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CAPÍTULO 4 - SIM... ESTOU GRÁVIDA!

||°VASILY MIK-BREC°||

Esses meus sobrinhos deixam a minha irmã de cabelos brancos, mas eles são a alegria dessa casa e da nossa família.

— Ainda bem que você chegou e não trouxe a sua namorada — minha irmã aparece, vindo até mim, pega o Mathieu no colo e depois me abraça e deixa um beijo em meu rosto.

— Darya… — digo não querendo ouvir ela falar mal de Maitê.

— Sério, o que você viu nela? — ela me pergunta, começando a caminhar até a entrada de sua casa. A sigo.

— O que foi que você viu no Stephen? — Ela se vira e olha para mim.

— Exatamente. Do mesmo jeito que errei com ele, você está errando com ela — assim que passamos pela porta ela deixa seu filho no chão, faço o mesmo com o seu irmão e ambos saem correndo pela casa. — Não corram meninos! Eu só… E aquela menina do baile? Você disse para mim e Yakov que ela era especial, que havia encontrado a mulher da sua vida.

— Que vocês acharam ridículo e riram de mim, pois eu só tinha a visto e estado com ela uma única noite. — dou a volta saindo da sua casa e voltando para o meu carro.

— Espera aí, aonde você vai? — ela me chama, correndo atrás de mim — Não vai embora por causa disso, né? Vas…

— Eu só estou pegando o presente dos meninos, fica tranquila. — digo abrindo a mala do meu carro, tirando de lá os pacotes. Ela me ajuda.

— Eu só estou tocando nesse assunto, por ver a maneira que você ficou sobre essa tal garota misteriosa. Você a procurou por tudo quanto é lugar por quase três anos — voltamos para sua casa — E o que sentiu com ela, não me parece um terço do que sente pela Maitê. Não gosto da ideia de você acabar assumindo um compromisso muito mais sério com ela, e se arrepender depois. E se essa garota voltar a aparecer?

Passo por ela seguindo para o quarto dos meninos. Deixo as caixas no chão.

— Vou precisar de uma parafusadora, tem? — pergunto a ela.

Eu deveria ter perguntado antes de vir, caso não tenha vou ter que passar em algum material de construção, ou posso mandar Artem, ou Danil, meus seguranças pessoais — que vivem me seguindo mais de perto por onde vou —, irem comprar para mim.

— Acho que sim. Que presente é esse que precisa de uma parafusadora? — ela fica olhando eu abrir as caixas.

— Quem está precisando de uma parafusadora? — Yakov pergunta, aparecendo na porta do quarto com o Mathieu no seu colo — Vai precisar de ajuda?

— Vou aceitar, com a sua ajuda podemos terminar mais rápido, antes da festa dos meninos começarem. — digo para ele, querendo fugir do assunto da nossa irmã.

Na verdade, passei quatro anos e meio procurando pela tal garota misteriosa que conheci no nosso baile de aniversário de vinte e um anos. Ela simplesmente desapareceu, parece que tudo não passou de apenas de um sonho meu. Arrumei os melhores investigadores profissionais para descobrir quem era ela. Mas nada foi encontrado e quando conheci a Maitê, acabei desistindo de procurar por ela. Meus irmãos pensam que parei apenas dois anos depois, mas estive atrás dela por muito mais tempo do que eles imaginam.

Podem ter passado cinco anos, porém jamais esquecerei aqueles olhos.

Uma hora e meia depois, com a ajuda do meu irmão, tudo estava pronto e arrumado na única parede vazia do quarto deles.

— Não acredito que você comprou uma parede de escalada para os meus filhos? — minha irmã pergunta.

Mathieu que estava no seu colo, que foi passado para ela quando Yakov veio me ajudar, pede para descer e alegre ele se aproxima da parede. Sorrindo de uma forma sapeca, ele se pendura nos elos, e começa a gargalhar gostosamente.

— Pelo visto ele gostou! — Yakov sorri para o seu afilhado.

— Vocês dois, são piores do que os nossos pais, quando se tratam de presentes — Ela se levanta, pegando o filho no colo — Você acabou de tomar banho mocinho e a festa ainda nem começou para você começar a suar. — diz, arrumando os cabelos dele — Você me traz uma parede de escalada e Yakov um saco de pancadas para ser pendurado no teto, e duas luvas de boxe infantis. Daqui a pouquinho vão estar treinando os meus filhos para serem mafiosos.

Ela resmunga antes de sair do quarto com o afilhado de Yakov nos braços.

Seguimos para a sala onde haverá a festa deles, e encontramos nossos pais e irmãos com o outro gêmeo no colo.

Alain, seu marido e Antoine, o melhor amigo dele, chegam logo depois carregando várias bolsas e presentes para os meninos.

— Meus filhos! — nossa mãe vem até nós dois nos abraçando — Quando é que vocês me darão netos também?

Olho para Yakov que me olha ao mesmo tempo, em uma conversa silenciosa.

— Mamãe aproveite primeiro os gêmeos, eles são tão fofos, não são? — Meu irmão desconversa — Para quê a pressa de ter mais netos agora? A senhora ainda é tão jovem para ser avó — ele a abraça e deixa um beijo em seu rosto.

— Pode até ser mãe ainda! — Antoine diz, recebendo olhares atravessados dos meus pais. Se esse cara não estivesse com a sua esposa grávida ao seu lado, poderia jurar que ele estava flertando com a minha mãe, novamente.

— Então sobre isso… Eu e os seus pais iríamos esperar até amanhã para contar, mas já que tocaram no assunto… — ela nos diz, mordendo seus lábios.

— Mãe… não me diz q… — Darya a olha espantada.

— Sim… estou grávida!

— O quê?!

A sala inteira grita e depois fica em silêncio.

— De gêmeos! Um casal.

— Mãe, a senhora está brincando né? — Finnian a pergunta.

E é quando ela abre o sobretudo nos deixando ver sua barriga já com um volume avançado.

— Estou indo para o quarto mês de gestação — ela sorri para nós, passando a mão na barriga.

— Meus filhos vão ser mais velhos que os seus tios! — minha irmã coloca a mão na cabeça.

Eu e os meus irmãos ainda ficamos perplexos quando os convidados começam a chegar.

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