Eu encerrei a ligação já sentindo o estresse me consumir, e eu ainda nem havia ligado pra Hana, a outra causadora de tantos confrontos internos.Assim que eu liguei pra Hana ela também atendeu com frieza, eu fui o mais breve possível e passei somente a informação necessária, ela parecia querer falar algo, mas eu não quis ouvir, o dia mal havia começado e eu estava fugindo de problemas.Quando eu terminei o café, a Shell me chamou pra irmos, e fomos juntos como um casal realmente apaixonado, coisa que não éramos.Assim que a Flávia me viu acompanhada da Shell, ela balançou a cabeça em negativa, ainda bem que a Shell não percebeu, pois se tivesse percebido ela com toda a certeza perguntaria qual era o problema. Shell: Bom dia Flávia.— Bom dia.A Flávia respondeu sem encará-la e a Shell cerrou os olhos como se tivesse estranhado aquela atitude. Eu fui logo pegando na mão da Shell e indo pro meu escritório antes de surgir perguntas que eu não gostaria de responder. Assim que entramos
(Atenção, capítulo com cenas pesadas de sexo com atos cruéis, se você é sensível a esse tipo de conteúdo, pule esse capítulo).....HANA*Eu enchi os meus olhos de lágrimas e fiquei encarando o Carter enquanto eu o via enlouquecer, ele pegou o celular e ligou pro Tadeu e começou a gritar, eu nunca o vi tão transtornado, nem mesmo quando eu e a Ingrid havíamos torrado a paciência dele.Eu confesso que eu estava tão fora de mim que nem prestei atenção nas palavras que ele direcionava pro Tadeu, naquele momento eu só queria saber quem foi o responsável por violar o meu corpo, então eu lembrei de um detalhe. — Ele tinha o seu cheiro, como não foi você? Como? Como não foi você? Como?Eu comecei a chorar descontroladamente repetindo a mesma coisa, até que o Carter voltou a se aproximar de mim, eu achei que ele iria me abraçar, me acalentar e me dar o conforto que eu precisava naquele momento, mas tudo o que ele fez foi me deixar ainda pior.Carter: Você gostou tanto que não soube diferen
O Carter segurou forte pelo o meu braço e saiu me puxando, deixando a Flávia pra trás, nós entramos no elevador e ele continuou segurando o meu braço sem dizer nenhuma palavra, mas a cara dele já deixava claro o quanto ele estava furioso. — Você quer me soltar, por favor? Você está me machucando. Ele me ignorou completamente e continuou me segurando, ele me levou até o estacionamento como se eu fosse uma prisioneira, abriu a porta do carro e praticamente me jogou dentro, depois ele entrou no carro e saiu feito um maluco.— Você vai dirigir feito um louco novamente? Vai matar nós dois?Os dedos dele estavam brancos de tanto ele apertar o volante, como ele sempre fazia quando estava no limite, e como não tinha mais nada que eu pudesse fazer, eu fechei os olhos e esperei que aquele pesadelo acabasse logo.Depois de alguns minutos, ele reduziu a velocidade e eu abri os olhos, e quando eu vi o portão da casa dele se abrir, eu me senti aliviada, mas o alívio durou pouco tempo.Ele desceu
JONH*A minha mente parecia estar entrando em combustão, mas não era de forma positiva, não era a adrenalina causada por um orgasmo, nem por uma discussão por algo que poderia ser facilmente resolvido, a explosão poderia destruir a mim e também quem estivesse à minha volta, afinal alguém havia entrado na minha casa, entrado no quarto da minha suposta namorada e a teria tocado em um lugar que eu estava tentando a dias proteger, aquele lugar era como se fosse algo sagrado pra mim, onde somente eu deveria ter acesso.Eu peguei o celular do bolso e liguei pro Tadeu, aquela era a primeira vez que eu gritava com ele, mas todos que trabalhavam pra mim eram suspeitos, e como a casa era vigiada por dois seguranças e eu não havia mandado o Tadeu encerrar o serviço dele, provavelmente ele também estaria na casa naquele horário.Tadeu: Bom dia Sr.Carter.— Bom dia é o caralho, onde você estava ontem as 03:10 da manhã? Tadeu: Às 03:10? — Foi exatamente o que eu disse.Tadeu: Eu estava dormindo
Assim que chegamos em casa eu vi apenas o Fernando.Fernando: Bom dia Sr.Carter.— Onde está o Lucas?Perguntei em tom de ameaça.Fernando: Eu tentei falar com o senhor, mas o seu celular estava desligado, quando eu acordei pra trocar de lugar com ele, eu não o encontrei, eu até que procurei pelo jardim, mas não havia nem sinal dele.— Que horas você acordou?Fernando: Era 03:30 senhor.— Você não ouviu o portão sendo aberto Fernando?Fernando: Não senhor.— Porra! Tá na cara que foi ele.Fernando: Eu posso saber o que está havendo senhor?— Aquele filho da puta invadiu o quarto da Hana no meio da noite e... Que porra, só em falar isso eu sinto vontade de matá-lo, a única coisa que você precisa saber é que o seu amigo vai morrer, eu mesmo vou matá-lo com as minhas próprias mãos e você vai trazê-lo pra mim, não importa qual o bueiro que ele se meteu, o encontre e você vai junto Tadeu.Tadeu: Sim senhor.Fernando: Posso usar a violência pra trazê-lo senhor? — Use a violência e pague qu
HANA*Naquele momento eu me senti no fundo do poço, não que eu já não tivesse passado por lá antes, mas eu prometi pra mim mesma que aquela seria a última vez.Eu saí do banheiro decidida a sair da vida do Jonh Carter definitivamente, aquela era a vontade dele e ele me fez ter aquela vontade também, e já não importava mais se ele iria pagar o valor acordado, ele tinha o direito de não pagar já que eu não iria cumprir os três meses que ele havia estabelecido.Eu comecei a me vestir ainda sentindo o ardor na minha buceta, e aquilo fez eu voltar a derramar algumas lágrimas, e eu realmente cheguei a conclusão de que eu não precisava dele pra nada na minha vida.Eu comecei a colocar as minhas roupas na mala, depois me lembrei do celular que estava na minha bolsa lá no quarto dele.— Não! Eu não vou entrar lá pra buscá-lo, está na hora de eu deixar tudo isso pra trás, inclusive o controle que ele tinha sobre mim.Eu saí do quarto, olhei pro corredor e me senti segura pra sair, eu atravesse
O Carter não me procurou, não que eu tivesse esperando que ele fizesse isso, mas o fato dele não ter ido atrás de mim só deixou claro que ele estava falando sério quando disse pra eu sumir da vida dele, mas o dinheiro não caiu na minha conta, o que também não fazia sentido, já que foi ele que mandou eu sumir.Quando o dia do desfile chegou, eu fui adicionada em um grupo pela Flávia, onde tinha todas as modelos que participariam do desfile, ela começou a colocar as informações do desfile, o horário, e tudo o que eu precisava saber, o que facilitou muito a minha vida, já que eu não precisei ligar pro Cárter pra saber de tudo.Quando a hora chegou, eu me despedi da Ingrid e fui até o local onde seria o desfile, tudo já estava arquitetado na minha cabeça e eu não iria retroceder por nada no mundo.Os homens elegantes e alguns até bonitos me devoraram com os olhos, mas nenhum deles era o meu alvo, nenhum deles estaria disposto a pagar o valor que eu precisava.Eu procurei os camarins e tod
JONH*A amargura faz verdadeiros estragos na vida de um ser humano, eu me forcei a não acreditar no amor pelos exemplos que tive, eu alimentei em mim a ideia de que seria eu a causar dor, e não o contrário, e eu vivi bem durante todo aquele tempo, até a vida me obrigar a sentir os efeitos das minhas próprias escolhas.A minha atitude covarde e cruel era a maneira da Hana nunca mais querer se aproximar de mim, a forma como ela me olhava era igual a forma que as outras duas mulheres que eu matinha na minha vida me olhavam, a diferença era que eu não havia me apaixonado pelas outras, e a Hana não merecia um cara doente feito eu, não que as outras merecessem, mas eu não podia machucá-las com os meus traumas.Se eu explicasse pra alguém a minha forma de pensar, ninguém entenderia, mas não precisava fazer sentido pra ninguém, fazer sentido pra mim já era o suficiente.Eu saí do banheiro e vi que a Hana já havia se retirado do meu quarto, eu olhei a cama e vi o sangue na colcha, e eu realme