||°MIA BELLINI°||
Depois que a minha mãe me fez lembrar do meu garoto misterioso, agora me encontro mergulhada em uma nostalgia inebriante, uma noite que parecia ter sido arrancada de um romance, onde o mistério dançava ao redor do garoto mascarado. O esforço para esconder o meu sotaque italiano, um traço tão inerentemente meu, adicionava outra camada àquela interação já carregada de tensão e mistério. Ela, que fluía no inglês com a mesma facilidade com que respirava, ainda carregava o charme melódico da Itália em suas palavras, um contraste interessante com o sotaque russo marcante de Maitê. Essa mistura de idiomas e sotaques tecia um pano de fundo fascinante para a noite que eu nunca esqueceria. Refletindo mais profundamente, começo a questionar a origem do misterioso garoto. A voz dele, embora adornada com palavras em russo durante o sono, carregava um sotaque que destoava completamente do russo puro, inclinando-se mais para nuances americanas. Isso a fazia ponderar sobre a complexidade de sua identidade. Talvez ele fosse americano, ou talvez sua vida fosse um mosaico de culturas, com duas nacionalidades moldando sua forma de se expressar. O inglês que ele falava era distinto, não se assemelhava ao dos britânicos que eu estava acostumada a ouvir na faculdade, adicionando camadas à sua curiosidade sobre quem ele realmente era. A voz do garoto mascarado, um elemento que eu recordava com um carinho quase palpável, tinha o poder de tocar as profundezas de minha alma. Grave, sedutora e incrivelmente sensual, essa voz conseguia arrepiar cada centímetro da minha pele, deixando uma marca indelével em minha memória. Era uma voz que eu ansiava ouvir novamente, um som que eu daria tudo para se perder mais uma vez. O mistério em torno de sua identidade e a lembrança dessa voz sensual criavam um anseio em mim, um desejo de desvendar os segredos escondidos por trás do garoto mascarado e, quem sabe, reencontrar a única conexão que compartilhamos naquela noite inesquecível. — E já se passaram cinco anos, mesmo que o veja não sei se conseguiria saber quem é ele, sem falar que o mesmo nem deve mais se lembrar de mim. Se ele já não estiver casado e com filhos a essa altura. — Você não sabe minha menina. — ela faz carinho em meus cabelos — Seria bom ir e ter mais uma oportunidade de procurar pelo seu pai e quem sabe esbarrar por ele mais uma vez. Carrego no peito um turbilhão de sentimentos sobre o meu pai, Ian Giordano. A história, conforme narrada por minha mãe, pinta Ian como um homem que havia feito a escolha dolorosa de abandonar a nossa família, mas com a intenção de nos proteger. Essa narrativa construiu uma imagem complexa dele na minha mente, uma mistura de ressentimento, curiosidade e, em algum lugar profundo, de esperança. Crescendo, eu sempre perguntei sobre a verdade por trás dessa decisão, sobre o que realmente havia levado o meu pai a tomar um caminho tão radical. — Pensarei, mas eu não vou prometer nada. Quando a saúde da minha mãe começou a declinar, me vi diante de uma necessidade urgente que me fez reavaliar tudo o que pensava saber sobre o meu pai. A possibilidade de que ele pudesse auxiliar no tratamento de minha mãe acendeu uma faísca de determinação em mim. Decidi ir atrás dele, uma decisão que me levou a um caminho repleto de desafios. Minha última pista apontava para Moscou, uma cidade que prometia tanto a esperança de reencontro quanto o medo do desconhecido. Foi lá que eu me vi em um baile, um ambiente estranho e distante de tudo que conhecia, movida pela esperança de encontrar o meu pai e trazê-lo de volta para auxiliar a minha mãe. Essa busca, no entanto, não foi fácil. Moscou apresentou-se como um labirinto de pistas frias e becos sem saída. O fracasso em encontrar o meu pai no baile não foi apenas um revés dos meus esforços para salvar a minha mãe, mas também um golpe duro em minha esperança de reconciliação e entendimento. Nesse período turbulento, a casa também se tornou um santuário para a minha mãe. Ela diz que, apesar da doença, se sente mais forte quando está rodeada pelas paredes que ecoam tantas memórias. Acredito que, de alguma forma, essas lembranças lhe dão força para continuar lutando, mesmo quando as notícias não são as melhores. É como se a energia de nossa família, acumulada ao longo dos anos, se condensasse ali, oferecendo-lhe conforto e esperança. Mantendo a casa e cuidando de minha mãe, estamos fazendo mais do que apenas preservar um patrimônio; estamos honrando nossa história e lutando por um futuro. Mesmo com os desafios financeiros, acredito que estamos fazendo a escolha certa. Afinal, a riqueza verdadeira está nos momentos que compartilhamos e no amor que nos une. E, quem sabe, o futuro pode nos reservar surpresas agradáveis, como um reencontro com o garoto mascarado, ou a descoberta de um novo caminho para a cura de minha mãe. Tento me agarrar nessa última esperança, mesmo sabendo que cada dia que passamos com ela, são dias contados, minha mãe não estava melhorando e poderia não estar aqui em nossos próximos aniversários. Uma triste realidade na qual eu não quero acreditar. A ideia de passar um tempo com a Maitê e ir atrás do meu pai mais uma vez, com a esperança de encontrar o meu menino mascarado, não é tão ruim assim. Só espero que a mamãe aguente até lá e que ela possa encontrar e ver o meu pai mais uma vez, pois sei que, apesar de ter passado anos longe e sem notícias dele, ela ainda o ama e acredita que ele tenha feito isso para manter a nossa família protegida, mas protegida de quê? A minha mãe nunca me contou sobre o trabalho do papai e os motivos que o levaram a abandonar a família repentinamente. Ao invés de demonstrar ódio e mágoa por ele, ela sempre o defendeu e falou dele com carinho e respeito para a Mel. Eu, por outro lado, sempre tive uma mistura de sentimentos. Parte de mim queria odiá-lo por nos deixar, mas outra parte ansiava por entender suas razões. Talvez essa jornada com a Maitê me ajude a desvendar os segredos que minha mãe sempre guardou tão bem. Penso em como será encontrar o meu pai depois de tanto tempo. Será que ele ainda se lembra de nós? Será que ele vai nos receber de braços abertos ou com a mesma frieza com que partiu? Essas perguntas rondam meus pensamentos, mas decido focar na esperança. Nosso plano é simples: seguir as poucas pistas que temos e confiar que o destino nos guiará ao nosso objetivo.||°VASILY MIK-BREC°|| Esses meus sobrinhos deixam a minha irmã de cabelos brancos, mas eles são a alegria dessa casa e da nossa família. — Ainda bem que você chegou e não trouxe a sua namorada — minha irmã aparece, vindo até mim, pega o Mathieu no colo e depois me abraça e deixa um beijo em meu rosto. — Darya… — digo não querendo ouvir ela falar mal de Maitê. — Sério, o que você viu nela? — ela me pergunta, começando a caminhar até a entrada de sua casa. A sigo. — O que foi que você viu no Stephen? — Ela se vira e olha para mim. — Exatamente. Do mesmo jeito que errei com ele, você está errando com ela — assim que passamos pela porta ela deixa seu filho no chão, faço o mesmo com o seu irmão e ambos saem correndo pela casa. — Não corram meninos! Eu só… E aquela menina do baile? Você disse para mim e Yakov que ela era especial, que havia encontrado a mulher da sua vida. — Que vocês acharam ridículo e riram de mim, pois eu só tinha a visto e estado com ela uma única noite. — dou a v
||°VASILY MIK-BREC°|| Dois dias depois da festa de aniversário dos meus sobrinhos, me encontro aqui com ela. Deixo de beijar seus lábios tão doces para descer com eles pelo seu pescoço, sentindo o gosto e o cheiro da sua pele tão doce quanto os seus lábios. Ela tem um cheiro tão bom e delicioso de lavanda! Passo o meu nariz por sua pele, sentindo um pouco mais do seu cheiro e sinto ela se arrepiar com esse simples toque. Minha língua toca a pele do seu pescoço subindo até o lóbulo de sua orelha, onde brinco com os meus lábios, arrancando gemidos seus. Suspirando, ela leva as suas mãos até o meu terno, e tenho que me soltar dela para o deixar cair até os meus pés. Minha camisa é rasgada da mesma forma que fiz com a sua roupa, espalhando botões para tudo quanto é lado. Sorrio, com os meus lábios voltando a tocar a sua pele, deixando um rastro de manchas vermelhas por sua pele branca e delicada. Seus gemidos e suspiros são baixos e suaves, que são como músicas para mim, me deixando ai
||°MIA BELLINI°|| Levo ele para cama, antes que ele comece a fazer mais perguntas. Não querendo que essa noite termine ainda. Jogo ele em sua cama e caio por cima dele, começando a beijar seu corpo, levando meus lábios para o seu pescoço, onde deixo beijos, mordidas e lambidas ouvindo os seus gemidos roucos. Suas mãos percorrem o meu corpo, e é como se um rastro de chamas, me incendiando. Vou descendo meus lábios pelo seu corpo, firme e definido, indo cada vez mais para baixo. Beijo seu peito, lambendo a sua pele e continuo a ir descendo, passando por sua barriga e indo ainda mais para baixo, mais e mais, até chegar no seu membro. Olho para cima e ele sorri de lado, sedutor para mim, e me dá uma piscadinha. Acabo rindo. Seu pau, totalmente ereto para mim, mais uma vez me saúda. Sorrindo, levo meus lábios até a sua glande, lambendo a sua cabeça rosada. Passo a minha língua envolta dela, antes de sugá-la. Ele treme, e eu faço isso novamente, mais algumas vezes, antes de suas mãos toc
||°VASILY MIK-BREC°|| Acordar de um sonho com a minha dama misteriosa do único dia que tivemos juntos no meu aniversário de vinte e um anos e me deparar com a minha namorada, uma garota totalmente tão distinta da outra, não era bem como eu gostaria de estar nesse momento. Com o peso da consciência pesando em mim. — Não. Tudo bem. Eu lhe dei ela por um motivo, mas poderia ter me avisado. — ela ignora o que eu disse e sorri, olha para a barraca que se encontra em minha cueca boxer. — Estava tendo um sonho bom? Já vi você acordar com ereções matinais, mas parece que hoje não é só por isso e pelos suspiros que estava tendo… Sonhou que estava transando comigo. Ela não pergunta, diz com a certeza de que o meu sonho quente só poderia ter sido com ela e mais ninguém. Aliás, não tiro a razão dela, já que ela é a minha namorada e meus pensamentos deveriam estar apenas nela e não em uma garota com cabelos negros e olhos verdes. — Por que não me disse que viria? — pergunto assim que ela
||°VASILY MIK-BREC°|| Eu a deito de bruços sobre a cama macia. Suas mãos estão amarradas na cabeceira com a minha gravata, seu corpo empinado na minha direção. Passo minhas mãos sobre sua pele macia e dourada, apertando suas coxas, deslizando minha mão em suas nádegas, em seguida lhe dou um tapa deixando marcas em sua pele. — Ah! — ela geme e se esfrega em mim novamente. Sorrindo, lhe dou mais um tapa, fazendo com que o estalo ecoasse pelo ambiente. — Vou foder seu rabo, e não quero ouvir nenhum pio — digo, enquanto ela move o quadril contra mim, esfregando-se na minha ereção. Com as minhas mãos seguro suas nádegas deixando suas partes íntimas à mostra. Deixo minha saliva escorrer por suas partes, sentindo a ansiedade dela. Passo meu polegar, ouvindo-a começar a gemer, e estapeio sua bunda, fazendo-a calar a boca. Esfrego meu membro entre suas nádegas, roçando devagar, deixando-a ansiosa, eu sorri ao me afastar, como um gesto de provocação, ao ouvir se resmungo. — Vou
||°MIA BELLINI°|| Quando Maitê chegou à faculdade naquela tarde, o campus estava agitado. Sentamos em nosso banco de sempre, sob a sombra de um velho carvalho. — Como está sua mãe? — Maitê perguntou com aquela sua voz suave, carregada de preocupação genuína. Respiro fundo, tentando encontrar as palavras certas para descrever a montanha-russa emocional que era lidar com a doença da minha mãe. — É difícil — comecei —, cada dia é imprevisível. Mas estamos lutando, juntas. — Maitê segurou minha mão, seu gesto me ofereceu o conforto de que tanto precisava. Falamos sobre o tratamento, os desafios e as pequenas vitórias que, por mais efêmeras que fossem, traziam esperança aos nossos corações. Ela me pergunta o que foi que perdeu e eu falo para ela sobre as matérias e as aulas que tiveram em sua ausência. — Você não vai acreditar na quantidade de coisas que aconteceram enquanto você estava fora. — comecei, tentando conter minha empolgação misturada com a preocupação de como ela conseguir
||°MIA BELLINI°|| Antes que a aula de sexta-feira terminasse, meu celular vibrou silenciosamente na mesa. Era uma mensagem da Melina, dizendo que a situação da nossa mãe havia piorado drasticamente e que ela teve que chamar uma ambulância. O coração apertou no peito, e uma onda de pânico me invadiu. Sem pensar duas vezes, larguei tudo o que estava fazendo e corri para o dormitório, com a única ideia de chegar o mais rápido possível ao lado da minha família. Enquanto arrumava uma mochila com o essencial, minhas mãos tremiam ao tentar comprar uma passagem de Londres para a Itália pelo celular. O processo nunca pareceu tão complicado e demorado. A ansiedade me consumia, e cada segundo longe da minha mãe e da Melina parecia uma eternidade. Finalmente, consegui confirmar a compra da passagem, o que me deu um breve alívio, mas a preocupação e o medo dominavam cada pensamento. A viagem até o hospital foi um borrão. Não conseguia focar em nada além da saúde da minha mãe. Perguntas sem respo
||°VASILY MIK-BREC°|| Após deixar Maitê dormindo na minha cama, agora me encontro no meu escritório na sede da Bratva. Desde o momento em que assumi o papel de líder, sabia que as responsabilidades seriam imensas. Comandar uma organização com laços tão profundos e controversos quanto a máfia não era tarefa para os fracos. As manhãs começavam cedo, analisando os relatórios, encomendas e planejando as estratégias para manter nossa influência e poder. Cada decisão carregava o peso de inúmeras consequências, algumas mais perigosas do que outras. Negociar com outras organizações, lidar com traidores internos e expandir nossos territórios exigia não apenas força, mas uma astúcia que poucos possuem. Tinha que ser sempre dois passos à frente de meus adversários, antecipando seus movimentos e contrariando suas intenções. A lealdade entre nós era a moeda mais valiosa; sem ela, nossa estrutura desmoronaria. Assim, cultivar e manter essa lealdade tornou-se uma das minhas principais tarefas, tã