Capítulo-65

Daniela chegou às seis da manhã na clínica, empurrando a cadeira de rodas de Rafael e se dirigiu para o salão da fisioterapia. O local estava cheio, ela posicionou a cadeira de rodas próxima a um banco e se sentou.

Observando as expressões faciais de Rafael entendeu que ele estava sentindo dor.

— Rafa, você tomou os medicamentos hoje?

— Tomei, por quê?

— Está sentindo dores?

—Não, estou me sentindo eufórico, louco para correr na avenida — respondeu acidamente.

Daniela fingiu não entender o ataque e prosseguiu:

— Quer alguma coisa?

— Quero que me deixe em paz! Está se comportando como se fosse a minha mãe.

— Será que dá pra parar de me agredir e conversar como uma pessoa normal?

Rafael deu uma gargalhada alta e disse com fúria:

— Já deixei de ser normal há muito tempo. Agora eu sou essa aberração.

— Não fale assim, Rafa. Isso não é verdade.

— Então, você está comigo pelos meus movimentos graciosos, não é? Que piada! E fique sabendo de uma coisa: não preciso de você como babá.

— Rafa,
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