Retirei minha roupa molhada, coloquei uma camisola rendada sexy e um resto do perfume do frasco que eu ainda usava na adolescência. Estava saindo quando o celular tocou. Era Tom. Não atendi. Eu estava decidida a acabar tudo quando ele voltasse. Eu não queria mais aquele relacionamento que não fazia bem a mim nem a ele. Eu não o amava. E além de ele usar cocaína, mesmo eu implorando que não fizesse, bebendo, levando uma vida sem nenhum tipo de compromisso a não ser se divertir com pessoas que mal conhecíamos, eu tinha quase certeza de que ele me traía nas viagens, embora eu não tivesse provas. Eu não daria o troco... Porque Nicolas não era uma vingança... Nicolas era o amor da minha vida inteira. Não ficar com ele era algo completamente impossível.
Eu coloquei o telefone no silencioso e sai, abrindo a porta do quarto de Nicolas. Ouvi o barulho do chuveiro ligad
Comer comida gordurosa e refrigerante fazia mal para o meu corpo, mas muito bem para minha alma. Trazia gosto da adolescência, de papo com as amigas, de uma época onde a única obrigação era ser feliz. E por que hoje não era mais minha obrigação ser feliz? Eu tinha só 26 anos. Nunca era tarde para procurar a felicidade. E eu botei na minha cabeça que minha felicidade era Nicolas. Mas talvez não fosse. Minha felicidade não precisa estar em alguém... Ela poderia estar em mim mesma.Eduardo era divertido. Enquanto comíamos conversamos sobre assuntos agradáveis, como a vida dele, parte da minha (que só contei sobre as coisas que eu fazia na adolescência). Depois que pedi outro hambúrguer e comi inteiro, ele perguntou, rindo:- Há quanto temo você não comia?- Muitos anos, Edu. – falei tristemente. – Acredita que o
Eduardo não estava na manhã seguinte no carro. O antigo motorista me levou até a gerência do Paradise.Fui diretamente para minha sala. Nem bem sentei e Nicolas abriu a porta, junto de uma garota magra, cabelos escuros longos e lisos e estatura baixa, como a minha. Ela tinha olhos castanhos grandes, assim como os cílios longos. E usava óculos de grau redondo, que lhe dar um ar intelectual.- Esta é Eliete. – ele avisou. – Ela retornou das férias e será sua secretária.- Bom dia para você também, Nick. – olhei-o ironicamente. – Bem vinda, Eliete. Mas será minha secretária por pouco tempo. Em breve retorno para minha cidade.- Duvido... – ele disse saindo.- Nick?Ele voltou, me encarando:- Eu quero trocar meu motorista.Ele arqueou a sobrancelha, curioso:- Por qual motivo?- Com quem eu fa
O dia passou lentamente e eu demorei para ir para casa. Depois de sair do escritório fui a uma reunião de negócios que era para ser breve e a estendi pelo maior tempo que consegui. Eu tinha medo de voltar para minha própria casa... Tê-la sob o mesmo teto e não tocá-la acabava comigo. No fim, minha vingança me fazia sofrer tanto quanto ou mais do que ela.Voltei para casa direto da sala de convenções do resort, caminhando. Mais de uma hora em passos lentos, vendo a noite linda que emoldurava o Paradise Resort.Quando entrei em casa já era tarde. E para minha sorte ela não estava ali. Certamente já estava adormecida e eu esperava que tivesse ficado curiosa sobre onde eu estaria. Eu sabia que ela não gostava de Joana. E quando soubesse a verdade certamente a odiaria ainda mais... Assim como a mim. Mas infelizmente Juliet precisava ver as coisas que estavam debaixo do seu nariz
Olhei no relógio e só havia passado três horas. Eu não fui atrás de Nicolas. Comi algo rápido na minha sala ao meio dia e quando saí já era quase quatro horas.Edu me esperava no carro.- Aceito o jantar. – falei. – Que horas você me busca?- Pode ser às vinte horas? Fica bom para você?- Fica perfeito. Só me prometa que não me levará a um restaurante com frutos do mar... Muito menos comida chique. Eu não gosto. Não tente me impressionar. Eu gosto de coisas simples.- Não se preocupe. Já sei onde será.- Ok.- Gostou do café?- Adorei. Obrigada, novo amigo. – sorri. – E... Caso Nick... Quer dizer, o senhor Welling lhe diga qualquer coisa, me avise. Que eu acabo com ele.Ele riu:- Por que ele falaria algo?- Só me avise, por favor.- P
Tomei um longo banho, sem pressa. O fato de Otto estar ali me deixava muito segura. Agora eu não tinha pressa para pensar no que eu faria. Sabia que ele ficaria o tempo que eu precisasse dele. E tinha certa paz e tranquilidade que eu só sentia ao lado dele. Otto era o que me restou de “casa”.Escolhi um vestido longo, leve e fluido. Era floreado e duas pequenas cordas finas amarravam nos ombros. Minha preferência era sempre sapatos de salto, mas vai que Edu tivesse pensado em algo na beira da praia... Então optei por uma sandália sem salto, com algumas pedras e cordões crus que enlaçavam a perna.Olhei-me no espelho... A quem eu queria enganar? Meu coração não tinha espaço para ninguém além do senhor Perfeito. Suspirei... Eu não via mais solução para nós dois. Desde o flagra com a prostituta (que nem tenho certeza se realmente era), ele simp
Retirei a camiseta dele e observei seu peito nu sob a luz fraca da noite. Passei minha língua lentamente pelo seu peito, sem pressa, sem culpa... Por que eu só queria aquilo naquele momento. Voltei para seu ombro e mordi com força, arrancando um gemido dele enquanto pegou meus cabelos e me fez encará-lo, me beijando novamente, com força. Libertei-me do beijo com um sorriso e dei-lhe leves chupões por toda extensão do seu pescoço:- Como vou explicar estas marcas amanhã? – ele perguntou com voz baixa.- Você não tem a quem explicar... – falei.- E você, vai explicar como?Ele me virou e senti seu membro ereto enquanto ele mordeu levemente meus ombros, retirando as alças do meu vestido e descendo conforme ia dando chupões pela extensão das minhas costas.- Não acredito que veio jantar sem sutiã com o motorista. – ele
- O que aconteceu? – Edu me perguntou enquanto nos dirigíamos para o jipe.- Uma boa conversa sobre o passado. – falei.- Ele gosta de você.- Você acha?Ele me encarou:- Você sabe disso.Fiquei calada. Eu não tinha certeza. Até pouco tempo atrás achava que ele só queria me destruir e se vingar. Depois de hoje eu já não tinha mais certeza.- Edu, me desculpe pelo que houve. – falei.- Para onde vamos? – ele perguntou.Suspirei e confessei:- Sinceramente, perdi a vontade de fazer qualquer coisa hoje. Sinto muito.- Tudo bem.Ele ligou o carro enquanto fez o caminho de volta.- Eu não quero que você se prejudique por minha causa, Edu.- Eu não estou me importando mais. – ele disse. – Confesso que no início me preocupei um pouco. Agora acho que realmente preci
Quando desci naquela manhã para a empresa, a empregada me parou antes que eu saísse na porta:- O senhor Welling a espera para o café da manhã, Juliet.Olhei no relógio e arqueei minha sobrancelha, confusa:- Você não me disse que ele não costuma tomar café da manhã em casa?- Não costumava... – ela disse, sorrindo timidamente.Fui para o cômodo onde eram servidas as refeições. Sentei ao lado dele.- Está esperando por mim para comer? – perguntei enquanto me servia de leite.- Claro, sou educado.- Não deveria. Não costumo comer nada pela manhã. Então, se pretende continuar me assediando desta forma, não vai dar certo.- Não estou assediando você agora... É só um café da manhã inocente.- Inocente é quando deitáv