JONH*Quando chegamos em casa eu procurei ser mais receptivo, por mais que eu quisesse impor o meu poder sobre a Hana, no fundo eu queria que ela se sentisse em casa.— Seja bem vinda, sinta-se a vontade pra fazer o que quiser aqui, a casa será sua pelos próximos três meses, eu não tenho empregados domésticos, eu sempre gostei de ter a minha privacidade preservada, então duas vezes por semana uma equipe de limpeza vem aqui limpar, assim também como uma equipe vem buscar as roupas sempre as quintas-feiras pra levá-las pra lavanderia e as trazem de volta na sexta-feira, os únicos que tem acesso a parte externa da casa é o motorista, e dois seguranças, geralmente eu me alimento fora de casa, porém como você vai ficar aqui eu vou contratar uma cozinheira temporária.Hana: Não precisa, eu sei cozinhar. — Não quero você cheirando a alho.Hana: É pra isso que existe banho.— Isso não é pra ser questionado, você não vai mexer com comida. Hana: Como você quiser.— O Tadeu poderá levá-la aon
HANA*Naquele momento eu me senti no fundo do poço, não que eu já não tivesse passado por lá antes, mas eu prometi pra mim mesma que aquela seria a última vez.Eu saí do banheiro decidida a sair da vida do Jonh Carter definitivamente, aquela era a vontade dele e ele me fez ter aquela vontade também, e já não importava mais se ele iria pagar o valor acordado, ele tinha o direito de não pagar já que eu não iria cumprir os três meses que ele havia estabelecido.Eu comecei a me vestir ainda sentindo o ardor na minha buceta, e aquilo fez eu voltar a derramar algumas lágrimas, e eu realmente cheguei a conclusão de que eu não precisava dele pra nada na minha vida.Eu comecei a colocar as minhas roupas na mala, depois me lembrei do celular que estava na minha bolsa lá no quarto dele.— Não! Eu não vou entrar lá pra buscá-lo, está na hora de eu deixar tudo isso pra trás, inclusive o controle que ele tinha sobre mim.Eu saí do quarto, olhei pro corredor e me senti segura pra sair, eu atravesse
Ela então balançou a cabeça concordando, enquanto eu fazia planos na minha própria cabeça, planos que não poderiam em hipótese nenhuma dar errado.O Carter não me procurou, não que eu tivesse esperando que ele fizesse isso, mas o fato dele não ter ido atrás de mim só deixou claro que ele estava falando sério quando disse pra eu sumir da vida dele, mas o dinheiro não caiu na minha conta, o que também não fazia sentido, já que foi ele que mandou eu sumir.Quando o dia do desfile chegou, eu fui adicionada em um grupo pela Flávia, onde tinha todas as modelos que participariam do desfile, ela começou a colocar as informações do desfile, o horário, e tudo o que eu precisava saber, o que facilitou muito a minha vida, já que eu não precisei ligar pro Cárter pra saber de tudo.Quando a hora chegou, eu me despedi da Ingrid e fui até o local onde seria o desfile, tudo já estava arquitetado na minha cabeça e eu não iria retroceder por nada no mundo.Os homens elegantes e alguns até bonitos me dev
JONH*Quando eu era pequeno, eu sonhava em ser médico, cresci fazendo planos que nunca aconteceriam, pois a vida tinha outro destino pra mim.Cansado de estar sempre no vermelho, e sempre precisando pedir dinheiro ao meu pai, eu decidi vender minha casa e tudo o que eu tinha, e saí do país, a minha intenção era ir atrás de oportunidades que me tirassem da vida miserável que eu levava.Eu saí do Brasil e fui pra Las Vegas, onde consegui um emprego como dançarino em uma boate, e foi lá que eu conheci o mundo da prostituição.As mulheres com quem eu me envolvia me abriram portas, eu fiz contatos importantes, ganhei muito dinheiro saindo com mulheres ricas e famosas, e logo veio a oportunidade de ser modelo, pois eu tinha o padrão perfeito das agências, eu só não sabia que a prostituição também existia lá, camuflada de desfiles e eventos, a diferença era que eu passei a ganhar o triplo do que eu ganhava na boate.Eu abracei aquela oportunidade, prestei atenção em como tudo aquilo funcion
Quando eu cheguei na agência, eu encontrei uma das modelos discutindo com a Flávia, naquele momento eu já sabia o motivo da discussão, mas como todo chefe, eu tinha o dever de perguntar. — O que está havendo aqui? Já imaginaram se algum cliente entra aqui e encontra essa baderna?Flávia: Desculpa Sr. Carter, mas a Ingrid está se recusando a fazer book vermelho Ingrid: Eu já fiz book vermelho essa semana, o cliente quase me estrangulou com aquela gravata no meu pescoço, eu ainda estou dolorida das chicotadas que ele me deu, eu só quero um descanso pra que eu me recupere. — Tudo bem, você pode ir pra casa e a Flávia irá encontrar uma substituta pra você.Ingrid: Eu não vou participar do desfile?— Você sabe como as coisas funcionam por aqui Ingrid, a passarela é como se fosse uma vitrine pros nossos clientes, eu não posso dar um "Não" pros clientes caso eles queiram sair com você. Ingrid: Eu preciso da grana Jonh.— E eu preciso dos clientes, agora você pode ir.Eu vi ela se retirar
HANA*Eu me lembro daquele dia como se fosse hoje, o dia em que a minha mãe me expulsou de casa pra que o relacionamento dela pudesse funcionar, como se fosse eu o motivo de todas as brigas que ela tinha com o namorado dela. Por várias vezes eu me perguntei que tipo de mãe faria algo assim, colocando o amor de um homem acima do amor de uma filha, homem esse que não valia porra nenhuma, homem esse que ficava olhando eu me trocar pelas brechas da porta, que ficava me olhando com desejo, como se eu não tivesse consciência de tudo aquilo que ele gostaria de fazer comigo. Quando eu falei pra minha mãe o que ele fazia e que ela precisava encontrar um homem que a respeitasse, ela mandou eu arrumar as minhas coisas e ir embora, eu quase não acreditei naquela atitude.O único teto que eu tinha pra ir, era a casa da minha irmã por parte de pai, era a única pessoa que eu sabia que iria me acolher e me ajudar a levantar, sem passar exatamente nada na minha cara.Às 23:00 horas daquele dia, eu
Eu e a Ingrid tivemos uma longa conversa, ela me contou com detalhes sobre como ela conseguiu bancar toda a reforma da casa dela, assim também como conseguiu pagar todas as dívidas que ela tinha, e apesar de eu não concordar com tudo o que ela permitia que aqueles caras fizessem com ela, eu não poderia julgá-la.Eu fiquei pensativa, pois apesar de saber que ela ganhava muito bem, eu não tinha como ajudá-la financeiramente, já que eu estaria morando com ela era obrigação minha contribuir com as contas da casa.Ingrid: Que cara é essa?– Eu preciso arranjar um emprego, eu não posso ficar aqui dependendo totalmente de você.Ingrid: Eu ganho o suficiente pra nós duas Hana, isso não será um problema.– Eu quero trabalhar Ingrid, será que existe alguma possibilidade de você conseguir um emprego pra mim na agência que você trabalha?Ingrid: Você não ouviu tudo o que eu acabei de falar?– Sim, mas eu iria trabalhar apenas desfilando, eu tenho quase o mesmo padrão que o seu.Ingrid: Você ainda
JONH*No ramo em que eu estava trabalhando não poderia haver erros, e eu não poderia falhar com a marca contratante, porém a recusa da Ingrid me trouxe grandes problemas.Flávia: Bom dia Sr. Carter, eu estou ligando para avisar que a pessoa que eu tinha em vista para substituir a Ingrid não vai poder participar do desfile.— Isso não pode acontecer, você sabe muito bem que não podemos ter desfalques nesse desfile, ligue para Ingrid agora e tente convencê-la a participar.Flávia: Sim senhor.Haviam muitas modelos na agência, mas poucas delas possuíam o padrão que a marca contratante queria, e uma das modelos mais requisitadas era a Ingrid, pois ela possuía o padrão que a maioria das marcas procuravam, não só as marcas a queriam, como também os clientes.Eu achava que eu não deveria me preocupar, pois a Flávia era muito competente no que fazia, e eu tinha certeza que ela conseguiria convencer a Ingrid, porém não foi isso o que aconteceu.Eu estava tomando o meu café quando o meu celula