Em um dia ensolarado, ele estava ocupado em seu escritório por toda a manhã, apenas parando para almoçar antes de retornar rapidamente ao trabalho.Ele a havia deixado apenas com uma instrução: se precisasse de algo, poderia procurar a empregada.Jane estava sentada na varanda externa da mansão, observando o jardineiro cuidando das flores e das plantas. O sol estava radiante, o céu era de um azul límpido e até o vento carregava um leve aroma floral. Ela sentia como se tivesse retornado ao passado.Ninguém veio perturbá-la e, inconscientemente, ela adormeceu no banco de bambu.Tudo estava tão bem, que parecia surreal.Se ela pudesse ignorar a figura rígida e reta no final da varanda, tudo seria realmente maravilhoso.No final da varanda, não muito distante, os cabelos brancos do velho mordomo balançavam ao vento, não conseguindo ocultar o rancor em seus olhos turvos sob as sobrancelhas grisalhas.Apoiado em uma coluna, com olhos carregados de malícia, o olhar do velho mordomo pousou sob
Jane olhou para o céu, a chuva estava por vir. Ela se levantou, virou-se e silenciosamente entrou na casa.Sr. Antônio mal podia acreditar, sob seu olhar fixo, Jane se levantou e saiu sem dizer uma palavra.Ele certamente poderia correr atrás dela, implacável. Mas as palavras que Rafael, a quem ele serviu a vida inteira, disse-lhe pela manhã ainda ecoavam em seus ouvidos.A expressão no rosto de Sr. Antônio mudou repetidamente.Rafael protegia Jane, dizendo que se ele não conseguisse enfrentar Jane calmamente, seria transferido de volta ao velho senhor e receberia uma soma considerável de dinheiro.Mas quanto dinheiro poderiam compensar a vida de uma filha?Rafael estava protegendo essa mulher!Jane se sentiu aliviada da sensação desconfortável de estar sendo constantemente observada quando entrou na casa.Ao entrar na casa, ela se sentiu exausta.Olhando para a sala... era difícil imaginar como seriam os dias difíceis que viriam.Os conflitos e atritos atuais entre o pai de Xaviana e
O tempo passou depressa, e num piscar de olhos, era inverno. Tudo estava calmo, mas a calma deixava Jane inquieta. Desde que Rafael a levou para morar com a família Gomes, a vida deles se tornou muito regular. Se fosse observada de fora, a atenção que ele dava a ela seria vista como perfeita. Qualquer outra pessoa já estaria profundamente tocada, mas quanto mais Rafael fazia isso, mais desconfortável Jane se sentia.Rafael sempre gostava de sentar-se ao lado da cama, lendo um livro à luz da cabeceira, enquanto Jane tomava banho. Quando Jane saia, ele se levantava silenciosamente, pegaa o secador de cabelo e, naturalmente, posiciona-se atrás dela. Cada um de seus dedos deslizava delicadamente pelos fios de cabelo de Jane. Na manhã seguinte, enquanto escova os dentes, ele espremia pasta de dente na escova de Jane. Ele também roubava beijos dominadores. Existiam muitos outros momentos assim entre eles, típicos de um casal. No entanto, o único aspecto de casal que eles não tinham era dorm
A confiança dele, ela esperou por tanto tempo que, se tornou desespero. Rafael, por tanto tempo, você não confiou. Então, por favor, nunca confie!Quando o coração estava como um deserto, ele vinha dizer que confiava nela.- Está tarde, Presidente Gomes, você deveria ir dormir agora. - Jane disse.O homem ficou parado ao lado da cama, olhando para a mulher de costas para ele, um pouco atordoado, um pouco sem saber como se sentir... Uma parte dele parecia ter sido arrancada.Jane não se importa mais como ela se parecia aos olhos de Rafael.Ela não se importava com a desconfiança de Rafael, nem com a confiança dele.Rafael ficou de pé à beira da cama, sua figura ereta e orgulhosa parecia perdida, seus olhos profundos preenchidos com confusão... Ele se perguntava, como Jane mudou ao longo desses anos?Afinal, essa pessoa estava sempre ao seu lado, então por que ele se sentia tão distante?Há muitos anos, Jane atravessou o oceano para ver Rafael nos Estados Unidos, nenhuma distância poderi
A frieza na ponta dos dedos tocou sua pele, um pouco de frio, vindo das pontas dos dedos, se infiltrou nela.- O carinho é o começo da sedução. - A voz profunda, com um toque de zombaria.A ponta dos dedos pousou em seu pescoço, mas não deslizou para baixo, apenas coçou sem pensar em seu pescoço, sem nenhum padrão. Jane resistiu instintivamente.O homem riu suavemente, a voz profunda veio de cima da cabeça de Jane:- Você aprendeu?Jane estava confusa.- Faça assim.Ao ver sua cara de confusão, o homem esfregou gentilmente o pescoço dela, que estava rígido:- Você aprendeu?De repente, Jane entendeu, seu rosto ficou incontrolavelmente ruborizado! Este homem, quando ele se tornou tão descarado?Fazendo tais coisas, ele realmente perguntou se ela havia aprendido!- Presidente Gomes, estou cansada. Você pode ir?Claro, Rafael entendeu o que ela quis dizer.- Jane, você que me provocou primeiro.Ele agarrou a mão de Jane e disse:- Jane, você que começou.- Solte-me, Presidente Gomes, sol
O som alto da respiração enchia o quarto, mas o frio no coração só aumentava.- Rafael, vou te odiar.O dedo do homem tremeu levemente, mas ainda assim, estendeu a mão e lentamente limpou as gotas de suor da testa dela. Os olhos profundos dele, parecendo esconder uma complexidade indescritível, eram insondáveis para Jane. Mas quando ela encontrou aquele olhar, uma dor amarga e familiar voltou a atingir seu coração, já anestesiado faz tempo.A mão dele sobre sua testa, gentilmente afastando o suor...- Não me toque!Os olhos frios de Jane fixaram-se no homem à sua frente.- Presidente Gomes, vou te odiar por toda a minha vida. Mesmo se um dia eu esquecer quem sou, qual é o meu nome, nunca vou esquecer que te odeio.A frase brotou de seus dentes traseiros, palavra por palavra.- Jane, odeie Rafael!Jane, odeie, Rafael!Os olhos do homem se contraíram violentamente. Ele quis tampar a ferida em seu coração com a mão!O dilema entre soltá-la e ser odiado por ela... A escolha de Rafael nunca
Num piscar de olhos, uma semana passou desde aquela noite entre eles. No Grupo Gomes, o homem rapidamente pegou as chaves do carro em cima da mesa assim que o horário de expediente terminou, e apressadamente foi para o subsolo.O carro começou a se mover, saindo do subsolo, correndo pelo viaduto, seu coração quase voando de volta para casa.A mansão da família Gomes no crepúsculo do inverno estava coberta por uma camada de penumbra, o céu estava escurecendo rapidamente, apenas duas fileiras de luzes de rua piscando, o grande portão de ferro preto, mais sólido do que no verão, mas nessa escuridão, toda a mansão parecia sem vida, extremamente abafada.O Bentley preto, com faróis acesos, entrou pelo grande portão que estava se abrindo para ambos os lados, ao longo do caminho, as folhas secas no chão que o jardineiro da mansão não teve tempo de cuidar, foram levantadas e depois caíram novamente após a passagem do Bentley.Ao sair do carro, seus passos eram firmes, o corpo robusto, perfeita
- Nuno!O velho mordomo sussurrou, com um tom sombrio:- Você também não gostaria que o Sr. Rafael soubesse daquilo, não é?O olhar baço do mordomo, marcado pela velhice, porém contraditoriamente impregnado de um veneno severo que um homem de sua idade normalmente não possuiria!Do outro lado da linha, a pessoa permaneceu em silêncio por um momento, o semblante carrancudo do mordomo se suavizou ligeiramente.- Mordomo, alguém já te disse...Do outro lado da linha, a voz zombeteira de Nuno foi ouvida:- Que você é completamente sem vergonha?Ao ouvir isso, o mordomo apertou os dentes!No entanto, ele ainda insistiu:- A morte desta canalha será boa para ambos. Independentemente do que aconteceu no passado, um morto não causará mais problemas.Subentendendo... quem iria falar por um morto?- Sr. Oliveira, matar aquela Jane também será bom para você. - A voz envelhecida, que ameaçava um momento antes, agora adotava um tom respeitoso ao se referir ao Sr. Oliveira.Do receptor, veio um brev