Isadora narrando
Lucas estava dormindo e eu estava bastante cansada, eu não sei se iria conseguir aguentar essa rotina de trabalhar de manhã e a tarde direto, mas eu iria ter que aguentar.
A nossa casa era pequena e era de um quarto só, e claro que meu pai que dormia no único quarto da casa, eu e Lucas ficávamos na sala.
- Sua vagabunda - Meu pai diz entrando na sala - Já está se vendendo ,que um dos clientes veio te trazer na porta de casa - Ele diz exaltado - Eu sabia que você era uma vagabunda.
- Eu não tenho clientes - Eu digo - Você me respeita que eu sou sua filha - Eu digo para ele e o mesmo me dá um tapa na cara.
- Cala a boca sua vagabunda - Ele diz me dando um soco no rosto e eu caio Pra trás - Cadê o maldito dinheiro - Meu pai estava muito drogado, e eu só sabia chorar , ele abre a minha bolsa e pega os 400 reais que tinha na minha bolsa que eu ajuntei a semana inteira das faxinas.
- Esse dinheiro e para o tratamento do Lucas - Eu digo para ele que me fuzila
- Esse dinheiro tá dentro da minha casa, então é meu esse dinheiro - Ele diz saindo e fechando com tudo a porta.
-
Um dos meus olhos estava inchado, Lucas não ia ter creche na parte da manhã, então eu iria precisar levar ele comigo para a faxina, iria limpar a escadaria de um prédio de 8 andares em copa cabana, oque faria eu ganhar 350 reais, já que agora a pessoa que eu chamava de pai tinha pego o meu dinheiro eu precisaria ajuntar tudo de novo, já que Carmem não falou se iria me emprestar ou não, e eu não iria pedir de novo.
- Tio - Lucas fala e eu olho para trás vendo Henrique com uma moça que deveria ser sua esposa - Você veio me trazer chocolate ?
- Lucas - Eu chamo a sua atenção - Vem para cá, oque eu já disse para você não falar com estranho.
- Deixa ele Isadora - Ele diz e eu o encaro . - Ele é só uma criança.
- Como é seu nome ? - A moça pergunta para Lucas.
- Lucas - Ele diz sentado na escada.
- Tinha um aviso lá na porta que a escada estava interditada - Eu digo cruzando os braços para os dois que me encarava.
- Eu acho que não prestamos atenção nisso - A moça diz - Nós vamos voltar e ir pelo elevador.
- Obrigada - Eu Digo para eles me virando de costa e continuo limpando a escada.
Sinto quando eles descem a escada e saiem .
Olho para o relógio e já era 12:30 , Lucas tinha medição a 13:50 e não iria dar tempo de eu ir até em casa para dar comida para ele, iria ter que para em algum lugar barato para comprar alguma coisa para ele comer, já que a consulta era aqui perto também.
A consulta era 280,00 o que iria me sobrar 70,00 reais, e eu ainda tinha que comprar as coisas para dentro de casa.
- Agora vamos comer? - Ele e pergunta assim que saímos para fora do prédio.
- Sim - Eu digo para ele sorrindo, mas mudo o meu sorriso assim que vejo Henrique chamando Lucas.
- Lucas - Henrique diz chegando perto junto com Diogo que estava com ele quando ele me deu carona. - Aqui o seu chocolate - ele diz entregando para Lucas.
- Agradece - eu digo seca para ele
- Obrigado - Lucas diz - Posso comer agora?
- Depois que você almoçar - eu digo para ele que faz uma cara triste mas assente - agora vamos.
- Espera - Henrique diz segurando o meu braço - Estamos indo almoçar também se vocês quiserem podemos ir todos juntos.
- Estamos um pouco com pressa, obrigada - digo soltando a sua mão do meu braço.
- E O seu olho ? - Ele pergunta
- Eu cai - Eu digo para ele - agora precisamos ir - Digo pegando na mão de Lucas e correndo para bem longe de perto deles.
Eu não sei o que esse cara tanto queria comigo, que agora não me deixava em paz de jeito nenhum.
- O total dos remédios ficariam 514,00 reais - O farmacêutico diz . - Você vai levar eles agora?
- Só queria saber os valores , obrigada - Digo saindo com Lucas da farmácia.
O médico de Lucas o doutor Vinicius passou os primeiros remédios do seu tratamento que já era uma fortuna, e eu não queria nem ver os valores dos exames.
Eu não sei como iria arrumar esse valor todo, talvez eu poderia conseguir algum emprego a noite , ou fazer algumas coisas para vender , que ajudaria na renda.
Passo no mercado e compro o necessario, leite, bolacha ,arroz e feijão. Lucas dessa vez não tinha pedido nada , já que tinha ganhado uma sacola cheia de chocolates do tal Henrique.
Isadora narrandoCom o adiantamento que Carmem me deu dos 700 reais, eu consegui comprar os remédios de Lucas e também uma roupa de frio que ele precisava. Já que meu pai não se importava com nada, nada mesmo.Estava saindo de casa para ir fazer a faxina na Dona Carmem, quando um oficial de juiz bate palmas na frente da casa.- Boa tarde - Digo saindo e indo em direção a ele.- Preciso entregar isso e que você assine para mim - Ele diz me entregando o papel- Oque é isso? - Pergunto para ele- Por falta do pagamento da hipoteca a casa vai para leilão - Ele diz e eu o encaro - Tem 20 dias para regularizar a situação que aí a casa não vai para leilão, é só entrar nesse endereço.- Obrigada - Eu digo assinando o papel, eu encarava o papel na minha mão depois e não estava aacreditando.Se a casa fosse a leilão para onde eu
Henrique narrando- E aí - Diogo diz entrando no escritório - Você não sai mais da aqui. - Ele entra bufando.E ele estava certo, minha vida virou aqui dentro depois que Camila foi embora, a maioria do tempo ficava procurando algum lugar a onde ela possa estar, mas nem sinal dela e das minhas filhas.- Fui na Carmem hoje e salvei a sua loirinha - Ele diz- Loirinha? - Eu pergunto- A Isadora - Ele diz com um sarcasmo- Como assim salvou ela ? - Eu pergunto sem entender, já estava achando que Diogo estava drogado.- Ela passou mal e quase rolou escada a baixo - Ele diz - Carmem falou que ela passa muita necessidade e que o mal estar dela deveria ser fome e fraqueza.- Mas ela está bem agora? - Digo com um fio de preocupação.- Sim - Diogo diz - Mas descobri que a casa a onde ela mora vai para
Isadora narrando Minha vida parecia está desmoronando, só os exames de Lucas sairia mais de 600 reais, e a hipoteca da casa mais de 3000 ,00 . Eu não fasso idéia do que eu iria fazer para conseguir esse dinheiro.Daqui quatro dias venceria o prazo para pagar a primeira parcela da hipoteca, sendo assim, a casa iria para leilão, e eu e Lucas para a rua.- Oi - Digo entrando em uma loja - Será que eu posso deixar um currículo aqui?- Claro - Uma moça morena diz sorrindo - Irei passar para a gerência.E assim eu estou, passando por todas as lojas de rua e dos Shopping, precisava tentar achar algo, algum serviço, não iria conseguir ganhar o suficiente, mas iria conseguir pagar um kitnet pra mim e para Lucas, continuaria com as faxinas na Dona Carmem á noite e arrumaria um advogado para conseguir que o governo pague o tratamento do Lucas. Mas ninguém me dava
Isadora narrandoEu me olhava no espelho e não me reconhecia, daqui a pouco ele deve estar chegando e eu não sei nem o que pensar e como agir. Tudo que eu pensava era que amanhã iria poder comprar os remédios de Lucas e fazer os seus exames.Eu andava de um lado para o outro dentro da aquele quarto, eu não sei se eu estava fazendo a coisa certa, minha mãe deveria estar se revirando no túmulo de degosto da sua filha.- Andando de um lado para o outro você vai abrir um buraco no chão desse jeito -Escuto a voz dele e a porta se fechar , eu paraliso olhando para ele e limpo a lagrima que estava descendo.- Oi - Digo para ele que sorri para mim.- Você está linda - Ele diz me olhando da cabeça aos pés. Eu estava me sentindo um pedaço de carne na aquele momento.Eu não tinha roupas sexy, tinha poucas coisas , vesti um dos vestidos que eu tinha que estava bons , ele er
Isa narrandoFazia duas semanas que eu estava me "vendendo " para Henrique. No começo doia muito , mas agora já estava me acostumando. Eu encontrava ele durante 3 a 4 dias por semana, oque fazia ele me pagar muito bem.Mas não queria isso para sempre, toda vez que eu saia da aquele apartamento eu saia me sentindo um lixo de ser humano, muitas vezes eu saia correndo de lá assim que terminava, não trocava muitas palavras com ele , e nem ele comigo, apenas o necessário.Continuava fazendo as minhas faxinas , eu precisava ajuntar dinheiro para que eu consiga sobreviver daqui alguns meses com um salário vendedora,atendente. Mesmo com tanto dinheiro, não vivia nos luxos, ainda economizava o máximo que conseguia, a única coisa que não faltava dentro de casa agora era comida.Hoje foi aquele dia bastante cansativo, de manhã fiz uma faxina e a tarde outra na casa da Dona Carmem, acabei
Isa narrandoEu já tinha vindo nesse prédio que era puro luxo, mas nunca tinha entrado em nenhum dos apartamentos, o apartamento era imenso e tinha tudo do bom e do melhor, o apartamento em que eu o encontrava já era enorme e muito confortável, já dava para imaginar como seria o apartamento que ele mora.- Cadê o meu irmão? - Digo assim que entramos no seu apartamento .- Ele deve estar em algum lugar aqui - Ele diz tranquilo.- Como assim você não sabe a onde ele está ? - Eu digo cruzando os braços - Henrique cadê o Lucas? - Eu digo o encarando.- Ele está dormindo - A mesma moça morena do dia da escada diz - Vocês demoraram, mas ele já comeu, tomou o remédio e agora tá dormindo. - Ela diz tentando dar um sorriso forçado.- Marina essa é a isa e Isa essa e a Marina - Henrique diz nos apresentando.- Você é brava em menina - Ela diz - Se você quiser ir até o quar
Isa narrando- Eu vou ter que viajar de última hora - Ele diz me olhando - mas vou levar vocês juntos.- Como assim? - Eu digo - Henrique você não pode decidir as coisas por mim assim.- Isa é aqui do lado - Ele fala - É aqui em Noronha, e vai ser legal .- Tá tudo errado Henrique - Eu digo me levantando - Primeiro que não era pra estar aqui e ainda com meu irmão junto - Ele me encarava - Eu quero ir embora, você pode pegar o seu dinheiro de volta.- Para com isso garota - Ele diz segurando o meu braço um pouco forte eu olho para ele e depois para o meu braço e ele solta - Olha, eu não vou trancar com você com seu irmão do lado .- Você me machucou - Eu digo para ele passando a mão no meu braço que tinha ficado vermelho.- Desculpa, foi sem querer - Ele diz tentando se aproximar mas dou uns passos
ISA narrando - Bom dia - Digo entrando com Lucas do meu lado. Mas só tinha a Marina com seu filho Junior na mesa sentada.- Bom dia Isa - Ela diz sorrindo - Bom dia Lucas. - Ela fala para ele que sorri para ela - Vocês devem estar com fome, sentem vamos tomar café.- Sim - Digo Para ela , e arrumo o café do Lucas .- Henrique teve que sair cedo, então vou fazer compania para vocês, vamos sair conhecer a cidade e depois encontramos eles para almoçar - Ela diz e eu apenas assinto.Marina parecia uma pessoa legal, e estava sendo querida comigo, não sei se estava fingindo ou não, mas precisava retribuir.-Era quase 11h e ela já tinha me levado para vários lugares , e claro Lucas queria tudo que via pela frente .- São lindas as coisas aqui - Digo reparando as diversas lojas que tinha com roupas que parecia ser um olho da cara. O máximo que