Jade decidiu sair com Nicolas assim que Camila saiu para o trabalho. Ela vestiu o filho com uma bermuda de sarja e uma camisa polo infantil, lhe calçou um tênis e na bolsa que arrumou para levar, se preocupou em colocar uma outra peça de roupa e uma sandália, além de outras coisas que poderia precisar. Na lancheira ela pôs suco, frutas e água. Depois de tudo pronto eles saem com Nicolas fazendo festa por estar saindo com a mãe, ele adorava quando saiam juntos para passear, o dia deles sempre era divertido. E a manhã que passaram juntos não foi diferente, primeiro Jade foi conhecer o apartamento que o pai lhe deixou, mas antes de subirem para o apartamento ela levou Nicolas para conhecer o playground, permitindo que ele brincasse em alguns brinquedos, sempre na companhia dela que fazia questão de brincar com ele, havia poucas crianças, mas ele logo fez amizade com algumas que estavam ali. Com Nicolas já suado e com as bochechas vermelhas, eles seguem até o apartamento, antes quan
Jade ao ver o filho diante de Henrique percebe como era impressionante a semelhança entre os dois, ela não esperava que Nicolas acordasse e aparecesse na sala naquele momento e pensa em afastá-lo de Henrique o quanto antes. — Volta para o quarto Nicolas, a mamãe já vai até você. — Mamãe, a minha barriga tá dodói — Sem se importar com a ordem da mãe, Nicolas vai até ela e abraça as suas pernas a fazendo o pegar no colo. — A mamãe vai te dar remédio — Jade o leva para cozinha, mas antes faz um pedido a Henrique — Quando sair feche a porta. — Eu não vou embora, eu já disse. Quero conhecer Nicolas, o meu filho — O que ele diz faz Nicolas o olhar e Henrique decide se apresentar a ele — Oi filho, eu sou o seu papai. Nicolas fica o olhando e Jade sente o ar lhe faltar, não foi assim que ela planejou que Nicolas soubesse quem era o pai dele, todos os planos dela foram por água abaixo. — Você é o meu papai? — Nicolas pergunta inocente. — Eu sou o seu papai — Henrique sente a garg
Jade estava conversando com Camila, enquanto arrumava as suas coisas, Nicolas já dormia, isso depois dela prometer levá-lo ao parquinho que ele gostava, assim que chegassem em casa. — Jade, antes de ir embora procure Henrique, peça que ele venha ver Nicolas, o pobrezinho ficou tão feliz quando soube que tinha pai — Camila a aconselha — Mas agora ele só sabe dizer que está triste por não ter um papai. — Você mesma me disse que Henrique não atende a ligação de ninguém, além disso não quero mais dar esperanças a Nicolas. — A sua ligação com certeza ele irá atender... — Esquece, eu não irei procurá-lo. Nicolas vai esquecê-lo, vamos voltar para casa e as coisas voltarão a ser como antes. — Fico pensando o que se passa na cabeça de Henrique, ele simplismente desapareceu, deixando a empresa aos cuidados do pai, que também não parece estar muito satisfeito com alguma coisa. — Provavelmente está em viagem com a família que ele escolheu. — Quanto a isso eu não sei dizer, desde que Sof
Depois de tomar um banho, Henrique volta para a cama, estava pensativo olhando para o teto quando o seu telefone volta a tocar, mas deixar de atender parecia não ser a solução pois, com certeza Sofia não desistiria. — O que você quer? Que inferno! — Ele grita ao telefone — Eduarda está chorando chamando por você, tem semanas que você não vem vê-la. — Não estou com cabeça para sair de casa... — Como assim? Está querendo me dizer que pouco se importa com a tristeza de sua filha? Sabe muito bem como ela é apegada à você... — Henrique pensa em Nicolas — Pense o que quiser só me deixe em paz, quando eu quiser ver Eduarda, eu vou vê-la. — Henrique responde sem paciência, encerrando a ligação e jogando o celular de lado. Henrique pensa em procurar Jade, mas ele já tinha lhe feito tanto mal, que sabia ser tempo perdido a procurar. Ele pensa em Nicolas que não sabia de sua existência e era feliz mesmo sem um pai, talvez Jade
Sofia estava fadigada, não ter Henrique para perseguir a deixava entediada, era capaz de dizer que sentia falta dos gritos dele e dos xingamentos ofensivos. Ela estava em casa pensando em como foi o encontro dela com os pais de Henrique, achou muito estranho o pai dele não concordar com o seu retorno para a empresa, mas preferiu não questionar. Com certeza era por causa de Jade, pelo que parecia, o senhor Jaime gostava muito dela, por isso precisava se apegar mais a Lurdes, mãe de Henrique, essa sim parecia estar disposta a ajudá-la em tudo. — Senhor Jaime, quando eu volto para a empresa? — havia perguntado com naturalidade. — Acho melhor você se dedicar a Eduarda, ela precisa da mãe por perto. — Acho que o senhor está certo, ela vive dizendo sentir a minha falta — Sofia faz um carinho nos fios loiros da filha que a olha com seus lindos olhos verdes, lhe sorrindo. — A senhora soube o que Henrique teve coragem de fazer comigo? — Sofia não podia deixar passar a oportunidade de s
No mesmo dia em que Sofia foi expulsa da empresa por Henrique, Jaime ligou para ela, a convidando para ir em sua casa na manhã seguinte, disse que ficaria feliz se ela fosse tomar o café da manhã com ele e a esposa, e foi naquela manhã que ele conseguiu alguns fios de cabelos de Eduarda, apesar da neta ter reclamando, pensou ter sido sem querer o puxão de cabelo que ganhou, e o beijo que o avô lhe deu na testa a fez sorrir novamente. Jaime não ficou surpreso quando Sofia tentou se passar por inocente no encontro que teve com Jade, e pode perceber uma pontada de inveja ao saber de suas conquistas. Mas mesmo que ainda não soubesse quem era Sofia de verdade, defenderia Jade, pois independente de qualquer coisa sempre a admirou por sua competência e talento, e ao vê-la entrar tão confiante na sala de reunião, lhe deu certeza do que pensava a seu respeito. Jade tinha um grande diferencial, ela tinha usado os traumas da infância para se tornar uma pessoa forte. Agui
Henrique por sua vez, se mantém despreocupado com o celular desligado, tinha até receio de ligá-lo. Quando resolve fazer isso, fica surpreso com o número de chamadas de Kleber, ele estranha pois, quando viajou o amigo tinha ido fazer uma viagem urgente para socorrer um cliente. Kleber não era muito de insistir nas ligações, geralmente esperava ele retornar, por isso resolve ligar para o amigo, talvez fosse algo urgente e, quando Kleber atende na primeira chamada, o faz ter certeza. — Henrique como você foi fazer uma merda dessa? Onde você está? — O que eu fiz de errado agora? — Pergunta inabalável — Dessa vez acredito que não fui eu, já que escolhi me afastar das pessoas a quem faço mal. — Como você conta para uma criança de três anos que é o pai dela, e depois simplismente desaparece? O moleque chora por dias, repetindo que você não gosta dele. — O que está me dizendo? Como assim eu não gosto dele? — O que está havendo com v
Henrique decide ligar para o pai, confirmando aquilo que sempre soube, Eduarda não era a sua filha legítima, agora ele tinha mais um problema pela frente, mesmo que não estivesse com disposição de resolver. Jaime pede que ele volte para casa, com a intenção de resolver o problema com Sofia, mas Henrique prefere ignorar o pedido que o pai lhe faz. Por isso, Jaime cansado de esperar, toma uma atitude, já não suportava mais ver Sofia enfiada dentro de sua casa, agiria sem a autorização do filho. Ele mesmo liga para sofia e diz que ira esperá-la na empresa. A animação dela ao telefone o fez acreditar que que ela estava pensando ser boas notícias e ele não estava errado em seu pensamento. Sofia já estava surtando, há semanas que ela não conseguia falar com Henrique, nem com Eduarda ela estava tendo paciência, a única coisa que fazia com a filha era gritar quando escutava a sua voz inocente lhe pedindo alguma coisa. Henrique não respondia nem as suas mensagens, preci