Assim que chegamos na porta de entrada, ele me largou. E foi como se eu ficasse completamente sozinha com ele longe do meu corpo. Pegamos nossas comandas e adentramos no Lounge 191.
A primeira coisa que fiz foi procurar por todos os lugares para ter certeza se nenhuma das minhas amigas estava ali. Eu não estava fazendo nada escondida, mas ao mesmo tempo não queria ninguém conhecido naquela noite. Não queria ter que dividir a atenção de Nicolas.
Achei que estávamos brigados depois da última ligação. Mas então ele chegou hoje como se nada tivesse acontecido. Ou aquele abraço de recepção o fez me perdoar. Espera aí... Perdoar por que mesmo? Eu não precisava de perdão. Tinha que colocar na minha cabeça que eu e Nicolas não estávamos juntos. E eu tinha o direito de beijar quem eu quisesse. E teoricamente ele também. E o que eu fa
Eu e Nicolas não nos falamos no domingo. Fiquei um pouco sem jeito de ligar e não sei o que o impediu de fazer isso. Esperei até mais de meia noite e o telefone não tocou.Eu ainda me sentia culpada por ter quebrado o pacto com minhas amigas e ficado com Nicolas. E embora tivesse gostado muito de estar com ele, havia tantas dúvidas quanto a como seria daqui para frente. Eu adorava falar com ele, a forma como me tratava, como nos completávamos... E se a gente começasse a se envolver, o que já estava acontecendo, não seria mais igual. Nicolas me conhecia como ninguém. Acho até que melhor que minhas amigas. E se qualquer coisa desse errado, eu não teria a quem recorrer... Porque era ele que estava lá, com seu ombro amigo quando eu mais precisava, me curando das minhas bebedeiras e me dizendo que tudo ia ficar bem. Eu já tive vários namorados... Inclusive alguns levei para cas
Quando retornei ao meu lugar comecei a conversar com as meninas como se nada tivesse acontecido. Eu precisava aproveitar aquele momento raro entre nós. Nicolas continuou onde estava com Pedro e quando nossos olhos se encontravam sorríamos, tentando não deixar ninguém entender o que se passava entre nós.Ouvi Valquíria falar sobre Adriano e me senti tão bem com aquilo. Sim, ele era o amor da vida dela. E eu poderia dizer aquilo com toda propriedade, porque fazia anos que ela era apaixonada por ele. Então não havia possibilidade de ela gostar de Nicolas. E eu nunca torci tanto em toda a minha vida para ela e Adriano se resolverem logo. Isso tiraria um peso de mim. Eu não sabia se algum dia teria coragem de contar a verdade a ela. Então eu seria uma mentirosa a vida inteira. A menina que quebrou o pacto e não disse a verdade. Olhei para ele, conversando animadamente com Pedro. E pensei que n&atil
Mas o restante da semana passou e o sábado chegou e eu não liguei para ele. Nem eu sei o motivo. Eu sempre fui a garota que correu atrás, que marcava em cima, que não aceitava não como resposta. Mas com Nicolas era diferente. Eu não queria fazer como sempre fiz. O que eu sentia por ele era intenso, mas não louco, como o que eu sentia pelos outros garotos que julgava ter gostado. Eu tinha desejo por ele, eu queria ficar para sempre nos seus lábios, eu queria ele dormindo no chão do meu quarto sempre que possível e me dando banho quando eu precisasse. Ele era doce, gentil e nunca seria capaz de me rejeitar ou me fazer sofrer. No entanto naquele momento eu estava deitada na minha cama e sofrendo por ele. Sabia que ele tinha que estar naquele bar que estava inaugurando porque era sua festa de despedida antes da formatura. Contudo Val estaria lá. E eu sentia ciúme. E medo... Muito medo do que poderia acon
A primeira coisa que senti foi uma dor horrível dentro de mim. Depois vontade de vomitar. Por que eu tinha quase certeza de que alguma coisa tinha acontecido? Ele não me ligou. Sequer se preocupou em insistir para eu ir. Eu só não tinha certeza se ele havia ficado com outra realmente porque queria ou para provocar ciúme em Val.- Tudo bem? – perguntou Val.- Sim... Eu só estou um pouco tonta. Deve ser o chope que bebi. Não estou muito acostumada.- Você bebendo chope? – perguntou Alissa.- Por que vocês não me avisaram que viriam para cá? Por que não convidaram? – perguntei.- Achamos que você não quereria vir... Você anda um pouco distante nos últimos dias.- Não mesmo... Imaginação de vocês.- Então vamos agora... Levante deste banco. – disse Val tentando me levantar.
Ele voltou a me beijar enquanto eu tentava ocupava o espaço da cama, onde poderíamos caber os dois. Eu estava completamente entregue a Nicolas. Eu acreditava no que ele me disse. Acho que eu sempre acreditei. Ele nunca me mentiu. E naquele momento eu queria pensar em tudo, menos em Valquíria. Pela primeira vez as mãos dele encontraram meus seios. Inicialmente ele acariciou por cima do vestido, depois passou as mãos pela minha pele, alcançando os bicos enrijecidos dentro do sutiã. Desabotoei a parte de trás. Ele me encarou, com os olhos cheios de desejo. Desci as alças do vestido e ele ficou me admirando, sem dizer nada. Depois ele levantou a parte de baixo do vestido, e seus lábios encontraram a minha barriga, onde ele foi depositando beijos lentos e quentes até chegar aos meus peitos. Ele beijou um de cada vez, delicadamente. Depois chupou um enquanto seus dedos apertavam o outro. Arqueei meu corpo, sentin
Depois do bolo e dos “mil obrigadas” que eu distribuí a eles, convidei Nicolas para irmos para o meu quarto.Assim que entramos, sentei na minha cama e disse:- Estou me sentindo ridícula com este pijama velho.- Eu já disse que não me importo. Para mim você está perfeita.Ele sentou ao meu lado e abriu a mochila, retirando uma caixa de presente de dentro.- Não acredito que você comprou um presente para mim. – falei animada e curiosa.- Você não consegue se conter, não é mesmo?- Claro que não. Eu adoro receber presentes. E você nunca me deu um presente. – reclamei.- Agora você até me deixou envergonhado. Comprei rapidamente antes de vir, depois que sua mãe me contou sobre a comemoração.Eu ri:- Não importa o que é... Se você está me d
- Oba, muitas novidades. – disse Dani. – Quem começa?- Val... – eu disse.- Ok... Eu fiquei com Adriano. – ela disse com um sorriso radiante.E eu fiquei surpresa e muito feliz por ela. E não foi só por ela ter ficado com o amor da vida dela, mas porque isso talvez a deixasse mais sensível com relação ao que eu diria.- Isso é maravilhoso! – disse Daniela. – Como foi?- Logo depois que as aulas acabaram. Coincidentemente estamos fazendo estágio na mesma empresa. E começamos almoçando juntos... Depois saímos e simplesmente aconteceu. – ela explicou.- E... Foi tudo que você esperava? – perguntei. – Afinal, foram anos esperando e criando expectativas em torno disso.- Sim... Foi.- Vocês estão juntos ainda? – tentei entender.- Mais ou menos... Nada sério. N&ati
Então chegou dezembro. E com ele a minha formatura de Ensino Médio. Foram os quatro anos mais legais da minha vida até então. E eu duvidava que o tempo pudesse apagá-los ou superá-los. Aqueles dias vividos intensamente ficariam para sempre na minha memória. Independente do que houve no fim, quando nossa amizade passou por uma forte “turbulência”, eu as levaria para sempre no meu coração, pois estiveram comigo nos momentos mais insanos e perfeitos que eu vivi.A solenidade foi rápida e em pouco tempo eu estava na casa de Lorraine, junto de toda a família. Nicolas acabou chegando depois. Ele não foi à solenidade porque a preferência era para familiares. Então levei minha mãe, Otto, minha avó, minha tia, minha outra tia, meu tio e por aí vai... A família era grande e ele não quis tirar o lugar de ninguém.A fes