Benjamin Scott
Antes que pudesse me afastar e ir em direção ao Cardeal Antony e se tiver sorte depois de ter cometido o pecado que está fazendo com que a minha pele nesse momento queime como se já fosse um cativo do inferno.
— Bispo Scott? — Ouço a mãe do noivo me chamando!
Viro em sua direção sem muita vontade de ter que conversar com qualquer um deles naquele momento, quero ir apenas até onde o homem que me criou estar.
— Senhora Carter! — Tento ser sucinto para perceber a pressa que estou.
— Gostaria que estivesse no salão de festas mais tarde, minha mãe deseja trocar algumas palavras com o senhor, vou deixar um carro a sua disposição… — Ela diz e começo a negar com a cabeça. — Acho que não é sensato negar a um pedido de Carolina Alcântara Al-Makki.
Ela diz e sinto um arrepio ao ouvir aquele nome, o mesmo que atormentou a minha vida por muitos anos.
— Estarei lá, preciso apenas me despedir de meu pai, agora se me der licença, espero ainda o encontrar com vida. — Sem medo dou as costas para senhora Carter e sigo pelos corredores.
O caminho tranquilo e repleto de paz, mas por dentro de mim estava um turbilhão de sensações. Ainda podia sentir o sabor adocicado que havia nos lábios de Camilla, talvez ela tenha engerido champanhe ou apenas um suco bem adocicado. O pensamento intrusivo é o suficiente para uma nova ereção começar a surgir.
Suspiro frustrado antes de entrar na ala médica, encosto a minha cabeça na porta pedindo perdão a Deus.
— Tenha misericórdia de mim, me perdoe por meus pecados…
Entro na sala que mais parece uma enfermaria e caminho até onde está Antony. O homem a quem meu tio confio para me proteger da mulher que matou o meu pai por invadir sua casa. Todos achavam que era perigoso me ter em casa, então fui enviado para Nova York e cresci na igreja aprendendo tudo e foi inevitável não seguir o chamado de Deus.
Ao entrar no pequeno reservado do Cardeal que me criou como filho o vejo deitado de peito para cima, com suas mãos segurando um terço e pela graça divina ele estava ainda forçando sua respiração.
— Oi, pai! — Falo baixinho e me sento na cadeira ao seu lado.
O vejo virar o rosto e sorrir para mim.
— Está na minha hora, continue sendo o bom filho que criei para ser. Um servo bom e leal, algo que aprendeu na sua antiga vida. — Seguro em sua mão e confirmo com a cabeça. — Me dê a extrema-unção e vá, não quero que me veja partir, eu estou pronto, mas sei que você não está.
E como um filho obediente faço o que meu pai me pediu, olho mais uma vez para ele e me afasto um pouco, vejo as freiras cuidando dele com todo o carinho que elas têm. Suspiro e saio dali.
Por mais que o ame, não quero vê-lo morrer e com os parâmetros dos seus sinais vitais como estavam, essa transição não demorará muito. Já que não quero ficar aqui na Catedral vou para a festa de casamento do jovem casal Carter. Não nego que fiquei bem curioso no que a senhora Alcântara deseja comigo.
Saio da Catedral e caminho em direção ao segurança que estava ali me aguardando sabia que eles fariam o que foram mandados fazer.
— Está pronto, bispo? — O homem pergunta.
Confirmo com a cabeça e o sigo. Não demora mais que vinte minutos o nosso percurso até o salão de festas fechado para a enorme festa, assim como todo o hotel para acomodar todas essas pessoas.
O carro para em uma das entradas e sigo em direção a uma jovem que estava direcionando os convidados que estavam ainda chegando para a festa.
— Bispo Scott, a senhora Alcântara pediu para ir nessa direção, a família está toda reunida ali! — Olho na direção que ela aponta e começo a ir naquela direção.
Com os pensamentos correndo de meu pai para aquela pequena diabinha de olhos azuis como o céu e cabelos loiros tão lindos como ela. Somente em pensar nela consigo sentir o perfume que ainda posso sentir na minha batina.
— Não pensei que o veria novamente, Bispo Scott! — Estanco assim que a voz daquele pequeno demônio surge detrás de um enorme vaso de flore.
— Senhor… — Murmuro colocando a mão no meu peito depois do susto que acabo de ter.
— Não que não queira ter a minha primeira experiência com ele, é lindo, mas acredito que ele já esteja casado com uma dentista… — Ela diz como se estivesse falando de alguém que eu conhecesse.
— Desculpe senhorita…? — Esqueço o sobrenome dela.
— Coppola, Camilla Coppola! — Ela fala com orgulho.
— Com certeza não será morta caso alguém desconfie do que aconteceu, mas se alguém souber o que houve, tenho certeza que meu pescoço sentirá frio quando a minha cabeça for arrancada dela, então prefiro manter distância! — Digo e volto a caminha.
— Então faremos o seguinte Bispo, meu quarto é o 234, te espero lá! — Ela se aproxima e vejo retirar da sua bolsa um cartão magnético e enfiar no bolso da minha batina. — Odeio ameaçar, mas caso não queira ser morto recomendo que me encontre em meu quarto em meia hora, estarei lá e se demorar direi ao meu pai o que houve naquele gabinete.
Olho para aquela garota com um sentimento de irritação começando a crescer dentro de mim. Meu olhar vasculha por todos os lados e vejo uma pequena porta. Agradeço por não ter ninguém por perto e puxo essa secretária do próprio demônio para aquele lugar pedindo para não haver ninguém ali dentro.
Quando abro a porta agradeço por ser um espaço vazio e a puxo para dentro, consigo ouvir sua risada que parece ter um comando direto ao meu pênis, porque aquela parte do meu corpo a qual sempre tive controle, parece que depois que conheci Camilla, é comandada por qualquer estímulo daquele pequeno demônio.
— O que você quer comigo? Não vê que está colocando a minha vida em perigo? — Pergunto começando a me irritar.
— Por isso estou dando a você uma escolha, fazer amor comigo ou sofrer as consequências! — Olho para a garota na minha frente e engulo em seco para controlar a raiva.
Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Camilla avança sobre mim com as suas mãos segurando em minha batina com força, é inevitável não sentir desejo por essa diabinha cheirosa e com os lábios doces.
Circulo a mão por sua cintura e a imprenso contra a porta, deixando que o beijo que ela estava me dando se torne ainda mais desesperado. Não é algo que não saiba fazer, claro que durante a minha adolescência tive as minhas experiências, mas diferente de Josh, não me apaixonei por nenhuma menina.
— Fique caladinha… — Sussurro e tranco a porta de onde estávamos.
Desço com a mão por sua perna e a puxo para a minha cintura, mantenho nosso beijo e quando me afasto vejo que estávamos em um espaço que deve ser um pequeno Spa, havia uma maca perto da parede.
— O que está fazendo comigo menina? — Começo a beijar seu pescoço.
— Pelo visto algo que você também deseja…
Como não desejar essa pequena tentação, ela é linda, deliciosa e muito sedutora.
— É tão errado, Camilla, nunca poderei ser a metade do homem que merece ter aos seus pés! — Digo ao beijar o colo de seus seios.
— Não estou te pedindo em casamento, quero apenas que me apresente ao prazer, se posso escolher a quem entregar a minha virtude, que seja a um homem de Deus e não a um monstro. — Ouço o peso das suas palavras e um certo desespero.
Ergo o meu olhar e me afasto dela por um instante.
— Mudou de ideia? — Vejo em seus olhos que ela acredita que a rejeitarei.
Ergo a alça do seu vestido e com decisão do que farei, sei que é errado de muitas formas, mas sei que se não o fizer vou sofrer ainda mais. E meu medo é que Camilla acabe fazendo algo que acabe se machucando, pelo menos poderei ser gentil com ela.
— Não, mas preciso ter uma conversa a qual me esperam e… — Me aproximo e beijo a ponta do seu nariz e em seguida seus lábios. — Você merece ter uma primeira vez em uma cama e depois ser cuidada como merece!
Digo com os meus olhos fixos no dela, noto o quanto ela se emociona e sinto a minha pulsação se acelerando com o medo do que farei com essa menina assim como pavor por estar quebrando os meus votos.
— Tenho que ir, mas tarde me encontro com você onde me disse, mas não pode ser em meia hora, não faço ideia de quanto tempo a senhora Carter vai me prender! — Converso com ela com maturidade. — Entenda, estou colocando o meu pescoço em risco, então preciso que nesse momento entenda o meu lado e espere pelo momento certo.
Falo e não dou espaço para que ela discuta comigo, me despeço dela e deixo que ela vá. Tenho que ir me encontrar com as mulheres que pediram para conversar comigo. Recuperado do tesão que senti da minha pequena diabinha vou em direção à sala onde as mulheres me esperavam e para a minha surpresa Carolina Alcântara estava usando um hijab em sua cabeça e tinha um sorriso gentil em seus lábios.
— Como vai Benjamin Scott, é uma surpresa ver você como Bispo e não o líder da máfia Canadense. — Solto um longo suspiro.
Camilla CoppolaOuvir o mesmo discurso que o meu pai vem proferindo nos últimos três meses chega a me enjoar. Não quero ser obrigada a casar com um lunático por poder, sei que esse russo quer apenas usar o meu sobrenome para fortalecer alianças antigas.— Camilla não adianta discutir, a decisão está tomada! — Meu pai esbraveja batendo a mão na mesa que assusta a todos. — Qual a dificuldade de ser obediente?Mantenho a cabeça erguida sem perder o foco em meu olhar, não tenho medo de meu pai e tenho certeza que ele sabe o quão são tão psicopata como a minha irmã Letícia a nossa diferença é que não faço questão de nada disso.Na verdade, queria apenas ter uma vida tranquila, quem sabe encontrar uma pessoa que me fizesse descobrir o que é o amor e criar uma família tranquila ao meu lado. Respiro fundo depois de sustentar o olhar irritado do meu pai.— Tudo bem, quando me encontrar morta em alguma vala, não diga que não avisei! — Digo bufando de raiva, viro de costas para meu pai.— Menina
Camilla CoppolaO desgraçado começa a me tocar e sinto o desejo de vomitar com o seu toque mais ousado dele. A raiva que sinto do meu pai apenas aumenta ao notar que ele me deixou assim tão vulnerável com um homem que ele sabe que desprezo.— Podemos nos conhecer melhor, o que acha? Já que em algumas semanas estaremos casados! — Sua mão desce e começa a puxar o meu vestido para cima e ele toca a parte interna da minha coxa.Com a sua invasão eu travo o meu corpo assustada o suficiente para apenas abrir os meus olhos e esperar o que ele tinha em mente. Mantenho os meus olhos fixos no homem que deixou o desejo dele por mim ficar ainda mais explicito.Mas a lembrança de minha mãe vem a tona…“Somos Coppola e nunca, nunca mesmo, deixamos nossa vontade ou desejo de lado. Sempre sobreponha o seu desejo e querer acima de qualquer um. Nunca se esqueça disso!”Respiro fundo e retiro a sua mão do meu corpo, sem me importar com o que esse russo pensará ou falará com o meu pai.— Deve estar me co
Camilla CoppolaNaquele momento que vi o Bispo entrando em meu quarto sem suas roupas sacerdotais sabia que ele não estava ali como um enviado de Deus e sim como o homem que atentei. Assim como o diabo tentou a Cristo no deserto.Sentia ainda mais vergonha por estar fazendo com o que o homem divino cometesse o pecado da fornicação, ainda mais com uma garota que já está prometida para outro homem.— Olhe para mim e diga o que houve! — Suspiro ao sentir a sua mão tocando a minha.Ainda estava me sentindo envergonhada por estar fazendo isso com ele, além de saber o quão perigoso é para ele estar ali comigo e com certeza me ver, de olhos inchados e com o pescoço cheio de hematomas.— Há uma luta constante dentro de mim, diabinha! — Ele começa a dizer.Olho quando ouço o apelido que me deu e vejo o esboço de um sorriso surgindo, mas quando seus olhos descem a sua mão vai para o meu queixo e o ergue. Sei que ele verá as marcas que Oleg fez em meu pescoço.— Está tudo bem… — Digo levantando
Benjamin Scott Depois da conversa que nunca esperei ter, só me resta sair daquela saleta onde estavam algumas pessoas do alto escalão da “First”. Não me sinto leve depois da conversa, mas finalmente consegui preencher algumas lacunas que por anos me consumiam.Caminho ao lado da senhora Carter que insiste mais uma vez sobre a tal Lessie. Expliquei a ela que até o momento não havia conseguido nenhuma informação, mas que as teria em poucos dias.Assim que consegui tranquilizar a mulher ao meu lado fiz a pergunta que estava me incomodando há algumas horas.— Por que o seu real interesse em uma mulher que surgiu num contêiner? — Pergunto antes de entrar no grande salão.O olhar de Laís Carter se encontra com o meu e vejo o seu sorriso se abrir exibindo duas fileiras de dentes perfeitos.— Você ouviu a história que a minha mãe contou e eu tenho as minhas próprias histórias, talvez esteja apenas interessada no responsável que a colocou naquela caixa, ou posso estar interessada naquela garo
Benjamin Scott Posso, sim, protegê-la, mesmo não podendo me envolver com a minha família nesse momento. Tenho uma missão para cumprir e farei isso até conseguir o que me foi solicitado.Suspiro olhando para o sorriso bobo de Camilla em meu colo e entro com ela no box do banheiro. Esfrego o meu nariz em sua têmpora, aproveitando o seu corpo aproximo ao meu e mesmo me sentindo péssimo por cair na tentação dessa diabinha linda. A coloco no chão do box e a viro de para mim.— Diabinha o que você fez comigo? — Pergunto e aperto o seu mamilo.O sorriso dela estava leve, é como se os problemas que estão flutuando acima de sua cabeça tivesse sumido e agora apenas a jovem Camilla estive ali na minha frente.— O que fiz? — Ela pergunta mordendo o lábio inferior.— Me seduzir… — Passo a mão por sua cintura e a puxo para os meus braços.— Fico feliz e triste o mesmo tempo! — Ela diz suspirando.— Não correspondi as suas expectativas? — Pergunto beijando o canto de seus lábios.Não que meu ego te
Camilla CoppolaSentia o meu corpo leve e estava tranquila, mesmo sabendo que assim que meu pai entrasse nesse quarto sentiria em minha pele a fúria que ele deve estar sentindo pela vergonha que causei.Abro os olhos lentamente, fito o teto do quarto e passo a observar todos os detalhes que há sobre a minha cabeça. E como uma doce lembrança, tudo o que aconteceu nesse quarto volta a minha mente. Viro para o lado e começo a deslizar a minha mão sobre o travesseiro que ele o meu Bispo usou.A fragrância que exalava dos tecidos era do bispo que me pediu dois dias para me tirar dessa situação. Apesar de não querer depositar a minha fé cegamente em um homem que fiz quebrar seus votos, me agarro à sua promessa.Meu corpo ainda podia sentir que ele esteve ali, toco em meus mamilos que durante a noite foram sugados por uma língua que se apresentou ter mais experiência do que podia supor. Da mesma forma a minha buceta estava ardendo pela invasão daquele pênis enorme e com veias tão inchadas qu
Benjamin Scott Dirijo o carro com os pensamentos rodando em direção à garota que deixei dormindo na cama do hotel. Não queria me sentir tão responsável assim por ela, mas algo no olhar daquela garota enquanto entrava nela tentando ser carinhoso mexeu comigo.Não que deseje largar a batina por aquela diabinha, sinto a minha vocação tão forte como me sinto na obrigação de ajudar a diabinha de cabelos loiros e olhos azuis em se livrar daquele homem que a tocou deixando a sua pele machucada. Aperto o volante do carro com força sentindo algo dentro de mim se apertar ao imaginar o que vai acontecer com a minha diabinha.— A proteja, é tudo o que peço, sei que pequei, que transgredi os meus votos de castidade… — Começo a pedir em oração.Sei que não devia estar pedindo nada a Deus, ainda mais por estar indo em direção ao único homem que poderia me ajudar nesse momento. Enquanto levo o carro em direção onde sei que ele deve estar, deixo antigas memórias voltarem.Aos meus nove anos descobri
Camilla CoppolaCaminhar pelos corredores do hotel estava me dando uma sensação estranha é como se meu corpo sentisse que estava indo para a morte. Tudo dentro de mim, estava em um estado de alerta e desejava que fugisse dali.Que eu fosse para qualquer lugar, mas que não ficasse perto do meu pai. Tenho certeza que ele me fará pagar por minha escolha de uma forma que não gostarei.Fecho os olhos entrando no elevador sentindo a mão de Letícia apertando os meus dedos, sei muito bem que assim que chegarmos em casa, minha convivência com ela será diminuída, Denaro não permitirá que ela fique ao meu lado acalentando a dor que sentirei.Quando o elevador chega ao térreo, puxo o capuz sobre a cabeça e escondo os hematomas em meu rosto com óculos escuros.— Tenta ficar calada, não discuta com o papai… — Ouço minha irmã dizendo.— Lê, não é preciso dizer qualquer coisa para que ele me puna! — Digo caminhando ao lado dela e vendo os soldados que nos aguardavam nos acompanhando.— Tenho certeza