Na reunião da mesa redonda, as expressões das pessoas eram um tanto peculiares.A aparência de Rafael permaneceu inalterada.Mas, mesmo ele se esforçando para esconder, as pessoas perceberam sua palidez.Alguns olhares revelaram uma compreensão subentendida, para Rafael, esses dez dias também foram árduos.Sim, nestes dez dias, tudo virou de cabeça para baixo.Internamente, a crise do Grupo Gomes.Externamente, o abandono da esposa, a perseguição da inocente filha da família Pereira.Ele, Rafael, o homem que uma vez foi visto como um deus, foi derrubado de seu pedestal.Sandro finalmente falou:- Eu vou te perguntar uma última vez.Antes que Sandro pudesse completar a pergunta.- Não pergunte.A voz suave do homem ao seu lado respondeu com firmeza:- Eu sei o que você quer me perguntar.Um par de olhos escuros, escorregando sem preocupação sobre os olhos de Sandro, ligeiramente irritados:- Minha resposta, como sempre, será a mesma.Como sempre!Ele disse como sempre!Sandro apertou os
Rafael dormiu por um dia e uma noite.Bruno ligou para a mansão da família Gomes pela terceira vez e, o mordomo que atendeu o telefone, repetiu a mesma coisa com uma voz monótona e mecânica:- O senhor ainda não acordou.Isso raramente acontecia.Bruno estava perplexo.No entanto, algo que parecia impossível acontecer com um homem como Rafael, aconteceu bem diante dos seus olhos.Havia uma certa ansiedade no coração de Bruno.Ele não se preocupou com os assuntos que tinha em mãos, largou tudo e saltou para o Ford Mustang, seu último brinquedo, que estava no estacionamento subterrâneo e voou em um rugido ensurdecedor.Quanto ao Mustang, o preço não era alto, um carro de 300 a 500 mil, para alguém do status financeiro de Bruno, não era considerado um carro de luxo. No entanto, quem entendia de carros sabia que era muito prazeroso dirigir, especialmente a emoção de acelerar na estrada.Mas neste momento, este "novo favorito" de Bruno não recebeu sua atenção.Ele simplesmente o tratava com
Lagoa de B"Memória"No dia em que Jane teve alta do hospital, Tiago, sem cerimônia, seguiu-a de volta à "Memória", onde, com astúcia, conseguiu que Cecília lhe providenciasse acomodação.Jane quase desejou enviar aquela jovem para longe, onde sua ausência traria paz.No entanto, apenas após Tiago concluir o processo de hospedagem, ela se deu conta dos fatos.Nos últimos dias, Cecília se sentiu injustiçada. A chefe não falava com ela, ignorava-a.Quando Cecília via a cara de Tiago, perdia a paciência.- Chefe, aquela velha senhora voltou.Enquanto Cecília estava no balcão, viu a figura detestável se aproximando.Jane lançou um olhar de soslaio à figura e, ignorando-a, fechou os olhos.Cecília desprezava Rafaela. Mesmo que Rafaela não fosse tão velha, Cecília a chamava constantemente de velha senhora.Rafaela, por outro lado, odiava Cecília, mas só podia olhar com raiva para a jovem garota.Ela não esqueceu o que veio fazer.Quando Jane foi internada, Rafaela também seguiu, mas, apesar
Com um estrondo!O rosto de Rafaela de repente ficou pálido!Seus passos pareciam flutuar, como se não pudessem suportar o peso, ela cambaleou alguns passos para trás, seus olhos estavam cheios de pânico e urgência:- Eu também não tinha escolha! Se Rafael não está disposto a deixar a Grupo Pereira, a desistir de Lucas. Então eu não tenho mais esperança. Você acha que eu quero ajudar esse desgraçado do Lucas? Seu irmão, André, ainda está na cama do hospital! Se o Grupo Pereira falir, se esse desgraçado do Lucas se ferrar, como pagaremos as despesas médicas do seu irmão! Mesmo que seu irmão se recupere, ele não terá nada! Ele é o herdeiro da família Pereira, nunca passou por dificuldades desde a infância, o círculo é tão grande, ele foi um garoto rico que nunca teve falta de dinheiro, de repente não tem mais nada. Quem no círculo ainda o respeitaria, como ele poderia suportar isso! Lucas realmente não é uma boa pessoa, mas se ele se ferrar, o que posso fazer como uma mulher casada!Jane
Quando o som frio do toque soou no gélido escritório, o que o som rasgou não foi apenas o fluxo silencioso do ar, mas também a atmosfera estranha no escritório.Um homem muito mais magro do que antes lançou um olhar casual para a tela do celular em sua mesa.- Você não se importa, não é?Ele levantou levemente as pálpebras e examinou o homem igualmente impressionante sentado na cadeira do outro lado da mesa.Apesar de parecer uma pergunta, ele claramente não se importava se o homem sentado à sua frente se importava ou não.Sem esperar por uma resposta, os dedos longos já haviam pegado o celular na mesa e pressionado a tecla de atender.Quando Tiago apertou a tecla para atender a chamada, e a tela mostrou que a chamada havia sido atendida, ele silenciosamente entregou o celular, já em uma chamada, à palma estendida em sua direção.A mão de Jane tremia um pouco. Ela não disse uma palavra, e de alguma forma conseguiu conter as lágrimas, fazendo com que seus olhos ficassem vermelhos.Do ou
A mão que segurava o celular tremia como folhas caindo no outono, Tiago nunca tinha visto uma mulher assim. Sua tristeza não precisava ser falada, apenas sentada ali, ela era a personificação da melancolia do outono. Rafaela sempre sentiu uma angústia no peito que ela não entendia completamente. Nunca em sua vida ela havia compreendido tal sentimento, mas o que mais lhe preocupava era...- Jane, como está? O Presidente Gomes, ele...- Presidente Gomes vai deixar o Grupo Pereira em paz. - A mulher na cadeira de vime, de olhos fechados, interrompeu Rafaela. O rosto de Rafaela iluminou-se com alívio.- Jane, eu sabia que você era a mais compassiva.- Mas o Grupo Pereira agora é meu. - A voz da mulher era nem leve nem pesada.- O quê???Rafaela gritou em surpresa, como se tivesse sido atingida por um raio. Seu grito agudo quebrou a paz à beira da Lagoa de B. Ela apontou para a mulher na cadeira de vime, incrédula:- Como você ousa!?- Eu ousaria. - Jane respondeu calmamente.- Isso é desr
Xavier estava na Lagoa de B.Ele viu aquela mulher.Ele queria se aproximar, mas seus pés estavam como se pesassem uma tonelada.Era noite.A noite na Lagoa de B, às vezes, era muito ventosa.No lado oposto da "Memória", sempre havia um carro estacionado.Às vezes um táxi, às vezes um carro particular, com placas diferentes, mas sempre com uma certeza, Xavier estava lá dentro.Ele não ousava se aproximar daquele hotel.Porque ela estava lá.O vento desta noite, era forte.O motorista, um tanto impaciente:- Senhor, já chegamos ao seu destino.Era um cliente estranho, essa já era a terceira vez que pegava o pedido de corrida deste homem.O destino era sempre o mesmo.Em todas as vezes, ele era silencioso durante a viagem.Sempre que chegavam ao destino, ele olhava fixamente em uma direção, como se estivesse perdido.- Senhor, se você quiser se hospedar, pode ir para o hotel agora. - O motorista o apressou.Ele simplesmente não entendia os pensamentos desses jovens.No banco de trás:- E
“O Grupo Pereira está acabado!”Essa notícia tem circulado freneticamente na Cidade S recentemente.- Esse Rafael...Em reuniões privadas entre ricos, com algumas taças de vinho a mais, esse tópico vinha à tona.- Rafael realmente não valoriza velhos laços. Afinal de contas, Lucas era seu sogro.Matheus, sentado silenciosamente na mesa do banquete, fumando seu cigarro, a fumaça desenhando círculos leves no ar.Ele tinha pouca paciência para esses jantares, mas no mundo dos negócios, tinha que aturar certas formalidades, não importava o quão desagradável pudesse ser.Quanto aos chefes à mesa, ao beberem, falavam tanto quanto as senhoras no mercado.- Sr. Matheus, você já fumou metade do maço, a conversa está animada, por que não se junta a nós?Um homem careca, com olhos embriagados, tentou se aproximar de Matheus.- Continuem falando, estou ouvindo.Matheus moveu-se discretamente meio centímetro para o lado, evitando a mão gorda do careca.Mas, com a menção ao nome de Matheus, todos se