05

Isadora narrando

Minha vida parecia está desmoronando, só os exames de Lucas sairia mais de 600 reais,  e a hipoteca da casa mais de 3000 ,00 . Eu não fasso idéia do que eu iria fazer para conseguir esse dinheiro.

Daqui quatro dias venceria o prazo para pagar a primeira parcela da hipoteca,  sendo assim, a casa iria para leilão, e eu e Lucas para a rua.

- Oi - Digo entrando em uma loja - Será que eu posso deixar um currículo aqui?

- Claro - Uma moça morena diz sorrindo - Irei passar para a gerência.

E assim eu estou, passando por todas as lojas de rua e dos Shopping, precisava tentar achar algo, algum serviço,  não iria conseguir ganhar o suficiente, mas iria conseguir pagar um kitnet pra mim e para Lucas, continuaria com as faxinas na Dona Carmem á noite e arrumaria um advogado para conseguir que o governo pague o tratamento do Lucas.  Mas ninguém me dava uma chance.

- Boa tarde - Digo assim que chego no apartamento a onde eu iria limpar.

- Boa tarde querida - A senhora que trabalhava ali fala - Você já veio aqui outra vez né? - Eu assisto - Então é a mesma coisa.

O apartamento não era grande , era a bem chique, mas era pequeno, o que faria em uma tarde eu limpar tudo.

-

Estava a caminho da escola do Lucas , quando começa uma chuva forte, paro em baixo de uma parada de ônibus,  estava muito frio, e com o pouco dinheiro que eu tinha não tinha como me dar o luxo de comprar roupas novas, então iria continuar usando os meus casacos que já estavam finos de tão usados que eles estão.

-

- Isadora - Dona Carmem diz entrando 

- Oi Dona Carmem - Eu digo parando de lavar as loucas da cozinha

- Olha são para você - Ela diz - Algumas roupas das meninas que não vão mais usar - Ela me entrega uma sacola enorme  - Aí você vê o que você quer e pode levar .

- Obrigada - digo sorrindo para ela.  Dona Carmem me ajudava muito sempre que podia, ela era uma pessoa muito especial.

- Esta tudo bem?  - Ela pergunta e eu assinto - Tem certeza?  Você está com uma carinha muito triste.

- Esta vencendo o prazo para pagar a primeira parcela da hipoteca - Eu digo limpando uma lágrima do meu rosto.

- Infelizmente essa quantia eu não consigo te ajudar , a casa está passando por alguns problemas financeiros - Ela diz

- Você já me ajudou muito - eu digo para ela - eu estou pensando em - Eu engulo um seco e ela me e encara

- Aceitar a proposta do Henrique? - Ela pergunta.

- Você sabe que eu não sou assim, mas eu não sei o que posso fazer para conseguir esse dinheiro - Eu digo deixando cair uma lágrima

- Isa eu sei disso - ela fala - Eu sei que você não iria fazer isso se não fosse por necessidade. - Ela diz .

- Você pode falar com ele ? - Eu digo - Combinar tudo com ele.

- Posso sim - Ela diz - Mas você tem certeza disso?

- Não - eu digo chorando - mas eu não tenho outra saída.

- Eu vou conversar com ele e aí te aviso - Ela diz

- Ele não vai me machucar né? - Eu pergunto para ela que me olha e me abraça.

- Você é minha protegida , se ele fizer isso, eu mato ele.  - Ela diz me tirando um sorriso.

A onde eu iria arrumar 1000,00 para daqui três dias? E o dinheiro para os exames, remédios,  consultas , roupas e comidas de Lucas ? Eu não tinha mais saída. Eu não tinha pai, nem mãe,  nem parente próximo,  era eu por Lucas e só. E eu não podia perder a casa onde eu morava.

-

Alguém b**e na porta , Lucas estava na escola e meu pai sei lá a onde. Abro a porta e dou de cara com Diogo parado na minha porta. Pensei que Dona Cármen iria me dar uma resposta e não ele.

- Posso entrar ? - ele diz e eu assinto e ele entra. - Isso é para você - ele diz estendendo uma sacola.

- O que é isso? - Eu pergunto

- Aí dentro tem um celular a onde você vai falar com Henrique e marcar os encontros - Ele diz - O cartão do banco a onde ele vai te depositar o dinheiro, a chave e o endereço do apartamento.

- Eu não quero o celular - eu digo estendendo para ele - Eu nem sei mecher nisso.

- não? - ele diz estranhando e eu nego com a cabeça  - você nunca teve um celular?

- Não - Eu falo e ele suspira

- Vou te ensinar a mecher nisso - Diogo diz me ensinando a ligar ele, ele era um IPhone 7 , sei que esse negócio é muito caro, caro mesmo, acredito que pagaria todo o tratamento do meu irmão.

Depois de mais de uma hora eu consegui pelo menos ligar e abrir o tal w******p na aquele celular o que já fez Diogo bufar menos do meu lado .

- O menino vai ficar a onde ? - Ele pergunta

- Na vizinha que cuida de crianças  - falo falou e ele assente.

- Esteja nesse endereço as 20h hoje - ele diz - Ele deve chegar uma hora depois, mas chega antes para se arrumar.

- Hoje ? - Eu digo engolindo seco e ele assente

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo