O título "BOSS" podia ser um enigma para a Gerente Costa, mas ela sabe que a força por trás do impenetrável Clube Internacional, do Imperador na Cidade S, é uma figura de poder inimaginável. E agora, Cristina está lhe dizendo que essa mesma figura enigmática foi quem salvou Jane."BOSS" era apenas um apelido para o generoso benfeitor invisível.Costa caiu de bunda no chão, com as pernas bambas, o zumbido preenchendo sua cabeça. Cristina não revelou tudo, mas já foi suficiente para ela compreender certas coisas. Seu cérebro estava em tumulto, mas, num instante de lucidez, Costa levantou-se abruptamente e disse:- Eu não estava a par do paradeiro de Jane hoje, Cristina. Espere um momento enquanto eu verifico.Ela tinha certeza de que alguém havia convocado Jane.Se soubesse antes da relação obscura entre a humilde Jane e o BOSS, ela não teria sido tão dura com ela... Afinal, ela não estava procurando pela morte.Cristina estava desconfiada. Ela conhecia bem Costa. Ela não mentiria assim.
Gabriel deu uma risada forçada, acreditando que Cristina não poderia possivelmente saber de certas coisas do passado.- Chame aquela mulher.Cristina assentiu, nunca nutrindo grandes simpatias por Luísa. Inexplicavelmente convocada ao escritório de Cristina, Luísa estava nervosa durante todo o caminho.- Cristina. Ela agora havia aprendido a ser modesta, diferente de quando entrou no escritório de Cristina pela primeira vez, ostentando uma arrogância indiferente.- Não vou enrolar. Conte-me sobre o que aconteceu no camarote do sexto andar, hoje. - Disse Cristina, de forma concisa.Luísa imediatamente se assustou. Então, era sobre o incidente no camarote do sexto andar. Embora tenha deliberadamente evitado alguns fatos que não eram favoráveis a ela, ao conversar com Cristina, e ocultou outros, ela estava diante de duas pessoas astutas. Tanto Cristina quanto Gabriel podiam inferir o cerne da questão a partir das palavras de Luísa e suas expressões sutis.- Cristina, eu realmente não f
Aquele corredor, direto para o elevador, não sei se era psicológico ou o que, mas agora, parecia que o corredor estava cheio de pregos, cada passo que dava, era como se estivesse pisando em pregos.Jane ficou em silêncio, seguindo atrás de Gabriel.A porta do elevador estava à frente, Gabriel parou por um momento, fez um gesto de convite para Jane atrás dele:- Senhorita Jane, por favor.- Você...Jane hesitou por um momento, ela não gostava de se meter em assuntos que não eram seus, mas então ela olhou para o rosto sério de Gabriel:- Não vamos subir juntos?- O Sr. Gomes pediu que a Senhorita Jane subisse sozinha.Gabriel ainda segurava o braço de Luísa, Luísa vendo a porta do elevador fechar, apressadamente chamou:- Jane, Jane! Você tem que me ajudar! Eu sei que você tem o coração mole, não aguenta me ver nesta situação, não é? Não é?Gabriel, irritado, deu uma olhada em Luísa, virou a cabeça para Jane no elevador e disse:- Senhorita Jane, você não deve nada a ela.Então, realment
- Jane, ninguém neste mundo deveria ser bom para você. Aqueles que são gentis contigo, estão cometendo o maior erro de suas vidas! Você não merece a bondade de ninguém! - Ele foi cruel com suas palavras, em seus olhos normalmente frios e indiferentes, ardia uma fogueira de raiva, um toque de tristeza.As palavras de Rafael atingiram Jane, tocando a parte mais sensível de seu coração!Ela ergueu a cabeça abruptamente!Em seus olhos, um brilho intenso, era de raiva. Sua voz rouca, que desde o dia da morte de Mathy na prisão, nunca mais havia gritado tão fora de controle, ela retorquiu:- O que você sabe?! O que você conhece?! O que você passou?! Você não sabe de nada?! Como ousa julgar a mim! Você já passou pelo que eu passei?! Você já sentiu a dor que eu senti?! - Jane transpirou. - Grande Presidente Gomes, eu te conheço muito bem, se Luísa tivesse sido levada por você hoje, isso seria apenas um pequeno castigo, eu não estaria aqui no seu quarto, diante de você. Talvez, fosse a quebra d
Os dedos alongados tocaram a cicatriz.A sensação que vinha da ponta dos dedos era irregular.No momento em que tocou a cicatriz, parecia que a ponta do dedo de Rafael havia sido queimada.- Um corpo assim, faltando uma peça, Rafael, fale sério, como você pôde fazer isso?A ligação ainda estava ativa, Bruno meio sério, meio brincando.Do outro lado da linha, o homem agia como se não estivesse ouvindo as palavras de Bruno. Seu polegar deslizava pela áspera cicatriz. De repente, ele fez um gesto estranho, toda a palma da mão cobrindo a cicatriz.Observando seriamente a própria mão, como se estivesse estudando algo.A ligação com Bruno ainda estava ativa. Bruno, ouvindo o silêncio do outro lado da linha, percebeu que o silêncio era profundo, como se o dono do telefone tivesse esquecido de desligar a ligação.No entanto, Bruno não desligou a ligação, pegou um cigarro na cabeceira da cama, acendeu-o, apreciando delicadamente o sabor da nicotina, quando o homem do outro lado do telefone de r
Ao lado do leito hospitalar, Rafael olhava para a mulher na cama, Bruno acabara de examiná-la.- Não há problemas sérios. - Disse Bruno, sempre tão direto. - Mas você conseguiu perturbá-la novamente. Hoje ela sofreu muito, afogamento, febre alta, desmaios, e o mais trágico é que, quando acordou, você a fez desmaiar novamente. - Rafael, você realmente tem talento para perturbar as pessoas. O tom era claramente zombeteiro. Para surpresa de Bruno, Rafael não ofereceu nenhuma resposta.Parecia que ele estava de bom humor hoje. Bruno pensou, tinha que aproveitar essa rara oportunidade para provocar seu amigo. Nunca se sabia, quando a próxima chance de Rafael ser tão amigável, apareceria.- Então, o que você fez com ela depois que eu saí? Um olhar frio de Rafael quase silenciou Bruno:- Se eu não quero dizer, eu não vou dizer.Como se, tentando aliviar a tensão, Bruno brincava em um tom feminino.- Ah, que chato, você me assustou!O tom irônico de Bruno apenas fez o homem ao lado da ca
Jane adormeceu, acordando apenas à tarde. Estava exausta e a febre era alta, deixando seu corpo fraco. Quando acordou, a primeira coisa que viu foi o teto branco, ainda estava atordoada e não compreendia onde estava.- Acordou?Uma voz magnética, de repente, ecoou. Jane estremeceu e instintivamente virou a cabeça para o lado. Ali estava um homem, elegante, encostado em uma cadeira ao lado de sua cama, segurando um arquivo.Ao olhar para ele, justamente, ele levantou o olhar dos documentos em suas mãos e olhou para Jane por um instante:- Está com fome?Após perguntar, ele retornou sua atenção para os documentos em sua mão. Jane, com os lábios secos, olhou em volta.- Presidente Gomes, obrigada por me trazer ao hospital. Me desculpe por causar problemas.Rafael, segurando o arquivo, sentiu uma estranha irritação. Aquele som da voz rouca dela, por alguma razão, incomodava.Além de agradecer e pedir desculpas, ela não tinha mais nada a dizer? O homem não falou. Jane baixou o olhar, evitan
Rafael estava inquieto em seu íntimo.- Jane, acredite ou não, há algum mal-entendido aqui.Um mal-entendido?Jane olhou para Rafael. Ele estava dizendo que tudo isso era um mal-entendido?- Presidente Gomes, você não está tentando dizer que isso não tem nada a ver com você, que você não sabia de nada, está? - Ela estava tão perplexa, não sabia se ria ou chorava, sentia apenas um aperto no peito que quase a sufocava!- Presidente Gomes, você realmente acredita nisso? Sem a sua orientação, quem ousaria fazer isso comigo?Rafael ficou pálido... Sim! Sem a sua orientação, quem ousaria fazer isso com ela?Será que era verdade o que Bruno dissera, que a atitude dele em relação a ela e a toda a situação três anos atrás, tinha determinado a situação e a experiência de Jane nesses três anos?Foi por isso que aqueles homens a trataram de maneira tão audaciosa?Rafael ergueu o rosto para olhar para ela:- Se eu disser...- Não precisa dizer mais nada. Acredito em tudo que você disser. De verdade