No escritório escuro, Rafael olhava para o relatório à sua frente, com uma expressão um tanto sombria.- Este é o resultado da sua investigação? Algumas folhas finas, mas não conseguiriam absolver aquela mulher, pelo contrário, confirmariam ainda mais a crueldade dela naquele tempo.Gabriel acenou com a cabeça:- Chefe, não havia nada oculto sobre o incidente de três anos atrás. Três anos depois, além da Srta. Jane, ninguém mais sabe a verdade. Só consegui investigar começando pelas amigas próximas da Srta. Xaviana da época. As três pessoas neste arquivo eram colegas de quarto da Srta. Xaviana naquele tempo, e de acordo com suas lembranças, a Srta. Xaviana estava muito feliz antes do incidente há três anos. Uma das colegas de quarto até brincou na época se a Srta. Xaviana estava tão animada porque iria encontrar um namorado? A Srta. Xaviana disse naquela época que a Srta. Jane iria levá-la a um bar à noite para ganhar alguma experiência. Essa frase foi ouvida por todas as três colegas
Ele a arrastou para fora do saguão de escritórios, correndo em direção ao carro.- Solte-me, solte-me! Você está me machucando!A mulher apoiava-se na lombar com uma mão, enquanto com a outra tentava se libertar da garra do homem.Ele não deu atenção, enfiando-a rudemente no banco traseiro do carro, entrando em seguida. Michel, entendendo a situação, correu até o veículo e tomou o lugar do motorista.Uma divisória foi levantada entre os assentos dianteiros e traseiros, o som da divisória subindo provocava agitação em Jane.Não se sabe de onde veio a força, mas assim que o carro começou a se mover, Rafael soltou Jane. Ela, assustada, tentou alcançar a divisória que subia:- Michel, Michel, abaixe a divisória... Por que você está levantando a divisória? Abaixe-a rápido...Michel parecia incomodado, virou a cabeça e viu Jane, cujos olhos estavam tão apertados de nervosismo que parecia prestes a desmaiar. Mas... Michel endureceu o coração, lançou um olhar cuidadoso ao homem no banco trasei
Quão simples era a promessa de não sentir mais dor, se apenas se comportar... Por que ela não o faria?- Você não precisa mais ir para a ‘Fundação Só Amor’. - Por quê?A mulher mexeu os lábios algumas vezes, engolindo a pergunta de protesto... não sentir mais dor, se apenas se comportar...- ...Certo. - Os projetos atuais que você está liderando, tudo relacionado à 'Fundação Só Amor', entregue a alguém de sua confiança... AVivian é boa. - sugeriu o homem mais uma vez.- Mas há alguns que são particularmente difíceis de lidar, a Vivian não vai conseguir... - ela quis rebater por impulso.Em sua mente ecoava: "Se você apenas se comportar, nunca mais farei isso com você", abaixou a cabeça cuidadosamente, impotente, mordendo o lábio: "Jane, não resista, é inútil, é tudo em vão, você não vai conseguir ir, você nem sequer poderá sair desta cidade. Não resista, você vai quebrar o queixo."- Entendi. - Sua pequena cabeça baixada, ela concordou obedientemente.Mas por que ela não podia aceita
Como ela veio parar aqui?Como ela veio parar aqui?Como o senhor pôde trazê-la aqui?Este era o lugar onde Xaviana viveu desde criança, este lugar não permitia a presença desta mulher!O cabelo prateado do mordomo caiu sobre sua testa, as veias saltaram!Segurando fortemente a raiva que rugia em seu peito!Afinal, ele era o mordomo dedicado à família Gomes, cada geração serviu a família Gomes, e o mordomo, naquele momento, estava segurando com tanta força que a corda em sua cabeça estava prestes a se arrebentar, mas ainda mantinha uma última gota de razão, dizendo:- Senhor, por que ela... 'Srta. Jane' está aqui?Ao mencionar as palavras "Srta. Jane", o mordomo quase rangeu os dentes, seus olhos frios olhavam para Jane.Jane ainda estava sentada no banco de trás do carro, mas também não estava calma.A cabeça afundada, não era por culpa, mas porque ela estava olhando para o velho que desde a infância chamava de "Sr. Antônio", ela não sabia como lidar com ele agora.A morte de Xaviana
Em um dia ensolarado, ele estava ocupado em seu escritório por toda a manhã, apenas parando para almoçar antes de retornar rapidamente ao trabalho.Ele a havia deixado apenas com uma instrução: se precisasse de algo, poderia procurar a empregada.Jane estava sentada na varanda externa da mansão, observando o jardineiro cuidando das flores e das plantas. O sol estava radiante, o céu era de um azul límpido e até o vento carregava um leve aroma floral. Ela sentia como se tivesse retornado ao passado.Ninguém veio perturbá-la e, inconscientemente, ela adormeceu no banco de bambu.Tudo estava tão bem, que parecia surreal.Se ela pudesse ignorar a figura rígida e reta no final da varanda, tudo seria realmente maravilhoso.No final da varanda, não muito distante, os cabelos brancos do velho mordomo balançavam ao vento, não conseguindo ocultar o rancor em seus olhos turvos sob as sobrancelhas grisalhas.Apoiado em uma coluna, com olhos carregados de malícia, o olhar do velho mordomo pousou sob
Jane olhou para o céu, a chuva estava por vir. Ela se levantou, virou-se e silenciosamente entrou na casa.Sr. Antônio mal podia acreditar, sob seu olhar fixo, Jane se levantou e saiu sem dizer uma palavra.Ele certamente poderia correr atrás dela, implacável. Mas as palavras que Rafael, a quem ele serviu a vida inteira, disse-lhe pela manhã ainda ecoavam em seus ouvidos.A expressão no rosto de Sr. Antônio mudou repetidamente.Rafael protegia Jane, dizendo que se ele não conseguisse enfrentar Jane calmamente, seria transferido de volta ao velho senhor e receberia uma soma considerável de dinheiro.Mas quanto dinheiro poderiam compensar a vida de uma filha?Rafael estava protegendo essa mulher!Jane se sentiu aliviada da sensação desconfortável de estar sendo constantemente observada quando entrou na casa.Ao entrar na casa, ela se sentiu exausta.Olhando para a sala... era difícil imaginar como seriam os dias difíceis que viriam.Os conflitos e atritos atuais entre o pai de Xaviana e
O tempo passou depressa, e num piscar de olhos, era inverno. Tudo estava calmo, mas a calma deixava Jane inquieta. Desde que Rafael a levou para morar com a família Gomes, a vida deles se tornou muito regular. Se fosse observada de fora, a atenção que ele dava a ela seria vista como perfeita. Qualquer outra pessoa já estaria profundamente tocada, mas quanto mais Rafael fazia isso, mais desconfortável Jane se sentia.Rafael sempre gostava de sentar-se ao lado da cama, lendo um livro à luz da cabeceira, enquanto Jane tomava banho. Quando Jane saia, ele se levantava silenciosamente, pegaa o secador de cabelo e, naturalmente, posiciona-se atrás dela. Cada um de seus dedos deslizava delicadamente pelos fios de cabelo de Jane. Na manhã seguinte, enquanto escova os dentes, ele espremia pasta de dente na escova de Jane. Ele também roubava beijos dominadores. Existiam muitos outros momentos assim entre eles, típicos de um casal. No entanto, o único aspecto de casal que eles não tinham era dorm
A confiança dele, ela esperou por tanto tempo que, se tornou desespero. Rafael, por tanto tempo, você não confiou. Então, por favor, nunca confie!Quando o coração estava como um deserto, ele vinha dizer que confiava nela.- Está tarde, Presidente Gomes, você deveria ir dormir agora. - Jane disse.O homem ficou parado ao lado da cama, olhando para a mulher de costas para ele, um pouco atordoado, um pouco sem saber como se sentir... Uma parte dele parecia ter sido arrancada.Jane não se importa mais como ela se parecia aos olhos de Rafael.Ela não se importava com a desconfiança de Rafael, nem com a confiança dele.Rafael ficou de pé à beira da cama, sua figura ereta e orgulhosa parecia perdida, seus olhos profundos preenchidos com confusão... Ele se perguntava, como Jane mudou ao longo desses anos?Afinal, essa pessoa estava sempre ao seu lado, então por que ele se sentia tão distante?Há muitos anos, Jane atravessou o oceano para ver Rafael nos Estados Unidos, nenhuma distância poderi