O dia passou lentamente e eu demorei para ir para casa. Depois de sair do escritório fui a uma reunião de negócios que era para ser breve e a estendi pelo maior tempo que consegui. Eu tinha medo de voltar para minha própria casa... Tê-la sob o mesmo teto e não tocá-la acabava comigo. No fim, minha vingança me fazia sofrer tanto quanto ou mais do que ela.
Voltei para casa direto da sala de convenções do resort, caminhando. Mais de uma hora em passos lentos, vendo a noite linda que emoldurava o Paradise Resort.
Quando entrei em casa já era tarde. E para minha sorte ela não estava ali. Certamente já estava adormecida e eu esperava que tivesse ficado curiosa sobre onde eu estaria. Eu sabia que ela não gostava de Joana. E quando soubesse a verdade certamente a odiaria ainda mais... Assim como a mim. Mas infelizmente Juliet precisava ver as coisas que estavam debaixo do seu nariz
Olhei no relógio e só havia passado três horas. Eu não fui atrás de Nicolas. Comi algo rápido na minha sala ao meio dia e quando saí já era quase quatro horas.Edu me esperava no carro.- Aceito o jantar. – falei. – Que horas você me busca?- Pode ser às vinte horas? Fica bom para você?- Fica perfeito. Só me prometa que não me levará a um restaurante com frutos do mar... Muito menos comida chique. Eu não gosto. Não tente me impressionar. Eu gosto de coisas simples.- Não se preocupe. Já sei onde será.- Ok.- Gostou do café?- Adorei. Obrigada, novo amigo. – sorri. – E... Caso Nick... Quer dizer, o senhor Welling lhe diga qualquer coisa, me avise. Que eu acabo com ele.Ele riu:- Por que ele falaria algo?- Só me avise, por favor.- P
Tomei um longo banho, sem pressa. O fato de Otto estar ali me deixava muito segura. Agora eu não tinha pressa para pensar no que eu faria. Sabia que ele ficaria o tempo que eu precisasse dele. E tinha certa paz e tranquilidade que eu só sentia ao lado dele. Otto era o que me restou de “casa”.Escolhi um vestido longo, leve e fluido. Era floreado e duas pequenas cordas finas amarravam nos ombros. Minha preferência era sempre sapatos de salto, mas vai que Edu tivesse pensado em algo na beira da praia... Então optei por uma sandália sem salto, com algumas pedras e cordões crus que enlaçavam a perna.Olhei-me no espelho... A quem eu queria enganar? Meu coração não tinha espaço para ninguém além do senhor Perfeito. Suspirei... Eu não via mais solução para nós dois. Desde o flagra com a prostituta (que nem tenho certeza se realmente era), ele simp
Retirei a camiseta dele e observei seu peito nu sob a luz fraca da noite. Passei minha língua lentamente pelo seu peito, sem pressa, sem culpa... Por que eu só queria aquilo naquele momento. Voltei para seu ombro e mordi com força, arrancando um gemido dele enquanto pegou meus cabelos e me fez encará-lo, me beijando novamente, com força. Libertei-me do beijo com um sorriso e dei-lhe leves chupões por toda extensão do seu pescoço:- Como vou explicar estas marcas amanhã? – ele perguntou com voz baixa.- Você não tem a quem explicar... – falei.- E você, vai explicar como?Ele me virou e senti seu membro ereto enquanto ele mordeu levemente meus ombros, retirando as alças do meu vestido e descendo conforme ia dando chupões pela extensão das minhas costas.- Não acredito que veio jantar sem sutiã com o motorista. – ele
- O que aconteceu? – Edu me perguntou enquanto nos dirigíamos para o jipe.- Uma boa conversa sobre o passado. – falei.- Ele gosta de você.- Você acha?Ele me encarou:- Você sabe disso.Fiquei calada. Eu não tinha certeza. Até pouco tempo atrás achava que ele só queria me destruir e se vingar. Depois de hoje eu já não tinha mais certeza.- Edu, me desculpe pelo que houve. – falei.- Para onde vamos? – ele perguntou.Suspirei e confessei:- Sinceramente, perdi a vontade de fazer qualquer coisa hoje. Sinto muito.- Tudo bem.Ele ligou o carro enquanto fez o caminho de volta.- Eu não quero que você se prejudique por minha causa, Edu.- Eu não estou me importando mais. – ele disse. – Confesso que no início me preocupei um pouco. Agora acho que realmente preci
Quando desci naquela manhã para a empresa, a empregada me parou antes que eu saísse na porta:- O senhor Welling a espera para o café da manhã, Juliet.Olhei no relógio e arqueei minha sobrancelha, confusa:- Você não me disse que ele não costuma tomar café da manhã em casa?- Não costumava... – ela disse, sorrindo timidamente.Fui para o cômodo onde eram servidas as refeições. Sentei ao lado dele.- Está esperando por mim para comer? – perguntei enquanto me servia de leite.- Claro, sou educado.- Não deveria. Não costumo comer nada pela manhã. Então, se pretende continuar me assediando desta forma, não vai dar certo.- Não estou assediando você agora... É só um café da manhã inocente.- Inocente é quando deitáv
- Você não faria isso, Nick.- Eu já fiz.- Eu vou readmiti-lo.- Se fizer isso eu conto para Tom que ele lhe mandou flores.- E eu conto que você me agarrou atrás do restaurante.- Pode contar... – ele riu. – Se quiser, eu ajudo.- Eu odeio você, Nicolas.- Eu sei que quando você diz que me odeia, quer dizer que me ama.- De onde você tirou isso? Se eu digo que odeio você, eu odeio mesmo.- Você não é capaz de me odiar.- Sou... Assim como você foi capaz de me odiar por seis anos...- Eu nunca odiei você... Nem quando eu mais quis...- Eu não quero discutir a porra do nosso passado mal resolvido. Eu quero meu motorista de volta.- Vai ter que encontrá-lo fora do resort.- Quero meu cordão...Ele me olhou confuso:- Quer o cordão ou o motorista?<
Gritei várias vezes e não fui ouvida. A garagem era um pouco abaixo do nível da casa e ficava na parte dos fundos. Por isso era bem difícil alguém me escutar dali. E eu tinha medo de tentar retirar o corpo e machucar ainda mais. O que eu faria?Então, como uma miragem, vi Tom correndo na minha direção. E nunca, em toda a minha vida, eu fiquei tão feliz em vê-lo.- Gatinha? O que houve aqui?Ele tentou puxar a moto de cima de mim, mas não conseguiu.- Porra, quem inventa uma coisa desta que uma pessoa não consegue levantar?- Tom... Tira isso daí. Está doendo muito a minha perna.Ele correu até o portão e sumiu, voltando logo em seguida com dois empregados do resort, que ajudaram a levantar a moto. Eu fechei meus olhos e mordi meus lábios com força para não gritar quando tentei mexer minha perna.- N&atild
- É complicado explicar isso... – disse Nicolas. – Mas vamos lá... O motorista estava dando em cima de Juliet.- Gatinha... – ele me olhou.- Isso não é verdade. E mesmo que fosse, Tom, você sabe que só estamos esperando pela conversa oficial sobre o fim do nosso relacionamento.- Eu não quero o fim do nosso relacionamento. Muito menos que a gente resolva isso no meio de todo mundo.- Eu não sou todo mundo. – disse Otto. – E fui chamado por Juliet justo para ajudá-la. Creio que você tenha pisado muito na bola nestes anos, Tom.- Bem, agradeço sua preocupação com minha esposa, Nicolas. – disse Tom e eu não sei se ele foi irônico ou não. – E já até agradeci antecipadamente... Gostou da “dominatrix” que lhe mandei?- Dominatrix? Do que você está falando? &nd