Início / Romance / PEQUENA REBELDE DO CEO / CAPÍTULO 2. Um meio espartilho de coração
CAPÍTULO 2. Um meio espartilho de coração

Valeria sorriu sem convicção. Sua mãe tinha feito dela uma mulher forte, mesmo que às vezes, como esta, ela não medisse suas palavras.

—Deixe-me ver se entendi, Sra. Bennet. Isto é para você...o quê? Uma aposta contra seu filho...ou comigo...? — perguntou ela.

—Não, minha querida, esta é uma tentativa desesperada de ver a alegria e a sensualidade andarem novamente por estes corredores! —Mas você pode chamá-lo como quiser. A questão é, se em três meses você se tornar mais um desses designers submissos, então....

—Então eu não sirvo para o trabalho.—entendeu Valeria. —Muito bem, aceito o acordo.

Ela se levantou e estendeu sua mão com determinação.

—De verdade? Tem certeza? —Layla parecia ter medo até de ficar excitada.

—Com uma condição. Se vou enfrentar seu filho, tenho que ter pelo menos seu apoio, caso contrário ele vai me colocar na rua quando quiser.

—Não se preocupe.—sorriu Layla.—Tenho um contrato especial esperando por alguém como você. —Leve tudo ao RH, eu os informarei que você é meu "caso especial". Quero que você comece a trabalhar o mais rápido possível.

Valeria deixou o escritório com um sorriso enquanto Oli lhe dava um olhar questionador.

—Então? —ela perguntou, levantando as sobrancelhas.

—Eu consegui o trabalho! —Valeria exclamou suavemente, aproximando-se, e Oli bateu palmas alegremente.

—Estou tão feliz! Estou tão feliz que você vai trabalhar aqui!

—Bem, agora tenho que ir no Recursos Humanos. Você pode me dizer onde está?

—Mmmm.— Oli franziu a testa, como se lembrasse de algo. —Merda, Lazlo está de férias hoje! — murmurou para si mesma.

—Desculpe?

—Lazlo, o cara do RH que faz as contratações, ele está de férias hoje... e isso geralmente leva tempo.— disse Oli. Se ele não terminar seus documentos hoje, você terá que esperar duas semanas até que ele volte.

O rosto da Valeria caiu. Ela não podia esperar mais duas semanas para começar a trabalhar!

—Oli, por favor, me ajude! Tenho que começar a trabalhar na segunda-feira!

A garota sorriu maliciosamente para ela e abaixou os olhos, corando um pouco.

—Lazlo é um cara muito simpático. —murmurou ela.— Ele gosta de café moca frio, com creme e pingos coloridos. Leva para ele um e pede delicadamente para ele te ajudar tenho certeza de que ele vai ficar mais algumas horas por você.

Valeria estreitou os olhos e colocou as mãos sobre os quadris.

—Oli, você gosta do Lazlo? — perguntou ela.

—Nãooo..." a menina respondeu nervosamente.

—Bom. Se eu conseguir que ele me ajude, eu lhe trarei os papéis o mais rápido possível.

Valeria correu para a cafeteria e comprou um café exatamente como Oli havia descrito para ela. Depois ela se dirigiu ao departamento de Recursos Humanos, onde conheceu o garoto mais sorridente e doce que alguém poderia imaginar. Ele quase parecia menor de idade, como era jovem, e era como uma versão masculina do Oli.

—Oi, você é o Lazlo? —perguntou Valeria.

—Sim, sou eu, como posso ajudá-la?

—Meu nome é Valeria, Oli me mandou —Por alguma razão, Valeria suspeitava que este nome teria mais impacto do que o da Sra. Bennet.

—Oli...? —O menino corou em um segundo.—O que você precisa?

—Para você.—disse ela, entregando o café, e Lazlo quase começou a balbuciar. ——É um moca frio com muito creme e polvilhados.

—É... é... do jeito que eu gosto.—o menino murmurou, sorrindo.

—Sim, eu... preciso da sua ajuda. Acabei de ser contratada e Oli me disse que você vai sair de férias. Você pode me ajudar a processar tudo antes de ir?

—Oli sabe que eu vou de férias?

"Foi realmente isso que ficou em sua mente", pensou Valeria antes de acenar com a cabeça.

—Você realmente gosta da Oli, não é mesmo? —O menino balançou a cabeça e olhou para o chão. Aposto que você sabe até como ela gosta de seu café. —encorajou Valeria.—E quando a gente terminar, vamos pegar um café do jeitinho que a Oli gosta e eu levo para ela por você?

Lazlo sorriu com um sorriso de orelha a orelha e acenou com a cabeça, imediatamente montando seu arquivo e escrevendo seu contrato. Ele já tinha recebido o memorando da Sra. Bennet sobre o tipo de contrato que queria, e a tarde se moveu rapidamente, pois eles conseguiram organizar tudo.

—Está feito, terminamos. —suspirou Lazlo às quase seis horas, colocando todos os documentos em suas mãos. —Tudo o que resta é ter sua foto tirada para o crachá da empresa. É no escritório de segurança, eu ficaria feliz em levá-la lá... além disso, a cafeteria está de caminho.

Valeria sorriu com entusiasmo e se pendurou no braço de Lazlo enquanto eles se dirigiam para a cafeteria.

—Fique sabendo que se você quiser, eu poderia te ajudar com a Oli?

O menino ficou encantado. Eles estavam conversando tão animados que Valeria nem teve tempo de se esquivar do homem que vinha na frente dela, totalmente absorvido em seu telefone celular, a ponto de jogar todo o café que ele carregava contra ela.

Valeria conseguiu salvar os documentos tirando-os do caminho a tempo, mas sua blusa e seu casaco eram algo completamente diferente.

Ela levantou os olhos com raiva, porque estava literalmente banhada em café e ainda tinha que tirar uma foto com seu crachá. E seu olhar se encontrou com nada menos que o de um homem absolutamente deslumbrante. Ele deve ter cerca de 1,80 m de altura, com uma construção forte e características duras e bonitas. Ele tinha olhos muito escuros e cabelos curtos e sofisticados. Ele parecia um maldito semideus, ele estava pronto para comê-la sem deixar um único pedaço, e o pior de tudo, ele estava olhando para ela como se ela fosse uma pedra indesejada em seu caminho.

—Da próxima vez olha por onde anda. —Isso foi o que saiu de sua boca e Valeria sentiu a raiva fervendo dentro dela.

—Foi você que esbarrou em mim! —respondeu ela, tentando se controlar.

—Se você não estivesse distraída com seu... o que quer que seja.—disse ele zombando, olhando para ela de cima para baixo e depois para Lazlo.—você teria se esquivado perfeitamente de mim.

—Se você se preocupasse em olhar para frente, ninguém teria que se esquivar de você! Veja como me deixou!

—Sim... bem, isso é problema seu, não meu.

O rosto de Valeria corou enquanto ela batia no peito de Lazlo com a pasta e ele a segurava. Ela olhou em volta e assim que encontrou a porta do banheiro feminino, ela arrastou o homem para dentro. Talvez tenha sido porque ele foi pego de surpresa, mas a verdade é que ele mal resistiu.

Valeria o empurrou para dentro do banheiro individual e entrou também, fechando a porta atrás dela.

—Vocé ficou louca ou…?

O discurso do semideus foi interrompido exatamente no momento em que Valeria tirou o casaco e a blusa. Ela era uma mulher bonita, não havia dúvidas sobre isso, mas ela tinha que ser louca para se despir na frente de um homem com tanta insolência.

—O quê, você nunca viu uma mulher em em roupas íntimas? —Riu— Dê—me sua camisa.—exigiu ela e o observou de volta.

—Claro que não! —ele se recusou.

—Hey, eu tenho que tirar uma foto e não posso fazer isso nua ou com a blusa que você manchou! Dê—me sua camisa.

—Bom, não parece te incomodar muito andar por aí nu....

—Olha, eu não te aconselho a me provocar, porque acabo de chegar de um dia muito difícil. —ameaçou Valeria.

—Eu já te disse que não vou te dar nada! Mas que tipo de mulher você é...?!

O joelho de Valeria bateu  violentamente na virilha do homem e ela o ouviu gritar de dor. Ela aproveitou a oportunidade para tirar o casaco dele enquanto seu rosto mostrava apenas surpresa e desconforto.

—Eu sou o tipo de mulher que está cansada de ser atacada, menosprezada e degradada! — Foi você que não olhou por onde andava, então o problema é seu!

Ela ele viu se sentado um pouco, olhando para ela com os olhos bem abertos. Valeria estava usando um de seus próprios desenhos, um sutiã de meio corpete, fúcsia com renda preta, e ela quase podia jurar que tinha ouvido ele pegando fôlego, incapaz de tirar os olhos do peito dela.

Ela sorriu, essa foi a reação que ela queria, se sentir forte, se sentir poderosa. Porém, ela não podia negar que ele era absurdamente atraente. Ela nunca teria adivinhado aquele peito perfeitamente esculpido e aqueles abdominais assassinos debaixo do terno.

Ela o observava fechando os punhos com impotencia enquanto ela colocava sua camisa por cima do sutiã.

—Fique sabendo que se não fosse pelo fato de que eu preciso tirar uma foto... e você não fosse uma irresponsável, acredite, eu não faria isso... Embora eu sinta que você gostou mais da vista do que eu de te deixar sem camisa!

E com um piscar de olhos ela o deixou lá, sozinha e aturdida pelo furacão da mulher que acabara de passar por cima dele.

Valeria saiu correndo com Lazlo, que já havia comprado o café para Oli. Ela pegou sua pasta de documentos e o café, e deu um beijo na bochecha de Lazlo.

— Obrigada por tudo, prometo te trazer café todos os dias quando você voltar! —disse ela apressadamente.

—Valeria... o que você fez? —perguntou Lazlo horrorizado ao vê-la vestir o casaco sobre uma camisa que era grande demais para ela. Você tem alguma idéia do que fez? Sabe quem é esse?

—Lazlo, poderia ser o Presidente dos Estados Unidos, o Rei da Espanha ou Sua Santidade o Papa... ele ainda me olhava como um homem comum. Vou tirar minha foto porque na segunda-feira começo a trabalhar nesta empresa, chovendo, trovejando ou relámpejando!

Ela correo na direção do escritório de segurança do prédio, enquanto atrás dela Lazlo balançou a cabeça dele.

—Oh Val, ele não é Sua Santidade o Papa, mas definitivamente não é um homem comum!

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo