- Eu entrei sem nada... E saio sem nada. – falei firmemente. – Você pagou minha faculdade. Isso para mim é sair com as mãos cheias. Me facilitará arrumar um emprego.
- Não posso aceitar isso.
- Pode sim, Tom.
- Por favor... Prometa ao menos que vai pensar. Quanto tempo acha que vou levar para arranjar alguém de confiança e deixar aqui?
- Eu entendo... Mas ao mesmo tempo...
- Ao mesmo tempo você me deve isso, Juliet. Foi um grande investimento aqui. Não posso simplesmente abandonar tudo ou deixar nas mãos de qualquer um. Só comprei parte deste resort porque sabia que você estaria ao meu lado na gestão.
- Eu... Vou pensar.
- Já me ajuda... E me dá esperanças.
- Mas... Primeiro acho que vou voltar para casa. E me recuperar da perna. Não quero ficar na casa de Nicolas neste quarto por não sei quanto
Desci e esperei na sala de estar enquanto Nick chamava alguém para ajudar Tom com as malas e levá-lo até sua nova casa temporária na Villa Paradise.Enquanto Nicolas estava numa ligação e Otto organizando as malas perto da porta, Tom veio até mim e me deu um beijo no rosto:- Dia cansativo... Boa noite, gatinha. – ele se aproximou do meu ouvido e disse baixinho: - Não vou desistir de você. Vou lutar até o último minuto. E não é porque eu não sei perder... É porque você é a única coisa que eu tenho de real na minha vida.- Tom...- Você pode dizer que não há esperanças... Mas enquanto eu ver você, eu terei esperanças.- Então entende exatamente porque é impossível trabalharmos juntos...- Entendo. E desde que você não trabalhe para ele, tudo
Tive vontade de mandar um dossiê pelo correio sobre Simon Dawson, o pai que ela escolheu há seis anos atrás, quando me deixou bem claro que eu não significava nada. Depois pensei que não precisava um dossiê... Quando ela poderia ver com seus próprios olhos o que ela fez e quem era a pessoa na qual ela acreditou de olhos fechados, deixando de fora eu, sua mãe e seu padrasto.Vi Simon poucas vezes, mas frequentei sua casa. Não tive nenhum tipo de ligação com ele. Até ele saber que eu era o dono do Paradise e tentar me propor negócios achando que eu era apaixonado por Joana. Esta foi a única vez que conversei com ele. Enquanto ouvia sua proposta ridícula e via a tatuagem no braço dele, só pensava no quanto Juliet havia sido ingênua ao achar que o J era de Juliet, quando sempre foi de Joana. Nunca dei ouvidos à proposta dele e depois que fui alertado s
- Eu soube o que houve com a sua perna. Nicolas me contou. E fiquei preocupada. – ela explicou, entrando sem ser convidada.- Jura? – perguntei ironicamente.Ela sentou, me encarando. Que mulher petulante. Inicialmente só não tínhamos simpatia uma pela outra. Mas lembro exatamente das nossas palavras trocadas na porta do banheiro da casa de Nicolas há um tempo atrás, quando ela me disse que ele era dela.- Como se sente? Doeu muito?- Está mesmo interessada em saber? – perguntei sarcasticamente.- Juliet, quer que eu traga algo para vocês?- Não, obrigada, Lu. Minha visita logo irá embora, não é mesmo, Joana?- Não sei... É?- Mas pode preparar algo para o almoço, Lu. Tenho visitas logo em seguida.- Eu não sou visita?- Claro que é, Joana. Mas não do tipo que eu convidaria para o
Eles foram levantando e eu nem tive certeza se realmente estavam satisfeitos.- Vocês comeram tão pouco. Acharam a comida ruim? – perguntei.- Estava tudo ótimo, mas precisamos trabalhar, não é mesmo, Eduardo? – disse Eliete.- Eu estou de folga. – ele reclamou inocentemente.- Quer que eu arrume um trabalho extra para você hoje, rapaz? – perguntou Nicolas seriamente. – Ou prefere que eu abra seus olhos para a garota que está ao seu lado?Eliete ficou vermelha na mesma hora. Até eu acho que fiquei, pois Nicolas foi tão direto.Eles saíram e Nicolas me olhou, enquanto eu ainda estava de pé, me segurando com as muletas:- Quer mesmo ir ao luau deste jeito?- Quero. Eu nunca fui a um luau na praia.Ele se aproximou e me abraçou:- Quero ser o primeiro a levar você a um luau... E também o &uacut
- Ok, temos um problema. – disse Otto.- Eu nunca pensei que seria fácil deixá-lo. Mas também não me passou pela cabeça que pudesse ser tão difícil.- Tenho um pouco de medo.- Eu também. – confessei.- Enfim, estou aqui agora. Acho que deve descansar um pouco.- Eu vou sair à noite com Nicolas.- Como assim? Você está com a perna quebrada e engessada. Onde vai?- Num luau.- Luau? Você e Nicolas estão loucos?- Um pouquinho. Eu nunca fui a um luau. Quero muito.Ele riu:- Sabe o que pensei?- O quê?- Quando você ficava de castigo.- E eu não lembro? Tinha tanta raiva. Quando você ficar bem velhinho eu vou botar você de castigo, Otto.- Vai se vingar?- Vou sim.- Eu não acho prudente você sair com a perna deste jeito. Mas
Enquanto eu pensava em como acabar com Nicolas, o carro dele parou na minha frente e ele abaixou o vidro. Iria tripudiar em cima de mim ainda?- Quanto custa o programa? – ele perguntou.Olhei ao redor. Será que ele estava falando comigo mesma? Estaria ele passando bem?- Quanto quer para dormir comigo? – ele insistiu.- Você está mesmo falando comigo?- Sim, prostituta numa esquina. – ele riu.Olhei e vi que eu realmente estava numa esquina.Comecei a gargalhar:- Você vai mesmo fazer isso?- Vou. – ele disse firmemente. – Tenho grana... Quanto você quer para me satisfazer por completo.Corei e disse:- Quero o cordão que você tem no pescoço.Ele colocou a mão sobre o cordão:- Isso é muito valioso, querida. Tem que valer a pena.- Eu aposto que não se arrependerá.<
E Nicolas estava certo. Tinha mesmo um motel minúsculo ao lado do posto de gasolina, na autoestrada. O carro de Nicolas devia valer mais que o prédio em péssimo estado. Antes que eu pudesse dizer que estava disposta a mudar de ideia, ele já tinha pago e entrado com o carro. Ele me ajudou a descer. O piso da garagem estava com várias lajotas quebradas. A porta tinha várias marcas.- Isso parece feito com uma faca. – eu ri, analisando.- Não duvido... Vai que uma mulher achou o marido com a amante e ficou esfaqueando a porta... Ou talvez até matou o adultero dentro do quarto.- Nick... Não falei assim. Eu vou ficar com medo.Ele abriu a porta. A cama era redonda, talvez das primeiras que existiu no mundo. Os lençóis eram para ser brancos, mas estavam longe do tom desejado. Tinha um coração vermelho na parede, parecendo feito à mão, com tecido de ce
Fazer sexo com Nicolas Welling era algo que eu gostava muito. Talvez fosse um dos melhores prazeres da minha vida. Mas a porra do gesso atrapalhava muito. Então duas vezes foram suficientes. Porque com Nicolas não importava quantas vezes fizéssemos... Sempre era perfeito. E pela minha experiência com Tom nos últimos anos, eu preferia uma “bem dada” a cinco “mais ou menos”. Talvez Tom se achasse “o cara” e se gabasse por aí, dizendo que me comia cinco vezes na noite. Mal sabiam que nem sempre eu gozava uma. Nicolas sempre se preocupou em me satisfazer também. Ele olhava nos meus olhos quando eu gozava, sentindo junto de mim tudo que ele conseguia me proporcionar. Era uma troca mútua de carícias e prazer. Eu não sei se isso era pura química, atração física ou amor. Ou quem sabe as três coisas juntas.Nos deitamos abraçados o res