Voltamos às atualizações. Planejo terminar esse livro o mais rápido possível. Não deixem de comentar em cada capítulo. Lembrando que podem me encontrar no annevaz.esc Um beijo. Anne Vaz
Benjamin ScottPousamos na capital de Honduras, Tegucigalpa. Uma cidade até que grande e com uma infraestrutura de cidade de pequeno porte. Vimos que a cidade estava se reerguendo depois da última tempestade tropical que a cidade enfrentou.Algo que estávamos infelizmente suscetíveis a presenciar.— A previsão diz que os ventos podem alcançar mais de cem quilômetros… — Oliver fala com Victor.Aquilo estava começando a me preocupar, precisamos ser rápidos e voltar o mais rápido possível para casa, não posso permitir que aquela mulher chegue perto da minha mulher e dos meus filhos tão indefesos.— Fique calmo, não podemos fazer nada até que resolvamos tudo aqui! — Oliver diz.Estávamos ainda sentados na aeronave, esperando que o jatinho que iria trazer Raul Carrillo pousasse. Já havíamos reservado um hotel que fica perto da costa, o que nos deixará ainda mais perto da maldita ilha que serve de esconderijo para os chineses e seus negócios tão sujos.Sentados um de frente para o outro, te
Camilla ScottVer o meu marido sair de casa para ir à sua primeira missão, sendo que ele não teve treinamento desde a sua infância, a não ser o básico com Victor, meu pai e seus primos e tio.Aquilo está me deixando aflita e já havia comentado até mesmo com a Carol. Que tentou me tranquilizar e pediria a Henrique que ele providenciasse algo.— Calma, tudo vai correr bem! — Ouço Miley me puxando para dentro de casa.Sophia estava tão calada como estava, sei que para ela estar na posição de esposa que precisa ficar para trás enquanto o marido se arrisca para proteger alguém é angustiante. Também estava me sentindo assim, não que não confiasse em Victor ou em Oliver, mas porque sei que meu bispo não tem destreza em várias coisas.— Sim… — Sophia diz, enroscando o seu braço no meu e nos guiando para a cozinha. — Agora me conte como foi o seu exame.Só então lembro que não havia contado para ninguém além de quem estava em casa mais cedo.Sentamos onde estava até ainda pouco, com Benjamin me
Camilla ScottEstava sentada no sofá da grande sala, com os olhos fixos na TV que exibia a previsão de tempo nos países latinos que estão sofrendo com toda aquela destruição que a tempestade estava causando.Já havia chorado e tinha as minhas amigas ao meu lado, ela estava tentando me acalmar. Mas sentia algo dentro de mim que estava me deixando ansiosa. Via os jornalistas informando que a tempestade mudou de classificação e passou a ser considerada um furacão, precisamente um F-4.Com o celular em meu colo, via as preocupações de Leticia, o grupo das filhas e noras de Carol, preocupadas comigo. Mas nesse momento não tinha nada para falar com nenhuma delas.Minhas orações estavam em meu marido, no pai dos meus filhos. Ele tem que voltar para mim, precisa sobreviver a essa loucura que estava acontecendo nesse momento.Olho para o celular que chegava mais uma notificação e vejo a mensagem que não queria.Carol: Não se preocupe, estamos todos pedindo a Allah que ele volte para você! Tenha
Benjamin ScottNos dividimos nos vários carros e Victor estava ao meu lado, ouvia todos os seus conselhos enquanto o motorista nos levava para as docas onde está o porto que Raul subornou para ter uma lancha à nossa disposição.Mas, agora, olhando para o tempo que estava cada vez pior, acredito que deveríamos deixar a nossa missão para amanhã, quando essa tempestade estiver longe de nossas cabeças.— Ouviu o que eu disse? — Victor chama a minha atenção.— Claro que sim, primeiro a automática, os pentes dela e somente depois a pistola! — Afirmo, respirando fundo.— O que está te incomodando? — Sua pergunta me faz olhar para fora.Posso ver muitas coisas voando sobre o nosso carro e algumas coisas caindo ao nosso redor. O motorista que estava nos levando estava se desviando com destreza e seguia de perto o carro onde estava o Raul com os seus homens.— Não se preocupe, é apenas uma tempestade! — Oliver começa a dizer.Reviro os olhos, porque já sabemos que estamos enfrentando um furacão
Benjamin ScottEsforço o meu corpo para pelo menos manter a cabeça para fora da água que estava fria e agitada pelos ventos que não paravam ao meu redor. Sinto os impactos das ondas sobre meus ombros e a força da água me puxando para o fundo. Para o lugar escuro onde sinto algo se prendendo em meus pés.Por mais que batesse meus pés e me impulsionasse para cima, sentia que não saia do lugar e lembrei de todo o equipamento que estava carregando. Comecei a me livrar de tudo e já começava a sentir os meus pulmões queimando pela falta de ar, estava me afogando.Me concentro e empurro o meu nervosismo para a casa do caralho e volto a nadar para cima assim que deixo todo aquele equipamento para trás, ficando apenas de calça jeans e sapato. Torcendo que, quando minha cabeça esteja para fora, não seja atingida por outra onda.— Benjamin? — Ouço Raul me chamando.Olho para todos os lados e não consigo ver nada, nado contra algumas ondas que me puxam e arremessam contra o enorme paredão de rocha
Camilla ScottA voz tranquila da Carolina é a única coisa que posso ouvir. Estava deitada em minha cama, depois que recebi notícia de que Benjamin sumiu no meio da tempestade. Sentir o cheiro do meu marido em meio aos nossos lençóis é a única coisa que está me acalmando.Passamos a madrugada toda aguardando notícias de Oliver e, quando ele nos disse que realmente não encontraram nenhum dos dois corpos, o meu mundo ruiu.Cai desmaiada e fui amparada pela família que estava ao meu lado e, ao mesmo tempo, desolada pela perda de um deles. Sentia a mão de Sophia abraçada ao meu corpo enquanto a mão de Carolina estava em meus cabelos.— Não me interessa, Henrique, mova terra e céu e encontre o Benjamin, não aceito uma filha minha viúva…Ela tinha uma voz firme, ainda me agarrando na mesma esperança que ela e Sebastian tinham naquele momento.“Sem corpo, não há morte”Uma frase fria ao ser dita em outro momento, mas agora ela é a única coisa que está me sustentando, ver no olhar de todos a me
Camilla ScottPassamos quase dois dias na espera por Oliver e Victor retornarem para casa. A cúpula da “First” foi dividida entre o Canadá e a Colômbia.Na minha casa estavam Laís e Carolina, assim como Helena, que ao me ver se aproximou lentamente e abraçou meu corpo com tanto carinho que senti algo diferente. Não era apenas ela tentando me dar condolências, mas havia algo como um muito obrigado em seu abraço carinhoso. Sentia uma gratidão vinda dela sem motivos, ou pelo menos eu não fazia ideia do porquê.Mal havia dormido nos últimos dias e estava me concentrando nas finanças, uma coisa que Jackson estava me apoiando e ensinando o que ainda não tinha tanto domínio. Até mesmo Sebastian estava cuidando de algumas coisas, já que estou grávida e com a gravidez de risco, não posso ficar andando tanto por aí.— Camilla, talvez se cobrarmos os favores com a polícia, podemos tentar aumentar as áreas de busca! — Ele diz, olhando para um dos livros caixa.Ergo o olhar da contabilidade e vejo
Benjamin ScottEstamos há mais de vinte dias dentro desse navio, com o maldito Ching Chuan fugindo dos radares e de qualquer um que visse a mim ou a Raul, e entregassem a nossa localização de mãos beijadas para nossos líderes. Raul tem se mostrado difícil e está dando trabalho para todos no navio, ele prefere ser morto do que virar um servo nas mãos de Ching, não nego que tenho o mesmo pensamento. Mas eu tenho uma esposa e quatro filhos para reencontrar.— Eles pegaram um novo lote ontem. — Raul diz enquanto comemos a nossa porção matinal de alimentos.— Percebi quando o navio parou, mas lá embaixo não consigo ter muita noção do que acontece!Volto a minha atenção para o pote com arroz e algas que deram para me alimentar. Mesmo que tivéssemos ferrado os negócios de Ching, ele nos alimentava e quase não éramos torturados, o que está me deixando preocupado.— O que foi, notei que tem ficado cada dia mais quieto.Respiro fundo, encosto minha cabeça na parede e olho para o teto antes de r