ALEXQuando Joana comentou sobre eu ainda não ter conhecido a família dela, fiquei um pouco envergonhado porque eu realmente tinha focado tanto nela e em Rebeca que tinha até me esquecido, mas precisava resolver isso o mais rápido possível porque não queria que ela achasse que eu não me importava.Para reparar esse meu erro gigantesco, decidi organizar um final de semana especial para, finalmente, poder conhecer a família de Joana. Combinei tudo com Joana e aproveitamos o fato da proximidade do aniversário de 1 aninho da pequena Rebeca como desculpa para reunir toda a família dela e até alguns amigos também.Com tantas coisas para organizar além do trabalho, tive a sensação de que a semana tinha passado voando e tive poucas oportunidades de sair a dois com Joana, mas ela estava sempre me esperando em casa com um largo sorriso no rosto depois de um plantão puxado. Claro que nas minhas folgas, eu me empenhava para fazer algo especial, um jantar com sua comida preferida ou uma noite de c
JOANAEu não esperava que minha família fosse acolher Alex tão bem e nem que fossem entender toda a loucura de como nos conhecemos, mas a pessoa que mais surpreendeu foi minha mãe. Meus irmãos fizeram as ameaças que todos os irmãos fazem, mas aceitaram Alex como mais um membro da família. As duas famílias se deram super bem e pareciam se conhecer de muitos anos.A festa de aniversário de um aninho de Rebeca foi algo que eu jamais conseguiria pagar, nem nos meus melhores sonhos. Alex me surpreendeu com a festa mais linda que eu já tinha visto. Era uma festa digna de uma verdadeira princesa.Minha pequena aproveitou tudo que podia da sua festinha, mas seu brinquedo preferido foi a piscina de bolinhas, de onde ela não quis sair de jeito nenhum e Alex precisou entrar para pegá-la.— Acho que teremos que comprar uma piscina de bolinhas para ela. — Ele sussurrou quando estávamos nos preparando para ir embora do salão de festas.Já dentro do carro e a caminho de casa, apoiei a mão sobre a p
ALEXDois meses depois...O nosso dia, o mais esperado, finalmente tinha chegado. Ali estava eu, no altar de uma das minhas igrejas históricas favoritas, com tetos abobadados e vitrais coloridos que filtravam a luz do sol, projetando padrões de cores vibrantes no chão de mármore polido.O padre estava aguardando com serenidade. Arrumei, pela décima vez, o terno preto clássico, tentando segurar a emoção enquanto estava aguardando a chegada da minha noiva. Eu mal podia esperar para ver Joana em seu vestido branco. Nossos padrinhos, alinhados ao meu lado, compartilhavam olhares de apoio.Quando a porta da igreja se abriu, todos os olhares se voltaram para a noiva, que entrava acompanhada por seu pai e com a pequena Rebeca no colo ao invés de um buquê de flores. Respirei mais aliviado quando tive a certeza de que ela não tinha mudado de ideia. Ela estava usando um vestido branco nada tradicional, mas muito moderno. Tinha um véu longo que se arrastava atrás dela, dando um ar de realeza. O
ALEX Já saí com tantas mulheres que fica até difícil tentar lembrar de todas, mas nenhuma delas fez despertar dentro de mim uma paixão avassaladora como a dos meus pais. Algumas são tão fáceis e fúteis que nem tem a graça da conquista ou, simplesmente, não conseguem manter uma conversa inteligente por mais de cinco minutos, mas o destino me deu uma mãozinha e eu conheci Paola. Uma mulher linda, inteligente, carinhosa e que parecia corresponder aos meus sentimentos. Paola se mostrou ser a mulher perfeita para mim, não ficava chateada quando eu tinha que passar algumas noites fora de casa por causa do meu plantão no hospital. Sempre a recompensava pela minhas faltas e não demorou muito para que eu ficasse caidinho por aquela mulher e a pedisse em noivado. O que eu não esperava era que ela fosse capaz de me trair da maneira mais suja possível. Eu tinha conseguido sair do congresso e pegar o voo de volta para casa mais um dia mais antes do que tinha falado para Paola, queria fazer uma
ALEXAlgumas semanas depois...Já passava das seis da noite quando saí do hospital em direção ao estacionamento. Senti meu celular vibrar no bolso da calça, resgatei o aparelho e vi o nome de minha mãe piscar na tela, meio a contragosto acabei atendendo.— Oi, mãe.— Está podendo falar, meu filho?— Posso sim, acabei de sair do plantão e estou a caminho de casa.— Você está lembrando que o aniversário do seu pai está chegando?— Sim, eu sei.— Os seus irmãos vão vir para fazer uma surpresa e gostaria que você e sua noiva viessem também para reunirmos a família toda. Estou ansiosa para conhecê-la.Eu ainda não tinha tido coragem de contar para minha família que tinha terminado o noivado, por isso que, só de me imaginar no meio dos meus irmãos, suas esposas e filhos era quase uma tortura. Era como se esfregassem na minha cara que eles tinham conseguido tudo o que eu mais quero para minha vida. Não me leve a mal, eu amo minha família, mas às vezes tenho um pouquinho de inveja deles.— Al
JOANADepois de um dia extremamente cansativo de trabalho no restaurante, eu finalmente estava indo para casa pra ficar com a minha filha, mas antes. como de costume, teria que passar na casa de Liliane, minha melhor amiga e madrinha da minha pequena, para pegá-la.Logo que cheguei, Lili já veio toda apressada, Rebeca estava aos berros no colo dela, a expressão no seu rosto não era das melhores e a preocupação logo surgiu, consumindo todo o meu ser.— Ainda bem que você chegou.— O que aconteceu?— Ela passou o dia todo com febre, sem querer comer nadinha.— E por que você não me ligou?— Eu não queria te preocupar e nem que você perdesse o dia de trabalho porque sei que o dinheiro faz falta para você.— Mas a minha filha é a minha prioridade.— Eu até levei ela no postinho de atendimento aqui do bairro.— E o que o médico disse?— Ele falou um negócio lá, mas não confiei muito na palavra dele porque, sinceramente, ele nem encostou na menina, seria melhor levá-la ao hospital.— Vou ve
ALEXDepois que cheguei em casa, deixei as chaves sobre a mesa e me joguei no sofá. Tinha sido um plantão complicado e eu só queria descansar um pouco. Depois de entrar debaixo do chuveiro, deixei que a água fria caísse sobre meu corpo, relaxando os músculos tensos.Quando já estava me sentindo bem melhor, enrolei uma toalha enrolada no quadril e voltei ao quarto para pegar uma roupa, mas fui interrompido pelo meu celular que não parava de apitar, vi pela barra de notificações que eram mensagens de Felipe, meu irmão mais velho."E aí, irmãozinho.""Você vai na festa de aniversário do pai? Estou ansioso para te ver e conhecer sua noiva."Merda.Por um momento eu tinha me esquecido dessa confusão que estava metido. Deixei o celular de lado porque ainda não sabia o que responder, eu iria ao aniversário do meu pai, mas antes precisava arrumar uma mulher que aceitasse ser minha noiva falsa e que tivesse uma filha, já que Paola era mãe de uma garotinha quando a conheci.A mera menção ao nom
JOANA Depois de uma noite mal dormida, em que fiquei acordando de cinco em cinco minutos para verificar se a febre de Rebeca tinha ido mesmo embora, acordei ouvindo alguns resmungos vindo de dentro do berço e tive que me levantar para começar o dia. Quando olhei dentro do berço, vi minha menininha segurando um dos pés para o alto enquanto reclamava, mas logo que me viu, ela abriu um largo sorriso. Ela era tão boazinha que nem chorava quando acordava e eu não vinha logo em seu socorro. — Bom dia, minha bonequinha! Em resposta, ela se segurou nas barras laterais do berço e ficou de pé enquanto fazia borbulhas de saliva com a boca. Peguei-a no colo e levei até o seu quartinho, onde troquei a fralda suja por uma limpinha e em seguida, a levei sala, onde a coloquei sentada no tapete da sala, cercada por almofadas e alguns de seus brinquedos enquanto ia preparar sua mamadeira e um pouco de café para mim. Enquanto Rebeca tomava seu leite jogada nas almofadas, aproveitei para dar uma olh