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CAPÍTULO 2 - NÃO SEI POR QUE O VOVÔ ATURA ESSE CARA?

||°VASILY MIKHAILOV-BREC°||

Atualmente... na Rússia.

Não sei quanto tempo mais tenho que aguentar esse cara falar de como a filha dele é uma excelente garota, linda, inteligente, etc. Preso em um ciclo interminável de conversas não solicitadas, encontro-me em uma encruzilhada de lealdades e expectativas. O amigo do meu avô, um homem de influência e astúcia, não vê limites quando o assunto é o futuro de sua própria filha. Para ele, o casamento não é apenas uma união de almas, mas uma estratégica aliança de poder. Eu, por outro lado, valorizo a sinceridade e a autenticidade dos relacionamentos, vendo-os como a verdadeira base de qualquer aliança duradoura, seja no âmbito pessoal ou nos negócios.

A pressão para unir duas famílias poderosas através do casamento é um tema recorrente nos meio das máfias e famílias influentes. Para mim, essa situação não é apenas um teste e minha paciência, mas também de sua habilidade em navegar as complexas dinâmicas de poder e lealdade que regem seu mundo. O desejo do amigo do avô de “empurrar” sua filha para mim, apesar de minhas repetidas recusas, ressalta uma perigosa mistura de ambição e desespero, onde os limites pessoais dele e o respeito pela vontade alheia são frequentemente ignorados em favor de suas vantagens estratégicas.

Quando tudo neste momento o que eu preferia do que ficar aqui ouvindo ele, era de voltar para o meu quarto e dar continuidade no que estava fazendo com a minha namorada ontem a noite.

— E o seu irmão, aposto que ele está solteiro — reviro os olhos. Por que tenho que aguentar ele mesmo? Por respeito, e pelo bem da minha máfia e família. Apenas isso, tenho que ser cauteloso com quem anda ao meu redor, como Pakhan.

Ah, sim… também porque conforme o meu avô, ele é um aliado valioso, sendo o dono do banco na qual investimos os nossos dinheiros, pelo menos a metade dele.

— Qual deles? — pergunto dando um gole no meu whisky, um presente de Darya.

— O seu gêmeo, é claro, ele é um garoto lindo e encantador — agora ele quer jogar a sua filha para o Yakov. Tão ambicioso, querendo ganhar alto, querendo casar a filha dele com um Pakhan ou Don.

— Yakov também está praticamente noivo — por mais que o seu noivado vá contra tudo o que acredito e queira para ele.

Leonid fica amuado.

Mas ainda pode tentar a sorte com um dos quíntuplos, penso.

— Ah, é uma pena. É lógico que os irmãos Mikhailov-Brec não ficariam solteiros por muito tempo.

Meu telefone começa a tocar e pelo toque sei que é Yak. Fico aliviado por sua ligação ter vindo em boa hora.

— Preciso atender — aponto para o meu telefone e me levanto e vou até a porta a abrindo em uma sugestão bem óbvia de que ele precisa ir embora.

Sorrindo constrangido, ele se levanta e passa por mim se despedindo com um sorriso e um até breve.

Atendo o meu gêmeo, assim que Leonid passa pela porta:

— Eu te amo.

Digo para o meu irmão que ri do outro lado da linha.

— Amo você também. Do que te salvei dessa vez?

— Não sei por que o vovô atura esse cara?

— Leonid Asimov, o dono do banco na qual vocês mantêm o dinheiro? Vinte minutos conversando com ele, me deu dor de cabeça. O cara é chato demais, sem falar de ser um interesseiro ambicioso. Mas sabe administrar o dinheiro do vovô muito bem, trabalha com ele há anos.

— Esse mesmo.

— Ele te falou da filha dele?

— Sim.

— Cara a filha dele é linda, mas… é tão chata quanto o pai, sem falar que a voz dela é irritante demais.

— Ele não desistirá, quererá casar a filha dele com um dos quíntuplos.

— Os gêmeos já correram dela. Se nem eles conseguiram ficar perto dela por muito tempo, é porque ela é ruim mesmo.

Rimos.

— Então, me ligou por algum motivo, ou só estava com saudades mesmo?

— Saudades sempre, sabe disso. Mas também te liguei para te lembrar que é hoje a festa de aniversário dos nossos afilhados e a mamãe me pediu para te dizer que dessa vez, nada de dar um carro de presente para o Maxime e Mathieu ao te lembrar que eles só têm dois anos, e para não chegar atrasado, igual da última vez.

— Passa rápido. E era uma mini Ferrari, que agora com dois anos eles podem aprender a andar. Não vou me atrasar, na verdade, só estava torcendo para o Leonid ir embora para que eu pudesse sair. Meu voo é daqui a duas horas, passarei em casa para me arrumar e pegar os presentes dos meninos. Damon irá comigo.

— Que anda com a potência de uma normal.

— Então, vou ter que devolver as motos e tentar comprar alguma outra coisa em tempo recorde?

— Quem sabe no aniversário deles de cinco anos? Compre algo mais apropriado para a idade deles. Te vejo daqui a pouco e por favor, não leve a Maitê.

Ele desliga, sem me dar a chance de responder que não tinha nem passado pela cabeça em levar ela, pois sei que a Darya e ela não se dão muito bem e Maitê e uma festa infantil não combinam.

Como daqui a Paris, levo mais ou menos umas quatro horas de voo, talvez eu ainda tenha tempo de comprar algo mais adequado para a idade deles. Penso nisso no caminho do meu escritório de volta para casa, com o Damon e ele me ajuda com a ideia do que posso comprar para os nossos sobrinhos. Encontrei o presente perfeito para duas crianças bastantes elétricas como eles, sem dúvida essa parte ele não parece ter herdado do pai deles e sim da nossa família. Damon disse que ainda não era muito apropriado, mas eu discordei.

Assim que chegamos na casa da nossa irmã — e que bela casa. Até que enfim, seu marido deu a ela uma casa decente, além daquele apartamento dele. —, sou recebido pelo meu afilhado Maxime e seu irmão Mathieu, afilhado de Yak.

— Titio — ele pula nos meus braços e seu gêmeo agarra a minha perna.

— Hey, como vocês estão, aprontando muito? — Math nega com o balançar de cabeça e um sorriso sapeca que não engana ninguém.

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