Camilla Coppola
O desgraçado começa a me tocar e sinto o desejo de vomitar com o seu toque mais ousado dele. A raiva que sinto do meu pai apenas aumenta ao notar que ele me deixou assim tão vulnerável com um homem que ele sabe que desprezo.
— Podemos nos conhecer melhor, o que acha? Já que em algumas semanas estaremos casados! — Sua mão desce e começa a puxar o meu vestido para cima e ele toca a parte interna da minha coxa.
Com a sua invasão eu travo o meu corpo assustada o suficiente para apenas abrir os meus olhos e esperar o que ele tinha em mente. Mantenho os meus olhos fixos no homem que deixou o desejo dele por mim ficar ainda mais explicito.
Mas a lembrança de minha mãe vem a tona…
“Somos Coppola e nunca, nunca mesmo, deixamos nossa vontade ou desejo de lado. Sempre sobreponha o seu desejo e querer acima de qualquer um. Nunca se esqueça disso!”
Respiro fundo e retiro a sua mão do meu corpo, sem me importar com o que esse russo pensará ou falará com o meu pai.
— Deve estar me confundindo com alguma das putas que come em algum bordel! — Exclamo de queixo erguido.
Vejo a sua postura mudar, ir da raiva para o ar de um homem que acabou de aceitar um desafio.
— Vou adorar quebrar a sua arrogância em muitos pedaços, em tanto que será impossível ser que era… — Ele diz se aproximado de mim. — Lembre-se, sou Oleg Volkov e se quiser te fuder antes do casamento, farei isso até mesmo na mesa de jantar da casa do idiota do seu pai.
Nesse momento percebo o quanto estou completamente fudida e correndo perigo com esse desgraçado assim tão perto de mim. Mas não deixo que ele perceba o quanto estou assustada e que suas palavras me afetaram.
— No dia que me tocar dessa forma, pode ter certeza que nos encontraremos no inferno, porque o matarei… — Sorrio com coragem.
Tento me afastar para mais próximo da porta e me assusto quando ele se aproxima e me segura pelo pescoço apertando a sua mão enorme em mu pescoço fino. Mantenho a cabeça erguida, sem entrar em pânico continuo o nosso contato visual, mesmo sentindo os seus dedos apertando a minha garganta e sei que essa sua atitude deixará uma marca que estará bem feia amanhã.
Seguro com força no cinto de segurança, na tentativa de controlar o desejo de lutar contra esse homem que se forçar um pouco mais, tenho certeza que quebrará o meu pescoço. Mesmo sabendo que ele não me mataria aqui e muito menos hoje, caso ele não queira ser morto pelos pais do noivo.
— Tenha certeza que lhe ensinarei a baixar esse olhar quando estiver com você… — Ele diz e aproxima o seu rosto do meu. — Vou te fuder e se ficar muito puto com você deixarei que os homens que estão mais próximo de mim trepem com você também.
Sinto o ódio por esse russo apenas aumentando, tento livrar o meu pescoço da sua mão e sinto quando ele aperta ainda mais, fazendo com que o ar me falte e que lágrimas comecem a escorrer pelos meus olhos. Não queria demonstrar fraqueza na frente desse maldito, mas já estava Insuportável.
Acabo erguendo a mão na tentativa de que ele me solte.
— Você, logo me pertencerá… — Ele diz com os seus lábios roçando nos meus.
E totalmente diferente de como fui beijada ainda pouco sinto o desejo desesperado de sair daquele carro e fugir desse homem que insiste em me tocar sem a minha permissão. As lágrimas descem por meu rosto sem permissão me humilhando ainda mais do que esse homem que força a sua aproximação do meu corpo.
— Seu choro será a sua única companhia em poucas semanas e adorarei te fazer engoli-las junto com o meu pau! — Meu nojo é tão visível que ele finalmente se afasta.
Finalmente o carro para e posso ver pelo espelho que o motorista me olhava com cobiça, fazendo acreditar que realmente o que ele disse ser verdade. Esse filha da puta vai me compartilhar com seus soldados.
Engulo a minha raiva quando sinto a sua mão perdendo o peso na pele exposta do pescoço e um sorriso amável surge ali. O vejo assumindo a sua máscara de bom homem, o mesmo que até antes de entrar no carro conseguiu transmitir uma serenidade que é apenas uma fachada.
— Sorria querida, estamos em uma festa! — Ele diz antes de descer do carro.
Ainda sinto os olhos do motorista em meu corpo, me apresso para sair do carro e com relutância dou a minha mão para esse desgraçado que logo me põe ao seu lado e me guia em direção ao salão de festa.
Com os meus pensamentos tentando encontrar uma brecha para escapar de tudo o que acabou de acontecer vejo o Bispo entrando e indo em uma direção diferente de onde estava acontecendo a festa. Começo a me afastar de Oleg que estava em uma conversa animada com Apollo Spanos sobre as casa de praticantes de BDSM que ele vem inaugurando e ganhando muitos adeptos.
Me sinto vitoriosa quando ouço.
— Fique caladinha… — O Bispo agarra a minha coxa e me pendura em sua cintura.
É inevitável soltar um gemido de prazer com isso e lembro que em meu pescoço deve ter sinais que aquele monstro me tocou e me machucou. Deixo que os beijos que trocamos se tornem tudo o que necessito para esquecer o que houve dentro daquele carro.
As mãos do Bispo percorrem o meu corpo como se ele soubesse exatamente onde me tocar para me acender como uma fogueira de desejo e prazer.
Queria implorar a ele que usasse aquele espaço e me fizesse esquecer o que houve ao lado daquele russo maldito. Mas fico calada, o Bispo tem razão o que estou pedindo é o suficiente para que ele seja morto e se não for jogada em um bordel qualquer perdendo o meu sobrenome, serei morta.
O meu desespero é tanto que não consigo sair do meu esconderijo e acabo sentando no chão mesmo e abraço as pernas tentando me reconfortar por estar me sentindo sozinha naquele momento. Queria a minha mãe de volta ou simplesmente que vida me fosse tirada de uma vez para não ter o destino que estava sendo preparado para mim.
O vejo sai daquela sala e sinto o peso de tudo o que vem me oprimindo, fico tanto tempo ali dentro que começo a ouvir o meu nome sendo chamado pelo corredor. Em um rompante a porta é aberta e minha irmã entra acompanhada por seu noivo, via o olhar preocupado nos olhos dos dois e ela se abaixa para conversar comigo.
— O que houve? — Ela pergunta e seco mais uma lágrima.
— Ele me ameaçou no carro, disse que se continuasse assim ele me daria para os seus homens e… e… — Meu choro sai estrangulado.
— Vamos, vou te levar para o hotel e depois volto para a festa! — Minha irmã diz vejo o seu noivo me olhando com pena.
Saímos da festa e sou levada para o carro sob a vigilância constante de todos os homens do meu pai e até mesmo os soldados de Oleg, posso sentir os olhos dele sobre o meu corpo e a certeza que haverá consequências depois do que acabou de acontecer.
O caminho até o nosso hotel foi feito em mais absoluto silêncio, sabia que logo estaria sozinha e que os soldados teriam que voltar para a festa para manter a segurança de meu pai e minha irmã, visto que o hotel é o segundo lugar mais seguro que há depois do salão de festas.
— Tome um banho e peça o serviço de quarto, tentarei manter o nosso pai o máximo que puder na festa, assim não precisará lidar com ele hoje depois que já bebeu o suficiente! — Letícia diz e sai do quarto me deixando sozinha.
Fico sentada na cama por tempo o suficiente para ver o dia mudar, o sol de primavera ficar menos forte e a luz do entardecer começar a deixar o meu quarto em tons alaranjados. Decido por um banho na esperança que as manchas roxas do meu pescoço na piorem.
Tomo um banho rápido já que em pouco tempo o serviço de quarto estaria chegando para trazer o meu jantar. Ao ouvir um leve batido na porta, saio da banheira enrolada em um roupão e caminho até ela e abro para a pessoa poder entrar.
Para a minha surpresa, havia um homem com um moletom preto, com o capuz levantado e um olhar penetrante. Pudia sentir mesmo a um metro de distância a tensão que emanava do Bispo que viu quando deixei uma lágrima escorrer por minha bochecha.
Ele entrou e me puxou para os seus braços, ouvi a porta sendo fechada e trancada enquanto chorava copiosamente abarrada no seu casaco.
— Xiii, agora me conte o que houve, apenas ouvi algumas conversas! — Ele diz assim que me pegou no colo e me levou para a cama.
— Você está aqui? Porque não entrou, te dei a chave… — O sorriso dele ainda parecia preocupado.
— Porque é deselegante um homem entrar no quarto de uma jovem, achei mais prudente que você me recebesse, ainda mais depois que saiu tao rápido da festa! — Ele diz sentado ao meu lado na cama.
— Ele vai me matar! — É tudo o que digo antes de voltar a chorar tudo o que estava sentindo.
Camilla CoppolaNaquele momento que vi o Bispo entrando em meu quarto sem suas roupas sacerdotais sabia que ele não estava ali como um enviado de Deus e sim como o homem que atentei. Assim como o diabo tentou a Cristo no deserto.Sentia ainda mais vergonha por estar fazendo com o que o homem divino cometesse o pecado da fornicação, ainda mais com uma garota que já está prometida para outro homem.— Olhe para mim e diga o que houve! — Suspiro ao sentir a sua mão tocando a minha.Ainda estava me sentindo envergonhada por estar fazendo isso com ele, além de saber o quão perigoso é para ele estar ali comigo e com certeza me ver, de olhos inchados e com o pescoço cheio de hematomas.— Há uma luta constante dentro de mim, diabinha! — Ele começa a dizer.Olho quando ouço o apelido que me deu e vejo o esboço de um sorriso surgindo, mas quando seus olhos descem a sua mão vai para o meu queixo e o ergue. Sei que ele verá as marcas que Oleg fez em meu pescoço.— Está tudo bem… — Digo levantando
Benjamin Scott Depois da conversa que nunca esperei ter, só me resta sair daquela saleta onde estavam algumas pessoas do alto escalão da “First”. Não me sinto leve depois da conversa, mas finalmente consegui preencher algumas lacunas que por anos me consumiam.Caminho ao lado da senhora Carter que insiste mais uma vez sobre a tal Lessie. Expliquei a ela que até o momento não havia conseguido nenhuma informação, mas que as teria em poucos dias.Assim que consegui tranquilizar a mulher ao meu lado fiz a pergunta que estava me incomodando há algumas horas.— Por que o seu real interesse em uma mulher que surgiu num contêiner? — Pergunto antes de entrar no grande salão.O olhar de Laís Carter se encontra com o meu e vejo o seu sorriso se abrir exibindo duas fileiras de dentes perfeitos.— Você ouviu a história que a minha mãe contou e eu tenho as minhas próprias histórias, talvez esteja apenas interessada no responsável que a colocou naquela caixa, ou posso estar interessada naquela garo
Benjamin Scott Posso, sim, protegê-la, mesmo não podendo me envolver com a minha família nesse momento. Tenho uma missão para cumprir e farei isso até conseguir o que me foi solicitado.Suspiro olhando para o sorriso bobo de Camilla em meu colo e entro com ela no box do banheiro. Esfrego o meu nariz em sua têmpora, aproveitando o seu corpo aproximo ao meu e mesmo me sentindo péssimo por cair na tentação dessa diabinha linda. A coloco no chão do box e a viro de para mim.— Diabinha o que você fez comigo? — Pergunto e aperto o seu mamilo.O sorriso dela estava leve, é como se os problemas que estão flutuando acima de sua cabeça tivesse sumido e agora apenas a jovem Camilla estive ali na minha frente.— O que fiz? — Ela pergunta mordendo o lábio inferior.— Me seduzir… — Passo a mão por sua cintura e a puxo para os meus braços.— Fico feliz e triste o mesmo tempo! — Ela diz suspirando.— Não correspondi as suas expectativas? — Pergunto beijando o canto de seus lábios.Não que meu ego te
Camilla CoppolaSentia o meu corpo leve e estava tranquila, mesmo sabendo que assim que meu pai entrasse nesse quarto sentiria em minha pele a fúria que ele deve estar sentindo pela vergonha que causei.Abro os olhos lentamente, fito o teto do quarto e passo a observar todos os detalhes que há sobre a minha cabeça. E como uma doce lembrança, tudo o que aconteceu nesse quarto volta a minha mente. Viro para o lado e começo a deslizar a minha mão sobre o travesseiro que ele o meu Bispo usou.A fragrância que exalava dos tecidos era do bispo que me pediu dois dias para me tirar dessa situação. Apesar de não querer depositar a minha fé cegamente em um homem que fiz quebrar seus votos, me agarro à sua promessa.Meu corpo ainda podia sentir que ele esteve ali, toco em meus mamilos que durante a noite foram sugados por uma língua que se apresentou ter mais experiência do que podia supor. Da mesma forma a minha buceta estava ardendo pela invasão daquele pênis enorme e com veias tão inchadas qu
Benjamin Scott Dirijo o carro com os pensamentos rodando em direção à garota que deixei dormindo na cama do hotel. Não queria me sentir tão responsável assim por ela, mas algo no olhar daquela garota enquanto entrava nela tentando ser carinhoso mexeu comigo.Não que deseje largar a batina por aquela diabinha, sinto a minha vocação tão forte como me sinto na obrigação de ajudar a diabinha de cabelos loiros e olhos azuis em se livrar daquele homem que a tocou deixando a sua pele machucada. Aperto o volante do carro com força sentindo algo dentro de mim se apertar ao imaginar o que vai acontecer com a minha diabinha.— A proteja, é tudo o que peço, sei que pequei, que transgredi os meus votos de castidade… — Começo a pedir em oração.Sei que não devia estar pedindo nada a Deus, ainda mais por estar indo em direção ao único homem que poderia me ajudar nesse momento. Enquanto levo o carro em direção onde sei que ele deve estar, deixo antigas memórias voltarem.Aos meus nove anos descobri
Camilla CoppolaCaminhar pelos corredores do hotel estava me dando uma sensação estranha é como se meu corpo sentisse que estava indo para a morte. Tudo dentro de mim, estava em um estado de alerta e desejava que fugisse dali.Que eu fosse para qualquer lugar, mas que não ficasse perto do meu pai. Tenho certeza que ele me fará pagar por minha escolha de uma forma que não gostarei.Fecho os olhos entrando no elevador sentindo a mão de Letícia apertando os meus dedos, sei muito bem que assim que chegarmos em casa, minha convivência com ela será diminuída, Denaro não permitirá que ela fique ao meu lado acalentando a dor que sentirei.Quando o elevador chega ao térreo, puxo o capuz sobre a cabeça e escondo os hematomas em meu rosto com óculos escuros.— Tenta ficar calada, não discuta com o papai… — Ouço minha irmã dizendo.— Lê, não é preciso dizer qualquer coisa para que ele me puna! — Digo caminhando ao lado dela e vendo os soldados que nos aguardavam nos acompanhando.— Tenho certeza
Camilla CoppolaSe minha irmã está disposta a me ajudar, talvez consiga sua ajuda para avisar ao Ben que estou indo embora e contar a ele o que aconteceu agora pela manhã. Respiro fundo quando começo a sentir o meu corpo reagindo com as lembranças eróticas pelo meu breve encontro com o Bispo, que ficarão para sempre dentro de mim.Observo o rosto de minha irmã e a vejo negar com a cabeça.— Esqueça o que aconteceu, não se aproxime desse homem ou fará com que o nosso pai o persiga… — Olho para Fabrizio e nosso motoristas que se mantém calados.Mas sei que, o que a minha irmã está dizendo é apenas, para nenhuma vida ser retirada pelo erro que causei.— Ele precisa saber que não estou mais aqui! — Insisto.Observo Fabrizio ficar tenso e ele tenta não virar em minha direção.— Por que essa necessidade? — Ele pergunta e decido confiar nas pessoas dentro deste carro.— Ele me pediu dois dias, disse que faria o impossível para me tirar dessa aliança de casamento! — Falo com um sorriso e olho
Benjamin ScottAinda com os olhos na mão daquele desavisado em meu corpo, dou um passo a frente empurrando ele contra a parede. Posso não ter passado por todo o treinamento que um garoto na máfia deveria passar. Muito menos ter a minha inicialização. Mas tenho força o suficiente para derrubar esse homem a minha frente.Porém, sei me impor e não será um soldado de patente bem baixa que me impedirá de conseguir subir até esse camarote e ter a conversa que preciso para proteger a minha diabinha.— Se ficar na minha frente, eu mesmo irei puni-lo apenas por estar me tocando! — Digo sentindo uma raiva nascendo dentro de mim.Algo que me surpreende, uma vez que sou doutrinado pela igreja desde os meus nove anos, ou seja, por trinta anos vivo recebendo ensinamentos cristãos de amor ao próximo e controlar o desejo de fazer o mal.Esse sentimento de raiva é algo que está começando a me incomodar e tenho a sensação que tudo começou no momento que aquela diabinha entrou em meu gabinete, ela despe