Isadora narrando
Eu tenho 17 anos, aos 14 perdi a minha mãe , ela morreu em um acidente de carro , desde ai eu criei Lucas meu irmão de 6 anos, tive que abrir mão da escola para ficar com ele. Criei ele como um filho, e não me arrependo disso.
1 ano depois da morte da minha mãe ,meu pai foi demitido e caiu nas bebidas e nas drogas, ele trabalhava como seguranca da filha de um empresário chamado Lucas Bater e mimha mãe até a sua morte trabalhava com a sua mulher Gabriela ,oque fez eu ter que trabalhar fazendo faxina , para conseguir sustentar a casa ,já que o pouco que meu pai conseguia ganhar ele deixava nos bares e nas bocas. Meu pai se chama Tadeu mas todo mundo o chama de Tato. Ele perdeu o emprego depois que a filha do empresário desapareceu e ninguém nunca mais à viu, ou pelo menos que eu saiba. Logo depois do meu pai ser demitido o tal empresário Lucas foi dado como morto em Paris e depois disso nunca mais houvi nada sobre a filha e nem a mulher.
Três vezes por semana fasso faxina para a dona Carmem no bar que ela tem ou melhor na "zona "mas fasso apenas faxina por lá.
Eu sou virgem, e minha mãe sempre me disse , que eu tinha que tirar com una pessoa muito especial para mim, e eu estava me guardando para ela até hoje.
Dona Carmem já tinha oferecido diversas vezes mas eu sempre recusei e ela nunca mais insistiu nisso.
Há 3 mêses atrás descobri que meu irmão está com um problema noncoracao oque faz ele ter que fazer tratamentos caros, até então , o governo estava pagando mas agora, eles não iriam mais pagar , então peguei mais algumas faxinas para fazer ,oque ajudaria um pouco.
Eu iria pensar em algo para conseguir o dinheiro para pagar todo o tratamento, ainda não sei como, mas iria.
- Aqui está o orçamento do tratamento senhora Isadora - A recepcionista diz me entregando o papel.
- 2.500,00 é todo o tratamento? - Eu digo perguntando para ela
- É esse valor por mês - Ela diz e eu arregalo os olhos para ela.
- Obrigada - Digo tentando dar um sorriso para ela.
Pego na mão de Lucas e saio para fora do hospital, o hospital era uns 4km do morro, iriamos ter que ir caminhando até lá , já que não tinha dinheiro para pagar a passagem de ônibus.
Começa a chover e pego Lucas no colo e me escondo com ele embaixo de uma proteção que tinha ali.
- Mana estou com fome - Ele diz
- Daqui a pouco chegamos em casa e você come - Eu digo para ele que ficava meio triste.
Sento com ele em um pequeno banco que tinha ali embaixo, ele estava no meu colo com a cabeça escondida no meu ombro.
- Droga. - Diz um moço assim que entra na proteção também, ele me encara e eu desvio o olhar. Ele estava todo molhado e estava reclamando baixinho. - Merda .
- Isso é nome feio - Lucas disse para o moço que o encarou - Minha Irma disse que não pode ficar falando isso.
O moço ficou olhando para nós com uma cara não muito boa.
- Lucas não pode falar assim com as pessoas - Eu Digo para ele - olha desculpa por ele. - Eu falo para o moço que assente com a cabeça.
- Ele está certo , e errado falar essas coisas - Ele diz para mim e para o Lucas , e eu apenas sorrio sem graça para ele.
- Mana vamos demorar ? - Lucas pergunta.
- A chuva já vai passar - Eu digo para ele
- Mas estou com fome - Lucas diz trazendo a atenção do moço para nós.
- Lucas já falei que já vamos ir para a casa e aí você come, espera um pouquinho - Eu digo para ele sendo firme.
Lucas era apenas uma criança e doia muito saber que eu não podia comprar nada para ele comer , e o pior de tudo, era saber que em casa talvez não teria quase nada.
- Você mora a onde ? - O moço pergunta e eu olho para ele. - Meu motorista está vindo posso dar uma carona para vocês.
- Não precisa , obrigada - Digo para ele, minha mãe também sempre me ensinou que não podia aceitar carona de estranho ou muito menos falar com eles.
- Mas está chovendo,e o menino está com fome , você prefere ficar na chuva com uma criança ou aceitar a minha carona ? - Ele diz sério
- Eu já disse que não - Eu falo para ele - Agradeço , mas a chuva já vai passar. - Eu digo para ele que dá uma risada debochada e olha o céu.
- Mana estou com fome - Lucas reclamava de novo me fazendo fuzilar ele com o olhar.
O moço abre a sua pasta e entrega um chocolate para ele , quando ele iria pegar eu seguro a sua mão.
- Obrigada , mas nós já vamos para casa - Eu digo
- Mana por favor, faz tanto tempo que não como chocolate - Lucas diz me fazendo ficar vermelha de vergonha - por favor.
- Deixa o menino pegar o chocolate - Ele diz e eu acabo assentindo.
Lá em casa só entrava o necessário, arroz , feijão e alguma mistura, bolacha era apenas as salgadas que era mais barata. Eu não tinha como manter esses luxos, e muitas vezes passava sem comer , para te no outro dia para Lucas. Ele era pequeno e não entendia oque era passar fome, e me doia muito saber que .
- Você não quer mesmo que eu te de uma carona ? - Ele pergunta mais uma vez.
- Não , moro aqui perto - Eu digo para ele que assente.
Um carro buzina para ele e ele entra e o carro arranca. Ainda tinha mais uma meia hora de caminhada até em casa e a chuva não parava, oque estava fazendo me arrepender de ter pego a carona.
Henrique narrando - Quem era a moça ? - Mané pergunta assim que entro no carro.- Não perguntei nome, apenas ofereci carona - Digo para ele.Ela parecia bem marrenta, não deveria ter mais de 18 anos e pelo que entendi o menino é seu irmão.Ela tinha uma aparência doce oque me lembrou um pouco Camila.Camila , nunca mais tive notícias dela e nem das minhas filhas , ela evaporou, ela fugiu com a ajuda de alguém por que ela não iria sumir assim sozinha.Depois que Camila sumiu eu consegui trazer quase tudo para o Brasil assim não precisava ficar viajando tanto, e podia tentar procurar ela ,mas não achei em lugar nenhum.- Tio Rick - Junior diz assim que me vê e pego ele no colo.- Carmem ligou e disse que devemos uma visita para ela na nova casa - Diogo diz- Vamos amanha lá a tarde - Eu digo e ele me olha estr
Isadora narrandoLucas estava dormindo e eu estava bastante cansada, eu não sei se iria conseguir aguentar essa rotina de trabalhar de manhã e a tarde direto, mas eu iria ter que aguentar.A nossa casa era pequena e era de um quarto só, e claro que meu pai que dormia no único quarto da casa, eu e Lucas ficávamos na sala.- Sua vagabunda - Meu pai diz entrando na sala - Já está se vendendo ,que um dos clientes veio te trazer na porta de casa - Ele diz exaltado - Eu sabia que você era uma vagabunda.- Eu não tenho clientes - Eu digo - Você me respeita que eu sou sua filha - Eu digo para ele e o mesmo me dá um tapa na cara.- Cala a boca sua vagabunda - Ele diz me dando um soco no rosto e eu caio Pra trás - Cadê o maldito dinheiro - Meu pai estava muito drogado, e eu só sabia chorar , ele abre a minha bolsa e pega os 400 reais que tinha na minha bolsa que eu ajuntei a semana intei
Isadora narrandoCom o adiantamento que Carmem me deu dos 700 reais, eu consegui comprar os remédios de Lucas e também uma roupa de frio que ele precisava. Já que meu pai não se importava com nada, nada mesmo.Estava saindo de casa para ir fazer a faxina na Dona Carmem, quando um oficial de juiz bate palmas na frente da casa.- Boa tarde - Digo saindo e indo em direção a ele.- Preciso entregar isso e que você assine para mim - Ele diz me entregando o papel- Oque é isso? - Pergunto para ele- Por falta do pagamento da hipoteca a casa vai para leilão - Ele diz e eu o encaro - Tem 20 dias para regularizar a situação que aí a casa não vai para leilão, é só entrar nesse endereço.- Obrigada - Eu digo assinando o papel, eu encarava o papel na minha mão depois e não estava aacreditando.Se a casa fosse a leilão para onde eu
Henrique narrando- E aí - Diogo diz entrando no escritório - Você não sai mais da aqui. - Ele entra bufando.E ele estava certo, minha vida virou aqui dentro depois que Camila foi embora, a maioria do tempo ficava procurando algum lugar a onde ela possa estar, mas nem sinal dela e das minhas filhas.- Fui na Carmem hoje e salvei a sua loirinha - Ele diz- Loirinha? - Eu pergunto- A Isadora - Ele diz com um sarcasmo- Como assim salvou ela ? - Eu pergunto sem entender, já estava achando que Diogo estava drogado.- Ela passou mal e quase rolou escada a baixo - Ele diz - Carmem falou que ela passa muita necessidade e que o mal estar dela deveria ser fome e fraqueza.- Mas ela está bem agora? - Digo com um fio de preocupação.- Sim - Diogo diz - Mas descobri que a casa a onde ela mora vai para
Isadora narrando Minha vida parecia está desmoronando, só os exames de Lucas sairia mais de 600 reais, e a hipoteca da casa mais de 3000 ,00 . Eu não fasso idéia do que eu iria fazer para conseguir esse dinheiro.Daqui quatro dias venceria o prazo para pagar a primeira parcela da hipoteca, sendo assim, a casa iria para leilão, e eu e Lucas para a rua.- Oi - Digo entrando em uma loja - Será que eu posso deixar um currículo aqui?- Claro - Uma moça morena diz sorrindo - Irei passar para a gerência.E assim eu estou, passando por todas as lojas de rua e dos Shopping, precisava tentar achar algo, algum serviço, não iria conseguir ganhar o suficiente, mas iria conseguir pagar um kitnet pra mim e para Lucas, continuaria com as faxinas na Dona Carmem á noite e arrumaria um advogado para conseguir que o governo pague o tratamento do Lucas. Mas ninguém me dava
Isadora narrandoEu me olhava no espelho e não me reconhecia, daqui a pouco ele deve estar chegando e eu não sei nem o que pensar e como agir. Tudo que eu pensava era que amanhã iria poder comprar os remédios de Lucas e fazer os seus exames.Eu andava de um lado para o outro dentro da aquele quarto, eu não sei se eu estava fazendo a coisa certa, minha mãe deveria estar se revirando no túmulo de degosto da sua filha.- Andando de um lado para o outro você vai abrir um buraco no chão desse jeito -Escuto a voz dele e a porta se fechar , eu paraliso olhando para ele e limpo a lagrima que estava descendo.- Oi - Digo para ele que sorri para mim.- Você está linda - Ele diz me olhando da cabeça aos pés. Eu estava me sentindo um pedaço de carne na aquele momento.Eu não tinha roupas sexy, tinha poucas coisas , vesti um dos vestidos que eu tinha que estava bons , ele er
Isa narrandoFazia duas semanas que eu estava me "vendendo " para Henrique. No começo doia muito , mas agora já estava me acostumando. Eu encontrava ele durante 3 a 4 dias por semana, oque fazia ele me pagar muito bem.Mas não queria isso para sempre, toda vez que eu saia da aquele apartamento eu saia me sentindo um lixo de ser humano, muitas vezes eu saia correndo de lá assim que terminava, não trocava muitas palavras com ele , e nem ele comigo, apenas o necessário.Continuava fazendo as minhas faxinas , eu precisava ajuntar dinheiro para que eu consiga sobreviver daqui alguns meses com um salário vendedora,atendente. Mesmo com tanto dinheiro, não vivia nos luxos, ainda economizava o máximo que conseguia, a única coisa que não faltava dentro de casa agora era comida.Hoje foi aquele dia bastante cansativo, de manhã fiz uma faxina e a tarde outra na casa da Dona Carmem, acabei
Isa narrandoEu já tinha vindo nesse prédio que era puro luxo, mas nunca tinha entrado em nenhum dos apartamentos, o apartamento era imenso e tinha tudo do bom e do melhor, o apartamento em que eu o encontrava já era enorme e muito confortável, já dava para imaginar como seria o apartamento que ele mora.- Cadê o meu irmão? - Digo assim que entramos no seu apartamento .- Ele deve estar em algum lugar aqui - Ele diz tranquilo.- Como assim você não sabe a onde ele está ? - Eu digo cruzando os braços - Henrique cadê o Lucas? - Eu digo o encarando.- Ele está dormindo - A mesma moça morena do dia da escada diz - Vocês demoraram, mas ele já comeu, tomou o remédio e agora tá dormindo. - Ela diz tentando dar um sorriso forçado.- Marina essa é a isa e Isa essa e a Marina - Henrique diz nos apresentando.- Você é brava em menina - Ela diz - Se você quiser ir até o quar