Matondo Postos no estacionamento da empresa, ainda de mãos dadas, Justin me convidou para jantarmos juntos naquela noite. Ele insistiu tanto, com aquele olhar determinado, que acabei cedendo. — Tudo bem, Justin, mas só dessa vez, porque você não vai desistir até eu aceitar, não é? — Falei, tentando manter um tom leve, mesmo com a sensação de desconforto ainda pairando.Ele sorriu vitorioso, apertando levemente minha mão. — Sabia que você não resistiria ao meu charme.Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Justin sempre tinha essa habilidade de transformar qualquer momento tenso em algo mais leve. Quando descemos do carro, pedi a ele para subir antes de mim. — Vai na frente. Não quero que nos vejam juntos.Ele franziu o cenho, claramente incomodado. — Por que isso importa, Matondo? Estamos juntos. — Importa, Justin. As pessoas aqui adoram falar, e eu prefiro evitar os comentários. Ele soltou um suspiro pesado. — Isso é bobagem. Não temos nada a esconder. — Talvez vo
passei o dia pensando no que Matondo havia me dito no carro. O silêncio dela no elevador, o tom evasivo... tudo isso estava me deixando inquieto. O jeito como ela falou sobre Clara me incomodou, mas, ao mesmo tempo, me fez perceber que talvez eu estivesse deixando lacunas entre nós eu precisava corrigir isso. Passei o dia me dividindo entre reuniões e tentando encontrar uma forma de corrigir as coisas com ela. Quando o relógio marcou 17h, saí do meu escritório e fui direto para o setor dela. Precisávamos desse jantar mais do que nunca. Chegando à sala de Matondo, bati levemente na porta antes de entrar. Ela estava concentrada no computador, mas levantou o olhar quando percebeu minha presença. — Justin? — Perguntou, surpresa. — Estou aqui para te lembrar do nosso jantar. Não vai me dizer que esqueceu, né? — Falei com um sorriso, tentando aliviar o clima. Ela sorriu de canto, mas parecia hesitante. — Não esqueci. Estou quase terminando aqui, me dá só mais alguns minutos.
MatondoAcordei com o calor do corpo de Justin ao meu lado, ainda sentindo a paz da noite anterior. Ele parecia relaxado, com o rosto suave, sem a tensão que geralmente carregava. Quando abriu os olhos e me viu, sorriu preguiçosamente.— Bom dia, amor. — Ele disse, a voz rouca do sono.— Bom dia. — Respondi, inclinando-me para beijá-lo suavemente.Depois de alguns minutos de silêncio confortável, ele perguntou:— Quais são os seus planos para hoje?Suspirei, sentindo o peso do trabalho que me aguardava.— Muito trabalho. Vai ser um dia cheio, mas talvez a gente possa se ver à noite.Ele assentiu, parecendo satisfeito.— Perfeito. Vou fazer o possível para sair cedo.Levantamo-nos e fomos tomar café. Enquanto saboreávamos a refeição, a televisão ligada no canto da sala capturou minha atenção. Um canal de fofoca exibia uma manchete que me deixou de olhos arregalados:"Justin Bieber e Matondo: o romance que ninguém esperava. Será que vai durar?"A tela mostrava fotos nossas saindo do res
Justin Acordei com um latejar insuportável na cabeça. O quarto onde me encontrava não era familiar, o cheiro de perfume no travesseiro não me dizia exatamente onde eu estava. A cama espaçosa, o abajur de cristal ao lado, eu estava perdido quando me viro para o lado ... se encontrava uma Clara sem roupa. Oque eu fiz? Perguntei para mim frustado, levantei e comecei a recolher a minha roupa para vestir e sair dali.A noite anterior passou como um borrão na minha mente. Tentei reconstruir os momentos que me trouxeram até ali. Depois de um almoço de negócios, recebi uma mensagem de alguns amigos de infância convidando-me para uma saída. Clara estava incluída no grupo, e eu aceitei. Parecia uma boa forma de aliviar o estresse do trabalho e esquecer por algumas horas a pressão que sentia.A Noite AnteriorNos encontramos em um bar elegante no centro da cidade. Entre risadas e brindes, Clara estava sempre próxima, sua presença familiar trazendo uma sensação de conforto. Com o passar das h
Matondo Já se passaram seis meses desde que terminei com Justin. Nesse tempo, tenho tentado seguir em frente, embora às vezes a dor ainda apareça em momentos inesperados. Um dos pontos altos desses meses foi a amizade que criei com a avó dele, Dona Helena. Ela me procurou semanas após o término e, desde então, passamos a conversar com frequência. Era uma mulher sábia e doce, que conseguia iluminar qualquer dia cinzento. Helena insistiu para que eu fosse à ceia de Natal com sua família, mas recusei educadamente. Prometi visitá-la em outra ocasião. Não estava pronta para lidar com o peso daquele convite, sabendo que Justin estaria lá. Clarice e eu também nos aproximamos. Ela se tornou uma grande amiga e confidente, algo que jamais imaginei que aconteceria. Quando minhas férias começaram, sugeri fazermos uma viagem juntas. Era uma oportunidade perfeita para nos distrairmos. — Alemanha? — Perguntou Clarice, animada, quando propus o destino. — Sim. Podemos visitar os mercados de Natal
Matondo Depois das férias inesquecíveis na Alemanha, voltar à rotina foi como cair de um sonho. O trabalho era intenso, e as reuniões às vezes ainda me colocavam na posição desconfortável de evitar Justin. Ele continuava enviando presentes, tentando de alguma forma abrir um canal de comunicação, mas eu os ignorava. Não era por mágoa apenas, mas porque não sabia como lidar com ele. Um mês depois, ele simplesmente desapareceu. Foi Clarice quem trouxe a notícia. — Justin foi para a Austrália. — Disse ela casualmente, enquanto trabalhávamos juntas em um relatório. — Austrália? Por quê? — Turnê. Ele ficará seis meses fora. Senti um aperto no peito, mesmo que tentasse esconder. Saber que ele estava longe, mesmo que não estivéssemos juntos, me trouxe uma dor inexplicável. Era estranho não ter a possibilidade de vê-lo por perto, mesmo de longe. Alguns dias depois, uma notícia viralizou nas redes sociais: Justin estava noivo de Hailey. Clarice apareceu na minha casa naquela noite, preo
MatondoA semana começou agitada com a chegada dos nossos amigos alemães em Los Angeles. Clarice e eu os encontramos no aeroporto. Marc veio com seu sorriso largo, abraçando Clarice como se o mundo girasse ao redor dela, enquanto August vinha logo atrás com seu charme despretensioso e olhos que pareciam sempre guardar segredos. Anne chegou logo depois, empolgada para recebê-los, ja que ela veio um dia antes.— Los Angeles está pronta para vocês? — Perguntou Clarice animada.— Não sei se Los Angeles está, mas nós estamos! — Respondeu August com um sorriso travesso, fazendo todos rirem.— mbora fazer acontecer e colocar fogo nessa cidade— disse Anne e nos rimos.Fomos acompanhar os meninos no hotel onde iam ficar e jantamos todos juntos naquela noite em um clima gostoso de muita brincadeira e cumplicidade. Quando terminamos de jantar os casais sairam e nos abandonaram, eu e o August ficamos mais um minutos conversando e nos conhecendo num clima gostoso até que decidimos enc
Justin Depois de seis meses em turnê pela Austrália, Japão, México, China e Holanda, finalmente abri a porta do meu apartamento. O cheiro familiar me atingiu como uma onda. Tudo parecia igual, mas ao mesmo tempo diferente. A sala, com móveis modernos e um piano de cauda no canto, ainda exalava a mesma energia, mas parecia mais fria, mais vazia. Era a primeira vez em meses que eu tinha um momento para mim mesmo. Deixei minha mala ao lado da porta e fui direto para o sofá. Estava exausto, mas minha mente não parava. Durante a turnê, mantive alguém de confiança observando Matondo. Não é que eu esteja obcecado pela Matondo, é que eu a amo tanto que chega a doer, é mas uma tentativa desesperada de me manter próximo dela, mesmo que de longe. Quando recebi a foto dela beijando outro homem, senti uma mistura entre raiva avassaladora e tristeza profunda por saber que era minha culpa dela estar a beijar outro e não eu. "Ela não é minha", pensei. Mas meu coração insistia no contrário. No