||°MIA BELLINI°|| Desde que recebi a notícia do diagnóstico terminal de minha mãe, este fim de semana se transformou em uma maratona de emoções, cada visita ao hospital mais carregada de sentimentos do que a última. Sempre fui apegada à minha mãe, e saber agora que o tempo dela é medido em meses, e não mais em anos, deixa um vazio doloroso que se espalha por todos os aspectos da minha vida. As idas e vindas ao hospital tornaram-se rotineiras, mas nunca fáceis. Cada momento ao lado dela é precioso, um lembrete constante de que cada segundo conta. No hospital, tento ser a filha forte que minha mãe sempre se orgulhou de ter. Sorrio, conto histórias sobre o meu dia, faço planos para o futuro na tentativa de trazer leveza para os nossos encontros. No entanto, por dentro, sinto-me desmoronar. É uma sensação de impotência, saber que não importa o quanto eu queira, não posso mudar o diagnóstico, não posso adicionar mais dias ao tempo que nos resta juntas. A equipe do hospital é incrivelment
||°VASILY MIK-BREC°|| Hoje é aniversário do nosso pai, Lennon, e mamãe sempre gostou de ter todos nós por perto. Sempre foi assim, um turbilhão de emoções e encontros calorosos assim que cruzo o limiar da casa dos meus pais. Minha família, um vasto mosaico de personalidades vibrantes, sempre soube como fazer de um dia comum, uma celebração da vida em si. Meus sobrinhos, pequenos feixes de energia, correm ao meu encontro com uma alegria contagiante, agarrando-se às minhas pernas como se eu fosse um herói retornado de uma longa jornada. Com um sorriso, afago seus cabelos, sentindo uma onda de carinho por essas pequenas criaturas que veem em mim um porto seguro. Darya, a mãe leoa, sempre protetora e um tanto intrometida, aproxima-se com seu andar decidido. O abraço que ela me dá carrega o peso dos dias em que estivemos separados, uma mistura de reprimenda e alívio. — Como vão às coisas na máfia? E com a sua… namorada? — ela inicia, sua curiosidade inata transbordando em cada palavra
||°MIA BELLINI°|| Os dias têm se arrastado de uma forma que nunca imaginei possível. Cada amanhecer traz consigo uma sombra mais pesada, um lembrete cruel do que está por vir. A piora de minha mãe é algo que observo impotente, cada vez mais evidente, marcando os dias com uma certeza que eu daria tudo para poder negar. Ela, com uma força que só conheço nela, pede para ir para casa. Deseja passar seus últimos meses rodeada por nós, suas filhas, longe da impessoalidade fria de um quarto de hospital. Voltar para casa com ela foi uma decisão carregada de emoções conflitantes. Havia o alívio, claro, de tê-la em um ambiente que sabemos que ela ama, cercada por memórias de uma vida inteira. Mas junto a isso, uma tristeza profunda e uma ansiedade constante. Como cuidar dela da melhor forma possível? Como fazer com que seus últimos meses sejam confortáveis, significativos? Ela, sempre tão forte e independente, agora depende de nós para quase tudo. E embora jamais reclame, vejo nos seus olhos
||°VASILY MIK-BREC|| Se volta da casa dos meus pais, depois de um final de semana inteiro com eles, estávamos de volta à Rússia e aos negócios. Eram responsabilidades de como Pakhan eu não poderia deixar passar. Desde que me lembro, a vida na máfia sempre foi regida por uma linha tênue entre o poder e o perigo. Mas, chegou o momento de mudar, de remodelar a estrutura da nossa organização para garantir não apenas a nossa sobrevivência, mas também a nossa prosperidade a longo prazo. Decidi que liderarei esse movimento, cuidando pessoalmente da legitimação de nossas riquezas. A estratégia é clara: investir em negócios legais, que vão desde restaurantes e casas noturnas até empreendimentos imobiliários. Afinal, o dinheiro limpo é tão verde quanto o outro, mas traz menos dores de cabeça. Enquanto eu me dedico a essa nova frente, meu irmão ficará na sede, cuidando dos… negócios tradicionais da família. Nossa divisão de tarefas não é apenas uma questão de preferência, mas uma estratégia
||°MIA BELLINI°|| Minha mãe faleceu na manhã do dia seguinte, deixando um silêncio ensurdecedor em seu rastro. Aquele momento, embora triste, trouxe um certo alívio, sabendo que ela partiu sem dor e em paz, com suas duas filhas juntas ao seu lado. Eu e Melina, estávamos lá, segurando as mãos dela, sentindo o calor se esvair lentamente, enquanto nossos corações se enchiam de uma dor inimaginável. Era um adeus que nenhum de nós estava preparado para dar
||°VASILY MIK-BREC°|| No dia seguinte. Havia um traidor como suspeitávamos e depois que deixei Damon responsável por encontrar o maldito, enfim tínhamos a resposta.Como esperávamos, Leonid e os comparsas que ele infiltrou na minha máfia caíram no esquema que eu e minha família organizamos para eles. A trama foi meticulosamente arquitetada, com cada detalhe pensado para garantir que Leonid e seus asseclas se revelassem, expondo suas verdadeiras intenções antes que fosse tarde demais. A cada movimento que faziam, sem saber, se enredavam ainda mais na teia que tecemos com paciência e precisão. Eu sabia que a queda de Leonid estava iminente, e essa certeza me enchia de uma satisfação fria, mas intensa.Depois de uma reunião rotineira sobre as finanças da máfia, Leonid veio me atualizar pessoalmente, com aquele ar de confiança que sempre o caracterizou. Era quase como se ele estivesse tentando me convencer de sua lealdade, sem perceber que eu já conhecia suas verdadeir
||°MIA BELLINI°|| Eu mal conseguia conter minha empolgação quando o telefone tocou e vi o nome de Maitê piscando na tela. No momento ela era a minha fonte de força, para mim e minha irmã, neste momento tão difícil que estamos passando.— Mia, você não vai acreditar!
||°VASILY MIK-BREC°|| A expectativa de passar um final de semana em Paris na companhia da Maitê, na casa da minha irmã, desvaneceu-se como fumaça ao receber a notícia de que ela não conseguiria se afastar dos compromissos acadêmicos até o término de suas provas finais. Tal reviravolta fez com que meus planos tomassem um rumo completamente diverso, mergulhando de volta nos intricados labirintos dos meus negócios. A descoberta de traidores à