entrar? — Jade pensou ter se livrado de Henrique, mas ele bate à porta do seu quarto.— Pode — Depois de alguns seguntos pensando se valia a pena fingir estar dormindo, Jade responde sem muita certeza de estar fazendo o certo.— Acho que o parquinho o deixou cansado, você acha que ele esta bem? Dormiu antes do horário de costume — Henrique pergunta preocupado.— Ele está bem, apenas cansado por ter brincado muito — Jade responde sem o olhar — Jade... — Henrique se senta ao lado dela na cama — volte comigo para o Rio, podemos pedir uma indicação de um bom pediatra ao médico dele.
Na manhã seguinte, ao chegar em sua confecção, Jade resolve o que achou ser necessário de imediato, ela ja tinha tudo preparado, afinal, ela precisava ter alguém de confiança ao lado dela. Depois disso, Jade passa na escola de Nicolas e conversa com a diretora sobre a mudança dele. Jade antes de viajar, iria levar Nicolas ao pediatra, por isso ela marca uma consulta, queria saber como estava a saúde do filho e também uma indicação de pediatra. Por ela, permaneceria em seu esconderijo, mas pelo filho seria capaz de qualquer coisa. Na manhã seguinte ela e Henrique levam Nicolas ao pediatra e ao chegar em casa, Jade liga para Camila. — Onde estava, tentei falar com você a manhã inteira — Camila atende fazendo cobranças. — Não seja exagerada — Jade tenta rir do desespero da amiga — Eu levei Nicolas ao pediatra... — O que aconteceu? Ele está doente? — Ele está ótimo, foi apenas para revisão. — Aí meu Deus, amiga. Me
Camila faz festa ao chegar em casa e encontrarJade e Nicolas, quanto a Henrique, ela apenas o cumprimenta sem muito intusiasmo. Camila acreditava que o motivo de Henrique se dedicar a Nicolas, era Eduarda não ser a sua filha legítima. Sebastian, não demora a chegar e faz questão de abraçar Jade como sempre faz ao se verem, mas dessa vez ele olha para Henrique com um sorriso diferente ao abraçá-la e isso incomoda Henrique, que não disfarça a cara feia. — Hora de dormir rapazinho — Jade chama o filho, muito depois do horário que ele costumava ir dormir, mas Nicolas segurando a mão do pai o leva para o seu quarto e lá Henrique o ajuda a pôr o pijama e fica até o filho adormecer. Antes de Nicolas adormecer, Henrique conversou com ele mais uma vez sobre a sua ausência, tentando explicar de forma mais simples, que só poderia ir vê-lo no final da tarde do dia seguinte, isso porque precisava trabalhar. Depois de muitas perguntas, Nicolas pareceu entender, mes
Henrique ao final do dia vai até o apartamento de Camila levando flores, se queria reconquistar Jade, teria que começar por algum lugar, só pedidos de desculpas não resolveria. Quando Jade abre a porta fica surpresa com as flores, mas logo se recompõe. — Não precisava se preocupar, não gosto de ganhar flores, fiquei com trauma, talvez. Flores é sinônimo de consciência pesada — Jade nem mesmo agradece as flores, ela as leva até a cozinha e as coloca em um vaso qualquer, que encontra perdido, mas sem dar importância a elas. — Papai, eu já lanchei, hoje a mamãe me deu melete, e eu comi tudinho e também bebi todo o meu suco. — Muito bem, por isso está até mais forte — Nicolas ri inocente — Papai, eu queci também? — Nicolas pergunta, ficando nas pontas dos pés, fazendo Henrique sorri. — Sim filho, com certeza você cresceu. — Papai vai morá com eu e mamãe? — Eu já te expliquei, filho. Um dia vou te levar para conhe